Terça-feira, Maio 27, 2025
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Férias: há formas de não gastar (tanto) dinheiro… no Dubai

Parece pouco provável mas há forma de desfrutar do Dubai gastando um pouco menos.

Não sabemos se está nas prioridades de alguns dos nossos leitores mas o Dubai é um destino de férias para muita gente. Aliás, é mesmo o destino mais popular no planeta, segundo a TripAdvisor.

A cidade dos Emirados Árabes Unidos é conhecida pelos seus edifícios muito altos e… pelo dinheiro.

O muito dinheiro que circula e o muito dinheiro que se gasta (e ganha) lá.

Mesmo assim, há maneiras de poupar, de desfrutar da cidade seguindo algumas sugestões económicas.

O Departamento de Economia e Turismo do Dubai deixou algumas dicas para poupar dinheiro durante as férias na cidade.

A primeira sugestão não se aplica nesta altura: viajar entre Outubro e Março, fora da denominada “época alta”; há voos mais baratos, estadias em hotéis mais baratas, descontos em centros comerciais e atracções.

A segunda dica é utilizar transportes públicos, essencialmente o metro, que chega aos pontos turísticos mais populares e onde não se gastam muitos euros. Os táxis também não são má opção, a nível económico, lê-se em informação enviada ao ZAP.

Em relação à alimentação, há alguns locais mais em conta: os bairros de Karama, Bur Dubai e Deira. Come-se bem e paga-se menos, indica o departamento.

Para passear de borla: praias públicas, Dubai Marina, assistir aos espectáculos de som e luz na Dubai Fountain, andar pela City Walk.

ZAP //



Machine Learning e Big Data: Transformando Dados em Conhecimento

No mundo digital de hoje, a quantidade de dados gerados e recolhidos está crescendo exponencialmente a cada dia.

Empresas, organizações e até mesmo indivíduos são inundados com uma enorme quantidade de informações, que podem ser uma mina de ouro de insights e conhecimento.

No entanto, a mera recolha e armazenamento de dados não é suficiente; é preciso encontrar maneiras eficazes de extrair valor dessas informações, para tomar decisões mais informadas e alcançar objetivos específicos. É aí que entra o Machine Learning e o Big Data.

O que é o Big Data?

O termo “Big Data” refere-se a conjuntos de dados extremamente volumosos e complexos, que não podem ser facilmente processados ou gerenciados por métodos tradicionais. Esses dados são caracterizados por três “Vs”: volume, velocidade e variedade.

O volume refere-se à enorme quantidade de informações disponíveis, a velocidade diz respeito à velocidade com que os dados são gerados e transmitidos, e a variedade refere-se à diversidade dos tipos de dados. Que podem incluir texto, áudio, vídeo, imagens, redes sociais, sensores e muito mais.

O Big Data é proveniente de diversas fontes, como transações de comércio eletrônico, registros de clientes, dispositivos ligados à Internet, e redes sociais.

Esses dados podem ser valiosos para organizações de diferentes setores, pois fornecem insights sobre comportamentos do consumidor, tendências de mercado, desempenho operacional e muito mais. No entanto, o desafio reside em extrair conhecimento significativo desses dados em tempo util.

O que é o Machine Learning?

O Machine Learning por sua vez, é uma disciplina da inteligência artificial que se concentra no desenvolvimento de algoritmos e técnicas, que permitem que sistemas computorizados aprendam e melhorem com base em dados.

O objetivo principal do Machine Learning é capacitar as máquinas a tomar decisões ou executar tarefas sem serem explicitamente programadas.

Em vez disso, elas aprendem a partir dos dados disponíveis, identificando padrões, fazendo previsões e tomando decisões com base nesses padrões identificados.

A relação entre Machine Learning e Big Data

O Machine Learning e o Big Data estão intrinsecamente relacionados e se complementam. O Machine Learning lida com o desafio de extrair informações valiosas dos grandes volumes de dados disponíveis no Big Data.

Por sua vez, o Big Data fornece a matéria-prima necessária para treinar e melhorar os modelos de Machine Learning.

Ao aplicar técnicas de Machine Learning ao Big Data, é possível descobrir padrões ocultos, identificar correlações complexas, realizar previsões e tomar decisões mais informadas.

Por exemplo, uma empresa de comércio eletrônico pode usar Machine Learning em Big Data, para personalizar recomendações de produtos com base nas preferências e histórico de compras dos clientes.

