Sábado, Maio 24, 2025
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Vai passar a ter mais privacidade nos Airbnb

A plataforma de alojamento local Airbnb determinou a proibição de câmaras de vigilância dentro dos alojamentos alugados através da sua plataforma, a partir de 30 de abril, com o objetivo de proteger a privacidade dos seus clientes.

A Airbnb – que até agora permitia câmaras de vigilância em áreas comuns, como corredores ou sala de estar, se estivessem claramente visíveis no anúncio – anunciou, esta segunda-feira, a proibição de câmaras de vigilância dentro dos alojamentos que aluga.

Recentemente, têm surgido, nas redes sociais, queixas de vários clientes que encontram câmaras de vigilância escondidas nas casas que alugam e alguns em locais onde a privacidade deveria ser respeitada.

“Esta atualização faz parte dos esforços da plataforma para simplificar a sua política relativa a câmaras de segurança e outros dispositivos, e assim proteger a privacidade da comunidade de anfitriões e viajantes”, destacou a empresa, num comunicado, no seu site.

Esta nova política, bem como o reforço das regras sobre câmaras de vigilância exteriores, entrará em vigor em 30 de abril, segundo a empresa.

“O nosso objetivo com estas novas regras é proporcionar à comunidade maior clareza sobre o que pode esperar do Airbnb”, realçou Juniper Downs, responsável pelas regas de comunidade e parcerias, citada na publicação.

Câmaras em campainhas e dispositivos de medição de decibéis ainda serão permitidas pelo Airbnb para proteger os alojamentos, segundo a empresa.

Relativamente às câmaras exteriores, será obrigatório anunciar a sua presença e localização antes de qualquer confirmação de reserva e não serão permitidas em determinadas áreas, como duches exteriores fechados ou saunas, acrescentou a plataforma.

// Lusa



Dormir na biblioteca secreta desta histórica catedral vai ser possível a partir desta terça-feira

Emperorzurg123 / Wikipedia

Catedral de São Paulo, em Londres, Reino Unido

Experiência imersiva da Airbnb tem lugar na sexta-feira, 15 de março. Será a primeira vez que alguém dorme oficialmente dentro da catedral desde os tempos da Segunda Guerra Mundial.

Se nunca passou uma noite num monumento histórico, esta é a sua oportunidade.

A histórica Catedral de São Paulo, em Londres, vai abrir portas para a experiência de uma vida: dormir na sua biblioteca secreta — e por apenas 7 libras (8,21€)!

Quem conseguir a reserva vai entrar inicialmente pela porta do deão e subir a famosa escadaria geométrica, feita pelo arquiteto inglês Sir Christopher Wren há mais de trezentos anos. Mas despachem-se, amantes de literatura! Só há vaga para dois na experiência imersiva da Airbnb, que tem lugar na sexta-feira, 15 de março. 

Depois de uma visita inicial à fascinante biblioteca, que conta com mais de 22 mil livros que rodeiam poltronas de costas enormes e uma lareira de mármore, os sortudos são acompanhados pelo deão de S. Paulo numa visita à catedral.

“Os convidados terão a oportunidade exclusiva de se perderem nas páginas de The Reappearance of Rachel Price, de Holly Jackson, Camino Ghosts, de John Grisham, e Lies and Weddings, de Kevin Kwan, antes de deitarem as mãos aos volumes nas prateleiras da biblioteca”, descreve o Airbnb.

Os hóspedes dormirão numa cama de casal com cabeceira de madeira no quarto da biblioteca, e têm acesso à biblioteca toda.

A estadia termina só ao fim de muita leitura, já depois do pequeno-almoço, com uma subida à cúpula da catedral. Será a primeira vez que alguém dorme oficialmente dentro da catedral desde os tempos da Segunda Guerra Mundial, quando a Vigília protegia o edifício.

Com jantar, alojamento e pequeno-almoço — e não só — pelo valor simbólico, os hóspedes mais sortudos serão recebidos pela criadora de conteúdo Abby Parker, famosa pela sua influência na comunidade literária.

“A biblioteca recentemente restaurada de São Paulo tem sido há muito um tesouro secreto da Catedral — habilmente escondido pela arquitetura engenhosa de Christopher Wren”, diz a  diretora de Engajamento dos Visitantes da catedral, Sandra Lynes Timbrell, citada pelo Travel Tomorrow.

