Sábado, Maio 24, 2025
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2023 foi “o melhor da história” para o turismo

Fernando Timon / Wikimedia

Vista frontal da turbina de um avião Boeing 737-800 da RyanAir, estacionado no Aeroporto de Dublin, na Irlanda

O ano passado foi “o melhor da história” para turismo em Portugal. Registou-se um crescimento de 18,5% em relação ao ano passado, e de 37% face a 2019 (ano pré-pandemia). Entraram nos cofres 25.000 milhões de euros.

O secretário de Estado do Turismo disse, esta quarta-feira, que 2023 foi o melhor ano turístico de sempre no país.

Portugal hospedou, no último ano, mais de 30 milhões de hóspedes. Foram registadas cerca de 77 milhões de dormidas e receitas rondaram os 25.000 milhões de euros.

“Foi de facto um ano muito positivo para o turismo do país, e também para Portugal no seu todo, um ano recorde no turismo, o melhor ano da história de sempre do turismo em Portugal”, avançou o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, numa sessão pública do Turismo de Portugal, em Lisboa.

O governante destacou os recordes alcançados nos vários indicadores de procura turística em 2023, com mais de 30 milhões de hóspedes, um crescimento de cerca de 10% face a 2019, que tinha sido o melhor ano turístico, e ainda 77 milhões de dormidas e receitas na ordem dos 25.000 milhões de euros, um crescimento de 37% face a 2019 (ano pré-pandemia) e de 18,5% face a 2022.

Nuno Fazenda destacou ainda o crescimento em todas as regiões do país, ao longo de todo o ano. “Estamos a falar de uma alteração estrutural no nosso turismo”, realçou.

O secretário de Estado disse acreditar que o turismo cresça “ainda mais em 2024”, apontando a confiança nas empresas e nos trabalhadores do setor, bem como nas políticas públicas para o turismo.

Em setembro, o presidente da Região de Turismo do Algarve, André Gomes, já tinha confirmado que o verão de 2023 foi o melhor de sempre, apesar da época até ter começado mal para os empresários da região.

ZAP // Lusa



Os gatos estão a ajudar uma região destruída por um tsunami

Efeitos da tragédia verificada há quase 13 anos ainda se sentem em Tohoku. Mas os gatos justificam o nome que dão à ilha.

11 de Março de 2011. O dia ficou na memória de todos os japoneses.

Um sismo de magnitude 9 na escala de Richter, um dos maiores de sempre, originou um tsunami e um acidente nuclear em Fukushima – o mais grave a seguir a Chernobil.

Mais de 18 mil pessoas morreram devido às consequências de um sismo com epicentro no oceano Pacífico, ao largo da costa nordeste do Japão.

Uma das regiões destruídas foi Tohoku que, 12 anos depois, está a agradecer a recuperação da economia.

Os locais agradecem… aos gatos.

Tashirojima é conhecida como a Ilha dos Gatos. Realmente, há gatos por todo o lado. Há quatro vezes mais gatos do que pessoas na ilha.

Os animais foram para o local para combater uma infestação de ratos, num primeiro momento.

“A sericultura costumava ser muito popular aqui… por isso, para os proteger (bichos-da-seda), criámos gatos”, disse o pescador local Hama Yutaka, no canal Euronews.

Tashirojima está localizado no Parque Nacional Sanriku Fukko (Reconstrução) do Japão.

São 220 quilómetros de um parque que foi criado precisamente para ajudar a reconstruir a região depois do sismo de há 12 anos.

E os gatos ajudam: atraem turistas.

“Muitos turistas vêm cá porque há muitos gatos e isso torna a ilha muito dinâmica. São amigos muito importantes e a Ilha de Tashiro sem gatos não seria a Ilha de Tashiro“, explica Hama Yutaka.

Ali ao lado, na ilha Kinkasan, também há muitos turistas, mas por causa das centenas de veados – vistos como mensageiros divinos.

Estes veados vagueiam livremente à volta de um santuário xintoísta do século VIII: a lenda diz que, quem rezar nesse santuário durante três anos consecutivos, nunca mais tem de se preocupar com dinheiro.

ZAP //



Os sete rios mais peculiares do Mundo (e um em Anadia)

Mario Carvajal / Wikimedia

Rio Caño Cristales, na Colômbia

Nem Amazonas, nem Nilo, nem Mississippi, nem Tamisa (nem Tejo, nem Douro). Os rios mais peculiares do Mundo não têm fama, mas fazem bom proveito das suas peculiaridades (e outros tiram-nos o proveito de um bom vinho…).

