Segunda-feira, Abril 28, 2025
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Companhia aérea canadiana quer voar unicamente com aviões elétricos

Tony Hisgett / Wikimedia

Harbour Air De Havilland Canada DHC-2 Beaver

A Harbour Air, a maior companhia aérea de hidroaviões da América do Norte, quer tornar toda a sua frota elétrica. A empresa está a tentar ser a primeira no mundo a atingir zero emissões de carbono.

Os 42 hidroaviões da empresa canadiana poderão tornar-se totalmente elétricos dentro dos próximos três anos. Uma inovação com um toque ecológico na frota de aviões, que datam das décadas de 50 e 60. Esta será a primeira companhia aérea do mundo a ter uma aeronave elétrica.

A empresa transporta anualmente 500 mil passageiros em mais de 30 mil voos comerciais por ano, informa o jornal canadiano Vancouver Sun. A pensar não só na natureza, mas também nos elevados custos da gasolina para os aviões, a empresa anunciou, em comunicado, que está a trabalhar com a MagniX, uma fabricante de bateria e motores elétricos.

No comunicado, a firma anuncia parceria entre as duas empresas pretende “avançar a visão de um dia conectar comunidades com viagens aéreas elétricas limpas, eficientes e acessíveis”.

O motor terá 750 cavalos de potência e é esperado que se comecem a fazer testes de voo no final deste ano. O motor da MagniX terá uma densidade de energia de 200 watts-hora por quilo. A aeronave voará 30 minutos, com uma reserva de energia de mais 30 minutos – o suficiente para as viagens de curta duração que a companhia aérea faz.

“O Castor, que é o nome do avião, é um exemplo perfeito do valor que a energia elétrica pode hoje fornecer, ao contrário dos anos de espera até que as baterias nos permitam alcançar maiores distâncias”, disse o CEO da MagniX, Roei Ganzarski, em declarações à Forbes.

O fundador e CEO da Harbour Air, Greg McDougall, partilha do entusiasmo e diz que “se pensarmos nisto, é a evolução do transporte para a propulsão elétrica. O motor de combustão interno é praticamente obsoleto para o desenvolvimento”. Para McDougall, “elétrico é a resposta“.

Contudo, esta inovação terá os seus custos, que segundo o CEO da Harbour Air, ainda é difícil calcular, uma vez que ainda estão numa fase de investigação e desenvolvimento. Além disso, não se estão a construir motores elétricos de raiz, mas sim adaptar modelos antigos.

O custo é muito semelhante a colocar um motor de turbina num avião”, diz McDougall, defendendo que a nível de manutenção traz grandes vantagens. Isto porque “não tem de ser reconstruído a cada 2500 a 3000 horas”, argumenta. É também uma mais-valia para a natureza e a nível financeiro, porque “não consome combustíveis fósseis“.

ZAP //



Há uma ilha na Tailândia onde tirar selfies pode dar pena de morte

A praia tailandesa de Phuket, localizada junto do aeroporto local, tornou-se numa atração muito popular entre os turistas, que procurar tirar selfies com os aviões que passam a poucos metros acima das duas cabeças.

No entanto, estes comportamentos podem vir a ser sancionados. De acordo com o média local The Phuket News, as pessoas que tentarem a partir de agora tirar selfies aos aviões que passam sob as suas cabeças na praia correm o risco de enfrentarem acusações criminais, incluindo pena de morte, por distraírem os pilotos.

As autoridades do aeroporto anunciaram que vão mesmo fechar uma secção da praia, pois temem que ocorram acidentes. Embora não especifiquem de que forma é que tirar fotografias pode representar um perigo para os voos, acredita-se que os turistas podem distrair os pilotos com drones ou lasers.

Wichit Kaewsaithiam, vice-diretor do Aeroporto Internacional de Phuket, alertou as pessoas para ficarem longe da área restrita. “Podem tirar fotografias da praia [numa zona] mais longe da pista, para que as pessoas possam aproveitar a praia sem comprometer a segurança”, disse Kaewsaithiam.

O responsável sublinhou que “qualquer um que não cumpra o regulamento” pode enfrentar acusações previstas Air Aviation Act de 1978, que incluem “a pena de morte, prisão perpétua ou uma sentença de prisão de 5 a 20 anos”.

ZAP //



Peru vence litígio com família que reclamava ser dona de Machu Picchu

Hostelworld.com

Caminho Inca – Machu Picchu (Peru)

O Supremo Tribunal do Peru deu razão ao Estado peruano num processo em que uma família reclamava ser proprietária de 22 mil dos 35 mil hectares do parque arqueológico onde se situam as ruínas da cidadela inca Machu Picchu.

