Domingo, Junho 8, 2025
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Conduzir bêbado? No Sri Lanka, nem carros nem elefantes

A nova lei proíbe a condução de elefantes sob a influência de álcool e pretende proteger os animais de maus tratos. Os elefantes bebés até dois anos também deixam de poder ser usados para trabalhar.

Já todos estamos sensibilizados para os perigos da condução sob a influência do álcool, que afecta o funcionamento normal dos músculos, reduz o tempo de reacção e piora a nossa visão. Mas estes perigos não se limitam a quem conduz carros – e o Sri Lanka que o diga.

O país asiático está a avançar com a proibição da condução de elefantes – sim, elefantes – sob o efeito de álcool. A lei vem para proteger os animais da exploração que sofrem por serem uma atracção turística, isto depois de relatos de acidentes, maus tratos ou até mortes de elefantes, escreve a Vice.

Pelos vistos, é bastante comum as pessoas fazerem passeios a conduzir elefantes com alguns copos a mais ou então sob a influência de drogas e a nova lei vem acabar com este hábito.

Sagarika Rajakarunanayake, activista pelos direitos dos animais e presidente do grupo Amigos dos Animais no Sri Lanka, já tinha falado sobre quão comum é os condutores de elefantes estarem bêbados. “É do conhecimento comum que os mahouts (condutores de elefantes) bebem álcool o tempo todo”, escreveu numa coluna num jornal.

A activista referiu também que muitos organizadores deixam os condutores beber porque acreditam que só assim conseguem lidar com animais desobedientes. “Ironicamente, é a bebedeira dos mahouts e a sua brutalidade com os elefantes que causa muito do comportamento violento destes animais”, afirma.

No Sri Lanka, é também um símbolo de riqueza ter um elefante como animal de estimação. Matar um é punido com a pena de morte e capturar um selvagem também é crime. Os números oficiais mostram que há cerca de 200 elefantes domesticados no país, com a população selvagem estimada em 7500. Todos os donos terão agora de ter um cartão de identidade com fotografia e um carimbo do ADN dos animais.

A nova lei também proíbe o trabalho de elefantes bebés com menos de dois anos. Cada animal terá uma identidade biométrica e o uso turístico será limitado – o máximo de pessoas sentadas em cada elefante é quatro e é exigida uma cela bem almofadada.

O uso de elefantes em filmes também é banido, excepto para produções governamentais com supervisão veterinária. O trabalho dos animais também será limitado a quatro horas por dia e o trabalho noturno está agora proibido.

Estas medidas surgem no âmbito de tentativas do governo de proteger esta espécie ameaçada, isto depois de em 2019 se terem registado 361 mortes de elefantes no país – um valor recorde. O tráfico ilegal das crias também continua a ser comum no Sri Lanka, com cada a uma a custar até 170 mil dólares.

AP, ZAP //



Para alguns, Veneza é um “pesadelo de mobilidade” (mas isso está prestes a mudar)

Hostelworld.com

Veneza é um osso bem duro de roer para os turistas com mobilidade reduzida. As ruas estreitas, inúmeras pontes e pisos irregulares complicam a viagem dos deficientes. Mas o pesadelo de alguns está prestes a mudar.

As 403 pontes, os canais, as ruas estreitas e os pisos irregulares fazem de Veneza uma das cidades mais bonitas e românticas da Europa. Mas o sonho de uns é o “pesadelo de mobilidade” para outros.

Os turistas com mobilidade reduzida têm muitas dificuldades em movimentar-se na cidade italiana, mas a CNN diz que isso pode estar prestes a mudar.

As autoridades de Veneza prometeram tornar os principais pontos turísticos acessíveis a todos e anunciaram uma rota adaptada para turistas em cadeira de rodas, que vai desde o principal ponto de entrada da cidade à icónica Praça de São Marcos.

O pontapé de saída deste projeto foi o anúncio da construção de seis rampas em áreas muito movimentadas: quatro na rota para São Marcos e duas noutros pontos cruciais para os moradores locais, num custo estimado de 900 mil euros.

A vereadora Francesca Zaccariotto revelou à cadeia britânica que o objetivo é “construir, pelo menos, uma rota que permita a pessoas de todas as idades ir da Piazzale Roma a São Marcos sem obstáculos”.

