Carros e motas movidos a gasolina e diesel vão ser proibidos em Amesterdão a partir de 2030, comunicou o conselho municipal da capital holandesa esta quinta-feira. Segundo as autoridades locais, trata-se de um esforço para despoluir o ar da cidade.
“A poluição costuma ser um assassino silencioso e é um dos maiores riscos à saúde em Amesterdão”, disse a conselheira de trânsito da cidade, Sharon Dijksma. Apesar do uso generalizado de bicicletas na Holanda, a nível de poluição do ar fica acima do nível permitido pelas normas europeias em muitas áreas do país, principalmente devido ao tráfego pesado em Amesterdão e na cidade portuária de Roterdão.
O Ministério da Saúde da Holanda alertou que os níveis atuais de dióxido de nitrogénio e de material particulado podem levar a doenças respiratórias e que a exposição crónica pode reduzir a esperança de vida em mais de um ano.
O governo da cidade de Amesterdão comunicou que pretende substituir todos os motores a gasolina e diesel por alternativas livres de emissões, como carros elétricos e a hidrogénio, até ao final da próxima década.
A medida começará a ser implementada em 2020, com o banimento de carros a diesel produzidos antes de 2005. A proibição será gradualmente expandida. O governo local afirmou que pretende oferecer subsídios e permissões de estacionamento para estimular os cidadãos a trocarem os seus carros por veículos mais limpos.
A associação da indústria automóvel holandesa criticou os planos e afirmou que as pessoas pobres, “que não têm dinheiro para um carro elétrico”, serão excluídas da cidade.
Amesterdão segue uma tendência internacional. Madrid já anunciou que vai restringir o acesso à cidade de veículos a diesel e gasolina fabricados antes de 2000. Roma pretende fechar o centro da cidade para veículos a diesel a partir de 2024.
ZAP // DW