Terça-feira, Abril 29, 2025
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Uma ode aos sem-abrigo. Banksy presenteia Birmingham com uma nova obra de arte

(dr) Banksy

Desta vez, Banksy deixou a sua marca na cidade britânica de Birmingham. A nova obra de arte, composta por duas renas, é uma ode aos sem-abrigo e à solidariedade da cidade britânica.

Numa parede da cidade de Birmingham, no Reino Unido, veem-se agora duas renas, pintadas com spray branco, representadas numa noite estrelada e presas a um banco público que assume o papel de um trenó, ainda que não passe de ilusão.

Num vídeo publicado na conta de Instagram do artista, a equipa de Banksy filmou Ryan, um homem que surge deitado no banco com vários sacos à sua volta.

Deus abençoe Birmingham“, refere a publicação, citada pela BBC. “Nos 20 minutos em que filmamos Ryan no banco, os transeuntes ofereceram-lhe uma bebida quente, duas barras de chocolate e um isqueiro – sem que ele pedisse alguma coisa”.

Não está claro se Ryan é mesmo um sem-abrigo ou alguém da equipa do artista a fazer-se passar por um. Ainda assim, o episódio revela tanto a realidade vivida nas ruas de Birmingham, como também a solidariedade dos que por elas passam.

As obras de arte de Banksy são uma forma de alertar as pessoas para a realidade que várias pessoas sem-abrigo vivem, nomeadamente nesta altura do ano, em que o frio se faz sentir.

Banksy decidiu homenagear a cidade de Birmingham pela primeira vez com este seu mural. Mas, ao fazê-lo, o artista de rua não presta apenas homenagem à cidade britânica, como também centra as atenções nas condições dos sem-abrigo, solitários e sem um lugar quente para passar as noites geladas do Inverno.

É uma ode e uma mensagem de esperança para outros tantos Ryan de todo o mundo.

ZAP //



No Japão, há um café onde os empregados de mesa são robôs

Os robôs da Softbank, chamados de Pepper, estão agora a chegar a um novo mercado: os cafés. No Japão, hotéis, lojas de aeroporto, entre outros comércios, já contam com funcionários robóticos, que foram criados em 2015.

O primeiro café com estes robôs é o Pepper Parlor, que entrou em funcionamento a 5 de dezembro e onde os clientes já fazem os seus pedidos através deles, recebendo ainda cumprimentos e conversando.

O Pepper cumprimenta os clientes, recebe os pedidos, conversa e até pode recomendar sobremesas com base nas suas expressões faciais, de acordo com o Nikkei Asian Review. No site da empresa, garantem que os seus funcionários cibernéticos “interagem com os clientes nas mesas, tirem fotografias e ofereçam experiências novas e divertidas em toda a sala”.

Outros robôs da Softbank que também estão a ser implementados são o Nao e o Whiz. Com a metade do tamanho de um Pepper, que mede 1,20 metro, o Nao é o responsável por dançar na mesa e o Whiz faz a limpeza do local com a ajuda da sua inteligência artificial.

De acordo com Kazutaka Hasumi, CEO da Softbank, os robôs são uma forma da companhia aprender mais sobre a forma como as máquinas podem interagir com os humanos, aprimorando as suas ofertas atuais com a tecnologia.

O uso dos robôs no comércio também é uma forma de agir em relação à redução da população do Japão, que tem enfrentado também uma diminuição da quantidade de trabalhadores nas indústrias. Por isso, o investimento na robótica tem como foco treinar as máquinas para se adaptarem a estes trabalhos.

No entanto, as habilidades atuais dos robôs são limitadas. No trabalho em hospitais, por exemplo, a única tarefa do Pepper é servir como uma forma de entretenimento para quer está lá. Esta interação humana pode ser uma forma de treino para reconhecer rostos e emoções das pessoas, respondendo a comandos de voz ou exibindo mensagens na sua tela.