A nova rota não será apenas acessível para cadeiras de rodas. “Ampliamos o plano para que todos possam fazê-la sem problemas, inclusivamente os cegos“, disse Zaccariotto. “Estão a ser feitas intervenções em pontes, de modo a facilitar a subida de degraus, e adicionadas superfícies não escorregadias.”

A Vereadora ressaltou que Veneza é uma cidade “difícil de ser atualizada”, devido às regras rígidas de proteção da sua herança cultural. O objetivo é tornar a cidade italiana “um exemplo de acessibilidade para pessoas com problemas de mobilidade”.

ZAP //



O maior “cemitério de aviões” do mundo tem quase 4.000 aeronaves “mortas”

Amber Porter / U.S. Navy

309th Aerospace Maintenance and Regeneration Group

As companhias aéreas podem colocar os seus aviões reformados em museus de aviação ao ar livre (é o caso do famoso Concorde), mas a maioria das aeronaves acaba em “cemitérios” depois de se reformarem.

Existem alguns “cemitérios” de aviões a pontilhar os desertos do sudoeste dos Estados Unidos, mais o maior do mundo situa-se na Base da Força Aérea Davis-Monthan, em Tucson, no Arizona, e é a casa de milhares de aeronaves reformadas.

O 309th Aerospace Maintenance and Regeneration Group (309th AMARG), vulgarmente conhecido como Boneyard, é a maior instalação de armazenamento e preservação de aviões do mundo.

Segundo o Interesting Engineering, a área, de 10,5 quilómetros quadrados, abriga quase 4.000 aeronaves e 13 veículos aeroespaciais da Força Aérea dos Estados Unidos, Exército, Guarda Costeira, Marinha, Corpo de Fuzileiros Navais e Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA).

Apesar de ser a casa de vários tipos de aviões, o grosso das aeronaves preservadas no Davis-Monthan pertence à aviação militar.

Tucson foi o lugar escolhido, em primeiro lugar, pelas condições climáticas do Arizona. O calor seco e a baixa humidade fazem com que as aeronaves demorem mais tempo a enferrujar e a degradar-se, tornando-as menos suscetíveis à corrosão e facilitando a sua manutenção em condições de trabalho adequadas.

Em segundo lugar, o facto de os desertos oferecerem uma grande quantidade de espaço por um preço acessível.

A geologia do deserto, com o seu solo alcalino, também é suficientemente dura para evitar que as aeronaves se afundem no solo. Os aviões podem, assim, ser estacionados no deserto sem serem necessárias rampas de estacionamento dispendiosas.

Se estiver curioso e quiser visitar as longas filas de aviões no calor do Arizona, está com sorte: o maior “cemitério” de aeronaves do mundo pode ser visitado através de uma excursão de autocarro.

ZAP //



Há dois motivos que levam os turistas a visitar o remoto Lago Tarapoto: piranhas e golfinhos cor-de-rosa

elisfanclub / Flickr

Turista no Lago Tarapoto, Colômbia

Os turistas que queiram visitar as piranhas e os golfinhos cor-de-rosa do Lago Tarapoto, na Colômbia, podem ficar alojados em Puerto Nariño, uma pequena cidade de 6.000 habitantes, na sua maioria indígenas, que se apresenta como uma comunidade ecológica.

As águas do Lago de Tarapoto, na Colômbia, são um habitat tão importante para as espécies que lhes foi concedido o estatuto de proteção em 2018, após uma batalha de cinco anos para que a região das zonas húmidas fosse reconhecida internacionalmente pelo organismo de conservação suíço Ramsar.

O lago é alimentado pelo rio Amazonas e está interligado a numerosos lagos mais pequenos por um sistema complexo de riachos. Além de ser um poderoso habitat para inúmeras espécies de animais e plantas, é também uma área turística muito requisitada.

As comunidades indígenas dependem do turismo para obter rendimentos, pelo que a preservação deste sistema de água significa que podem ter um rendimento sustentável durante os próximos anos.

Segundo a CNN, os visitantes da região podem contratar guias indígenas locais para os transportar pelo lago, um corpo de água de 37 quilómetros quadrados localizado a uma curta distância de Puerto Nariño.

youngshanahan / Flickr

Piranhas no Lago Tarapoto

Todos os anos, os turistas deslocam-se a este lago na esperança de pescar piranhas ou vislumbrar o raro golfinho cor-de-rosa.

Ainda não existe consenso sobre a razão pela qual o golfinho é desta cor. Como a coloração varia – os machos adultos são os mais cor-de-rosa -, os especialistas supõem que a tonalidade se deve ao facto de os animais lutarem muito. Segundo esta teoria, é o seu tecido cicatrizado que lhes concede a tonalidade cor-de-rosa.