O tribunal considerou, na segunda-feira, infundada a pretensão da família Zavaleta Zavaleta que queria ser reconhecida como proprietária de parte das terras onde está situada a maior atração turística do país, noticiou a agência Efe.

A família alegava que o Estado peruano tinha expropriado os seus terrenos de forma ilegal e sem qualquer compensação económica.

Além de reclamar a propriedade dos terrenos onde está a rede de caminhos que rodeiam as ruínas, a família também pedia uma indemnização de 45 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros) como compensação pelos ingressos que os turistas pagaram durante os 14 anos que demorou a resolução do litígio. O processo foi interposto em 2005 e há 14 anos que decorria o complexo litígio judicial agora concluído em todas as instâncias.

A cidadela de Machu Picchu, uma atração turística a nível mundial, foi reconhecida em 1983 como Património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, em inglês) e, desde 2007, é considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo.

Cerca de quatro mil turistas visitam diariamente as ruínas do Império Inca.

// Lusa



Ilha italiana proíbe plástico descartável a partir de maio

A ilha italiana de Capri vai proibir, a partir de maio, plásticos de uso único e não biodegradáveis, como talheres, pratos, copos e recipientes para alimentos, segundo uma lei municipal aprovada pela Câmara local.

O objetivo deste novo regulamento é “reduzir o problema da poluição, melhorar a coleta seletiva de resíduos e, obviamente, contribuir para o cuidado do meio ambiente”, explicou à agência de notícias espanhola Efe o líder municipal daquela ilha na região da Campânia, Gianni De Martino.

“Nós temos um problema enorme e temos de contribuir. Já todos ouvimos falar das famosas ilhas de plástico que estão no mar”, afirmou Gianni De Martino.

A proibição entra em vigor na ilha em 15 de maio, às portas do início da temporada de verão, e vai ser aplicada a todo o território, em especial nas praias e na faixa costeira, que são as mais afetadas pela poluição de lixo plástico no mar.

Para que os estabelecimentos da ilha possam dar saída aos produtos que já possuem nos armazéns, a lei municipal permite o escoamento num prazo de 90 dias após a sua entrada em vigor, findo o qual são aplicadas multas de entre 25 euros e 500 euros.

Uma investigação da associação ambiental Legambiente, divulgada em 2017, revelou que o espaço marítimo entre a ilha de Capri e o continente foi o local onde foi detetada maior presença de resíduos na região de Campânia, com uma densidade quatro vezes superior à da média italiana.

Capri, que tem uma população de pouco mais de sete mil habitantes, é um dos destinos de férias mais populares de Itália e, durante vários anos, foi imposta uma taxa turística para preservar o meio ambiente.

Segundo Gianni De Martino, outras ilhas e cidades italianas localizadas próximas do mar, como Procida ou Nápoles, estão a preparar-se para aprovar iniciativas legislativas semelhantes à de Capri. “Estamos a procurar imitarmo-nos uns aos outros para ter um resultado muito maior”, afirmou o líder municipal.

Com a proibição de plástico a partir de meados do próximo mês, Capri antecipa em ano e meio uma diretiva europeia que quer reduzir os plásticos não biodegradáveis e acabar com os plásticos descartáveis a partir de 2021.

Na sexta-feira, o conselho de ministros italiano aprovou um projeto de lei para permitir aos pescadores recolher o plástico encontrado nas suas redes, uma vez que até agora eles tinham de despejá-lo no mar para evitar enfrentar um crime de transporte ilegal de lixo e o pagamento da sua eliminação.

Os produtos de plástico que Capri agora proíbe, e que constituem 70% do total de detritos marinhos, têm um lento processo de decomposição que faz com que se acumulem no mar e nas praias e acabem ingeridos por animais, como os peixes, que são depois consumidos pelo Homem.

Na semana passada, na ilha da Sardenha, na costa do turista Porto Cervo, um cachalote foi encontrado morto com mais de vinte quilos de plástico e um feto já morto no interior.

// Lusa



As cidades flutuantes pareciam ficção científica. Agora, podem ser uma realidade

(dr) BIG-Bjarke Ingels Group

Um conceito inovador para as cidades flutuantes foi apresentado esta semana durante uma reunião das Organização das Nações Unidas (ONU). Neste projeto, o Bjarke Ingels Group e a empresa Oceanix imaginaram comunidades completamente auto-suficientes, na era do aumento do nível do mar.