Estima-se que entre 3.000 e 3.500 unidades do Pepper já tenham sido entregues a várias empresas.

ZAP // Canal Tech



Sismos podem levar ao aparecimento de nova ilha nos Açores, diz vulcanólogo

-JM- / Flickr

Fajã da Caldeira de Santo Cristo, Açores

“Movimentos ascendentes no fundo do mar” terão como “evolução natural o aparecimento de uma ilha”, afirma Victor Hugo Forjaz, presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores.

Esta sexta-feira, o vulcanólogo Victor Hugo Forjaz disse que uma nova ilha poderá surgir nos Açores, entre as ilhas do Faial e São Jorge, na sequência de “movimentos ascendentes” que se têm vindo a registar no mar.

“Pelo tipo de sismo, pela cadência, pela periodicidade, pela energia Richter e repercussões nas ilhas vizinhas, que são Faial e São Jorge e, por vezes, Pico, suspeita-se que há movimentos ascendentes no fundo do mar, sendo a evolução natural o aparecimento de uma ilha”, afirmou o presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores.

O vulcanólogo refere que se têm vindo a registar “crises sucessivas”, ao longo dos anos, no arquipélago, com “intervalos de dois anos”, e o surgimento de uma nova ilha “não é nada de extraordinário porque as ilhas são ativas e condensam movimentos tectónicos, seguidos de vulcânicos”.

Para o antigo docente da Universidade dos Açores, o fenómeno seria “melhor seguido” com um levantamento batimétrico e com recurso a um ROV, um veículo submarino operado de forma remota, visando apurar se há fissuras, deslocamentos e alterações topográficas.

Segundo Hugo Forjaz, a Marinha portuguesa “já deveria ter feito um levantamento no sentido de se perceber melhor os movimentos do fundo do mar naquela zona”, sublinhando que “não há perigo de maior” para a ilha do Faial, uma vez que a zona fica “bastante afastada, cerca de 25 a 30 quilómetros”.

O especialista recorda que nos Açores já emergiram ilhas que depois voltaram a desaparecer, exemplificando com o banco D. João de Castro, ao largo da ilha Terceira, que “esteve fora do mar durante um certo tempo”, tendo “falhas geológicas provocado o seu abatimento”, sendo previsível que volte a emergir.

O vulcanólogo defende a instalação nos Açores de OBS, sismógrafos submarinos que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera possui, ressalvando que houve uma equipa estrangeira que já operou na região com este equipamento, tendo recolhido dados “muito interessantes” a que a Governo Regional e a Universidade dos Açores não têm acesso.

Para Victor Hugo Forjaz, a existência dos OBS seria o “tira-teimas entre os que acreditam que há movimentos verticais importantes e os que os negam”.

A Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores tem vindo a registar desde novembro centenas de sismos, um deles esta sexta-feira. Alguns destes abalos foram sentidos pela população, numa zona localizada aproximadamente entre os 25 e os 30 quilómetros a oeste da freguesia de Capelo, na ilha do Faial.

ZAP // Lusa



Homens e mulheres já podem entrar juntos em restaurantes na Arábia Saudita

B.alotaby / Wikimedia

Riade, a capital da Arábia Saudita

A Arábia Saudita acabou com a exigência de entradas separadas em restaurantes para homens e mulheres e com a separação entre sexos à mesa. Até agora era obrigatório ter uma entrada para famílias e mulheres e outra para homens.

Na prática, segundo noticiou esta segunda-feira a SIC Notícias, as restrições já não eram observadas, com muitos restaurantes e cafés a não fazerem distinções. No domingo, o ministério dos municípios disse que os restaurantes não precisam de manter as entradas separadas por sexo, sendo da responsabilidade do estabelecimento decidir se o faz.

Esta é uma das reformas sociais que a Arábia Saudita tem vindo a pôr em prática nos últimos anos. No início de 2019, um decreto real permitiu que as mulheres sauditas viajassem para o estrangeiro sem a permissão de um tutor masculino e, em 2018, o reino do Golfo acabou com a proibição de as mulheres não poderem conduzir.