Há especialistas que defendem, no entanto, que estes animais se camuflam para combinar com a lama vermelha que aparece em alguns rios após fortes chuvas.

Seja qual for a razão, o golfinho cor-de-rosa e as piranhas, que enchem as águas do Lago Tarapoto e impedem os visitantes de mergulhar, são as estrelas turísticas da região.

Liliana Malainho, ZAP //



Palácio de Buckingham “inundado” de críticas negativas no TripAdvisor

Hostelworld.com

Palacio de Buckingham, Londres (Inglaterra)

Os visitantes dos jardins do Palácio de Buckingham, em Londres, usaram o TripAdvisor para alertar outros turistas para não visitarem a residência oficial da Rainha Isabel II.

Muitas pessoas que têm visitado os jardins do Palácio de Buckingham, em Londres, deixaram avaliações negativas na plataforma TripAdvisor, aconselhando outros turistas a não visitarem o local.

Segundo o The Independent, os visitantes criticaram o facto de lhes ter sido negado o acesso a grandes partes dos jardins e reclamaram dos preços excessivos dos bilhetes, da comida, das longas filas e dos seguranças do local.

Alguns usaram o TripAdvisor para alertar outros turistas, descrevendo a sua visita como “dececionante” e sugerindo que visitassem gratuitamente outros parques em Londres. Houve quem dissesse que se sentiu “roubado pela realeza“.

“Cuidado com esta fraude completa. Paguei 16,50 libras (19,39 euros) para ter acesso aos jardins na esperança de descansar e ver belas flores e árvores. O que experienciei foi, em primeiro lugar, uma longa fila para a verificação de segurança e, em seguida, ver uma pequena parte dos relvados cercado por guardas observando cada passo e uma corda que separa o resto do jardim”, lê-se na avaliação de um turista na plataforma.

O utilizador acrescentou que “a pequena parte do parque que as pessoas têm acesso é facilmente percorrida em 10 minutos e não há nada de interessante para ver lá”.

“Também não se pode sentar na margem do lago para observar a vida selvagem, por causs das cordas em todos os lugares. Estou muito dececionado e sinto-me roubado pela realeza”, frisou.

Muitas pessoas ficaram surpreendidas quando descobriram que grandes partes do jardim real estavam interditas, a menos que fosse paga uma taxa adicional de 6,50 libras (7,63 euros) por pessoa, que oferecia uma visita guiada.

O Palácio de Buckingham continua avaliado em 4,5 estrelas em 5 na plataforma TripAdvisor, apesar do grande número de críticas negativas.

Em comunicado, o palácio real referiu que tem “o prazer de receber muitos comentários positivos de muitos turistas que visitam o jardim neste verão e todos os comentários dos visitantes são importantes para planeamento futuro“.

Os jardins do Palácio de Buckingham estão abertos ao público pela primeira vez. Entre 9 de julho e 19 de setembro poderá desfrutar de um piquenique no relvado traseiro da Rainha e deambular desde o jardim que recebe as festas familiares até ao lago.

O percurso de 156 metros de trilhos herbáceos conta com a passagem pelos plátanos plantados pela rainha Vitória e pelo príncipe Alberto e vistas para a ilha implantada no lago de 3,5 hectares alimentado pelo lago Serpentine, no Hyde Park.

Para o piquenique, os visitantes podem levar petiscos, cadeiras e mantas. Só não podem beber álcool, fazer churrascos ou jogar à bola.

Liliana Malainho, ZAP //



Virgin Galactic retoma venda de bilhetes turísticos ao Espaço. Custam 450 mil dólares

Virgin Galactic

SpaceShipTwo a voar pela primeira vez no espaço aéreo do Novo México

A empresa de turismo espacial Virgin Galactic garante estar a fazer progressos no sentido de iniciar os voos já no próximo ano.

A Virgin Galactic, empresa de Richard Branson, retomou as vendas de viagens espaciais turísticas. O preço de cada bilhete vai rondar os 450 mil dólares (cerca de 380 mil euros).

Segundo o The Guardian, antes de o milionário britânico ter ido ao Espaço, as viagens tinham um preço fixado entre os 200 e os 250 mil dólares. A empresa diz que já tem uma lista de espera de 600 pessoas com reservas.