A New Scientist fez uma lista de alguns rios mais especiais do mundo, à qual o ZAP tomou a liberdade de acrescentar um famoso e já ex’tinto rio de vinho de Anadia que esteve, recentemente, nas bocas do mundo.

Em setembro, dois depósitos de vinho rebentaram, em Leviria (Anadia), e provocaram uma enorme inundação de vinho tinto nas ruas daquela localidade.

Os vídeos daquele “rio” tinto tão peculiar correram mundo, e marcaram um dos momentos mais caricatos de 2023.

Mas os rios que agora se seguem são mesmo rios de água (ou quase todos).

Rio Vjosa, na Albânia

O rio Vjosa, conhecido como o último rio selvagem da Europa, flui livremente ao longo de 270 quilómetros.

Com nascente na Grécia, atravessa os canyons e planícies de inundação até o Mar Adriático.

A sua diversidade de habitats intocados abriga 1175 espécies.

Espécies raras, como a enguia europeia e a efémera Prosopistoma pennigerum, encontram refúgio no Vjosa.

O Qiantang, China

O rio Qiantang, em Zhejiang, China, é famoso pela maior onda de maré de rio do mundo.

As maiores onda costumam acontecer em agosto, devido ao alinhamento solar e lunar e aos ventos favoráveis, atraindo centenas de milhares de espetadores às margens do rio.

Caño Cristales, Colômbia

O Caño Cristales, na Colômbia, é um rio de cores vibrantes visíveis de junho a novembro.

A planta Rhyncholacis clavigera, exclusiva da região, cria tons de vermelho em áreas ensolaradas e verdes em locais sombreados.

As cores azul, amarelo e roxo são fruto do reflexo do céu, areia e pedras na água cristalina.

O turismo crescente e as mudanças climáticas representam desafios para este ecossistema único.

Rio Subterrâneo de Puerto-Princesa, Filipinas

O rio de Puerto-Princesa, nas Filipinas, apresenta um fenómeno singular ao desaparecer nas rochas e fluir subterraneamente por 8 quilómetros.

Este rio, passando por cavernas espetaculares até o mar, ostenta uma biodiversidade notável, incluindo 17 espécies de vertebrados e 84 de invertebrados.

A coexistência de cinco ecossistemas distintos numa única caverna é rara, e o estuário subterrâneo do rio, onde água doce e salgada se encontram, cria fenómenos únicos como nuvens e ‘chuvas’ internas.

Rio Whanganui, Nova Zelândia

O rio Whanganui, na Ilha Norte da Nova Zelândia, tornou-se o primeiro rio do mundo a receber personalidade jurídica em 2017, após uma longa batalha legal entre o grupo Māori Whanganui Iwi e o governo.

Espiritualmente significativo para os Whanganui Iwi, o rio foi central em disputas sobre direitos e proteção ambiental.

A legislação Te Awa Tupua reconhece o rio como entidade legal, com dois guardiões nomeados para assegurar os seus direitos e saúde.

Este marco histórico representa um avanço histórico na proteção ambiental e na restauração do rio, incluindo melhorias em habitats de peixes e mexilhões de água doce.

“Rio Sem Nome”, Antártida

Em 2022, um rio subterrâneo com 460 quilómetros foi descoberto sob o gelo da Antártida, fluindo para o Mar de Weddell.

Contrariamente à Gronelândia, onde rios sob gelo são formados pelo derretimento superficial, na Antártida (que é mais fria), este rio é alimentado pelo calor da fricção da calota de gelo movendo-se sobre rochas e pelo calor geotérmico.

A descoberta desse rio destaca a dinâmica complexa das calotas de gelo e sugere que mudanças climáticas podem alterar significativamente esses fluxos subglaciais.

Vid Flumina, Titã

De acordo com a New Scientist, Titã, a lua gelada de Saturno, ostenta rios líquidos na sua superfície.

O Vid Flumina, com 400 quilómetros de extensão, localizado na região polar norte de Titã, foi observado pela sonda Cassini em 2012.

Em Titã, com temperaturas de -179˚C, os rios são compostos por hidrocarbonetos líquidos, principalmente metano e etano, e não por água

ZAP //



As “férias mistério” são a nova moda turística para 2024

Uma recente pesquisa mostrou que mais de metade dos viajantes fariam as malas, iriam para o aeroporto e voariam para um destino desconhecido. Mas porquê?