Da mesma forma, uma empresa de saúde pode utilizar o Machine Learning em Big Data, para analisar registros médicos e identificar padrões que ajudem no diagnóstico precoce de doenças.

Conclusão

O Machine Learning e o Big Data, são dois campos interdependentes que estão moldando a forma como as empresas e organizações, lidam com a explosão de dados no mundo digital.

A capacidade de extrair conhecimento significativo, e tomar decisões mais informadas a partir de grandes volumes de dados, oferece oportunidades sem precedentes para melhorar processos, identificar tendências, personalizar experiências e impulsionar a inovação.

aeiou //



Detido por uma crítica negativa no TripAdvisor. Arrisca 2 anos de prisão

Sea View Resort & Spa Koh Chang

Um norte-americano foi detido na Tailândia depois de ter deixado no TripAdvisor uma crítica negativa a um resort local.

Estalou a controvérsia entre a plataforma  de viagens TripAdvisor e o hotel tailandês Sea View Resort, na sequência da detenção de um norte-americano devido a uma crítica negativa.

O americano, Wesley Barnes, que reside na Tailândia, passou duas noites detido e enfrenta uma potencial pena de prisão de dois anos, depois de o resort o ter acusado de difamação.

Os responsáveis do Sea View Resort alegam que Barnes assediou o hotel com “uma série de críticas negativas“, incluindo uma acusação de que pratica “escravatura moderna“.

Barnes deu ao hotel uma classificação de 1 em 5 estrelas numa review com o título “Pessoal pouco amistoso e horrível gerente de restaurante”.

Funcionários pouco amigáveis, nunca ninguém sorri. Agem como se não quisessem ninguém ali. O gerente do restaurante foi o pior, é da República Checa. É extremamente rude com os hóspedes. Encontre outro lugar. Há muitos por aí com funcionários mais simpáticos que ficam contentes com a sua estadia“, escreveu.

Segundo o Insider, o Sea View Resort contactou a polícia e acusou Barnes de difamação por, num comentário anterior — entretanto apagado — ter alegado que o hotel praticava “escravatura moderna”

Estes comentários e a classificação dada valeram a Barnes duas noites na prisão — que, ao abrigo das duras leis contra a difamação em vigor na Tailândia,  poderiam transformar-se numa pena de prisão de até dois anos.

Após o incidente, o TripAdvisor publicou uma mensagem de aviso na página do resort, indicando que o hotel tinha apresentado acusações criminais contra um utilizador por publicar críticas online.

O aviso sublinha a posição da plataforma de viagens de que mantém a liberdade dos utilizadores em expressar experiências tanto positivas como negativas.

Este hotel ou indivíduos associados a este hotel apresentaram queixas criminais contra um utilizador do Tripadvisor devido à redação e publicação online de avaliações. Como resultado, o utilizador passou algum tempo na prisão“, lê-se no aviso publicado na página do resort.

O Tripadvisor serve melhor os seus utilizadores quando os viajantes têm liberdade para partilhar as suas opiniões e experiências na nossa plataforma – tanto positivas como negativas“, acrescenta o aviso.

O hotel pode ter estado a exercer os seus direitos legais ao abrigo das leis locais, mas é nosso papel informá-lo para que possa levar isso em consideração ao pesquisar os seus planos de viagem“, realça a plataforma.

O Sea View Resort acusa o TripAdvisor de ter renegado um acordo, supostamente estabelecido entre todas as partes envolvidas, para não colocar qualquer mensagem de aviso na página do resort — que o empreendimento turístico considera uma “sentença de morte“.

O hotel afirma que as acusações contra Barnes seriam abandonadas, se o norte-americano eliminasse as suas críticas e o TripAdvisor removesse a mensagem de aviso, mas o site de viagens nega envolvimento em qualquer acordo.

O resort, que tem atualmente nas reviews do TripAdvisor uma classificação de 4.5 pontos em 5 possíveis, ou seja, “Excelente”, diz que a sua classificação diminuiu significativamente devido ao aviso, que considera “extremamente enganador”.

Segundo a BBC, Barnes terá entretanto evitado a prisão, depois de ter chegado a um acordo com o hotel — que implica um pedido de desculpas ao hotel e à autoridade do Turismo da Tailândia.

Não é a primeira vez que uma unidade hoteleira processa um hóspede por deixar críticas negativas numa plataforma de viagens.