Contudo, os ativistas – vários deles detidos – reclamam que muitas leis discriminatórias contra as mulheres permanecem em vigor.

Desde que Mohammed bin Salman foi corado príncipe em 2017, tem feito por abrir a sociedade conservadora da Arábia Saudita. As reformas que tem feito são elogiadas pela comunidade internacional, mas acompanhadas também por uma onda de repressão.

ZAP //



O primeiro local funerário de compostagem humana do mundo abre em 2021

Recompose

Prevê-se que a primeira instalação funerária de compostagem humana do mundo abra na primavera de 2021, depois de os legisladores do Estado de Washington terem legalizado o processo póstumo no início do ano.

A empresa Recompose, de Seattle, será a primeira a oferecer “redução orgânica natural”, um processo que a proprietária Katrina Spade disse que converte suavemente restos humanos em solo orgânico.

“A transformação do ser humano em solo acontece dentro dos nossos vasos de recomposição hexagonais reutilizáveis. Quando o processo terminar, as famílias poderão levar para casa parte do solo criado, enquanto os jardins no local nos lembrarão que toda a vida está interconectada”, escreve Recompose no seu site.

A funerária da nova era celebrou a abertura da sua primeira locação num edifício de 1.720 metros quadrados o mês passado, depois de os legisladores mudaram a lei estadual sobre os serviços pós-morte, tornando o Estado de Washington o primeiro a permitir a compostagem humana, de acordo com o jornal norte-americano The Seattle Times.

O SB 5001 “Relativo a restos humanos” foi assinado em maio, reconhecendo a “redução orgânica natural” como um meio aceitável de disposição dos corpos. A lei entrará em vigor a 1 de maio do próximo ano.

O processo de recomposição custará mais do que uma cremação básica, mas menos do que a maioria dos funerais – cerca de 5.500 dólares (equivalente a 4900 euros). O preço inclui transporte para os habitantes de Washington, mas a recomposição também estará disponível para indivíduos de outros estados ou países que puderem providenciar transporte.

Spade uniu-se à cientista do solo Lynne Carpenter-Boggs, da Washington State University, que liderou a primeira experiência de recomposição bem-sucedida, usando os restos de seis corpos voluntários no que chamaram de “Avaliação do Ciclo de Vida”, que comparou métodos convencionais contra enterro natural e redução orgânica.

Os resultados preliminares sugerem que a recomposição teve menos impacto ambiental do que a cremação ou enterros tradicionais, em grande parte devido à sua capacidade de sequestrar o carbono atmosférico no solo.

As estimativas sugerem que uma tonelada métrica de dióxido de carbono será salva sempre que uma pessoa for organicamente decomposta em vez de cremada ou enterrada. Além disso, a Recompose diz que “minimizam o desperdício, evitam poluir as águas subterrâneas com o fluido de embalsamamento e evitam que as emissões de dióxido de carbono da cremação e da fabricação de caixões, lápides e túmulos”.

“Ao permitir que processos orgânicos transformem os nossos corpos e os dos nossos entes queridos numa alteração útil no solo, ajudamos a fortalecer o nosso relacionamento com os ciclos naturais, enriquecendo a terra”, observa a Recompose.

Assim, um corpo é colocado dentro de um vaso reutilizável, coberto com lascas de madeira, alfafa e feno e arejado para permitir que bactérias benéficas que ocorrem naturalmente façam o que naturalmente fazem.

A empresa não sabe que espécies de bactérias participam no processo, apenas que ocorrem naturalmente no corpo. Além disso, não há evidências suficientes que sugiram que o processo interrompa a doença do Prião ou algumas doenças altamente infeciosas como o Ébola. “No caso raro dessas doenças, o paciente não seria candidato à recomposição. A elegibilidade para esse processo seria verificada pelos profissionais de saúde no local da morte da pessoa”, explicou um porta-voz do Recompose, em declarações ao IFLScience.