“Alguns convidados muito afortunados terão agora a oportunidade de explorar mais profundamente a história e a maravilha da Catedral de São Paulo com esta estadia verdadeiramente única”, concluiu.

Os amantes de literatura podem tentar a sua sorte aqui a partir das 11h00 de Lisboa desta terça-feira.

ZAP //



O “Melhor Destino de Praia da Europa” fica em Portugal

A ilha Porto Santo, na Madeira, conquistou hoje, pela primeira vez, a distinção de “Melhor Destino de Praia da Europa”, na gala dos World Travel Awards (Prémios Mundiais de Viagem), que decorreu em Berlim, anunciou o governo madeirense.

Segundo a secretaria do Turismo e Cultura madeirense, “o Destino Madeira foi triplamente premiado na gala europeia dos “World Travel Awards”, visto que esta região foi também considerada o “Melhor Destino Insular da Europa” e a Associação de Promoção deste arquipélago como a melhor “Entidade de Turismo”.

“Esta é uma noite excecional para a Madeira, para o Porto Santo e para o Turismo”, disse o secretário regional com a tutela, Eduardo Jesus, na informação divulgada.

Na opinião do governante madeirense, “hoje a Madeira, o Porto Santo e o Turismo da Madeira, através da Associação de Promoção, foram elevados ao mais alto patamar de reconhecimento internacional”.

Eduardo Jesus vincou ser uma “noite memorável”, porque a Madeira “faz o pleno e conquistou prémios que deixam toda a gente impressionada”.

Também destacou que as distinções conquistadas, são o “coroar de um processo, de um trabalho feito com enorme dedicação, grande profissionalismo” e, simultaneamente, permite “reconquistar a simpatia de muito mais pessoas e fazer com que através do turismo a Madeira e o Porto Santo estejam na linha da frente num reconhecimento da atividade em si, da hospitalidade, que é uma característica muito própria dos madeirenses e porto-santenses”.

O secretário recordou que “desde 2013, a Madeira tem sido nomeada e galardoada nos World Travel Awards, prémios de elevada reputação europeia e mundial”

A Madeira conquistou hoje, pela décima vez, a distinção de “Melhor Destino Insular da Europa”, vencendo outras 12 ilhas que estavam igualmente em votação, nomeadamente os Açores, as Ilhas Canárias, Ibiza, Maiorca (Espanha) Creta, Ciclades (Grécia), Sardenha, Sicília (Itália), Malta, Chipre, Guernsey e Jersey (Reino Unido).

No caso do galardão atribuído à praia do Porto Santo – com uma extensão de nove quilómetros de areia dourada e fina –, a ilha suplantou o Algarve, Cannes (França), Corfu e Costa Navarino (Grécia), Maiorca e Marbella (Espanha) e Sardenha (Itália).

Por seu turno, a Associação de Promoção da Madeira recebe, pela primeira vez, o prémio de “Melhor Entidade de Turismo da Europa”, num galardão disputado com outros 13 nomeados casos das estruturas de turismo da França, Áustria, Croácia, Irlanda, Alemanha, Grécia, Espanha, Itália, Turquia, Eslovénia, Portugal e o Visit England.

Na cerimónia que teve lugar em Berlim foi ainda anunciado que a Madeira será anfitriã de duas cerimónias internacionais dos World Travel Awards, no próximo mês de novembro, designadamente os World Golf Awards no dia 22 e a gala mundial no dia 24.

“A realização destes eventos, apresenta-se como oportunidade ímpar para mostrar ao mundo como a Região é um destino único e especial”, salientou Eduardo Jesus.

Os ‘World Travel Awards’ foram galardões criados em 1993 e são atribuídos anualmente para reconhecer, premiar e celebrar a excelência de todos os setores chave das indústrias de viagens, turismo e hospitalidade.

// Lusa



Portugal tem o melhor destino para quem procura aventura

JCNazza / Wikipedia

Miradouro da boca do Inferno, Açores

Portugal conquistou um total de 31 prémios nos “óscares” do turismo, atribuídos esta quarta-feira, em Berlim.

Os Açores foram eleitos como Melhor Destino de Aventura da Europa pelo World Travel Awards 2024, o quarto título europeu desde 2020, anunciou esta quinta-feira a associação Visit Azores.

O título foi atribuído, na quarta-feira, em Berlim, na Alemanha, na gala apelidada de “Óscares do Turismo”, de acordo com um comunicado de imprensa da Visit Azores, entidade responsável pela promoção externa dos Açores.