Em 2007, o empresário Mark Collins Chen tornou-se o ministro do Turismo na Polinésia Francesa. Uma das suas primeiras tarefas foi avaliar se a elevação do nível do mar era uma ameaça para o grupo de 118 ilhas, localizadas no sul do Pacífico, segundo indica um artigo do Fast Company, divulgado na quinta-feira.

Tendo em consideração a opinião de diferentes cientistas, rapidamente descobriu que um terço de todas as ilhas da Polinésia Francesa estaria submerso em 2035 ou 2050.

Para responder à crise vindoura, Mark Collins Chen – que foi ministro do Turismo durante um ano – quer construir grupos de ilhas flutuantes que poderiam atuar como novos assentamentos humanos, não só para a Polinésia Francesa mas também noutras das inúmeras ilhas e cidades costeiras que poderão ter um destino semelhante.

Estima-se que 2,4 bilhões de pessoas – 40% da população mundial – vivem em regiões costeiras que, provavelmente, serão afetadas pelo aumento do nível do mar como resultado das alterações climáticas.

No final de 2018, Mark Collins Chen fundou a Oceanix, que tem como objetivo construir a infra-estrutura urbana ‘off-shore’ que ajudará as pessoas a enfrentar problemas relacionados com o aumento do nível do mar, inundações e tempestades extremas.

Esta semana, o ex-ministro do Turismo e um grupo de colaboradores – que inclui o arquiteto Bjarke Ingels e especialistas em desperdício zero, engenharia hidráulica, mobilidade e design energeticamente eficiente -, revelaram o futuro de uma cidade flutuante sustentável durante uma reunião da ONU, em Nova Iorque (Estados Unidos).

A equipa estabeleceu um plano baseado em ilhas flutuantes hexagonais, de aproximadamente dois hectares – do tamanho de três campos de futebol e meio -, que abrigam 300 pessoas. “Isso pode ser a molécula básica de um sistema urbano compartilhado”, disse Bjarke Ingels.

Caso se combinem seis dessas ilhas é possível formar uma pequena aldeia em torno de um porto central aberto, com cada ilha a ter algum tipo de utilidade comunitária – como saúde, educação, espiritualidade, exercício, cultura e compras.

Continuando a agrupar esses complexos de seis aldeias, poderia se construir uma cidade com cerca de 11 mil habitantes. Fora da cidade flutuante haveria pequenas ilhas desabitadas com fins específicos, como coletar energia do sol ou cultivar alimentos, e que serviriam como amortecedores contra ondas e vento.

Embora a ONU não tenha endossado formalmente o projeto, a presença da equipa na sede da organização dá legitimidade a uma ideia que, há uns anos, pareceria ficção científica.

O secretário-geral assistente e vice-diretor executivo da ONU Habitat, Victor Kisob, indicou no seu discurso inicial que “todas as soluções devem ser consideradas na forma como construímos as cidades. É nosso dever garantir que este setor seja mobilizado para o bem de todas as pessoas”.

As cidades flutuantes não são novas: a ideia remonta aos astecas. Também o arquiteto Buckminster Fuller projetou uma cidade flutuante nos anos 60. Existem igualmente bairros flutuantes na Holanda, e o Seasteading Institute, apoiado por Peter Thiel – empresário americano e co-fundador do PayPal -, quer construir ilhas flutuantes que estejam livres do controle do Governo.

O que separa o plano da Oceanix de muitos outros planos é a escalabilidade. Se a organização puder descobrir como fazer com que uma aldeia de ilhas hexagonais funcione, teoricamente o sistema poderia ser repetido infinitamente.

“Já existem muitas iterações de casas e apartamentos flutuantes, mas não há uma visão integrada de como isso pode crescer”, disse Mark Collins Chen no evento.

A Oceanix espera projetar um sistema de cidade flutuante que seja inteiramente fechado, o que significa que a comida para os que lá vivem seria cultivada nas ilhas artificiais, onde a água seria capturada e o lixo reutilizado. Além disso, todas essas operações fundamentais só usariam energia coletada pela própria cidade.

“A ideia é extremamente ambiciosa, dado que poucas cidades conseguem alcançar uma, muito menos todas essas metas”, lê-se no artigo do Fast Company.

O plano agora é começar o protótipo desses módulos flutuantes hexagonais, que seriam ancorados a cerca de um quilómetro da costa das principais cidades, começando perto do equador, onde o clima é mais quente e onde os projetistas podem construir uma cidade praticamente ao ar livre.

