Quarta-feira, Julho 9, 2025
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Ferramenta da Google mostra o impacto das alterações climáticas no Património da Humanidade

Uma nova ferramenta, cujo desenvolvimento contou com a colaboração da Google, recria alguns dos locais considerados Património Mundial da Humanidade, mostrando ainda como é que as alterações climáticas os estão a danificar.

O projeto, apelidado de Heritage on the Edge e apresentado recentemente pela plataforma Arts & Culture da Google, preserva digitalmente estes locais e mostra os riscos que enfrentam, podendo os utilizadores explorar modelos tridimensionais dos mesmos.

Tal como frisa o portal The Newsweek, a ferramenta está disponível para todos através da Internet e à distância de um clique. Os especialistas recorreram a digitalizações, fotocartografia e imagens capturadas por drones para criar os modelos.

Para o projeto, foram selecionados cinco locais considerados Património da Humanidade pela UNESCO: os moais de Rapa Nui, na Ilha de Páscoa (Chile), a cidade-mesquita Bagerhat (Bangladesh), a metrópole de Chan Chan (Peru), a cidade de Kilwa Kisiwani (Tanzânia) e a fortaleza medieval do Castelo de Edimburgo (Escócia).

O site do projeto disponibiliza mais de 50 exposições online, bem como modelos 3D, passeios pelos zonas e entrevistas com especialistas locais. Através do portal, qualquer pessoa pode descobrir como é que o povo de Rapa Nui está a utilizar a tecnologia para proteger a sua cultura, bem como o custo económico necessário para salvar Bagerhat.

“Acima de todo, este projeto é um apelo à ação“, disse Toshiyuki Kono, presidente do Conselho Internacional de Monumentos e Locais. “Os efeitos das mudanças climáticas na nossa herança cultural refletem impactos mais amplos no nosso planeta e exigem uma resposta forte e significativa”, continuou.

O projeto mostra ainda os perigos que cada um destes locais enfrenta face às alterações climáticas. Por exemplo, os moais da Ilha de Páscoa, construídos entre o século X e XVI podem, no futuro, ser destruídos pela subida das águas do mar.

“O Heritage on the Edge recolhe histórias de perda, mas também de esperança e resiliência (…) [Estes modelos] recordam-nos que toda a nossa herança cultural, incluindo estes locais emblemáticos do Património Mundial, são mais do que destinos turísticos. São lugares de grande significado nacional, espiritual e cultural”.

ZAP //



Lisboa vai ter um museu da reciclagem (e tem apenas um ano para o visitar)

O ReMuseu, um equipamento temporário, reciclado e reciclável, que pretende mudar comportamentos, será inaugurado em 17 de maio, em Alcântara, Lisboa, e estará disponível durante um ano, foi esta terça-feira anunciado.

Em declarações aos jornalistas na apresentação da iniciativa, que decorreu no parque de estacionamento subterrâneo onde nascerá o ReMuseu, o diretor-geral do Electrão – Associação de Gestão de Resíduos, um dos promotores, explicou que a ideia do projeto surgiu a partir de um desafio lançado pela NewsMuseum antes de Lisboa ter sido reconhecida com o galardão de Capital Verde Europeia 2020 e que “rapidamente coincidiu com a agenda de eventos” que a capital vai promover.

Segundo Pedro Nazareth, a ideia deste museu é não criar um espaço novo, nem utilizar materiais novos. “Vai ser um museu temporário, finito no tempo, com princípio, meio e fim, vai poder fazer uso de materiais e de espaço reutilizado. E concluída a obra do ReMuseu, nós vamos poder utilizar os conteúdos e criar um centro de ativação permanente, de sensibilização ambiental para a área da reciclagem”, afirmou.

O diretor-geral do Electrão adiantou que o museu contará com uma “superestrutura exterior”, através da qual os visitantes farão a sua admissão ao ReMuseu, e depois terão oportunidade de fazer “uma viagem pelo mundo do consumo” e da “reutilização de equipamentos e de bens”.

Além de querer mudar hábitos e comportamentos, o ReMuseu pretende “explicar o que está para lá do contentor do lixo, o que é o mundo da reciclagem e a forma como as pessoas podem facilitar este mundo da reciclagem e contribuírem para um mundo melhor”, destacou Pedro Nazareth. “Isto vai ser feito ao longo de sete salas, onde as pessoas estão convidadas a fazer esta viagem”, acrescentou.