A associação refere que se trata do “quarto título europeu desde 2020”, já que o galardão veio para o arquipélago também em 2021 e em 2022 e no início de dezembro o arquipélago foi também votado como o Melhor Destino de Aventura do Mundo, prémio recebido na cerimónia dos World Travel Awards, no Dubai.

A Visit Azores sublinha que o título de Melhor Destino de Aventura da Europa “solidifica a posição única deste arquipélago como um verdadeiro paraíso para os amantes de experiências emocionantes e inesquecíveis“.

“Este título volta a reforçar a posição das ilhas açorianas não apenas como um local de beleza natural excecional, mas também como um destino de eleição para aqueles que procuram experiências verdadeiramente extraordinárias no vasto mundo do turismo de aventura”, é referido ainda na nota divulgada.

Portugal conquistou um total de 31 prémios na gala europeia, entre os quais o Melhor Destino de Praia da Europa.

  • Melhor Projeto de Turismo Responsável: Dark Sky Alqueva
  • Melhor Atração Turística: Dark Sky Alqueva
  • Melhor Projeto Turístico: Passadiços do Mondego
  • Melhor Gestora de Boutique Hotel: Amazing Evolution
  • Melhor Gestora de Hotéis: Amazing Evolution
  • Melhor Companhia Aérea da Europa para a América do Norte: Azores Airlines
  • Melhor Companhia Aérea Regional: SATA Air Açores
  • Melhor Entidade de Turismo: Madeira Promotion Bureau
  • Melhor Resort Villas: Dunas Douradas
  • Resort mais Romântico: Pousada Mosteiro Amares
  • Melhor Hotel de Luxo: Savoy Palace
  • Melhor Hotel de Praia: Pestana Alvor Praia
  • Melhor Hotel Design: 1908 Lisboa Hotel
  • Melhor Hotel Lifestyle: W Algarve
  • Melhor Hotel Urbano Família e de Bem-Estar: Pestana Palace Lisboa
  • Melhor Resort Lifestyle: Conrad Algarve
  • Melhor Resort de Suites: Wyndham Grand Algarve
  • Melhor Hotel de Luxo para Viagens de Negócios: Pestana Palace Lisboa
  • Melhor Boutique Hotel de Luxo: Valverde Hotel, Lisboa
  • Melhor Resort Insular: Vila Baleira Resort
  • Melhor Resort Desportivo: Cascade Wellness Resort
  • Hotel de Região de Vinhos: L’AND Vineyards

ZAP // Lusa



Afinal, onde fica o Miradouro dos Piornos? Manteigas e Covilhã em “guerra”

A Câmara de Manteigas, no distrito da Guarda, vai avançar para tribunal para reclamar os terrenos onde o município da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, construiu o Miradouro dos Piornos na Serra da Estrela.

“Trata-se de tentar repor uma legalidade administrativa que é a definição dos limites dos territórios de cada concelho”, alega o presidente da Câmara de Manteigas, Flávio Massano, em declarações à agência Lusa.

Massano realça que é uma questão de “correção dos limites” e rejeita a ideia de uma luta entre Câmaras Municipais que são vizinhas.

O autarca explica ainda que a decisão “decorre de várias pressões dos manteiguenses e dos políticos das diversas cores do concelho”.

Não é uma cruzada contra os investimentos da Covilhã“, acrescenta. “Quero é que a Covilhã continue a investir e a valorizar a Serra da Estrela“, destaca também o autarca eleito pelo movimento independente Manteigas 2030 que retirou a Câmara ao PS.

Contudo, Massano nota que não pode deixar “cair esta reivindicação em saco roto”, não só pelas “pressões”, mas também porque é “uma luta por aquilo que os antepassados deixaram“.

“Repor verdade” e homenagear os antepassados

“Não se trata de um processo bélico, não se trata de uma luta entre duas Câmaras. Só queremos repor alguma verdade” e “prestar homenagem e reconhecimento ao trabalho dos antepassados”, salienta.

Massano realça que “por alguns erros das cartas oficiais“, alguns terrenos, nomeadamente aquele onde se encontra o Miradouro de Piornos, “foram retirados ao território de Manteigas”.

O autarca reconhece que o turista que visita a Serra da Estrela não quer saber se está em Manteigas, na Covilhã, ou em Seia. “Mas para os nossos antepassados e aqueles que construíram o nosso território também custa ver que, por um erro administrativo, se perderam demasiados metros quadrados de território”, reforça.