Cada ilha seria ancorada ao fundo do oceano através de um material denominado biorock, que usa baixas tensões de eletricidade para estimular o crescimento de calcário nos depósitos minerais do oceano. O material é ecologicamente sustentável e, atualmente, é usado para facilitar o crescimento de recifes de corais.

Para Bjarke Ingels, há anos um entusiasta das cidades flutuantes e que recentemente construiu residências para estudantes em contentores, na Copenhaga (Dinamarca), uma das principais preocupações é garantir que as ilhas flutuantes sejam sustentáveis e desejáveis ​​para se viver.

As representações do conceito da equipa parecem quase utópicas, com pessoas a caminhar, vegetação e prédios de pequena escala.

“Imagine um porto comunitário com um mercado à beira-mar, onde se pode ir à noite e passear, onde as pessoas movem-se em veículos elétricos náuticos ao longo dos canais que conectam e separam ilhas”, disse. “Essa mesma configuração pode ser a tela para qualquer cultura. O que se está a projetar é uma infra-estrutura social urbana”, frisou o arquiteto.

Esta é uma ideia ambiciosa. Mas realmente funcionaria?

Para cada sistema necessário para manter a vida humana numa cidade flutuante, os responsáveis pelo projeto recorreram a especialistas no assunto.

S. Bry Sarte, co-fundador e diretor executivo da Sherwood Design Engineers, propõe um sistema de coleta de água do ar e do mar, utilizando as superfícies pavimentadas e os telhados da cidade flutuante para capturar esse recurso e direcioná-lo para o local de armazenamento, sem usar energia. Uma segunda fonte de água seria o oceano, com uma usina de dessalinização na parte de baixo da cidade flutuante.

Além disso, a equipa está a analisar máquinas para extrair a humidade do ar, particularmente eficazes nos climas tropicais, onde as primeiras cidades seriam instaladas.

O projeto propõe igualmente o uso de contentores flutuantes de armazenamento, que expandem e contraem com base na quantidade de água. A equipa está ainda a explorar formas de tratar águas residuais, para serem reutilizadas. Uma das ideias seria recolhê-las em piscinas naturais, onde seriam filtradas através de um sistema biológico.

Para que o mesmo funcione, toda a comida precisaria ser cultivada na cidade flutuante. Não haveria carne, “visto que o feijão é uma maneira muito mais eficiente de obter proteína”. O maior parte do cultivo seria ao ar livre, para usufruir da energia do sol, e as culturas serviriam também como espaço verde para os habitantes.

Mas, de acordo com Clare Miflin, a co-fundadora do Centro para o Desperdício Zero, uma cidade flutuante também precisaria de cultivar alimentos por outras vias. Uma possibilidade seria a agricultura vertical ao ar livre. Há também a aquaponia, a hidroponia e a aeroponia, que chegam a utilizar dez vezes menos água do que a agricultura tradicional, pulverizando somente as raízes de plantas.

Com a comida vem o desperdício. Clare Miflin idealizou um sistema circular, onde o desperdício de alimentos seria transformado em nutrientes para o solo, através da compostagem. O desperdício de alimentos passaria por um sistema pneumático de tubos diretamente para um digestor anaeróbico, onde se iniciaria o processo.

Há, ainda, o problema das embalagens. A co-fundadora acredita que seria crucial para a cidade flutuante usar apenas embalagens reutilizáveis, com pontos de recolha centrais para as pessoas colocassem as recipientes vazios. Nesse local, os mesmos seriam limpos e ficariam prontos para serem reutilizados.

Clare Miflin acredita que a reutilização das embalagens teria que se aplicar a todos os objetos da cidade flutuante, o que implicaria uma economia baseada na partilha de bens – desde livros e bicicletas até computadores. “Tudo seria alugado ao invés de pertencer a alguém”, disse.

No mesmo sentido, tudo teria que ser projetado para ser reparado e, eventualmente, reutilizado para outras finalidades – tanto um prédio como uma cadeira. Quando algum objeto chegasse ao fim de vida, os resíduos seriam enviados para um centro de triagem através dos tubos pneumáticos ou colocados em sacos reutilizáveis, marcados com um sensor que permitiria rastrear de onde vinha o lixo.

O projeto tenta fazer com que nessas comunidades futuristas seja fácil caminhar e andar de bicicleta. Segundo um dos consultores, Federico Parolotto – co-fundador e sócio da Mobility in Chain – este projeto permitiria que 60% das viagens fossem feitas com transportes sustentáveis. As restantes seriam com veículos elétricos partilhados, alguns dos quais utilizados dentro de cada hexágono e outros nos canais da cidade.