No ano passado, uma utilizadora de nome “Khing” foi processada por se ter queixado no site de uma agência de viagens de que o Ozone Hotel, que classificou com 6 de 10, era demasiado caro e tinha ficado aquém das suas expectativas.

O Democracy Index da revista The Economist, que considera haver apenas 24 “Democracias Plenas” em todo o mundo, coloca a Tailândia na 51ªposição do ranking de democracias — com a classificação de “Democracia Imperfeita, que partilha com Portugal, classificado na 28ª posição.

Em maio, os partidos da oposição pró-democracia venceram as eleições legislativas na Tailândia, infligindo aos militares no poder há quase uma década uma expressiva derrota. Mas as brisas de ar fresco que o resultado trouxe ainda não sopram nos corredores dos hotéis locais.

ZAP //



Anfíbios da II Guerra Mundial andam a mergulhar nas águas do Douro

Não há dois em três. O sucesso dos dois anfíbios da II Guerra Mundial, que têm mergulhado nas águas do Douro, vai trazer o terceiro ‘pato’ já no próximo ano.

O ‘Porto Duck Tours‘ é a mais recente atração do rio Douro. Porto e Vila Nova de Gaia têm, desde março, ‘patos’ a circular nos e entre os cais das duas cidades.

Os DUKW’s são anfíbios originalmente na II Guerra Mundial. Eram usados, essencialmente, para o transporte de mercadorias e tropas por terra e por água.

Desde então, alguns dos veículos que restaram foram reutilizados e ganharam popularidade como embarcações turísticas.

Os responsáveis pela ‘Porto Duck Tours‘ são Jorge Garcia e Paula Loução, gerente da ‘London Duck Tours’ – onde começou esta moda – durante quase duas décadas.

“A ideia de vir para Portugal começou em Londres. Já estávamos há muito tempo em Inglaterra e estávamos saturados”, disse, ao ECO, Jorge Garcia, que esteve 19 anos em Londres.

“Resolvemos abrir a Duck Tours em território nacional, mais concretamente no Porto, até porque é a cidade portuguesa com mais encanto e charme”, explicou.

O empresário brasileiro disse ao jornal que entre 18 de março e 18 de junho, foram transportados 925 passageiros: “Ainda estamos a começar, mas o público está a aderir e o negócio está a correr bem“.

O conceito permite andar ‘de pato’, mas não ‘à pato’…

Custa 29 euros, fazer a viagem que sai, por terra, do Jardim do Morro em direção à Afurada – onde inicia o seu percurso por água. Toda a viagem tem duração de uma hora e 15 minutos.

O veículo tem capacidade para transportar 24 passageiros e dois tripulantes.

Curiosidade: todos os anfíbios da empresa têm o nome de personagens femininas de Shakespeare: Beatrice, Cleopatra, Desdemona, Elizabeth, Miranda, Mistress Quickly, Portia, Titania e Rosalind. Em Portugal, está o pato Cleopatra e o Desdemona.

Ao ECO, os fundadores contaram que, em 19 anos de atividade, a London Duck Tours recebeu mais de 1,8 milhão de pessoas de todo o mundo e dezenas de celebridades como Victoria Beckham, Daniel Radcliffe, Matt Damon, Jack Dee ou Justin Bieber.

Em Lisboa, já se navega em anfíbios – este construídos de raiz e não proveniente da II Guerra Mundial – no Tejo, desde 2013. Segundo o ECO, o Hippotrip já transportou mais de meio milhão de pessoas, em 20 mil viagens.

Frank Alvarez, sócio-gerente da empresa, revelou ao jornal a intenção de, no futuro, alargar a frota também para o Douro.

“Já éramos para ter começado no Porto, mas a nossa candidatura no Portugal 2020 não foi aprovada. Se tiver de apostar no futuro gostaria que a Hippotrip fosse para o Porto”, confessou Frank Alvarez.

Miguel Esteves, ZAP //



A nova campanha do turismo das Filipinas é espetacular. Mas as imagens são de outros países

Joannerfabregas / Wikimedia

Boracay, ilha nas Filipinas encerrada devido ao nível de poluição das águas

A campanha promocional do turismo das Filipinas, recentemente lançada com o apoio do governo do país, usa imagens de destinos estrangeiros — incluindo cenas sem qualquer ligação com a cultura ou geografia do país.