“O importante é que venham turistas”

A Câmara da Covilhã “está bastante serena” em relação ao assunto, como conta à Lusa o vereador que tem o pelouro do Turismo, José Miguel Oliveira.

“Não vemos qualquer inconveniente naquilo que está lá feito”, acrescenta o vereador, salientando que os limites dos concelhos estão definidos na Carta Administrativa há muitos anos.

Quanto ao Miradouro em si, a obra foi financiada por fundos comunitários e “foi alvo de todas as fiscalizações”, realça José Miguel Oliveira.

Para a autarquia da Covilhã, “não há nenhuma situação de conflito” e “o importante é que o equipamento traga visitantes à Serra da Estrela”, o que está a acontecer, nota o mesmo vereador.

O Miradouro dos Piornos foi inaugurado em Outubro de 2022. A estrutura encontra-se a 1.630 metros de altitude e integra a rede de miradouros da Serra da Estrela preconizada pela Câmara da Covilhã.

ZAP // Lusa



Páscoa: portugueses viajam mais este ano. Eis os destinos preferidos

Giåm / Flickr

Ilha de São Jorge, Açores.

As ilhas da Madeira e dos Açores lideram as preferências para passar o feriado de dia 31. No continente, uns preferem o sol do Algarve enquanto outros querem ver a neve na Serra da Estrela. Mas há quem queira “fugir” para longe.

A Páscoa está aí à porta e as ilhas da Madeira e dos Açores reafirmam o seu domínio nas preferências dos portugueses para passar o feriado.

Os preços das viagens para o Funchal, na ilha da Madeira, eleita “Melhor Destino Insular do Mundo”, e para os Açores, “Melhor Destino de Turismo de Aventura do Mundo”, podem ultrapassar os 300 euros à medida que a Páscoa se aproxima.

“As vendas e as reservas efetuadas são francamente superiores ao ano anterior“, disse o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

“Saem mais para todos os destinos. Há mais destinos, há mais oportunidades, têm surgido destinos novos, têm surgido e estão a surgir novas ocupações ‘charter’, portanto, tudo isto, aponta para números superiores, apesar de termos que olhar para estes números com alguma prudência e com alguma capacidade de esperar por números mais definitivos”, explicou Pedro Costa Ferreira.

Os arquipélagos também estiveram no topo das preferências para passar o Réveillon de 2024.

Algarve e Serra da Estrela não ficam atrás

O foco na procura interna está nas ilhas, com estadias que variam entre três a quatro noites, mas este ano o Algarve e a Serra da Estrela também despertam grande interesse e a projetarem uma elevada expectativa de ocupação.

O Algarve antecipa um “bom arranque” na época pascal, que se espera que seja um prelúdio para uma forte procura turística no verão. As expectativas de ocupação superam as do ano anterior, com um incremento estimado entre 3% a 4%, dizem agentes do setor ouvidos pelo Jornal de Notícias. A maioria ainda é portuguesa, seguida de britânicos, holandeses e franceses.

A serra da Estrela, por outro lado, atrai aqueles que procuram a beleza da neve e a promessa de mais nevões nas semanas que antecedem a Páscoa.

Entre os destinos fora do país, destacam-se os EUA ou as Maldivas, mas o destino número um é Cabo Verde, de acordo com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.

Outros preferem destinos europeus como Itália, França — especialmente a Disneylândia, Turquia, Reino Unido e Espanha, ou até destinos exóticos como Marrocos, Caraíbas, Índia, Brasil, Senegal, México, República Dominicana, Egito, Djerba (Tunísia) e cruzeiros no Mediterrâneo.

“Ao nível das reservas em março já são superiores e a oferta é maior. Portanto sim, os portugueses continuam a viajar e no início do ano os dados que nós temos é que estão a viajar e/ou a reservar mais do que o ano passado

A Páscoa, este ano, vai ser celebrada no domingo de 31 de março, ao contrário de no ano passado, que foi em abril.

ZAP // Lusa



A história sinistra por trás de algumas das primeiras atrações turísticas do mundo

Fanny Schertzer / Wikimedia

Nyamata Memorial Site

O fascínio com a exposição de restos mortais humanos não é novo, mas há quem questione se é ético continuar a exibi-los em museus.

Numa era onde a cultura digital e a curiosidade histórica se entrelaçam, uma tendência recente no TikTok reacendeu o debate sobre a exposição de restos humanos em museus e locais históricos.