Relativamente à energia – que alimenta todos os sistemas -, Erik Olsen, sócio-gerente da Transsolar KlimaEngineering, acha que para as cidades flutuantes serem viáveis, cada morador precisaria ter um orçamento de energia – a sua parcela de toda a energia que a cidade poderia gerar sozinha – solar, eólica e a partir das ondas do mar.

Reduzir o consumo de energia passaria por minimizar a quantidade de transportes elétricos e cultivar alimentos ao ar livre. Além disso, os edifícios, especialmente nos trópicos, poderiam ser mais porosos, fazendo com que as pessoas recorressem menos ao ar condicionado.

Em última análise, Erik Olsen aponta que ter um orçamento de energia por pessoa só funcionaria se as opções de baixa energia fossem tão boas quanto as de alta energia.

Será o projeto viável?

É difícil dizer se a Oceanix conseguirá executar um projeto dessa magnitude e complexidade, quanto mais dimensioná-lo, refere o artigo do Fast Company. Existem muitos problemas ainda a serem descobertos e grande parte da tecnologia para tornar o projeto possível precisa ainda de ser criada do zero ou totalmente adaptada.

Embora existam fundos de capital de risco para infraestrutura verde e programas governamentais destinados a incentivar o desenvolvimento sustentável, a organização não forneceu muitos detalhes sobre o seu plano de negócios, por isso não está claro como poderia financiar o projeto.

Há também a questão da equidade e inclusão: Mark Collins Chen afirmou que uma das suas principais metas para a Oceanix é torná-la acessível, mas não explicou como planeia alcançar isso, especialmente considerando a quantidade de trabalho que seria necessário para criar o primeiro protótipo.

“Quem governará esses lugares? Terão os seus representantes eleitos no Governo da cidade mais próxima ou os seus próprios governos? Como se encaixam na economia maior? Quais serão os empregos nas cidades flutuantes? Os habitantes terão que se deslocar para o continente? As perguntas são quase infinitas”, aponta o artigo.

Mark Collins Chen espera que a ideia da Oceanix impulsione o desenvolvimento de uma tecnologia mais sustentável, criando todo um ecossistema de soluções que poderiam também ser aplicadas noutros lugares e ajudar a melhorar as cidades comuns.

“Quando se começa a pensar em reciclar água e resíduos, não há razão para que o que se aprende não se aplique a lugares convencionais – onde 90%, 95% ou 98% das pessoas estarão a viver”, frisou o economista e vencedor do Prémio Nobel Joseph Stiglitz, que se juntou à discussão na ONU.

Em última análise, a esperança dos responsáveis por esta ideia é que viver numa ilha artificial possa ser tão atraente quanto viver em terra, embora a equipa não espere substituir totalmente os padrões normais de habitação humana.

“A ideia que estamos a apresentar não é que todos estaremos a viver no mar no futuro” disse o arquiteto Bjarke Ingels. “Esta é simplesmente outra forma de ‘habitat’ humano. Pode ser uma semente que pode crescer com o seu sucesso”, acrescentou.

TP, ZAP //



Por uma noite, vai ser possível dormir na pirâmide do Louvre (sem ter que pagar)

O Louvre e a plataforma de alojamentos turísticos Airbnb associaram-se, por ocasião do 30.º aniversário da Pirâmide, para oferecerem uma noite especial para um casal naquele lugar cultural, na companhia da Gioconda e da Vénus de Milo, anunciou o museu francês.

A estadia funciona como um prémio, no âmbito de um concurso lançado. O vencedor poderá depois escolher um convidado ou uma convidada para o acompanhar, anunciou esta quinta-feira o museu parisiense.

O vencedor será escolhido por um júri que avaliará a resposta – mais divertida, apropriada ou criativa – a uma questã sobre a plataforma Airbnb: “Qual considera ser o anfitrião ideal de Mona Lisa?”. A noite de festa oferecida no maior museu do mundo, que começará depois de as portas fecharem, será de 30 abril para 1 de maio.

Todo o programa privilegiado será planeado pelos dois visitantes que serão guiados por uma historiadora de arte ao longo de toda a visita personalizada. Os premiados tomarão o aperitivo com a Gioconda num salão ao lado do precioso quadro de Leonardo da Vinci.

Depois, o jantar terá lugar numa sala ao pé da Vénus de Milo. Assistirão a um concerto intimista nos salões Napoleão III e dormirão sob uma pequena pirâmide reconstituída debaixo da grande Pirâmide, ao nível do Belvedére.