Branson voou cerca de 88 quilómetros acima do deserto do Novo México a bordo de um foguetão da Virgin Galactic no dia 11 de julho. Regressou em segurança, naquele que foi o primeiro voo de teste totalmente tripulado do veículo para o Espaço.

A próxima viagem da empresa está marcada para setembro, mas ainda integra a fase de teste das operações, desta vez com a Força Aérea italiana.

A Virgin Galactic quer dar início às viagens turísticas em 2022.

Depois dos voos que levaram Richard Branson e Jeff Bezos ao Espaço, instalou-se uma dúvida peculiar: serão eles astronautas? Após os voos que os tornaram nos primeiros turistas espaciais, os empresários receberam distintivos que assinalavam o feito, mas não passam de objetos simbólicos que não atestam um estatuto de astronautas.

A clarificação veio da Administração Federal de Aviação (FAA), que, temendo a generalização dos voos de âmbito de turismo espacial, atualizou as suas normas.

ZAP //



Plataforma criada em Viana do Castelo vai guiar turistas em dez países

molineli / Flickr

Sé Catedral de Viana do Castelo

Uma plataforma criada em Viana do Castelo, que guia os utilizadores, através de enigmas, à aventura de descoberta dos lugares emblemáticos da cidade já está disponível noutras regiões do país e até final do ano em dez países.

“O projeto-piloto começou a ser concebido em 2019 e arrancou no ano seguinte em Viana do Castelo, mas veio a pandemia de covid-19 e atrasou os nossos planos. No início de 2021 expandimos as primeiras aventuras a Lisboa, Porto, Braga e Ponte da Barca. Temos em fase final circuitos na Alemanha e Suécia e até final do mês esperamos ter concluído o da Dinamarca. O objetivo é chegar ao fim do ano com estes guias turísticos em 10 países”, afirmou à agência Lusa, Hugo Araújo.

A Outdoor City Challenges permite aos utilizadores “conhecer e explorar locais de uma forma moderna, divertida e enigmática, apresentando-se como um guia turístico que acompanha o visitante numa aventura da vida real”.

“O utilizador escolhe um percurso com vários pontos de passagem, locais de interesse, como jardins, estátuas, monumentos, edifícios e, em cada ponto de paragem, tem um enigma para resolver, após o que é possível avançar para a etapa seguinte do mapa”, explicou o autor do projeto, de 36 anos.

Além dos enigmas, Hugo Araújo explicou que “a plataforma dá informações histórico-culturais sobre pontos relevantes, bem como sugestões de visita obrigatória, como por exemplo sítios frequentados pelos habitantes locais, para degustação de produtos típicos ou convívio”.

Hugo Araújo explicou que o projeto-piloto criado na cidade de Viana do Castelo surgiu “do gosto de viajar e conhecer novas cidades e culturas, aliado à necessidade de disponibilizar aos turistas uma forma organizada, divertida e diferente de exploração e conhecimento, para além do tradicional mapa”.

“O gosto de enigmas e escape rooms, bem como a necessidade de existir uma atividade que permitisse vários grupos em simultâneo, levou-me a juntar mais dois colegas e a criar uma empresa, a Mapas Abstratos, para avançarmos com a nossa ideia de negócio”, explicou o promotor de Viana do Castelo.

Hugo Araújo revelou que, “recentemente o projeto foi um dos vencedores, entre centenas, de um concurso lançado pela Fabstart de Lisboa em conjunto com o Turismo de Portugal”.

“Estamos a tentar estabelecer parcerias com autarquias, ou hotéis para adquirirem licenças dos circuitos que podem ser incluídos em pacotes turísticos que promovam para atrair visitantes e turistas à cidade”, adiantou.

A experiência “pode ser vivida individualmente, ou em pequenos grupos, entre duas a seis pessoas, desde famílias, grupos de amigos ou mesmo colegas de trabalho e apresenta-se como um recurso para atividades de team building”.

As aventuras “podem ser realizadas em qualquer dia do ano e a qualquer hora, não havendo tempo limite para a sua realização”.

“O foco será sempre resolver o enigma e conhecer um pouco mais do ponto do percurso. Por exemplo, quantas pessoas de Viana do Castelo sabem que na Praça da República existe um relógio de sol? Passam por lá, diariamente e desconhecem. Quantas sabem que há uma rua de tributo à Amália Rodrigues? Os enigmas que criamos facilitam essa descoberta”, especificou.