Pedro Nazareth realçou ainda que é necessário explicar aos visitantes que a reciclagem e a separação de resíduos não é suficiente. “É, sem dúvida, um contributo muito importante, mas nós temos de objetivamente repensar a forma como nós consumimos”, defendeu o diretor-geral do Electrão, acrescentando que está convicto de que a experiência conseguirá mudar comportamentos.

“Eu acho que muitas pessoas vão deixar cair muitos dos tabus, que, de alguma forma, são inibidores da ação e da correta separação de resíduos, esperando que amanhã já não seja um em cada três, mas que seja um em cada cinco a não promover a correta reciclagem dos resíduos”, argumentou.

O ReMuseu vai ter um conjunto de experiências interativas “para dar o filme” do que é a gestão de resíduos, o que são equipamentos elétricos usados, o que é que são as diferentes tipologias de embalagens usadas e como é que estas são triadas e recicladas “para lá do contentor do lixo”, sintetizou Pedro Nazareth.

Por seu turno, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), reforçou que o museu tem a “mensagem muito clara” de transmitir que “a ação de cada um conta muito”. O chefe do executivo municipal ambiciona que, no final do ano de 2020, a capital seja mais verde, os cidadãos estejam “mais conscientes e mais ativos” e sejam alcançados melhores resultados em matéria de reciclagem.

A entrada no museu é gratuita, mas os visitantes terão de entregar uma embalagem usada para receberem o seu bilhete.

O ReMuseu, inserido na programação da Lisboa Capital Verde Europeia 2020, é promovido pelo Electrão e pelo Lidl Portugal, contando com o apoio da autarquia da capital e do NewsMuseum.

// Lusa



“Turismo do sono” é a última tendência no setor do bem-estar (e já há resorts dedicados a isso)

O turismo do sono é a última tendência no lucrativo setor de bem-estar. O programa de aprimoramento do sono conduzido por médicos no Canyon Ranch, nos Estados Unidos, quer mostrar que dormir tem de ser levado a sério.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, um em cada três adultos não dormem o suficiente. De acordo com a especialista em sono, Alison Francis, está na hora do sono ser levado a sério. “A forma como as pessoas vivem e o stress que sofrem suprime as hormonas do sono”, afirmou Francis, que administra os seus próprios retiros particulares em todo o mundo, em declarações ao OZY. “A menos que possamos regressar a algum tipo de equilíbrio do ser humano, [a privação do sono] é apenas uma epidemia.”

Embora os efeitos da privação do sono sejam feios, os destinos de retiro nos quais pode lidar com isso são tudo menos isso. Maurícia, Suíça, Espanha e sudeste da Ásia são apenas uma amostra das escapadelas de sono populares.

No Golfo da Tailândia, o resort de bem-estar da ilha Kamalaya Koh Samui oferece aos hóspedes pacotes de aprimoramento do sono de cinco, sete ou nove noites. Lá, os mentores de bem-estar ajudam os hóspedes a adotarem hábitos saudáveis, como a criação de rituais noturnos. Massagens com vista também ajudam.

Mas não é preciso viajar pelo mundo para dormir melhor em lugares exóticos. As redes de hotéis estão já a capitalizar o turismo de sono. Por exemplo, a Westin Hotels, nos Estados Unidos, oferece um “menu de sono” de 24 horas com seleções destinadas a promover uma sesta de qualidade – por exemplo, salmão selvagem grelhado com quinoa de nozes.

Já no Canyon Ranch, palmeiras e catos são os vizinhos dos hóspedes. O sereno resort de bem-estar de 607 metros quadrados oferece ioga com vista para o deserto e caminhadas tranquilas pelas montanhas de Santa Catalina. Porém, algumas das experiências mais transformadoras do Canyon Ranch acontecem quando os olhos estão fechados.

Os hóspedes têm duas opções de treino para dormir. O primeiro é um teste de triagem do sono no local, onde se adormece com o equipamento de sono aprovado pela Food and Drug Administration para rastrear períodos de agitação. Para uma abordagem mais completa, o hóspede pode participar num estudo noturno do sono, em que o médico monitoriza e analisa o sono em tempo real.

