O governo local da cidade italiana de Mussomeli, no sul da Sicília, colocou 500 casas abandonadas à venda por um euro cada. Os compradores, contudo, têm que renová-las dentro de três anos ou então devolvê-las.
De acordo com um artigo do Mail Online, divulgado na terça-feira, até ao momento foram colocadas à venda 100 imóveis, estando previsto que o mesmo aconteça com outros 400. A sinalização da venda por parte do governo local tem sido feita através de cartazes colocados nas portas das casas.
Qualquer um que compre uma casa precisa renová-la dentro de três anos ou perdem o depósito de 8 mil dólares (cerca de sete mil euros). A avaliação das casas indica que, para restaurar cada metro quadrado, são necessários de 107 dólares (95 euros). Os custos administrativos ficam entre 4.000 e 6.450 mil dólares (3.573 e 5.760 euros).
Mussomeli fica numa colina, a duas horas a sudeste de Palermo, e tem cavernas bizantinas e um castelo medieval, bem como numerosas igrejas antigas.Algumas das casas são muito pequenas mas outras compostas por vários quartos. Segundo o artigo, os imóveis oferecem igualmente vistas deslumbrantes sobre os campos italianos.
A cidade histórica, que tem inúmeras ruas em pedra, tem visto a sua população de 11 mil habitantes a diminuir ao longo dos anos. Esta mudança iniciou quando os italianos começaram a abandonar as áreas rurais, indo para as cidades.
Segundo o Mail Online, arquitetos e engenheiros locais estão à disposição para ajudar no trabalho, mas os compradores podem optar por obter ajuda externa, caso prefiram. Até serem vendidas, as casas permanecem fechadas.
Esta iniciativa não é a primeira do género. No ano passado, a localidade de Ollolai, que fica na região montanhosa de Barbagia, na ilha da Sardenha, também estava a vender 200 residências de pedra abandonadas por um euro cada.
A população da cidade caiu para a metade nas últimas três décadas, estando os 1.300 habitantes – a maioria casais sem filhos de meia-idade – a sair do local ao longo do tempo.
Com apenas um pequeno número de bebés nascidos a cada ano, o governador de Ollolai decidiu impedir que a população caísse ainda mais, lançado o projeto de venda de casas por um euro, em 2015.
Mas também em Ollolai houve um problema: os compradores tiveram que se comprometer a reformar as casas, que estavam em condições precárias, dentro de três anos, a um custo estimado de até 30 mil euros.