Em apenas 30 dias, o corpo é transformado em “solo que pode ser usado para criar nova vida”. Uma pessoa pode criar um solo com cerca de 0.76 metros cúbicos, que a sua família pode levar para casa. O solo restante irá para áreas de conservação na área de Seattle.

ZAP //



Ruas de Águeda entre as “mais bonitas do mundo” para a CNN

As ruas do centro de Águeda, no distrito de Aveiro, decoradas com guarda-chuvas estão entre as 21 mais bonitas de mundo para a emissora norte-americana CNN.

A distinção é avançada pelo jornal Público, que dá conta que esta é a segunda vez neste ano que o projeto Umbrella Sky, que enche algumas das ruas de Águeda com guarda-chuvas coloridos, é destacado a nível internacional.

“Desde 2011 que as quatro ruas centrais de Águeda, incluindo a rua Luís de Camões, são transformadas em coloridos paraísos de sombra dada pelos chapéus-de-chuva”, lê-se no destaque no site, citado pelo diário.

A rua Luís de Camões, uma das quatro que são durante o verão são decoradas com guarda-chuvas, no âmbito do festival AgitÁgueda, está na mesma lista que Convent Avenue, em Nova Iorque, ou a célebre rua Lombard, em ziguezague.

O festival AgitÁgueda decorre no mês de julho, mas os guarda-chuvas decorativos ficam nas ruas da cidade durante todo o verão.

“Os fios são pendurados nos telhados e corridos a guarda-chuvas, numa tentativa de atenuar o calor do Verão, além de proporcionar um cenário colorido” durante os eventos, escreve ainda a emissora norte-americana.

Durante este ano, detalhe o Público, o projeto utilizou mais de 3.000 guarda-chuvas nas ruas de Águeda. Águeda tinha surgido numa lista semelhante a esta, onde eram assinaladas, segundo a revista Architectural Digest, as ruas mais bonitas do mundo.

ZAP //



“Pontos quentes de radiação” detetados perto da zona olímpica de Fukushima

A Greenpeace disse esta quarta-feira que detetou “pontos quentes” de radiação perto do local partida do próximo lançamento da chama olímpica pelo Japão, escreve o jornal britânico The Guardian.

A organização ambientalista diz que detetou taxas de radiação de 1,7 microsieverts por hora a um metro de acima do solo nesta zona e ao nível do solo foram detetados “pontos quentes” de 71 microsieverts por hora, detalha a SIC Noticias.

De acordo com as normas de segurança do Japão, a taxa permitida é de 0,23 microsiervert por hora. Em Tóquio, a taxa normal ronda os 0,04 microsieverts por hora.

No geral, garante o Ministério do Ambiente do Japão, a zona é segura e as comunidades locais estão atentas até à abertura dos Jogos Olímpicos de 2020, a 24 de julho.

O Executivo japonês pretende utilizar o evento olímpico para mostrar que a zona de Fukushima recuperou do desastre. A central nuclear, recorde-se, sofreu um grave acidente a 11 de março de 2011 depois de ser afetada por um terramoto de magnitude 9 e um tsunami, que terminou no desastre nuclear.

A Greenpeace, por sua vez, exige novas medições e mais esforços de limpeza, uma vez que as últimas investigações apontaram níveis elevados de radiação no complexo desportivo J-Village, localizado a cerca de 20 quilómetros da central nuclear destruída.

O site da J-Village tem um quadro com valores detetados na região, dando conta que à entrada do centro a taxa detetada, na passada quarta-feira, era 0,111 microsieverts.

A Greenpeace diz ainda que enviou as suas medições ao Governo japonês, bem como aos organizadores locais e internacionais dos Jogos Olímpicos.

ZAP //



Espuma tóxica invade uma das praias mais famosas da Índia

Uma espuma branca tóxica cobriu uma das praias mais famosas da Índia, em Chennai, pelo quarto dia consecutivo na segunda-feira, criando um novo risco de poluição para o país.

