Singapura acaba de receber luz verde para pôr no ativo os seus primeiros “cruzeiros para lado nenhum”, cuja data de arranque está marcada para o início de novembro com muitas restrições por causa da pandemia de covid-19.
Tal como o próprio nome indica, estas embarcações não terão portos de escala, isto é, farão a viagem de ida em volta sem quaisquer paragens.
Os passageiros podem nestes cruzeiros desfrutar da experiência, mas sem sair nunca do navio – o grande objetivo destas viagens é experiência em si, que foi travada durante meses por causa da pandemia, e não o destino ou paragens do percurso.
As viagens terão muitas restrições por causa novo coronavírus: a lotação do navio estará limitada a 50% e é destinada apenas para os residentes de Singapura.
O Conselho de Turismo de Singapura desenvolveu uma certificação CruiseSafe obrigatória a que as empresas devem aderir, estabelecendo medidas rigorosas, que incluem a testagem de todos os passageiros antes do embarque, protocolos de limpeza e higienizarão a bordo; garantia de 100% de ar fresco em todo o navio, bem como planos de resposta de emergência para incidentes relacionados com a doença.
Também a tripulação terá uma série de medidas exigentes: os que viajam do exterior devem fazer uma quarentena de 14 dias no seu país de origem e devem depois testar negativo para a covid-19 antes de partirem para Singapura.
Serão novamente testados em Singapura, farão novamente quarentena e serão depois novamente testados ao fim de duas semanas, explica o jornal britânico The Independent.
De acordo com o mesmo diário, viagens começam a partir de 6 de novembro a bordo do navio cruzeiro World Dream da Genting Cruise Lines.
Uma iniciativa semelhante aconteceu recentemente na aviação: a companhia aérea australiana Qantas anunciou planos para um voo panorâmico de sete horas que fará um loop gigante em Queensland e Gold Coast, New South Wales e os remotos centros do interior do país – os chamados voos “para lado nenhum”.