Quando Jake O’Brien e a sua nova esposa Robin entraram no terminal do aeroporto em Grand Rapids, Michigan, trocaram olhares e Jake disse: “Estás pronta?” Robin acenou com a cabeça. Ela então tirou um envelope de tamanho grande da sua mala, abriu-o e leu o cartão em voz alta: “Portland, Maine“.

A princípio, Jake sentiu um choque. “Portland? A sério?”

Jake e Robin estavam prestes a começar a sua lua de mel e, ao que parecia, fariam isso no Maine. Enquanto planeavam o casamento, não conseguiam decidir para onde ir na tradicional viagem pós-nupcial. Vacilavam e hesitavam. Procuraram em publicações de viagem por ideias. Então, um dia, Jake encontrou a agência de viagens Pack Up + Go, que se especializa em “viagens surpresa”.

Às vezes chamadas de “férias mistério”, as viagens surpresa são exatamente como soam. Em vez de planear a sua própria viagem, algumas agências de viagens fazem a tomada de decisões, a reserva e o planeamento por si – e depois surpreendem-no com o destino quando chega ao aeroporto.

Para Jake e Robin, foi a solução perfeita para a sua paralisia de decisão: deixar outra pessoa planear por eles. Mas enquanto as luas de mel surpresa têm sido comuns entre recém-casados, 2024 poderá ser o ano em que as viagens surpresa se tornam uma tendência generalizada.

A Booking.com recentemente fez uma pesquisa com 27.000 viajantes em 33 países para declarar as suas sete previsões de viagem para 2024. Com 52% dos entrevistados dizendo que estão “ansiosos para reservar uma viagem surpresa onde tudo, até o destino, é desconhecido até à chegada“, a empresa prevê que 2024 será o ano dos “procuradores de rendição”.

“Entrar em 2024 com um plano de não planear vai contra a nossa rotina diária muitas vezes rígida e altamente planeada”, disse Ryan Pearson, gerente regional do Reino Unido e Irlanda da Booking.com. “Para muitos, a espontaneidade de ir para um destino desconhecido é emocionante o suficiente e trata-se de uma nova experiência e forma de viajar.”

Na última década, mais e mais empresas de viagens surpresa surgiram. Sempre pareceu que planear umas férias fazia parte da emoção de viajar, mas talvez o elemento de mistério esteja a tentar os viajantes a procurar uma nova forma de ver o mundo.

Eis como geralmente funciona: Primeiro, escolhe-se um pacote de preço com base em quão longe quer ir e quantos dias quer viajar. Depois, preenche-se um questionário listando coisas como viagens passadas, interesses, inclinações de viagem, problemas de mobilidade e restrições alimentares. Uma equipa de investigadores internos começa então a planear a sua viagem.

Cerca de uma semana antes da sua partida, um e-mail chega com dicas enigmáticas sobre para onde está a ir – como a previsão do tempo – para saber o que levar, e que dia e hora deve chegar ao aeroporto.

Então, alguns dias antes da partida, receberá uma carta pelo correio com duas coisas: um envelope menor e uma carta a dizer explicitamente para não abrir o segundo envelope até chegar ao aeroporto. Isso porque o segundo envelope contém o seu destino surpresa, além de um itinerário que inclui reservas em restaurantes e sugestões para museus, caminhadas e outras atrações.

Lillian Rafson começou a Pack Up + Go em 2016. Estava em Riga, Letónia, quando teve uma realização: tinha viajado tão longe da sua cidade natal de Pittsburgh mas nunca tinha estado em Boston ou outras cidades americanas próximas.

“Pittsburgh e outras cidades americanas negligenciadas têm tanto para oferecer”, disse. “Eu queria enviar pessoas para esses lugares e também ajudar a apoiar pequenas empresas nessas cidades.”

Hoje, planeou mais de 20.000 viagens surpresa em todo os Estados Unidos, e Rafson diz que as reservas para as suas viagens surpresa aumentaram 30% em 2023 em comparação com os anos pré-pandemia.

O operador turístico Black Tomato oferece uma variedade de viagens planeadas para clientes. Mas em 2017, começaram a oferecer viagens mistério “Get Lost”. Os viajantes podem escolher entre deserto, selva e montanha, e o seu destino é revelado no aeroporto sem dar mais detalhes. “Queríamos criar uma viagem em que o cliente estaria a viver o momento enquanto viaja“, disse o co-fundador Tom Marchant.