“Com o apoio da Airbnb, ajudaremos a descobrir as nossas coleções às pessoas que não visitam espontaneamente o museu, como sempre, de uma forma que torna a arte acessível a todos”, explicou Anne-Laure Beatrix, administradora geral adjunta do Museu do Louvre.

A partir de maio, e ao longo do ano, uma série de experiências serão disponibilizadas para reserva na plataforma Airbnb. Estas experiências, constam da programação do museu que será divulgada dentro de algumas semanas, e permitirão redescobrir o museu e as suas 35.000 obras de arte sob um ângulo novo, com visitas extras e concertos intimistas.

Com 10,2 milhões de visitantes em 2018, o museu francês é o mais visitado do mundo.
A Airbnb concluiu a sua parceria num momento em que está sob fogo de críticas da presidente da Câmara de Paris por não respeitar as regras em termos de alojamentos.

A Câmara intentou uma ação judicial contra a plataforma, passível de uma indemnização de 12,5 milhões de euros, por ter colocado em linha 1.000 alojamento não registados, como prevê a lei francesa do alojamento local.

ZAP // Lusa



Plásticos inundam praias de Tenerife. “Não é preciso ir à Indonésia para ficar com os olhos em lágrimas”

Océano Limpio Tenerife / Facebook

Um vídeo mostra quilos e quilos de plástico que deram à costa na ilha de Tenerife, em Espanha. Nas imagens, que rapidamente viralizaram nas redes sociais, é possível ver a praia coberta por dezenas de pequenos plásticos que são, na sua grande maioria, empurrados pela corrente até à costa. 

As Canárias, arquipélago ao qual pertence a ilha de Tenerife, estão localizadas no meio da corrente marinha que atravessa o Atlântico norte, que atua como uma espécie de barreira, fazendo com que os resíduos que são arrastados pelas águas acabem nas suas praias.

As imagens foram gravadas no passado 24 de março, data em que foi agendada uma ação de limpeza coordenada por uma organização ambiental. Durante o vídeo, é possível ouvir María Celma, fundadora do movimento de limpeza marinha Oceano Limpo Tenerife.

Celma lamenta o estado lastimável em que se encontra a praia. “É desolador (…) Tudo o que veem são caminhos de micro-plásticos”.

Não é preciso ir à Indonésia para ficar com os olhos em lágrimas”, comenta a ativista que, com esta gravação, pretende consciencializar a população de que é “essencial” realizar um projeto para proteger o meio ambiente.

Ayer en El Poris.Así me sentía…..#océanolimpiotenerife #oceanolimpiotnf2019 #oceanolimpiotenerife #porpocoquehagamos #tenerife #tenerifesur #tenerifenorte #tenerifelicidad #tenerifesea #tenerifephoto #canarias #islascanarias #canaryislands #savetheocean #savetheoceans #savethesea #saveanimals #cleanocean #cleanoceans #plastickills #plasticfree #plastico #plasticocean #plasticfreeoceans #take3forthesea #5minutesbeachcleanup

Publicado por Océano Limpio Tenerife em Segunda-feira, 25 de março de 2019

O vídeo foi grava na Playa Grande mas, segundo explicou a ativista em declarações ao Verne, existem várias outras praias atingidas em Tenerife, muitas das quais ainda mais sujas. “Todos os plásticos estão expostos na areia, na Playa Grande, mas existem praias rochosas que são muito mais sujas, mas tal só se percebe ao levantar pedras”.

Depois de o vídeo ter sido divulgado nas redes sociais do movimento, surgiram mais iniciativas individuais e coletivas que visam ir até às praias afetadas para terminar de recolher as camadas de plástico que as cobrem.

Os plásticos são hoje, mais do que nunca, um problema para o meio ambiente. Estas substâncias, que levam anos a degradar-se são uma ameaça real para os mares e para todos os ecossistemas que abrigam.

De acordo com a Greenpeace, todos os anos mais de um milhão de aves e mais de 100 mil mamíferos marinhos morrem devido aos plásticos que acabam no mar.

Este problema ambiental obrigou recentemente à tomada de decisões políticas. A União Europeia pretende, até 2023, proibir produtos de plástico de uso único. Materiais plásticos como pratos, copos, talheres, palhinhas, varas de balões ou cotonetes deverão começar a ter um fim na União Europeia em 2021, prolongando-se a sua retirada até 2023.

