O Ministério de Propriedade Cultural e Atividades da Itália (MiBAC) vetou, em 31 de julho, um projeto para abrir um novo McDonald’s no coração da área histórica de Roma.
“O Ministério interveio […] rapidamente para cancelar, sob um regime de auto-proteção, o procedimento de autorização para a construção de um restaurante fast-food na área arqueológica das Termsd de Caracalla”, disse o ministério em comunicado.
“Já tinha expressado a minha oposição a um fast food [na região]”, disse o chefe do MiBAC, Alberto Bonisoli, na sua página no Facebook, onde comentou a decisão.A presidente da capital italiana, Virginia Raggi, aplaudiu o veto. “As maravilhas de Roma devem ser protegidas”, disse na sua conta no Twitter.
Como planeado no projeto rejeitado, o restaurante de 250 lugares deveria ocupar 800 metros quadrados em terrenos particulares na estrada Bacelli, muito perto das Termas de Caracalla e da muralha Aureliana. “É uma das poucas áreas no centro de Roma ainda saudável, não distorcida“, disse o conselheiro municipal Stefano Marin ao La Repubblica em 25 de julho.
A McDonald’s tem mais de 40 restaurantes em Roma, alguns localizados na vizinhança de marcos da capital italiana como são os casos da Piazza Navona, a Piazza di Spagna e o Vaticano. No entanto, nenhum dos McDonald’s foi construído na zona histórica de Roma onde se encontram os principais monumentos do império romano.
As Termas de Caracalla são um complexo de banhos públicos construídos no início do século III. Destruídas por um terremoto em 847, foram escavadas e reconstruidas nos séculos XIX e XX, tornando-se uma das principais atrações turísticas de Roma.
Já a Muralha Aureliana é um conjunto de muralhas erguidas em Roma, entre 271 e 275, durante o reinado dos imperadores romanos Aureliano e Probo. Englobava todas as Sete Colinas de Roma, além do Campo de Marte e do distrito do Trastevere, na margem esquerda do rio Tibre. As margens do rio situadas dentro dos limites da cidade parecem não ter sido fortificadas, embora o fossem ao longo do Campo de Marte.