O Canyon Ranch, de 40 anos, um dos primeiros refúgios de bem-estar nos Estados Unidos, oferece programas de sono orientados por médicos. A estadia no resort não é barata – custa, no mínimo, cerca de 1.400 euros por noite, o que inclui refeições, aulas, atividades e um crédito diário de 145 euros para serviços como massagens e tratamentos corporais ou tratamentos individuais com médicos.

Pagar milhares de euros apenas para dormir pode levantar algumas críticas, mas a experiência é mais do que descansar, acordar, relaxar e repetir. Os médicos certificados pelo conselho da instituição analisam o sono e elaboram planos para ajudar os hóspedes a superar problemas como apneia do sono, insónia, síndrome das pernas inquietas e sonambulismo, além de outros problemas de saúde, incluindo dor crónica, menopausa, saúde do coração, saúde cerebral, stress e luto.

“Quando tivermos um diagnóstico ou fator-chave, poderemos abordar as oportunidades físicas, mentais, emocionais e espirituais em direção a uma melhor saúde”, explicou Param Dedhia, diretor de medicina do sono do Canyon Ranch. Isso pode significar fazer mais exercício, comer refeições equilibradas, aproveitar o sol da manhã e reduzir a exposição à luz azul dos smartphones hábitos positivos de higiene do sono fáceis de praticar em casa.

A experiência vale o dinheiro? Na CES 2020, a Withings anunciou que o seu ScanWatch vai rastrear a apneia do sono através de sensores de SpO2 – saturação de oxigénio. O relógio foi submetido ao FDA e a empresa antecipa um preço entre 220 e 270 euros. O lançamento está previsto para meados de 2020. Este tipo de dispositivo pode significar testes de retiro de sono sem preços de retiro de sono.

ZAP //



Cansados das cheias e dos turistas, habitantes começam a sair de Veneza

As cheias dos últimos anos, o excesso de turismo e a falta de qualidade de vida são alguns dos motivos que levam os habitantes de Veneza a deixar a cidade.

Patricia Blaci vive em Veneza há 25 anos, mas depois de a sua casa ter sido severamente danificada pelas inundações, em novembro do ano passado, as piores desde 1966, decidiu deixar a cidade.

“Não foi uma decisão fácil, tenho um profundo afeto por esta cidade e lutei por ela. Mas tornou-se muito difícil ficar. É como viver num barco. Ocasionalmente, a água entra, sobe e desce, tal como uma maré. Desta vez, aumentou muito e durou cinco dias”, conta a arquiteta e guia turística, que se vai mudar para Espanha, ao jornal The Guardian.

De acordo com o diário britânico, o centro histórico da cidade italiana e as suas onze ilhas habitadas perderam, no ano passado, 1092 pessoas para outras cidades e, em alguns casos, para outros países.

A subida do nível do mar, as inundações recorrentes, o custo de vida alto, associado também ao excesso de turismo, e, agora, o despovoamento são algumas das maiores ameaças que a cidade enfrenta.

“Veneza não perdeu a sua alma, vendeu-a”, afirma ao jornal Maria Teresa Laghi, italiana que tem uma das poucas lojas tradicionais que ainda existem no bairro de San Polo.

A autarquia, liderada por Luigi Brugnaro, defende que o problema não é só a despovoação, mas também o facto de haver nesta zona uma população muito envelhecida. Entre janeiro e outubro de 2019, houve 1038 mortes e apenas 361 nascimentos.

Ao mesmo tempo, relembra o município, embora mais de mil pessoas tenham abandonado Veneza, também chegaram outros 1172 novos habitantes. Um número que, na opinião de Matteo Secchi, é totalmente falso.

“Este número é falso porque, em muitos casos, as pessoas vêm aqui, compram uma casa e depois alugam-na a turistas enquanto vivem noutro lugar. Estimamos que cerca de 5000 ‘habitantes’ façam isso”, diz o responsável do grupo ativista Venessia.

Cerca de 60 mil turistas visitam diariamente, no verão, o centro histórico de Veneza, onde vivem atualmente 52 mil pessoas. A partir de julho deste ano, os turistas que estejam de passagem pela cidade e pelas ilhas da laguna pagarão até dez euros.

Quem ficar a dormir na cidade não terá de pagar esta nova taxa, até porque já paga a normal taxa turística de alojamento (atualmente, até cinco euros por pessoa por noite).