A Ilha de Komodo pode deixar de o ser. Os turistas estão a roubar os dragões

zoofanatic / Flickr

A ilha indonésia de Komodo está prestes a fechar para turistas durante um ano, segundo indicam alguns órgãos de comunicação locais. Esta trata-se de uma medida do Governo para combater uma alegada rede de tráfico dos famosos dragões de Komodo.

A partir de janeiro de 2020 a entrada na ilha estará proibida a turistas, de acordo com indicações do porta-voz da administração local, Marius Jelamu. Os planos para limitar a entrada de turistas na ilha não são recentes, mas agora, a descoberta de uma suposta rede de contrabando destes dragões poderá mesmo levar ao fecho da ilha, informa o Tempo.

Segundo indicações deste jornal indonésio, 41 dragões de Komodo foram roubados da ilha para ser vendidos no estrangeiro. Cada um destes lagartos custa 500 milhões de rupias — o equivalente a cerca de 30 mil euros. O caso de contrabando foi exposto pela polícia de Java Oriental.

Durante o fecho da ilha, os animais vão ser integrados num programa de conservação animal, que irá procurar aumentar a população da espécie e preservar o seu habitat natural. Marius Jelamu diz que o encerramento só vai acontecer na Ilha de Komodo e não em todas as áreas de conservação do lagarto.

Jelamu diz que o encerramento temporário da ilha dará ao Governo o tempo necessário para a conservação da espécie, de forma a garantir alimento suficiente para os dragões e preservar o meio ambiente da ilha.

A CNN recorda que a ilha de Komodo se tem tornado cada vez mais popular nos últimos anos, graças ao surgimento de novos voos e hotéis na cidade vizinha de Labuan Bajo, na Ilha de Flores. Atualmente, o Parque Nacional de Komodo recebe uma média de 10 mil visitantes por mês.

O dragão de Komodo, famoso pela sua mordida venenosa e enorme tamanho, pode crescer até aos três metros de comprimento e pesar até 70 quilos. Há mais de 5 mil dragões espalhados pelas regiões de Komodo, Rinca, Gili Motong e Flores.

ZAP //



“Praias douradas” a preços de saldo. Imprensa britânica destaca os melhores destinos em Portugal

Garaigoikoa / Flickr

Praia da Ponta da Piedade

O jornal britânico The Telegraph fez uma lista dos melhores destinos costeiros em território português. As “praias douradas” conjugadas com o “preço de saldo” são destaque do consagrado diário do Reino Unido.

Ouro, especiarias, bacalhau, fado e Fernando Pessoa. É assim que o The Telegraph introduz Portugal aos seus leitores. Com “uns meros 217 quilómetros” de largura, mas de destino obrigatório àqueles que nunca lá passaram. Desde as falésias calcária do Algarve às montanhas de granito do norte.

“Vá ao longo da costa e encontrará Portugal, a sua história, o seu coração e a sua alma“, diz o jornal. A imprensa britânica rendeu-se à beleza da linha costeira portuguesa e definiu um leque de destinos de sonho, a preços económicos.

São destacadas cinco regiões do país: o Porto e o norte, o centro de Portugal, a costa lisboeta, o Alentejo e o Algarve. O que visitar, o que comer e beber, e onde ficar são as sugestões feitas aos leitores britânicos.

O Porto e o norte

O The Telegraph dá Portugal a conhecer aos seus leitores e começa por falar do norte do país. Definindo o Porto como a bandeira da região. A praia da Foz, o rio Douro e a vertente cultural, com antigas igrejas e museus contemporâneos.

“Suba a costa até à região do Minho, onde a vida ainda está firmemente enraizada na tradição, com frequentes festivais folclóricos, mercados de rua e paisagens bucólicas onde os carros de bois ainda dominam”, escreve. Sem esquecer Guimarães, o berço de Portugal, “uma cidade medieval que se mantém intocável pelo turismo e pelo século XXI”.

No extremo superior do país, Viana do Castelo, onde “as ruas desta cidade histórica estão repletas de mansões opulentas de estilo manuelino, renascentista e barroco, construídas usando a riqueza com a qual os exploradores do século XVI retornaram das suas viagens marítimas”. Vila do Conde não fica esquecida, mas a Praia de Afife, em Viana do Castelo, é mesmo a predileta no norte.

Centro de Portugal

Os reflexos intensos da luz sobre o mar deram origem a esta parte da costa, conhecida como Costa de Prata“, escreve o jornal britânico. De visita obrigatória está Aveiro, a “Veneza de Portugal”. Os moliceiros navegam pela cidade e permitem conhecer o mercado de peixe e a sua gastronomia local.