Como isto é viagem, às vezes acontecem coisas inesperadas. Marchant enviou alguns clientes para uma caminhada de vários dias nas Montanhas Atlas em Marrocos. Tinham as suas coordenadas e um telefone por satélite, e a Black Tomato tinha preparado um banquete de comida no acampamento daquela noite.

Mas os viajantes encontraram uma tribo nómada beduína, e acabaram por sentar-se e conversar com eles durante várias horas e tiveram uma experiência incrível. “Eles pensaram que tínhamos organizado isso para eles, mas era apenas o mundo real a acontecer”, disse.

Mas, embora possa ser tentador atribuir o aumento das viagens surpresa à tecnologia e aos voos de baixo custo, de acordo com as pessoas que organizam essas viagens, vai além disso.

Um cliente disse uma vez a Katie Truesdell, proprietária da Magical Mystery Tours, que estava tão sobrecarregada pelo processo de decisão no planeamento das suas viagens que decidiu não ir a lugar algum – até descobrir viagens surpresa.

“É uma forma única de viajar,” disse Truesdell. “O que a torna apelativa é que as pessoas estão ocupadas e stressadas. Mesmo quando querem escapar, algumas não têm tempo para planear umas férias.”

Emily Thomas, autora do livro, O Significado de Viajar: Filósofos no Estrangeiro, concorda que o elemento surpresa é um fator importante no apelo destas viagens, mas compara isso a algo mais profundo.

“Os processos de viagem – seja de avião, comboio ou carro – e os seus destinos parecem cada vez mais homogeneizados nos dias de hoje,” disse ela. “É difícil ir a algum lugar sem um McDonalds, quanto mais sem centenas de avaliações no TripAdvisor. Pelo menos com uma viagem surpresa, alguma imprevisibilidade é garantida.”

“Vivemos numa era onde tudo é imediato e disponível,” disse Marchant. “Sair da sua zona de conforto do seu dia a dia… e ir para um lugar onde não sabe o que vai acontecer oferece uma experiência de viagem muito diferente. É um antídoto para as nossas vidas diárias excessivamente prescritas. É também uma perspetiva nostálgica. Se recuarmos muito no tempo, viajar era sobre entrar no desconhecido há séculos atrás, sobre o que não sabia que ia ver, e explorar o mundo. Provoca uma emoção.”

Falando nisso, depois dos O’Briens descobrirem que o destino da lua-de-mel era Portland, passaram quatro dias divertidos e cheios de ação na cidade, a visitar museus, a desfrutar de jantares maravilhosos e a fazer caminhadas. “Não estava de todo no meu radar,” disse Jake.

Quando a viagem terminou, Jake percebeu que não só adorou Portland, mas também viagens surpresa. Ele e Robin embarcaram desde então em mais seis férias mistério, quase uma por ano desde a viagem de lua-de-mel, e parece que não vão parar tão cedo.

ZAP // BBC



Lisboa entre os melhores destinos urbanos de 2023. Conheça o top 20

Reino Baptista / Wikimedia

Terreiro do Paço, Lisboa

Paris lidera novamente o ranking, que conta com a capital portuguesa num top 20 dominado por destinos europeus. Estudo destaca um 2023 marcado por um aumento exponencial de viagens e gastos globais de triliões com o turismo.

Já são conhecidos os 100 melhores destinos urbanos de de 2023.

O ranking é resultado do estudo Top 100 City Destinations Index da empresa de pesquisa estratégica de mercado Euromonitor International.

Com base em 55 métricas distribuídas por seis critérios — desempenho económico e empresarial, desempenho turístico, infraestruturas turísticas, política e atratividade turística, saúde e segurança, e sustentabilidade —, o ranking é liderado pela capital francesa Paris.

Na verdade, os destinos europeus dominam o top 20, com 12 cidades a marcar presença, incluindo a capital de Portugal, Lisboa, que encerra esta lista, em 20º lugar, mesmo atrás de Viena (18.º) e Los Angeles (19.º).

Europa domina em ano de aumento de viagens

No total, a Europa lidera com 63 cidades no top 100 num ano que assinala uma recuperação das viagens internacionais, com um crescimento de 38% em número de viagens — e uma previsão de alcance de 1,3 mil milhões até ao final do ano.