Para “viver uma das experiências da Outdoor City Challenges os utilizadores começam por ir ao site e escolhem uma aventura num dos locais disponíveis”.

“Depois de confirmarem a compra, recebem no email de acesso à plataforma, bem como a respetiva licença. No dia em que pretendem fazer a aventura, basta abrirem a plataforma no telemóvel, selecionar um dos quatro idiomas em que está disponível (português, inglês, espanhol ou francês) e introduzir a licença que receberam. O último passo antes de iniciar a aventura passa por definir um nome para a equipa. Depois, é só partir para a aventura”, especificou.

O “preço dos circuitos do Outdoor City Challenges varia de cidade para cidade, mas oscila entre os 15 e os 30 euros”.

“A atividade pode demorar entre uma a três horas, dependendo do circuito que o utilizador escolher. A grande vantagem desta ferramenta é não impor horários e não precisarmos de guias turísticos. Começamos à hora que nos apetece, demoramos o temo que nos apetecer e ficamos a conhecer as cidades que visitamos”, frisou Hugo Araújo.

// Lusa



Governo reforça linha de apoio ao turismo com mais 10 milhões de euros

O Governo reforçou com mais 10 milhões de euros a linha de apoio às micro e pequenas empresas do setor do turismo, para minimizar o impacto da covid-19 na sua atividade, de acordo com um despacho publicado em Diário da República.

O diploma recorda que em março de 2020 foi “criada a Linha de Apoio à Tesouraria das Microempresas do Turismo – Covid-19, destinada a minimizar o impacto económico da pandemia da covid-19 nas empresas do setor”.

Esta linha foi “objeto de ajustamentos e reforços de dotação, fruto da evolução da situação epidemiológica e dos seus efeitos na economia e no tecido empresarial do turismo”, tendo permitido “assegurar a manutenção do apoio público em contextos que continuavam a ser de elevada pressão financeira sobre a tesouraria das empresas“.

Assim, “atendendo a que a procura por este instrumento de apoio se mantém constante, a circunstância de ter sido já atingida uma taxa de compromisso de 99%, com 14.219 operações aprovadas e um financiamento comprometido de 138,5 milhões de euros, aliada à forte exposição das micro e pequenas empresas do turismo à atual realidade epidemiológica vivida no país, justificam que se assegure um novo reforço da dotação global da linha de 10 milhões de euros”, lê-se no diploma.

O despacho entra em vigor esta quarta-feira.

Em 27 abril, o Governo já tinha reforçado esta linha em 20 milhões de euros, tendo em conta uma procura que representava uma taxa de compromisso de cerca de 98%, revelou um despacho publicado nesse dia.

O objetivo do reforço orçamental, que é feito em contexto de reabertura da atividade económica, é dar continuidade ao apoio público financeiro às micro e pequenas empresas do setor, “ainda imprescindível na atual fase”, segundo o Executivo.

A linha de apoio resulta de uma parceria entre o Turismo de Portugal e 12 instituições de crédito (Abanca, Bankinter, BPI, BPG, CCAM, CGD, Eurobic, Millennium BCP, Montepio, Novo Banco, Novo Banco dos Açores e Santander), que partilham o financiamento a conceder.

// Lusa



Edifício icónico de Nova Iorque forçado a fechar depois de novos episódios de suicídios

Raphe Evanoff / Flickr

Vessel, edifício em Nova Iorque

O Vessel foi inaugurado em março de 2019 e despertou de imediato a preocupação de dirigentes locais e de grupos de prevenção de suicídios.

Logo após a sua inauguração, o Vessel, edifício de Nova Iorque cuja estrutura se assemelha a uma colmeia de abelhas, tornou-se famoso pelos piores motivos. A escadaria que contorna a estrutura foi imediatamente vista como propícia a tentativas de suicídio devido à sua altitude — quase 46 metros.

As piores previsões acabaram por se confirmar, tendo a estrutura sido encerrada em janeiro para a introdução de mecanismos que dificultem os atos. Mesmo assim, as medidas parecem não ser as suficientes, já que há duas semanas um jovem de 14 anos acabou com a própria vida depois de se atirar de um dos andares mais altos. É o segundo caso desde a reabertura, em maio, e o quarto no último ano e meio.