Esta é a maior praia urbana da Índia e recebe dezenas de milhares de visitantes diariamente. Apesar dos alertas feitos aos pescadores para não entrarem no mar nesta região, as crianças brincam e os turistas tiram fotografias, sem notar o cheiro azedo que emana da espuma, segundo conta a AFP.

A espuma também é um visitante recorrente na praia, aparecendo todos os anos quando as chuvas das monções levam a poluição para o mar. A espuma será o resultado de uma mistura de resíduos de detergente e outros detritos, levados pelo vento e pelas ondas numa espuma.

Em declarações à agência de notícias, Pravakar Mishra, cientista do Centro Nacional de Pesquisa Costeira, disse que apenas 40% das águas residuais de Chennai são tratadas. O restante do esgoto da cidade de mais de sete milhões de pessoas é levado diretamente para o mar.

A espuma pode causar irritação e danos à pele. Uma autoridade ouvida pelo The Indian Express, citada pela BBC, afirmou que a poluição levaria “um ou dois dias” para ser diluída.

Jeyaseelan, um pescador, disse à AFP que o valor do peixe que capturou caiu para zero, já que os habitantes locais suspeitam que o peixe esteja contaminado pela poluição visível na praia.  Em 2016 e 2017, o escoamento da poluição causou a extinção de peixes em massa na costa perto de Chennai.

A poluição é um problema crescente na Índia. A poluição atmosférica obstruí as áreas urbanas em rápida expansão do país e as práticas inadequadas de saneamento de água criaram cursos de água tóxicos.

Em 2017, foram vistos meia dúzia de cães azuis brilhantes num subúrbio de Mumbai. Os cães tinham entrado no rio Kasadi perto de uma planta industrial que estava a libertar corante azul diretamente na hidrovia.

Poluição plástica e outros tipos de lixo também estragam as praias. “A poluição é agora uma ameaça maior para as praias da Índia do que o aumento do mar”, concluiu Mishra.

ZAP //



Açores são o único arquipélago do mundo com certificado de destino turístico sustentável

Logitravel

Ilha de São Miguel, Açores, Portugal

Os Açores são a primeira região do país certificada como destino turístico sustentável, distinção atribuída a apenas 13 regiões no mundo e entregue esta quinta-feira com a categoria de “prata” pela certificadora Earthcheck.

“É com profundo orgulho que hoje podemos dizer que os Açores são certificados como destino turístico sustentável. Somos o primeiro e único arquipélago do mundo com esta certificação. Somos a única região do país com esta certificação. Estamos na linha da frente”, adiantou a secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo dos Açores, Marta Guerreiro, em declarações à agência Lusa.

A governante falava na sessão de abertura do congresso anual do Global Sustainable Tourism Council, que reúne cerca de três centenas de participantes de 42 nacionalidades em Angra do Heroísmo, na ilha Tecreira.

O EarthCheck é um grupo internacional de certificação e consultoria de ‘benchmarking’ científico em viagens e turismo, com atividade desde 1987. A certificação respondeu aos critérios do Global Sustainable Tourism Council [Conselho Global de Turismo Sustentável], organismo internacional de acreditação para a certificação de turismo sustentável.

O processo de certificação dos Açores iniciou-se em 2017, proclamado pelas Nações Unidas como Ano Internacional do Turismo Sustentável.

“No final deste processo, reforço: foram dois anos de muito trabalho, aquele que nos permite hoje fazer parte de um conjunto de 13 regiões do mundo e de apenas oito países com esta certificação”, frisou a titular da pasta do Turismo nos Açores.

Questionada pelos jornalistas à margem do evento sobre as vantagens desta certificação, Marta Guerreiro salientou que a distinção vai permitir “não só internamente despertar os agentes do setor para a importância de posicionarem os seus negócios e as suas áreas dentro destas práticas”, mas também que os Açores consigam captar “segmentos que valorizam as preocupações na área da sustentabilidade”.