O novo vídeo promocional da campanha “Love The Philippines”, promovida pea agência de turismo das Filipinas e patrocinado pelo governo do país, inclui imagens paradisíacas de outros países, incluindo a Indonésia, Brasil, Emirados Árabes Unidos e até a Suíça.

A DDB Filipinas, agência publicitária responsável pela campanha, admitiu ter usado imagens de países estrangeiros, recolhidas em bancos de imagem, depois de o Governo Filipino ter lançado uma investigação ao caso.

Em comunicado divulgado este domingo, a agência publicitária pediu desculpa pelo sucedido e reconheceu a inadequação das suas açõe, descrevendo o incidente como “um descuido infeliz“.

O caso ganhou notoriedade nas redes sociais depois de a popular blogger filipina Sass Rogando Sasot ter publicado no seu perfil no Facebook várias imagens da campanha, que custou cerca de 900.000 dólares, provinham de outros países.

A campanha promocional contém, entre outras, imagens de plantações de arroz na ilha indonésia de Bali, recolhidas no Pond5 e paisagens de dunas de areia de Cumbuco, no Nordeste do Brasil, recolhidas no Videvo.

O vídeo mostra ainda um pescador a usar um chapéu pouco característico das Filipinas e alguém a conduzir um buggy nas dunas dos Emirados Árabes Unidos.

Lançado a 27 de junho pelo Departamento de Turismo das Filipinas para combater o drástico declínio de visitantes estrangeiros após a pandemia de COVID-19, o vídeo da campanha entretanto então retirado de todas as contas oficiais do governo Filipino.

O organismo salientou ter “solicitado repetidamente à DDB que confirmasse a originalidade e propriedade de todos os materiais” usados no projeto, tendo empresa assegurado que “tudo estava em ordem“.

As investigações sobre as alegações de imagens não originais no vídeo promocional estão em andamento.

ZAP //



Um Ícone vence uma Maravilha. Já pode marcar viagem no maior navio de cruzeiro do mundo

O Icon of the Seas vai partir na sua primeira viagem em janeiro de 2024. O gigante conta com um parque aquático, 40 restaurantes e bares e suítes para todos os gostos.

Abram espaço para o Icon of the Seas. o novo gigante dos mares.

Com 365 metros de comprimento e mais de 250 mil toneladas, completou com sucesso os testes marítimos na semana passada e entrará ao serviço já a 27 de janeiro de 2024.

Nesse dia, vai tornar-se oficialmente o maior navio de cruzeiro do mundo.

Assim, o gigante construído na Finlândia deixa para trás o seu irmão que antes detinha o recorde de maior cruzeiro — o Wonder of the Seas, feito pela mesma empresa, Royal Caribbean, e que começou a sua jornada inaugural em março de 2022, fazendo uma viagem de sete dias nas Caraíbas.

O recorde é assim batido por um comprimento simbólico de três metros (o Wonder mede 362 metros), mas com um peso adicional de quase 14 mil toneladas. Além disso, com uma capacidade de alojar confortavelmente cerca de 7600 passageiros, o Icon of the Seas é 6% maior do que o Wonder of the Seas.

A partir de cerca de 1895 euros pode ser garantida uma cabine interna na viagem do ‘Ícone’ que, partindo de Miami, contempla passagens por destinos como Honduras, Caraíbas, Bahamas, México, Antígua e Barbuda e Reino Unido ao longo de sete dias.

O preço de uma suite oscila entre os oito e os 18 mil euros, dependendo de qual das cinco viagens já planeadas é que o cliente tenciona embarcar.

Mas, por este preço, o que é que a Royal Caribbean oferece?

Uma “cidade” com oito bairros

O gigante cruzeiro irá contar com oito bairros — AquaDome, Central Park, Chill Island, Thrill Island, Surfside, The Hideaway, Suite Neighbourhood e Royal Promenade.

E se o ‘Maravilha’ tinha um escorrega aquático de dez andares, o ‘Ícone’ tem todo um parque aquático — que por acaso será o maior dos oceanos, com seis escorregas aquáticos, sete piscinas e nove piscinas de hidromassagem.

Com mais de 20 restaurantes e bares, seria de pensar que era impossível ver um navio de cruzeiro tão colossal como o ‘Maravilha’. Pois o ‘Ícone’ encarregou-se de surpreender, com mais de 40 locais para comer e beber, com áreas de entretenimento dedicadas a famílias, adultos ou crianças.