ZAP //



Voar nunca foi tão seguro, garante a Estatística

Jetstar / Flickr

Voar em companhias áreas comerciais nunca foi tão seguro, garante um estudo levado a cabo por um professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que monitoriza o número de mortes de passageiros de todo o mundo.

De acordo com os números apresentados, entre 2008 e 2017, as mortes de passageiros de companhias aéreas diminuíram significativamente.

Atualmente, e a nível global, a taxa é agora de uma morte para cada 7,9 milhões de embarques de passageiros, comparativamente com uma morte para 2,7 milhões entre 1998 e 2007 e uma morte para cada 1,3 milhões no período entre 1988 e 1997.

Recuando ainda mais no tempo, o risco de morte durante um voo numa companhia aérea comercial era de uma morte para cada 750.000 embarques entre 1978 e 1987 e uma morte para cada 350.000 entre 1968 e 1977. Com o passar do tempo, as taxas de mortalidade foram diminuindo de forma significativa, assinala o novo estudo, que foi esta semana publicado na revista Transportation Science.

“O risco global de morrer num acidente de aviação diminui num fator de dois a cada década”, explicou Arnold Barnett, único autor do estudo, citado em comunicado.

“Não só continuou na última década, mas a melhoria da década mais recente está mais próxima de um fator de três. O ritmo de melhoria não abrandou, mesmo quando os voos se tornaram mais seguros (…) Estes números são realmente impressionantes e é importante que as pessoas tenham isto nas suas mentes”, rematou.

ZAP //



Vai ser possível ver auroras boreais a partir de um balão de ar quente

Hostelworld.com

Aurora Boreal, Islandia

A agência Off The Map Travel vai lançar em dezembro de 2020 o primeiro balão de ar quente. O objetivo é levá-lo a ver auroras boreais do céu.

As auroras boreais são já um verdadeiro espetáculo dos céus, mas uma empresa da Lapónia sueca quer elevar esta experiência a outros patamares.

Aurora in the Sky (“Aurora no Céu”) é o nome do programa que a agência Off The Map Travel pretende lançar no final deste ano na Lapónia, Suécia. O objetivo é oferecer-lhe a possibilidade de ver auroras boreais a partir de um balão de ar quente.

O balão terá capacidade para 6 pessoas e será ancorado ao gelo ártico. Um especialista irá guiá-lo em busca das auroras boreais. Jonathan Cooper, CEO da empresa, afirma que esta é a primeira experiência do género no mundo.

Segundo o Travel+Leisure, por cerca de 2.700 euros por pessoa, tem direito a um itinerário de quatro dias e três noites onde estão incluídas refeições, transportes, acomodação no Outpost Aurora Safari Camp, uma aventura de mota de neve com almoço no Círculo Polar Ártico e a experiência de balão de ar quente.

As reservas para o passeio de balão – com as auroras boreais no pano de fundo – vão estar disponíveis a partir de maio. Os passeios serão realizados entre dezembro de 2020 até abril de 2021.

ZAP //



Para evitar a desertificação, há uma cidade a vender casas a 1 euro

A cidade de Bisaccia, em Itália, está a vender 90 imóveis por apenas um euro. O compromisso é que os compradores renovem as habitações.

A cidade italiana de Bisaccia, no sul da Campânia, em Itália, está a vender 90 prédios em ruínas por apenas um euro cada uma. A medida não é única e o objetivo passar por atrair população para a cidade, que aos poucos se está a desertificar.

“Enfrentamos uma situação muito particular aqui. [A área abandonada] espalha-se pela parte mais antiga da vila. As casas abandonadas estão agrupadas, umas ao lado das outras, pelas mesmas estradas. Algumas até partilham uma entrada comum”, disse o vice-presidente da câmara, Francesco Tartaglia, em declarações à CNN.

“É por isso que damos as boas-vindas a famílias, grupos de amigos, pessoas que se conhecem ou investidores para unir forças. Damos o incentivo para que comprem mais de uma casa, para realmente ter um impacto e dar vida nova”, acrescentou.

No entanto, como é habitual neste tipo de iniciativas, os compradores dos imóveis têm certos compromissos a manter. Neste caso, como os edifícios estão altamente degradados, o comprador fica encarregue de renovar a propriedade. Todavia, como destaca o DN, não há um valor mínimo para o investimento nem um prazo para efetuar a renovação.