A exposição de restos humanos tem uma longa história, desde a veneração de relíquias sagradas na Idade Média até as práticas contemporâneas de exibição em museus. Locais como o Museu Nacional de Civilização Egípcia no Cairo e o Mütter Museum em Filadélfia atraem milhões com a promessa de um encontro íntimo com o passado. No entanto, o que outrora foi visto como uma prática educacional e de entretenimento é agora questionado sob a luz da ética moderna.

Os restos humanos sempre fascinaram os viajantes. Na Idade Média, peregrinos cristãos viajavam durante meses pela Europa para contemplar a cabeça decepada de João Batista (que ainda pode ser vista na Basílica de San Silvestro in Capite em Roma); a língua de Santa Maria do Egito (exposta na Igreja de São Brás em Vodnjan, Croácia); e o “santo prepúcio”, a única peça de carne de Jesus que restou após a sua ascensão ao céu. (Guardado após a circuncisão do Salvador, este precioso relicário foi reivindicado por meia dúzia de igrejas por toda a Europa).

Estas relíquias antigas ajudaram a criar alguns dos primeiros locais turísticos do mundo. Partes do corpo também eram um grande negócio. A Igreja Católica construiu relicários luxuosos e criou uma indústria de hospitalidade incipiente à volta deles, e peregrinos abastados desembolsavam grandes somas para ver estas relíquias de perto.

A frenologia do século XIX, uma pseudociência que pretendia determinar traços de caráter a partir da forma do crânio, levou à recolha e exposição de esqueletos indígenas sob pretextos científicos. Hoje, reconhece-se amplamente que tais práticas eram parte de um sistema mais amplo de opressão e racismo colonial.

“A sociedade ocidental tem uma fascinação pelo macabro,” disse o Dr. Michael Pickering, professor associado no Departamento de Património e Estudos Museológicos na Universidade Nacional da Austrália em Camberra, que estudou questões em torno da exposição de restos humanos por mais de três décadas. “Tornámo-nos muito isolados da morte no Primeiro Mundo, por isso as pessoas ficam entusiasmadas por serem chocadas. É uma descarga de adrenalina.”

Nem todos no Ocidente consideravam a exibição dos mortos como moralmente justificada. Mesmo alguns vitorianos sentiam-se desconfortáveis com a parada de curiosos a afluir para ver múmias egípcias, e os egiptólogos eram considerados por alguns como pouco mais do que saqueadores de túmulos.

O movimento para a repatriação de restos humanos, liderado por grupos indígenas, também ganhou força nas últimas décadas. Nos Estados Unidos, a Lei de Proteção e Repatriação de Túmulos de Nativos Americanos (NAGPRA) representa um passo importante nessa direção, embora o processo tenha sido lento e complicado por questões legais e logísticas.

A recente decisão do Museu Americano de História Natural em Nova Iorque de retirar restos humanos da exibição marca um ponto de viragem significativo. Muitos pertenciam, admitiu o museu, a “vítimas de tragédias violentas ou representantes de grupos que foram abusados e explorados, e o ato de exposição pública prolonga essa exploração”.

“É uma tentativa de reconciliação com o nosso passado colonial,” disse Pickering, que trabalhou como curador no Museu Nacional da Austrália em Camberra por mais de duas décadas. “Se os nossos restos são importantes, então os dos outros também são. Não há restos humanos de primeira e segunda classe.”

Ainda assim, isto não resolve o problema mais fundamental, explicou Pickering: todas as grandes instituições de antropologia do mundo ocidental, desde o Museu Britânico em Londres ao Museu do Homem em Paris ao Museu Nacional do Índio Americano em Washington DC, têm salas de armazenamento repletas de ossos de povos indígenas, que foram “colhidos” até ao século XX.

Em 2023, o orgão de comunicação sem fins lucrativos ProPublica estimou que mais de 110.000 restos de nativos americanos, havaianos e povos do Alasca ainda estão em museus, universidades e agências federais dos EUA. O número total de povos indígenas de todo o mundo em museus dos EUA pode estar mais próximo de meio milhão. Multiplique isso pelos museus internacionais e os números tornam-se impressionantes.

Recentemente, esta reavaliação ética da exibição de restos humanos indígenas transbordou para a exibição de todas as relíquias humanas. Em 2022, o Mütter Museum tornou-se um caso de estudo quando a sua recém-nomeada diretora executiva Kate Quinn declarou que muitas das suas exposições anatómicas eram antiéticas, quer fossem de povos indígenas ou não.