Istambul lidera o número de chegadas internacionais em 2023, com Londres e Dubai a seguir. Hong Kong e Banguecoque registaram os maiores aumentos nas chegadas internacionais, após a reabertura pós-pandemia. Os gastos globais com turismo são estimados em cerca de 1,6 triliões de euros para 2023.

O estudo também destaca a importância do turismo sustentável. Muitos destinos estão a adotar medidas para melhorar as suas práticas de sustentabilidade, devido a fatores como o turismo excessivo.

Nadejda Popova, da Euromonitor, aponta o overtourism como um grande desafio para as cidades.

“O turismo excessivo é um dos desafios que as cidades estão a enfrentar, impactando as comunidades locais e o meio ambiente à medida que o turismo recupera da crise da Covid-19”, diz.

“Alguns destinos estão a impor restrições, tributação acentuada ou redução da capacidade hoteleira para ajudar a limitar o fluxo de turistas e preservar o património cultural, enquanto outros adotam estratégias de dispersão que promovem destinos alternativos ou fora do comum”, acrescenta, sublinhando a importância de implementar práticas sustentáveis para promover um turismo mais responsável.

Este enfoque na sustentabilidade reflete uma mudança no setor turístico, buscando um equilíbrio entre a atração de visitantes e a preservação dos recursos e da qualidade de vida das comunidades locais.

Em baixo, o top 20 destinos urbanos de 2023:

  1. Paris, França;
  2. Dubai, Emirados Árabes Unidos;
  3. Madrid, Espanha;
  4. Tóquio, Japão;
  5. Amesterdão, Países Baixos;
  6. Berlim, Alemanha;
  7. Roma, Itália;
  8. Nova Iorque, EUA;
  9. Barcelona, Espanha;
  10. Londres, Reino Unido;
  11. Singapura;
  12. Munique, Alemanha;
  13. Milão, Itália;
  14. Seul, Coreia do Sul;
  15. Dublin, Irlanda;
  16. Osaka, Japão;
  17. Hong Kong, China;
  18. Viena, Áustria;
  19. Los Angeles, EUA;
  20. Lisboa, Portugal.

ZAP //



A ilha europeia conhecida pelo nudismo está a banir o nudismo

Nicholas Turland / Flickr

ilha grega de Gavdos

Após a proibição do nudismo na praia mais famosa de Gavdos, há agora receios de que a regra se alargue a toda a ilha.

A praia de Sarakiniko é a maior e mais popular praia da ilha grega de Gavdos. Mas um novo sinal de madeira cravado na areia dourada está a causar polémica: a nudez estava agora proibida.

Situada no meio do Mar da Líbia, 79 km a sul de Creta, Gavdos é o ponto mais a sul da Europa e, até recentemente, um dos únicos lugares na Grécia onde se podia nadar nu e tomar banhos de sol sem roupa.

De acordo com uma lei grega de 1983 que nunca foi revista, o nudismo na Grécia só é oficialmente permitido em resorts nudistas, e embora se possam encontrar praias de nudismo não oficiais noutros locais da Grécia, em nenhum outro lugar do país existe uma cultura de opção de vestuário mais forte do que aqui, onde as autoridades tradicionalmente faziam vista grossa.

“A liberdade que Gavdos oferece, não se encontra em mais nenhum lugar”, disse Vasilis Tzounaras, o ex-proprietário da Gavdos FM, a única estação de rádio da ilha, que se mudou para a ilha há cerca de 20 anos de Creta. “[Vou] provavelmente ficar aqui pelo resto da minha vida. Nunca pensei que veria algo assim na ilha”, referiu, referindo-se à recente proibição da nudez.

Em julho de 2023, o gabinete do presidente da câmara colocou os sinais em Sarakiniko, gerando controvérsia e protestos entre locais e turistas, a maioria dos quais vive em ou visita Gavdos por causa da sua histórica atitude de liberalidade.

No entanto, falando a um meio de comunicação local, a presidente da câmara de Gavdos, Lilian Stefanaki, disse que apenas os turistas se opunham à proibição. “Os residentes locais queriam isto há anos”, disse ela, “ter pelo menos uma praia onde uma família possa nadar sem a possibilidade de nudistas por perto.”

Embora as outras praias da ilha permaneçam abertas à natação nua, muitos temem que a recente proibição da nudez em Sarakiniko possa em breve estender-se a outros locais em Gavdos, e assim pôr em perigo o ADN da ilha.