“Isso garante que o processo de venda será rápido e tranquilo, não precisaremos de andar atrás de descendentes de antigos proprietários nem ter problemas com terceiros”, salientou o autarca. Tartaglia explica ainda que o povo local é conhecido pela sua hospitalidade e que “os recém-chegados são mimados e bem cuidados”.

Os habitantes de Bisaccia têm, aos poucos, abandonado a cidade à procura de melhores condições de vida. Muitos deles optam por se mudar para Nápoles, que se localiza a 115 quilómetros desta pitoresca cidade.

Há um ano, o município italiano de Sambuca, localizado na região italiana da Sicília, também anunciou estar a vender casas por um euro, visando travar o declínio populacional que a zona tem sofrido nos últimos anos. Em maio, a cidade italiana de Mussomeli, no sul da Sicília, também colocou 500 casas abandonadas à venda por um euro cada.

ZAP //



Após 20 anos de silêncio, sinos e carrilhões de Mafra voltam a tocar

Os sinos e os carrilhões do Palácio de Mafra vão tocar a partir de 1 de fevereiro, após obras de restauro, depois de os primeiros sinais de deterioração surgirem a 11 de setembro de 2001, remetendo-os ao silêncio.

“Foi uma data má em todos os sentidos com a coincidência de as torres gémeas [nos Estados Unidos da América] caírem e as nossas torres também começarem a ter problemas”, recorda Abel Chaves, um dos carrilhonistas do palácio, à agência Lusa.

Os 119 sinos e os dois carrilhões ficaram sujeitos a um “silêncio forçado” durante 20 anos, à espera de obras de requalificação e “presos” por andaimes desde 2004.

A empreitada de reabilitação iniciou-se em maio de 2018 e terminou em dezembro de 2019, representando um investimento de 1,7 milhões de euros. “Fizemos uma intervenção global”, afirmou à Lusa Luís Marreiros, um dos técnicos da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) que coordenaram os trabalhos. “Não nos limitámos a intervir nos carrilhões, que são instrumentos musicais, mas também em todo o conjunto sineiro, ou seja, nos 119 sinos (sinos das horas, sinos litúrgicos e sinos dos carrilhões), nas estruturas, no catavento, no para-raios e nos dois relógios da torre””, explicou.

O investimento permite devolver este património único no mundo à população de Mafra e aos visitantes do Palácio Nacional de Mafra.

“Aquilo que temos pensado para este património é, a partir do primeiro domingo após a inauguração, ter concertos regulares dominicais, como era tradição em Mafra”, referiu à Lusa o diretor do palácio, Mário Pereira.

O financiamento suplementar oriundo do Turismo de Portugal permitiu ainda pôr em funcionamento os sinos das horas. “Temos os dois relógios ligados aos sinos e vai poder-se ouvir, de quarto em quarto de hora, os sinos a darem as horas na Torre Sul”, acompanhadas de melodias programadas nos respetivos autómatos, semelhantes a grandes caixas de música, sublinhou o arquiteto da DGPC.

O concerto inaugural acontece no domingo, ocasião única para ouvir os dois carrilhões e os sinos de ambas as torres a tocarem uma composição inédita escrita de propósito para o evento pelo carrilhonista Abel Chaves, anunciou o próprio.

Na Torre Sul, vão estar dois carrilhonistas a interpretarem a peça nos teclados do carrilhão, com os respetivos sinos a emitir música. Já na Torre Norte, vai estar um grupo de 12 sineiros, entre trabalhadores da obra e técnicos da DGPC, a bater nos sinos com martelos.

Durante o concerto, o carrilhonista vai interpretar o “hino nacional” e os carrilhonistas Abel Chaves e Liesbeth Janssens composições de Vivaldi, no carrilhão da Torre Sul do monumento.

Os dois carrilhões e os 119 sinos, repartidos por sinos das horas, da liturgia e dos carrilhões, constituem o maior conjunto sineiro do mundo, sendo, a par dos seis órgãos históricos e da biblioteca, o património mais importante do Palácio Nacional de Mafra, classificado como Património Cultural Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, no passado mês de julho. Estima-se que os sinos mais pesados tenham 12 toneladas.