Tais mudanças provocaram indignação em círculos conservadores: “A Cultura do Cancelamento Chega ao Museu Mais Estranho de Filadélfia” lia-se o título de um op-ed de junho de 2023 no Wall Street Journal, que acusava o Mütter de se submeter à “elite woke”. Treze membros da equipe demitiram-se nos primeiros nove meses do mandato de Quinn sobre o que um chamou de “a desconstrução do museu”, e uma petição para parar as mudanças angariou 21.000 assinaturas do público em menos de duas semanas.

Outros argumentaram que as exposições anatómicas do Mütter ainda têm valor médico: Investigadores examinaram-nas para amostras raras de ADN histórico e tecido danificado, e estudaram os restos de vítimas de cólera. Mesmo os crânios de Hyrtl foram examinados por investigadores de crimes de guerra nos anos 90 a trabalhar em valas comuns após os conflitos dos Balcãs.

Críticos respondem, no entanto, que este papel de investigação poderia ser cumprido sem os colocar em exibição. “Por que continuam a ser exibidas as deformidades e curiosidades mais estranhas?” perguntou Pickering. “Por que estão os crânios dispostos como estantes de crânios astecas?”

A resposta, sugere Pickering, é que é entretenimento: “Muitos museus do mundo estão a lutar financeiramente. Precisam de atrair público. Como resultado, degeneram em palácios de entretenimento. O seu propósito já não é para educação.”

À medida que o diálogo continua a evoluir, é provável que museus e instituições enfrentem desafios crescentes em navegar estas questões complexas, equilibrando a curiosidade pública com o respeito pelos indivíduos cujas vidas, embora há muito terminadas, continuam a ter um impacto significativo na cultura e na ética contemporâneas.

ZAP // BBC



Turista descobre diamante de 7,46 quilates num parque natural

Arkansas State Parks

Julien Navas e o seu diamante

Um turista parisiense descobriu acidentalmente um valioso diamante de 7,46 quilates num parque natural no Arkansas, nos Estados Unidos.

Não acontece todos os dias, mas no Crater of Diamonds State Park, em Murfreesboro, Arkansas, ocorre de vez em quando.

Numa visita ao parque, Julien Navas, um turista francês residente em Paris, descobriu um diamante de 7,46 quilates.

Este é um dos maiores diamantes já encontrados desde a abertura do parque, em 1972, local onde mais de 75.000 diamantes foram desenterrados.

Em janeiro, durante a sua visita, Navas deparou-se tropeçou quase literalmente no diamante, que estava à superfície.

O diamante ficou a descoberto após chuvas torrenciais na região terem “varrido” o parque, ajudando a que o diamente ficasse exposto — e à mão de qualquer turista.

Mas a descoberta não terá sido totalmente acidental. Sabendo do historial diamantífero do parque, Navas tinha alugado um “kit de caça de diamantes”, e passou o dia no parque — inicialmente a escavar certas partes do solo, para depois optar por procurar as pedras preciosas à superfície.

Depois de recolher vários minerais que achou intrigantes, Navas levou os seus achados ao Centro de Descoberta de Diamantes do parque — onde percebeu até que ponto a sua descoberta era significativa: um diamante castanho, descrito como redondo e aproximadamente do tamanho de uma ervilha.

Navas, que não esconde o entusiasmo com a descoberta, diz estar a pensar batizar o diamante com o nome de Carine em homenagem à sua noiva — e pretende mandar cortar a pedra em duas partes separadas, uma para  noiva e outra para a filha, conta o USA Today.

O turista francês é um dos quatro visitantes que este ano encontraram pedras preciosas no parque, mas o seu achado é particularmente notável: é o maior  descoberto no local desde 2020 e o oitavo maior desde a abertura do parque.

E então, já planeou as suas férias para este ano?

ZAP //



Portugal tem “um dos lugares mais pacíficos do Universo” para observar o Espaço

“Um espetáculo incrível que pode ser visto com os pés na serra e os olhos no céu, o ano todo”. Condições únicas para a observação astronómica e tranquilidade promovem Pampilhosa da Serra como destino turístico.

O município da Pampilhosa da Serra, no interior do distrito de Coimbra, lançou uma campanha sobre a tranquilidade do concelho e as condições únicas daquele território para observar estrelas e planetas.

