As companhias aéreas podem colocar os seus aviões reformados em museus de aviação ao ar livre (é o caso do famoso Concorde), mas a maioria das aeronaves acaba em “cemitérios” depois de se reformarem.
Existem alguns “cemitérios” de aviões a pontilhar os desertos do sudoeste dos Estados Unidos, mais o maior do mundo situa-se na Base da Força Aérea Davis-Monthan, em Tucson, no Arizona, e é a casa de milhares de aeronaves reformadas.
O 309th Aerospace Maintenance and Regeneration Group (309th AMARG), vulgarmente conhecido como Boneyard, é a maior instalação de armazenamento e preservação de aviões do mundo.
Segundo o Interesting Engineering, a área, de 10,5 quilómetros quadrados, abriga quase 4.000 aeronaves e 13 veículos aeroespaciais da Força Aérea dos Estados Unidos, Exército, Guarda Costeira, Marinha, Corpo de Fuzileiros Navais e Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA).
Apesar de ser a casa de vários tipos de aviões, o grosso das aeronaves preservadas no Davis-Monthan pertence à aviação militar.
Tucson foi o lugar escolhido, em primeiro lugar, pelas condições climáticas do Arizona. O calor seco e a baixa humidade fazem com que as aeronaves demorem mais tempo a enferrujar e a degradar-se, tornando-as menos suscetíveis à corrosão e facilitando a sua manutenção em condições de trabalho adequadas.
Em segundo lugar, o facto de os desertos oferecerem uma grande quantidade de espaço por um preço acessível.
A geologia do deserto, com o seu solo alcalino, também é suficientemente dura para evitar que as aeronaves se afundem no solo. Os aviões podem, assim, ser estacionados no deserto sem serem necessárias rampas de estacionamento dispendiosas.
Se estiver curioso e quiser visitar as longas filas de aviões no calor do Arizona, está com sorte: o maior “cemitério” de aeronaves do mundo pode ser visitado através de uma excursão de autocarro.