A vida noturna também é uma das grandes apostas do navio recordista, contando com um bar de duelo de pianos, um bar de jazz e blues, uma coffee shop, cápsulas com música ao vivo, um bar de entrada e um bar clássico para um ambiente mais calmo.

28 tipos de acomodações disponíveis para todas as necessidades possíveis. Mais de 2500 empregados estarão no gigante navio todos os dias para servir os clientes da Royal Caribbean.

Este é o primeiro navio de cruzeiro da classe Ícone da Royal Caribbean, sendo o primeiro novo tipo de embarcação desde 2014. É também o primeiro navio da empresa alimentado por gás natural liquefeito (GNL) e tecnologia de célula de combustível, que fazem parte da iniciativa da empresa para um futuro de energia limpa.

Tomás Guimarães, ZAP //



“É cara, suja e pouco segura” e os lisboetas “não cuidam da aparência”. Nómadas digitais estão a sair de Lisboa

Lisboa ainda é um dos principais destinos do mundo para os nómadas digitais, mas há cada vez mais estrangeiros desiludidos com a cidade.

Até há relativamente pouco tempo, Lisboa era a cidade da moda para os nómadas digitais assentarem as suas raízes e trabalharem remotamente. Mas nos últimos tempos, os trabalhadores remotos estão a manifestar algum descontentamento com a capital portuguesa e a optar por sair da cidade.

Se o clima, a gastronomia e o custo de vida barato (para os estrangeiros) eram fatores que convenceram muitos nómadas digitais a vir para Lisboa, a subida dos preços, a invasão dos turistas e a falta de simpatia dos lisboetas estão agora a ser apontadas como razões para as suas saídas.

Lisboa ainda está no 2.º lugar do site Nomadlist, onde os nómadas digitais trocam conselhos e recomendações sobre a qualidade de vida de cada cidade e cujo ranking é atualizado minuto a minuto, mas já chegou a cair para o 13.º lugar e as críticas estão agora a encher-se de pessoas a apontar os defeitos da capital.

Um dos comentários enumera a internet rápida, a boa comida e os monumentos interessantes para visitar como pontos positivos, mas também é duro nas críticas — “há roubos nos transportes públicos e traficantes de droga a vender nas ruas; é muito cara e com apartamentos caros e velhos; as ruas estão sujas com papéis, cocó de cão e garrafas de cerveja; muito trânsito; os portugueses não cuidam da aparência e parecem tristes”.

Outro utilizador aponta 30 razões pelas quais decidiu sair de Lisboa, apontando vários impostos altos, problemas com cães vadios, muito consumo de álcool e tabaco, abusos a idosos, vários riscos de segurança, como carteiristas e burlas, e a burocracia “complexa e demorada”. “Se tiver um rendimento abaixo de 5000 por mês, preocupe-se, eu ganho 4000 euros e passei fome“, aponta ainda.

Há também quem aponte que a cidade perdeu a sua “alma”: “Se caminhar no centro, vai encontrar 0 pessoas portuguesas. Quase todas as pessoas são visitantes estrangeiros, não se sente a pulsação a cidade, não tem alma. É tudo feito para os turistas. Tornou-se inabitável para os locais porque os portugueses vivem com salários mínimos de 700 euros”.

“Lisboa é muito cara e a atmosfera geral foi muito decepcionante. A maioria das casas é de má qualidade, especialmente em termos de isolamento. É difícil dormir à noite quando se está no centro, pode-se ouvir tudo da rua. Outra coisa a mencionar é que os locais parecem odiar os estrangeiros, eles acham que somos os culpados pela crise imobiliária, então cuidado”, aconselha outro comentador.

Outro nómada critica a “quantidade louca de carros estacionados a encher todas as ruas” e a falta de mulheres e perspetivas de namoro e considera que os portugueses são “bastante miseráveis e deprimidos” e que a nossa gastronomia é “básica, sem sabor e uma das piores do mundo”.

Há ainda quem diga mea culpa pela realidade lisboeta. “O sonho acabou. Está na hora de fazer as malas e ir para outro sítio. Não culpo os locais por quererem dinheiro dos nómadas, considerando que eles ajudaram a arruinar a economia local e criar este monstro”, refere.

“É um pesadelo agora. Nós nómadas torná-mo-la um terror vivo. Era uma cidade pitoresca, agora é inabitável“.