Além de nadar nu, a ilha é também famosa por permitir acampamentos livres nas suas praias, o que também é proibido noutros lugares da Grécia. Este direito de andar livremente sem roupa é o que levou milhares de mochileiros e viajantes boémios a inundar a pequena ilha todos os verões desde a década de 1960.

“Ouvi dizer que há intenção de também proibir o campismo livre numa grande área da ilha em breve. Se isso acontecer, marcará o fim da ilha e do seu desenvolvimento económico”, disse Gelli Kallinikou, ex-presidente da câmara de Gavdos. “Quando eu era presidente da câmara, todos os anos tínhamos que oficialmente [decidir] que o nudismo e o campismo livre são permitidos em Gavdos… foi iniciado pelo conselho comunitário em 1992 para que [os banhistas nus] se sentissem seguros.”

No entanto, a história desta ilha de 30 km quadrados vai muito além da sua reputação contracultural. Acredita-se que Gavdos seja a mítica Ogygia, onde, segundo Homero, a ninfa Calipso manteve Ulisses durante sete anos antes de ele regressar à sua amada Ítaca. Na década de 1930, a sua localização remota tornou-a um destino ideal para o governo grego exilar alegados comunistas.

Mas com o surgimento da cultura hippie nas décadas de 1960-70, Gavdos ganhou popularidade como um destino de férias boémio. Localizada longe de qualquer governo central e com apenas 142 residentes permanentes em 1971, Gavdos rapidamente se tornou um refúgio de estilos de vida alternativos. As pessoas vinham acampar na praia, fazer fogueiras, cozinhar as suas próprias refeições e nadar nuas.

Na aldeia de Vatsiana vive Nikos Lougiakis que, juntamente com a sua família de quatro, são os cidadãos mais a sul da Europa.

“Vivi aqui toda a minha vida”, disse Lougiakis. “Sendo a primeira casa que todos veem a subir de Trypiti, e sem nenhum mini mercado na área, as pessoas que vinham da praia geralmente paravam aqui e pediam água, por isso decidi abrir este pequeno café-restaurante.”

Quando questionado sobre a recente decisão do presidente da câmara, Lougiakis disse que temia que isso pudesse mudar toda a vibração da ilha. “Muitas pessoas cancelaram a sua viagem este ano por causa disso”, disse ele. “Essas pessoas ajudaram-me a criar a minha família. Gastam dinheiro na ilha, e nunca vieram ao meu restaurante nus. Respeitaram-me.”

Segundo os locais, houve significativamente menos visitantes em Gavdos este verão do que nos anos anteriores. “A maioria das pessoas que normalmente acampariam em Sarakiniko mudaram-se para as outras praias”, disse-me Tzounaras.

Sarakiniko é onde a maioria das tabernas e mini mercados estão localizados em Gavdos e onde a maioria dos turistas e ilhéus tradicionalmente se reúnem. No entanto, este verão foi palco de protestos após a proibição, com pessoas a juntarem-se para apoiar uma iniciativa da Iniciativa de Visitantes de Gavdos que encorajou as pessoas a proteger a reputação da ilha publicando nas redes sociais com a hashtag #Save_Gavdos.

Ninguém sabe se a proibição da nudez se estenderá a todas as praias de Gavdos no próximo verão, ou se o acampamento livre ainda será permitido. Mas, como Kallinikou disse, “Em Gavdos, sempre coexistiram nus e vestidos… [aqui], sentes que podes voar, podes abrir as tuas asas e voar.”

ZAP // BBC



Já pode passar o Natal na cabana do Pai Natal na Finlândia (e sem pagar nada)

Airbnb

A Airbnb arbiu um concurso para que uma família de quatro pessoas possa passar quatro dias na cabana do Pai Natal e ajudar os elfos a gerir as mais de 30 mil cartas recebidas todos os dias.

A Airbnb está a oferecer uma oportunidade de férias única para uma família sortuda passar três noites na cabana do Pai Natal em Rovaniemi, Finlândia.

Esta experiência mágica de Natal ocorrerá de 18 a 21 de dezembro de 2023, e as reservas abrem no dia 11 de dezembro às 10 horas, no horário de Lisboa. A estadia, que faz parte das estadias temáticas de aventura da Airbnb, promete ser uma viagem imersiva ao coração do espírito natalício e é totalmente gratuita, podendo até haver ajudas no pagamento dos voos, dependendo de onde são os vencedores.