A secretária regional destacou, por outro lado, a responsabilidade que a distinção acarreta, alegando que os Açores têm “a obrigação” de cuidar do seu património. “Estamos a juntar nesta matéria uma oportunidade de crescimento fantástica que temos pela frente com a nossa responsabilidade de garantirmos que deixamos este território tão bem ou melhor cuidado quanto o recebemos”, salientou.

Certificação válida por um ano

A certificação é válida por um ano, mas a tutela pretende não só mantê-la como subir de patamar. “Este é o primeiro que é possível alcançar quando se faz a certificação — o ‘silver’ [prata] — mas com a permanência na certificação e com a evolução dos indicadores que são analisados temos condições para ambicionar mais. Não é um dado adquirido, exige trabalho de continuidade”, afirmou Marta Guerreiro.

Numa primeira fase, após um levantamento exaustivo de dados quantitativos e qualitativos, como emissões de gases com efeitos estufa, resíduos, gestão de água, conservação dos ecossistemas e gestão cultural, a região recebeu o estatuto de bronze.

“Entre muitos outros parâmetros, fomos considerados o destino de referência com a mais alta percentagem de área de conservação de ‘habitats’ e o destino de referência com a mais alta percentagem de área verde”, revelou a secretária regional.

A fase seguinte envolveu “a definição de um conjunto de compromissos sustentáveis” por parte do Governo Regional e de agentes privados, bem como uma auditoria no local da Earthcheck, com visitas às ilhas de São Miguel, Terceira e Flores. Entre janeiro e setembro de 2019, a atividade turística nos Açores cresceu 17%, ultrapassando o número de dormidas do ano anterior (2,5 milhões) e o executivo açoriano estima que até ao final do ano esse número se aproxime dos 3 milhões.

A secretária regional sublinhou, no entanto, que a estratégia da região não passa por um turismo de massas, mas por um crescimento “de forma sustentável e em pleno respeito pela preservação da natureza e do ambiente”.

// Lusa



As primeiras câmaras do mundo a detetar condutores ao telemóvel chegaram à Austrália

A utilização do telemóvel durante a condução é um dos principais problemas para a segurança rodoviária. Agora, na Austrália, um novo sistema quer ajudar a detetar a sua utilização.

Smartphones e condução são incompatíveis, pelo menos no que diz respeito à segurança rodoviária. As chamadas já não configuram uma grande ameaça, mas as aplicações tornam estes equipamentos muito apetecíveis, mesmo na hora da condução – o que pode ser um verdadeiro problema.

O governo local da região de New South Wales, na Austrália, teve uma ideia para tentar combater esta ameaça. Por isso, decidiu começar a utilizar câmaras com Inteligência Artificial (IA) que detetam condutores ao telemóvel.

Segundo o Russia Today, este novo sistema recorre à tecnologia para analisar fotografias captadas automaticamente. A Inteligência Artificial é utilizada para determinar se o condutor está a utilizar um smartphone durante a condução.

A IA é também responsável por filtrar as imagens do arquivo. Depois, um analista – desta vez, humano – despista os falsos positivos.

As câmaras serão instaladas em estradas públicas. Durante os primeiros três meses desta iniciativa, os condutores apanhados ao telemóvel vão ser alvos de um aviso. Depois, as infrações serão multadas com um valor mínimo de 233 dólares (cerca de 210 euros) e um máximo de 309 dólares (cerca de 279 euros).

Ainda assim, em ambos os casos serão subtraídos entre cinco a 10 pontos da carta de condução do condutor infrator.

As autoridades australianas estão convictas de que este novo sistema permitirá reduzir o número de incidentes provocados por uso indevido de telemóvel durante a condução. Aliás, segundo o Sapo Tek, as autoridades já levaram a cabo um teste que permitiu auferir que o sistema pode diminuir as incidências em cerca de 100 acidentes graves por cada cinco anos.

ZAP //



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