Adriana Peixoto, ZAP //



Foi “amor à primeira vista”. Os YouTubers estrangeiros que estão a viver no Portugal rural

Castelo Novo, aldeia no município do Fundão, Portugal

Castelo Novo, aldeia no município do Fundão, Portugal

A maioria são ingleses e americanos e decidem vir viver para o interior de Portugal e relatar a sua experiência no YouTube.

Há cada vez mais YouTubers estrangeiros que vêm viver para o interior de Portugal. O estilo de vida calmo, o baixo custo de vida e a beleza da paisagem rural são os principais fatores que atraem os criadores de conteúdos, maioritariamente ingleses e americanos.

Um exemplo é o caso de John e Tara Newby, que compraram uma quinta nos arredores de Amarante, que agora é o centro das atenções no seu canal The Newbys.

Foi pura sorte. Viemos para Portugal no fim do confinamento. No dia em que aterrámos, Boris Johnson decretou que o país passaria a integrar a lista amarela dos destinos para férias. Como isso implicaria fazer quarentena no regresso a Inglaterra, decidimos não regressar”, conta John ao Jornal de Negócios.

O casal estava de visita a Portugal quando começou a pesquisar propriedades na internet. Um agente imobiliário mostrou-lhes uma quinta que estava vazia há 20 anos e foi “amor à primeira vista”. No entanto, inicialmente o casal não tinha planos para se mudar para Portugal e a quinta era apenas um investimento.

Mas o casal acabou por se render ao interior e fez as malas definitivamente. “É quente, não é muito caro, as pessoas são simpáticas, tem excelentes cuidados de saúde, as estradas são ótimas, o interior é maravilhoso“, explica John. Estão agora decididos a criar raízes em Portugal e querem que os filhos cresçam imersos na cultura portuguesa e nas escolas locais.

Meraid e Dan têm uma história semelhante. Antes de se mudarem para Portugal, trabalharam vários anos na agricultura no sul de Inglaterra. “Estávamos a viver em casas arrendadas e não tínhamos capacidade de avançar para a compra. Decidimos mudar de rumo: queríamos ser proprietários da nossa própria casa e ter espaço para cultivar os nossos vegetais. Sempre gostámos de Portugal e concluímos que seria um país interessante para viver”, revela Dan. Dedicam-se agora à vida agrícola e partilham tudo no canal Nearby Veggies.

Para os londrinos Jonny e Sam, a sua quinta no Fundão deu-lhes a oportunidade de mudar de vida e deixar a correria da capital inglesa. “Somos ambos ‘workaholics’ e queríamos afastar-nos do excesso de trabalho e começar a fazer coisas que realmente queríamos fazer”, explica Jonny.

“No Reino Unido, as pessoas estão muito focadas no trabalho. Aqui somos convidados para jantares ou para beber um copo quase todas as semanas”, acrescenta. “Há tantos sítios para visitar em Portugal… Esperamos percorrer estes locais, e assim promover a região e divertir-nos ao mesmo tempo”, remata Jonny.

ZAP //



Submarino com turistas desaparece misteriosamente em visita ao Titanic

OceanGate

Submarino Titan da OceanGate

Um submarino que transportava turistas em visita aos destroços do Titanic desapareceu esta segunda-feira no Oceano Atlântico.

Um submarino da empresa turística OceanGate Expeditions desapareceu este domingo no Atlântico Norte, quando se dirigia ao local do naufrágio do Titanic.

Segundo Lourdes Putnam, porta-voz da Guarda Costeira de Boston, está em curso uma operação de salvamento para encontrar o submersível e resgatar os seus ocupantes. Não é ainda claro quantas pessoas se encontravam a bordo.

A OceanGate, que opera o submarino desaparecido, diz que está a “explorar e mobilizar todas as opções” para trazer a tripulação de volta com segurança. “Todo o nosso foco está nos tripulantes do submersível e nas suas famílias”, disse a empresa, em comunicado citado pelo New York Times.

A nota agradece a “extensa assistência de várias agências governamentais e empresas de águas profundas” nos seus esforços para restabelecer o contacto com o submarino.

Fundada em 2009,  a Ocean Gate é especializada na organização de expedições turísticas a locais de naufrágios e desfiladeiros a grande profundidade.  O CEO da empresa comparou o seu projeto à indústria emergente de turismo espacial.

Entre os seus programas, a empresa oferece visitas turísticas ao local do naufrágio do Titanic, a cerca de 600 km da costa de Newfoundland, no Canadá, e a uma profundidade superior a dois mil metros, com um custo de cerca de 230 mil euros por pessoa.

