Burges, na Bélgica, é a mais recente cidade europeia a impor limites ao turismo para que “não se torne a Disneylândia”.
Dirk De Fauw, presidente da câmara local, anunciou em declarações ao jornal Het Nieuwsblad que terminaram as campanhas de publicidade para atrair turistas até Bruges, na Bélgica, como forma de “controlar” o fluxo turístico na cidade para que não se torne “uma Disneylândia”.
No âmbito de um pacote de medidas aprovado pela autarquia para restringir o número de turistas, apenas dois navios cruzeiro vão poder, a partir de agora, aportar diariamente a Bruges. Atualmente é permitido que atraquem cinco cruzeiros por dia.
O número de entradas de turistas na cidade por dia será também limitado. O presidente da câmara afirma que “continua a haver espaço para todos”, mas pretende que o turismo deixe de ser “o das excursões que ficam apenas por três horas e vão embora”, para ser um turismo mais alargado no tempo, que inclua pernoitas nos hotéis da cidade.
Este ano, a cidade registas já um aumento de 900 mil visitantes em relação ao ano passado, com 8,3 milhões de turistas. No centro da cidade, já há restrições à transformação de casas em alojamento local e o objetivo é “estender a medida aos subúrbios também”.
Segundo o Observador, o município também já pediu ao governo belga que limite a “criação de lojas turísticas monótonas”, restringindo a abertura de mais lojas de chocolates, por exemplo.
Para combater aquilo que considera ser a “Disneyficação” da cidade, também Amesterdão impôs limites ao turismo através do aumento das taxas pagas pelos turistas. Veneza, na Itália, foi uma das primeiras cidades a avançar com restrições ao turismo, assim como Roma e Florença, com multas por mau comportamento ou com a proibição de piqueniques junto a museus.