A família escolhida, composta por até dois adultos e duas crianças, terá a oportunidade de viver numa cabana decorada com enfeites tradicionais da Lapónia e de experienciar a cultura e a gastronomia finlandesas.

Os contemplados podem ainda vestir roupas de elfos e participar numa variedade de atividades inspiradoras, incluindo excursões de mota de neve, avistamentos da aurora boreal e as saunas tradicionais finlandesas.

Um dos destaques da estadia é a oportunidade de ser voluntário no correio do Pai Natal, a uma curta distância da cabana. Aqui, eles ajudarão os elfos do Pai Natal a gerir a afluência de 30 mil cartas que o Pai Natal recebe diariamente durante a época festiva, explica a CNN.

“Queremos que esta seja uma experiência mágica e envolvente para uma família em busca da melhor experiência natalícia”, explica Katja, a “elfa-chefe” dos correios e anfitriã do Airbnb. “Os hóspedes não apenas dormirão na cabana do Pai Natal, mas também darão uma espiada nos bastidores da agência oficial dos correios durante a época mais animada do ano”.

A Airbnb é conhecida por oferecer estadias temáticas de aventura, com experiências recentes incluindo a “Máquina Mistério do Scooby-Doo“, a casa de campo “Hocus Pocus” e o Palais Garnier.

Esta experiência única promete não apenas umas férias memoráveis para a família, mas também encarna o espírito do Natal, oferecendo uma mistura única de alegria festiva, imersão cultural e a magia do inverno na Finlândia.

ZAP //



Moradores de Atenas inventam praga de percevejos para afugentar turistas

PxHere

Os moradores da capital grega estão a colocar avisos falsos referentes a pragas de percevejos devido à crise habitacional.

Os atenienses estão a recorrer a um método inusitado para afastar os turismas dos estabelecimentos de Alojamento Local.

Tal como em Portugal, o mercado de habitação na Grécia está a tornar-se incomportável para a maioria dos gregos, com as rendas a disparar e a gentificação do centro de Atenas, devido à conversão de muitos apartamentos em alojamentos de curta duração para turistas.

Além disto, os preços das casas também dispararam em parte devido a políticas governamentais que oferecem residência a investidores estrangeiros em troca de investimentos imobiliários.

Desta feita, os habitantes frustrados decidiram tentar eles próprios reduzir a procura e afugentar os turistas. No centro da capital grega, há agora avisos falsos de infestações de percevejos a ser colocados nos edifícios.

Os avisos, mal traduzidos para inglês, afirmam que as autoridades de saúde ordenaram a evacuação dos edifícios para proteger os residentes, ameaçando ainda a cobrança de uma multa de 500 euros a quem não cumprir a ordem e ironicamente desejando uma estadia agradável na Grécia.

O Ministério da Saúde da Grécia já refutou publicamente a existência destas pragas e avisou que os avisos são infundados e falsos. As autoridades de saúde estão ainda a colaborar com a polícia para pôr fim a este embuste, que envolve o uso de logótipos de entidades oficiais nos avisos, escreve o Euronews.

A declaração do Ministério enfatiza ainda que ninguém deve intimidar os visitantes ou espalhar desinformação sobre a saúde pública, especialmente porque a Grécia não teve problemas maiores com percevejos.

Este embuste dos percevejos parece ter sido influenciado pela recente praga de percevejos que avassalou França. As redes sociais foram inundadas com imagens e vídeos de percevejos nas camas, comboios e cinemas parisienses, levando a preocupações de que estas pragas se pudessem espalhar para outros países. Já chegaram até a haver relatos de pragas em certas zonas de Portugal.

Este incidente é mais um a demonstrar como a dependência económica do turismo pode ser um pau de dois bicos — por um lado, há a importância que este sector tem a economia e os milhares de empregos que cria, por outro, há a crise na habitação que o boom no alojamento local inevitavelmente traz às cidades.

Adriana Peixoto, ZAP //



“Aldeia fantasma” no Douro está à venda, um ano depois de ter sido comprada

Ramajero / Wikimedia Commons

Aldeia de Salto de Castro em Zamora, Espanha.

Um ano após a sua compra, a aldeia espanhola Salto de Castro, localizada em frente à barragem do Castro, perto de Miranda do Douro, volta a estar à venda, por mais do dobro do preço. O empresário que, no final de 2022, comprou a “aldeia fantasma” por 260 mil euros, quer vendê-la agora por 580 mil.