Com uma lotação máxima de cinco pessoas, o submarino leva habitualmente o piloto, três convidados e o que a empresa chama de “especialista em conteúdo”.

Segundo a BBC, os clientes não precisam de qualquer experiência prévia de mergulho, mas  existem “algumas exigências físicas, como ser capaz de embarcar em pequenos barcos em mares agitados.” Um mergulho completo até o naufrágio, incluindo a descida e a subida, leva cerca de oito horas.

O Titanic, o maior navio da sua época, atingiu um iceberg na sua viagem inaugural de Southampton a Nova Iorque em 1912. Dos 2.200 passageiros e tripulantes a bordo, mais de 1.500 morreram.

Desde que os seus destroços foram encontrados, a 1 de setembro de 1985, o Titanic deteriora-se ano após ano, mas novas imagens inéditas obtidas através de digitalização 3D a podem ditar o “começo de um novo capítulo” no estudo dos destroços da embarcação — no conforto e segurança de um sofa.

Parks Stephenson, analista e explorador do Titanic que estudou o naufrágio durante vários anos, diz que esta tecnologia pode “responder às questões básicas” sobre o naufrágio, revelando novas pistas sobre a tragédia que afundou o navio mais luxuoso da sua época.

ZAP //



Uma auto-estrada flutuante atravessa 44 ilhas (e mudou para sempre a Florida)

A viagem desde a agitada cidade de Miami, na Florida, Estados Unidos, até à relaxante ilha de Key West, é hoje uma aventura despreocupada graças à impressionante maravilha da engenharia conhecida como Overseas Highway.

A Overseas Highway, uma estrada flutuante com 182 km, que percorre 44 ilhas tropicais e atravessa 42 pontes, tornou-se um magnífico roteiro com uma paisagem deslumbrante sobre a água. Porém, esta rota cénica não existia no início do século XX.

Até à sua construção, a única forma de chegar ao ponto mais a sul dos Estados Unidos era através de uma cansativa viagem de barco, que, dependendo do tempo e das marés, poderia demorar mais do que um dia inteiro.

A Overseas Highway, na realidade, nasceu como “Over-Sea Railroad”, uma visão materializada pelo empreendedor Henry Morrison Flagler, conta a BBC.

Flagler, co-fundador da Standard Oil Company, reconheceu o potencial turístico da Florida após uma visita à região e investiu grande parte de sua fortuna na construção de resorts luxuosos na península no sul dos Estados Unidos, transformando-a num paraíso de inverno para os viajantes.

A visão de Flagler, no entanto, ia além dos resorts luxuosos. Percebeu que havia necessidade de uma forma eficiente de levar os hóspedes até aos seus destinos turísticos.

Para dar resposta a essa necessidade, em 1885 Flagler ligou uma série de ferrovias dispersas ao longo da costa atlântica da Florida — desde Jacksonville, no extremo norte do estado, até Miami, próximo da ponta sul.

A história da Overseas Highway muda de rumo quando Flagler percebe o imenso potencial que Key West tinha ganhado com a construção do Canal do Panamá pelos Estados Unidos em 1904.

Key West, o pedaço de terra norte-americano mais próximo do Canal e com o porto mais profundo do sudeste dos EUA, seria a extensão natural da linha de comboio. Flagler amplia então a ferrovia em 251 km para sul, atravessando o arquipélago de Florida Keys.

Apesar dos muitos desafios, incluindo furacões que mataram mais de 100 trabalhadores e a “loucura” apontada por muitos críticos, Flagler persistiu.

A construção demorou sete anos e custou 50 milhões de dólares, que, à cotação atual, seriam cerca de 1.6 mil millhões — algo como 1.5 mil milhões de euros.

No dia da inauguração, Flagler, então com 82 anos, declarou que iria morrer feliz, porque o seu sonho tinha sido realizado. A ferrovia esteve a funcionar até 1935, ano em que um furacão devastador varreu quilómetros de trilhos.

Em vez de reconstruir a ferrovia, os EUA decidiram em 1938 construir o que viria a ser a atual Overseas Highway, aproveitando as pontes de Flagler — e abrindo as portas para o recém-descoberto amor dos americanos pelos automóveis.

A Overseas Highway transformou o distante arquipélago de Florida Keys num destino turístico procurado por milhares de turistas todos os anos, e a viagem, que antes demorava um dia, pode agora ser feita em menos de quatro horas.

ZAP //



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