Os carrilhões de Mafra foram classificados como um dos “Sete sítios mais ameaçados na Europa”, pelo movimento de salvaguarda do património Europa Nostra.

// Lusa



Turistas estão a invadir Hallstatt, a aldeia austríaca que terá inspirado “Frozen”

Considerado Património Mundial pela UNESCO desde 1997, Hallstatt, na Áustria, possui apenas 778 moradores e tem uma sequência de casas em estilo alpino.

Em 2010, antes do lançamento do primeiro filme da Disney, “Frozen”, a cidade recebia cerca de 100 visitantes por dia. No ano passado, de acordo com o jornal britânico The Guardian, esse número escalou para mais de 10 mil turistas por dia.

A aldeia foi posta no mapa depois de ter aparecido num programa de viagens da Coreia do Sul em 2006. Depois disso, foi ligada ao filme da Disney.

No panorama, destaca-se a torre de uma igreja luterana, que corresponde com a torre central do castelo onde vivem as personagens Elsa e Anna. Como a Disney se costuma basear em lugares reais para criar os cenários das suas animações, reforçou-se o boato de que Hallstatt teria sido a inspiração para Arendelle, o reino mágico e gelado dos dois filmes.

Apesar de a informação nunca ter sido confirmada, a invasão de turistas, que já tinha começado, parece agora imparável. O local tem sido invadido por turistas em busca da selfie perfeita, sessões fotográficas de casamentos e até drones pilotados. A pequena aldeia alpina, na região montanhosa de Salzkammergut, tem recebido seis vezes mais turistas per capita do que Veneza, em Itália.

Arendelle, o mundo fictício do filme da Disney “Frozen”

Agora, o autarca de Hallstatt, Alexander Scheutz, está à procura de respostas para receber o fluxo elevado de turistas sem perturbar a comunidade local. “Hallstatt é uma peça importante da história, não um museu. Queremos reduzir os números até pelo menos um terço mas não temos forma nenhuma de realmente os impedir de chegar”, disse em declarações ao jornal britânico The Sun.

Apesar de o turismo trazer benefícios como financiamento para escolas e clientes durante todo o ano para negócios que até então eram sazonais, os problemas incluem lixo, drones e uma economia local mais cara. “Os locais sentem que estão a viver num parque temático”, escreve o The Guardian.

ZAP //



Fukushima quer abastecer a região com energia 100% renovável até 2040

Mais de oito anos após o colapso da central nuclear de Daiichi, Fukushima quer virar a página: não depender da energia nuclear para obter energia é o objetivo.

O governo local de Fukushima já prometeu fornecer à região 100% de energia renovável até 2040. A meta já está a bloquear grandes investimentos.

Em novembro, o jornal japonês Nikkei Asian Review informou que um projeto de 2,75 mil milhões de dólares (equivalente a 2,49 mil milhões de euros), financiado em parte pelo governo, visava a construção de 11 parques eólicos e dez parques eólicos em terras agrícolas e áreas montanhosas abandonadas.

No entanto, o projeto causará um pequeno impacto na produção de energia de Daiichi. A produção estimada para todos os parques eólicos é de apenas 600 megawatts – muito longe dos 4.700 megawatts dos reatores nucleares, de acordo com o The Verge.

Mas Fukushima está também a planear o uso de centrais de energia geotérmica e de biomassa, além da infraestruturas de energia solar e eólica, que irão contribuir para as necessidades de energia da região.

Ainda assim, segundo o Futurism, é muito pouco provável que o Japão desista da energia nuclear num futuro próximo. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, adepto da energia nuclear, pede cada vez com mais frequência que os reatores mais antigos sejam reiniciados, apesar da crescente oposição que enfrenta em relação a este tema. Aliás, o novo ministro do Ambiente pediu que reatores antigos fossem demolidos.

Certo é que o país tem ainda um longo caminho a percorrer, se decidir seguir os mesmos passos ecológicos de Fukushima. De acordo com o matutino, em 2018, só 17,4% do consumo de energia no Japão é fruto de fontes renováveis, de acordo com o Instituto de Políticas de Energia Sustentável.

O país ainda é muito dependente de carvão e de gás natural, sendo o terceiro maior país importador de carvão do mundo, de acordo com a Administração de Informações de Energia dos Estados Unidos.

ZAP //



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