Antes da reabertura, inúmeros grupos da cidade apelaram à empresa responsável pela construção do edifício, Related Companies, que instalasse barreiras de vidro mais elevadas, o que não aconteceu, motivando reações do estúdio responsável pela projeção do edifício. Num comunicado, Kimberly Winston, porta-voz do Heatherwick Studio, mostrou a sua frustração face à resistência da Related Companies em erguer as barreiras de segurança que já haviam sido projetadas há algum tempo.

Aquando do encerramento do edifício, em janeiro, a Related Companies reuniu-se durante meses com especialistas em prevenção de suicídios, em segurança e oficiais eleitos, com quem discutiram formas de terminar com os trágicos episódios naquele local.

Entre as medidas aplicadas estão a proibição de entrada na estrutura a indivíduos não acompanhados, a exigência do pagamento de um bilhete no valor de dez dólares — antes a entrada era feita de forma gratuita — e a colocação de mensagens a desincentivar o suicídio por todo o espaço, avança o The New York Times.

Apesar da resistência em aplicar as barreiras, tal como muitos grupos de moradores e de prevenção de suicídio haviam exaltado, Stephen M. Ross, promotor imobiliário e bilionário que fundou a Related Companies, pareceu surpreendido com os recentes acontecimentos. “Achei que tínhamos feito tudo o que era possível“, disse numa entrevista ao The Daily Beast. O responsável revelou que o edifício permanecerá encerrado por tempo indefinido até que os seus promotores cheguem a um consenso em relação ao futuro.

De acordo com um estudo desenvolvido por investigadores da Universidade de Harvard em 2007, a colocação de barreiras é um método eficaz na redução de suicídios. O caso da ponte George Washington, também em Nova Ioruqe, é flagrante, já que depois da instalação destes obstáculos em 2017 o número de tentativas de suicídio e dos próprios suicídios diminuíram consideravelmente.

NOTA
Se tiver pensamentos suicidas, contacte estas linhas de apoio:

    • SOS Voz Amiga
      Das 16h às 24h
      213 544 545 – 912 802 669 – 963 524 660
    • Linha Verde gratuita
      Das 21h às 24h

      800 209 899
    • Telefone da Amizade
      Das 16h às 23h
      228 323 535
    • Vozes Amigas de Esperança de Portugal
      Das 16h às 22h
      222 030 707
    • Voz de Apoio
      Das 21h às 24h
      225 506 070

Todas estas linhas garantem o anonimato tanto a quem liga como a quem atende.

ARM, ZAP //



Nasceu uma floresta subaquática de esculturas no Chipre

JasondeCairesTaylor / Musan

Floresta subaquática Musan

A duzentos metros de uma praia de Pernera, no Chipre, foram afundadas mais de 93 peças para compor uma floresta subaquática de esculturas que vai dar vida à natureza.

O Museu de Escultura Subaquática Ayia Napa (MUSAN), no Chipre, foi encomendado pelo Município de Ayia Napa e pelo Departamento de Pesca e Pesquisa Marinha, num orçamento que ascende a 1 milhão de euros.

Situado nas águas cristalinas do Mediterrâneo ao largo da costa de Ayia Napa, o museu subaquático reúne total de 93 obras de arte instaladas no fundo do mar em profundidades de até a 10 metros. A área em que o novo museu assenta consiste num canal plano de areia dentro de uma zona marinha protegida.

As esculturas ainda revelam uma aparência nova, mas a ideia é que sofram naturalmente a erosão do tempo. Lentamente, ficarão à mercê da vida marinha.

Há peças que retratam árvores relativamente simples, mas também arte surreal, incluindo crianças a apontar câmaras de vídeo de forma ameaçadora para um adulto. Segundo o artista Jason deCaires Taylor, as crianças estão lá para estimularem a nossa imaginação e para lembrarem que o planeta devia voltar a ser um sítio seguro para todos.

Já as obras que representam árvores “têm como objetivo atrair a vida marinha em grande escala e, como tal, irão desenvolver-se de forma orgânica”, explicou o artista, citado pelo New Atlas.

As obras foram colocadas a várias profundidades, “desde o fundo do mar até à superfície”, e “dispostas para se assemelharem a um caminho através de uma densa floresta subaquática”.

O MUSAN já foi oficialmente inaugurado e está aberto a mergulhadores, mergulhadores livres e praticantes de snorkel.

O porto de Amathus, construído na costa sul de Chipre há cerca de 2.400 anos, está também a ser transformado numa atração turística. Vai ser o primeiro parque arqueológico subaquático do país.

Liliana Malainho, ZAP //



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