A campanha “Uma mensagem de um dos lugares mais pacíficos do Universo”, com suporte em filme, promove o céu estrelado como principal atrativo do concelho, referiu a autarquia.

“‘Uma mensagem de um dos lugares mais pacíficos do Universo’ destaca a tranquilidade natural desta região e promove a sua principal marca turística: o imenso céu estrelado com condições únicas para a observação astronómica, reconhecido pela Fundação Starlight do Instituto de Astrofísica das Canárias”.

“Há em todos nós um desejo especial que, em momentos de maior escuridão, brilha desde as estrelas. Descubra a mensagem que escrevemos, desde a serenidade deste lugar tão próximo do céu: um dos lugares mais pacíficos do Universo”, escreveu a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra no Facebook.

Para o presidente da Câmara, Jorge Custódio, a campanha pretende destacar a serenidade de Pampilhosa da Serra e as condições únicas da região para ver estrelas e planetas.

Um espetáculo incrível que pode ser visto com os pés na serra e os olhos no céu, o ano todo”, sublinhou o autarca, que convidou os visitantes “a experimentarem a magia do lugar, um dos mais pacíficos da Terra, e a partilharem essa paz com todo o mundo”.

Jorge Custódio salientou ainda que é na Pampilhosa da Serra que se desenvolve a investigação científica dedicada ao espaço, através do Observatório Espacial de exploração astronómica e observação do Universo profundo.

O Observatório dispõe de um radiotelescópio, um telescópio e um radar espacial e, muito em breve, de um radiotelescópio solar único na Europa para a observação da radioatividade e das erupções solares.

“Com o céu estrelado como principal atrativo, o concelho procura posicionar-se como um destino turístico para famílias, desportistas, entusiastas e amantes das ciências espaciais e astronómicas, mas também da fotografia e da gastronomia típica serrana”, reiterou o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra.

ZAP // Lusa



A melhor praia do mundo é portuguesa. Conheça o top 10 do Tripadvisor

Praia portuguesa lidera lista das “Melhores das Melhores” do mais famoso website de viagens, com pódio 100% europeu.

Portugal pode orgulhar-se de ter a melhor praia do mundo, segundo o mais famoso website de viagens Tripadvisor, que elegeu um areal lusitano como a vencedora da categoria “praias” da edição anual dos prémios “Best of the Best” (“Melhores das Melhores”) dos Travellers’ Choice Awards.

Baseado nas avaliações e opiniões dos utilizadores ao longo do último ano, o site elegeu três praias europeias entre as dez laureadas, com o sol da Praia da Falésia, situada no Algarve, a brilhar no topo da lista.

1. Praia da Falésia, Algarve

A Praia da Falésia destaca-se não apenas pela sua beleza natural mas também pelas suas características únicas que encantam quem a visita.

Com uma classificação de 4,5 em 5, baseada em quase seis mil avaliações, esta praia é famosa pelo seu vasto e dourado areal, e claro pelas emblemáticas falésias que proporcionam um pano de fundo dramático e pelos trilhos pitorescos que oferecem vistas deslumbrantes sobre o Atlântico.

A facilidade de acesso, com estacionamento gratuito, e as comodidades disponíveis, como café e balneários, acrescentam ao seu apelo, além de ser uma praia galardoada com bandeira azul, simbolizando a sua qualidade ambiental e segurança.

Salgueiro / Wikipedia

Praia da Falésia, no Algarve, foi eleita a melhor praia do mundo

2. Spiaggia dei Conigli, Itália

Não muito distante está a Spiaggia dei Conigli, em Lampedusa, Itália, que conquistou o segundo lugar.

A praia é famosa pela sua tranquilidade, vida marinha abundante e acessibilidade, tanto por estacionamento gratuito quanto por transportes públicos.

3. Praia La Concha, Espanha

Segue-se a Praia La Concha, em San Sebastián, Espanha, que saltou da 15ª para a 3ª posição graças ao seu ambiente vibrante e acessibilidade para famílias e surfistas.

As restantes praias no top 10 mundial são conhecidas pelas suas areias brancas, águas calmas e claras, com destaque para a Praia Ka’anapali (Hawaii), Grace Bay Beach (Ilhas Turcas e Caicos), Anse Lazio (Seicheles), Manly Beach (Austrália), Eagle Beach (Aruba), Siesta Beach (EUA) e a Praia de Varadero (Cuba).

ZAP //



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