Salto de Castro é uma “aldeia fantasma” espanhola, da província de Zamora, que faz na fronteira com o concelho de Miranda do Douro (Bragança).

Com a expansão da barragem de Castro, Salto de Castro foi construído pela Iberduero – a atual Iberdrola – para acolher os funcionários (e respetivas famílias) que trabalhavam na barragem.

No entanto, ao longo do tempo, os processos de mecanização e de automação que foram implementados para a manutenção da barragem levaram à dispensa dos funcionários que viviam dela.

Dado o contexto, os trabalhadores foram saindo da aldeia e Salto de Castro ficou totalmente ao abandono, em 1989, com

Naquele local em frente à barragem do Castro há ainda 44 casas, uma igreja, uma escola, uma piscina e  um quartel da polícia.

Planos por água a baixo

No início do século, a povoação foi comprada por privados, com o intuito de a transformar numa aldeia turística, explorando o seu potencial por estar integrada no chamado Parque Natural das Arribas do Douro.

Só que os planos nunca chegaram a ir para a frente e os proprietários puseram a aldeia à venda.

Em 2017, pedia-se 1,7 milhões de euros pela aldeia, mas não surgiram ofertas nesse valor. Em 2019, voltaram a tentar a venda, mas já por 6 milhões de euros.

No ano passado, o preço de venda da aldeia desceu para os 260 mil euros e, segundo o Idealista, os proprietários da aldeia foram interpelados por “investidores de mais de 20 países”, incluindo Arábia Saudita, Rússia, Brasil, Reino Unido.

Foi Óscar Torres, dono da construtora Iniciativas FAOS – especializada em restauros de edifícios históricos, com parceiros no sector da hotelaria – que adquiriu a povoação por 300 mil euros.

O objetivo de Óscar Torres era transformar a aldeia num empreendimento turístico, dotando-a de restaurantes, lojas, de um hotel e de apartamentos turísticos, num investimento que podia chegar aos cinco milhões de euros.

Mas, pouco mais de um ano depois, a aldeia volta a estar à venda e, agora, pelo dobro do preço.

ZAP //



França vai deixar de ser o 2º país mais visitado da Europa. Portugal sobe 2 posições

Konevi / Pixabay

Mesquita em Istambul

Com um impressionante aumento no turismo no pós-pandemia, a Turquia está a caminho de se tornar o segundo país mais visitado da Europa, ultrapassando a França.

O mais recente Global Travel Report da World Travel Market London revela um crescimento surpreendente no setor de turismo na Europa, que em 2023 está a recuperar os níveis pré-pandemia.

Segundo o relatório, o número de visitantes na Europa registou uma ligeira diminuição de 440 milhões em 2019 para 428 milhões em 2023.

De acordo com o relatório, a que o ZAP teve acesso, Portugal, França e Espanha registaram as recuperações mais fortes entre os principais destinos da Zona Euro.

O forte crescimento do número de visitantes registado este ano levou Portugal da 9ª posição em 2019 para a 7ª posição em 2023, nota o relatório, que prevê um aumento de 99% de turistas no nosso país nos próximos 10 anos.

No entanto, foi a Turquia que mais se destacou no setor do turismo este ano, com um aumento de 73% em comparação com 2019, ultrapassando os crescimentos registados em França (33%) e Espanha (31%) — que detém ainda o título de país mais visitado da Europa.

Este boom turístico na Turquia é atribuído à desvalorização da lira turca, que tornou as férias no país mais acessíveis. A sua beleza natural e riqueza histórica dos destinos icónicos do pais, como Istambul e a Capadócia, as suas estâncias de luxo e a sua costa de águas cristalinas têm ajudado a atrair visitantes.

Segundo a Euronews, o turismo turco beneficiou também do facto de ser um dos poucos destinos europeus que manteve abertas as portas aos voos da Rússia.

Estima-se que 7 milhões de russos visitem a Turquia em 2023, um aumento significativo em relação aos 5 milhões do ano anterior. Este fluxo turístico representa uma parte importante do crescimento do turismo na Turquia.

Entretanto, a Croácia, outro importante destino turístico, espera um aumento de 51% no número de visitantes em comparação com os níveis pré-pandemia. Este crescimento reflete uma tendência geral de recuperação do turismo na Europa, salienta a Euronews.

ZAP //



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