O plano contra o turismo de massas entrou em ação. A cidade de Amesterdão, nos Países Baixos, vai deixar de autorizar a construção de novas unidades hoteleiras.
Em comunicado, divulgado na quarta-feira, a autarquia anunciou a intenção de “tornar e manter a cidade habitável para residentes e visitantes”.
“Isto significa: nada de turismo excessivo, nada de novos hotéis e nada de mais de 20 milhões de dormidas de turistas por ano”, diz a autarquia.
De acordo com a CNN, só poderá ser construído um novo hotel na cidade se outro hotel fechar, se o número de lugares para dormir não aumentar e se o novo hotel for melhor (nomeadamente mais sustentável).
A exceção à abertura de novas unidades hoteleiras só deverá aplicar-se aos projetos que já tenham obtido uma licença.
A cidade tem tentado limitar o número de turistas, que chega a milhões por ano, desencorajando o turismo sexual e o turismo relacionado com drogas no “Red Light District”.
Esta é a mais recente de um conjunto de medidas que a capital dos Países Baixos implementou para mitigar o problema do turismo excessivo. No ano passado, por exemplo, proibiu os navios de cruzeiro, encerrando até o seu terminal.
Da mesma forma, a cidade proibiu o uso de droga na via pública no “Red Light District”, aprovou a taxa turística mais cara a Europa, proibiu novas lojas turísticas e restrições aos arrendamentos de férias de curta duração.
Ao abrigo de um decreto de 2021, denominado “Turismo de Amesterdão em Equilíbrio”, o conselho municipal é “obrigado a intervir” quando os números ultrapassem os 18 milhões de turistas.