Esta quarta-feira, 1 de janeiro, a Holanda abandonou oficialmente o nome a que esteve associada durante 25 anos, passando a ser designada como Países Baixos. A mudança, que custará cerca de 200 mil euros ao Executivo, visa renovar a estratégia turística ao país.
A partir de agora, empresas, embaixadas, ministérios, municípios e universidades serão obrigadas a referir-se ao Estado das tulipas e dos moinhos de vento como Países Baixos, escreve a Rádio Renascença, citando a agência noticiosa EFE.
Em outubro do ano passado, o Governo holandês tinha já avançado que pretendia mudar a sua estratégia de marketing, reposicionando-se no mercado de uma nova forma, sem ser apenas associado à cultura do uso de drogas e do “Red Light District” em Amesterdão.
“Queremos apresentar a Holanda como um país aberto, criativo e inclusivo. Modernizamos a nossa abordagem”, disse na época uma porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Holanda, citada pelo jornal britânico The Guardian.
A Holanda, recorde-se, representa apenas duas das 12 províncias dos Países Baixos, Holanda do Norte e Holanda do Sul. O topónimo poderia vir das palavras “holt lant” dos antigos holandeses, com as quais descreveram uma área perto de Dordrecht e que é traduzida como “terra arborizada”.
“É um pouco estranho que se promova apenas uma pequena parte dos Países Baixos no estrangeiro, isto é, só a Holanda”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência espanhola EFE.
O logótipo internacional do país foi também alterado, tal como tinha já sido anunciado em outubro. A partir de agora, terá as iniciais NL (Nederlands), que juntas formam uma tulipa. A tradicional cor laranja mantém-se.
Prevê-se que 42 milhões de pessoas visitem o país anualmente até 2030, contra 18 milhões em 2018. As atrações conhecidas de Amesterdão são um importante fator de atração, levando a reclamações de superlotação na capital holandesa.