Descendo pela costa até Leiria, o diário destaca a Nazaré — “um resort de verão, que é melhor visitar fora da época alta”. A sua praia e as suas falésias que abraçam a baía são ilustrativas da beleza da região e a vila de pescadores mostra as tradições marítimas do país. A Praia da Concha, na Marinha Grande, é considerada pelo diário britânico como a melhor praia do centro do país. Sem nunca esquecer os incomparáveis vinhos e a gastronomia da região.

Costa lisboeta

A capital portuguesa é dos melhores destinos para se viajar e não ficou de parte desta lista. A norte de Lisboa: “onde a elite costumava passar o verão nos séculos passados”, a sul: “as reservas naturais do Tejo e do Sado, praias majestosas e as montanhas da Arrábida”.Do outro lado do Tejo, é destacada a fregueia de Azeitão, no concelho de Setúbal. “É famosa pelo queijo artesanal e pela mais antiga produtora de vinho de mesa de Portugal, a José Maria da Fonseca”.

Regressando a Lisboa, o The Telegraph fala de Cascais e da popular Praia Conceição. “É uma cidade movimentada e moderna, mas ao longo de sua costa, ainda tem vilas palacianas, muitas das quais foram transformadas em hotéis”, refere o jornal.

O Alentejo

“As vastas planícies alentejanas estão repletas de cidades fortificadas, montanhosas, medievais, vestígios e antas romanas, bosques de sobreiros, oliveiras e vinhas, enquanto a sua costa oferece praias intactas”. O jornal britânico rendeu-se à região e recomenda a visita de Comporta e da sua longa praia.

A pequena aldeia piscatória de Zambujeira do Mar também não pode fugir aos olhares atentos dos britânicos. Para os amantes da música, o The Telegraph destaca o MEO Sudoeste, um dos maiores festivais em Portugal.

Com uma paz que lhe é característica, o Alentejo tem ainda uma gastronomia própria e um lote de vinhos que não podem passar despercebidos.

O Algarve

Aquela que é provavelmente o maior destino de férias em Portugal e para portugueses, a sua costa de 200 quilómetros é também um dos destinos mais badalados dos britânicos. Com praias de areia dourada e uma hospitalidade reconfortante, o Algarve é visto pelo Telegraph como um dos melhores destinos para fazer praia.

A praia de Odeceixe e a Praia da Marinha, com mais de 300 dias de sol por ano, são tidas como duas das melhores praias dos país. “Além das praias, o Algarve tem uma reserva natural, o Parque da Ria Formosa, que segue 60 quilómetros pela costa”.

O The Telegraph termina a sua lista destacando Lagos e Tavira, como cidades a visitar numa futura passagem por Portugal. Uma série de destinos de sonho, para todos os gostos e com preços que agradam a qualquer carteira.

ZAP //



Se quer ir à Finlândia com tudo pago, alugue um finlandês

A página oficial do turismo da Finlândia, o país mais feliz do mundo, lançou recentemente um concurso onde pode “alugar” um finlandês que irá ser o seu guia para encontrar a felicidade.

Parece uma brincadeira, mas não é. Visit Finland’s Rent a Finn é uma iniciativa onde os finlandeses partilham os seus conhecimentos e mostram aos turistas como se podem ligar à natureza e encontrar a calma interior.

O país mais feliz do mundo quer partilhar o seu estilo de vida com o resto do mundo. Segundo a Renascença, a campanha “Rent a Finn” (“Aluga um Finlandês”) pretende aumentar o potencial turístico da nação escandinava e, para isso, está a oferecer férias de verão.

Para ser um dos sortudos, só tem de apresentar uma candidatura. Os candidatos têm que puxar pela imaginação e realizar um vídeo de três minutos, com uma breve descrição pessoal. Além disso, têm de falar da sua relação com a natureza, explicar o objetivo da visita e preencher a candidatura no site oficial.

Os vencedores vão poder visitar a Finlândia durante três dias, em datas conforme a disponibilidade dos anfitriões, que serão os guias para a felicidade.

A Renascença adianta que todas as despesas de viagens e alojamento estão asseguradas. No entanto, os turistas serão filmados durante a estadia no país mais feliz do mundo para fins comerciais.

Oito finlandeses de várias cidades voluntariaram-se para receber os visitantes. Os nativos prometem mostrar e ensinar aos estrangeiros selecionados a cultura e os hábitos dos finlandeses.

ZAP //



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