Terça-feira, Abril 29, 2025
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Japão vai comprar ilha desabitada para exercícios militares dos Estados Unidos

O Japão anunciou esta segunda-feira que concordou em comprar uma ilha desabitada destinada a exercícios militares dos Estados Unidos.

De acordo com a agência AFP, trata-se da ilha de Mageshima, no sudeste do país, para a qual o Governo do Japão desembolsou cerca de 146 milhões de euros.

O porta-voz do executivo japonês, Yoshihide Suga, afirmou que o acordo de compra foi firmado na passada sexta-feira, 29 de dezembro, após “negociações entre o Ministério da Defesa e a empresa imobiliária que detém a maior parte da ilha”.

A ilha deverá passar a abrigar os exercícios militares dos caças norte-americanos.

Em 2011, Tóquio e Washington decidiram mudar um centro de treinos de caças norte-americanos para Mageshima, a cerca de 30 quilómetros da costa do Japão.

Atualmente, os exercícios das aeronaves dos Estados Unidos são realizados em Iwo Jima – um importante campo de batalha da II Guerra Mundial -, a cerca de 1.200 quilómetros a sul de Tóquio. Esta localização, defendem os Estados Unidos, é muito distante da base militar norte-americana de Iwakuni.

Segundo Yoshihide Suga, será construída uma infraestrutura na ilha desabitada para que esta possa acolher exercícios de treino de pouso.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem insistido que tanto o Japão com outros dos seus países aliados devem contribuir mais para os custos da sua própria defesa. Tal como recorda o portal G1, o Japão depende em grande parte dos Estados Unidos no que respeita a defesa, havendo uma aliança bilateral de segurança entre ambas as nações.

Alguns moradores próximos da ilha de Mageshima mostraram preocupação com o barulho que a nova base aérea possa causar.

ZAP //



Coreia do Norte inaugura nova cidade. ONG’s acusam governo de recorrer a trabalho forçado

KCNA / EPA

Foi inaugurada a cidade de Samjiyon, na Coreia do Norte

O líder norte-coreano Kim Jong-un inaugurou na segunda-feira a nova cidade de Samjiyon, localizada perto do Monte Paektu, berço do regime. O projeto, mantido em sigilo até à sua exposição mediática, foi definido pelos meios de comunicação norte-coreana como o “epítome da civilização moderna”, mas há que ONG’s denunciam a utilização de trabalho forçado na sua construção.

De acordo com a AFP, citada pelo Sapo 24, o governo chinês investiu elevadas somas na reconstrução da cidade, projeto que ainda não está finalizado. Samjiyon já foi a capital de um condado fronteiriço com a China e, de acordo com a propaganda norte-coreana, é o local onde nasceu Kim Jong-il, pai e antecessor de Kim Jong-un.

O líder norte-coreano, continuou o Sapo 24, visitou os projetos de construção várias vezes. O Rodong Sinmun, órgão de propaganda do Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, publicou fotografias de Kim Jong-un a cortar uma fita para inaugurar a cidade perante milhares de pessoas.

A cidade inclui um museu sobre a revolução, um estádio para desportos de inverno, uma estância de esqui, uma nova linha ferroviária e uma fábrica de tratamento de mirtilo e batata – recursos mais importantes da região. Incluirá ainda 10 mil residências, capazes de acomodar quatro mil famílias e 360 quarteirões de edifícios, referiu a agência noticiosa oficial norte-coreana KCNA.

A Coreia do Norte tem sido alvo de várias sanções da comunidade internacional devido aos programas nucleares e balísticos, o que tem prejudicado a sua economia. Contudo, a KCNA apresentou Samjiyon como um sinal da resiliência económica do país. A inauguração coincide com um momento de estagnação nas negociações com Washington, após a cimeira de Hanói entre Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump, em fevereiro.

Numa visita recente, a AFP relatou ter visto milhares de pessoas a trabalhar nas obras de Samjiyon, incluindo militares. Estudantes foram também mobilizadas durante as férias.

Segundo a Reuters, alguns críticos – desde desertores a ativistas dos direitos humanos – consideraram os trabalhos como “escravatura”, visto que os envolvidos não são pagos, têm más condições de alimentação e poderão ter de trabalhar mais de 12 horas por dia nos próximos 10 anos para garantir a entrada na universidade ou nas bases do partido único.

“Kim entregou-se de corpo e alma para fazer do condado de Samjiyon o lugar sagrado da revolução, uma utopia urbana do socialismo”, divulgou na terça-feira a KCNA.

Pyongyang não informou quanto custou o projeto, que em princípio será realizado em fases. Kim Jong-un pediu que estivesse pronto para o 75.º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia em outubro de 2021, mas a falta de materiais de construção e de trabalhadores têm resultado em sucessivos atrasos.

ZAP //



Incêndios na Amazónia estão a intensificar o derretimento de gelo nos Andes

Os incêndios na Amazónia estão a fazer com que os glaciares nos Andes derretam mais rapidamente do que nunca. Isto afeta muitas populações que precisam dos glaciares como fonte de abastecimento de água.

Se ligou a televisão ou leu as notícias nos últimos meses provavelmente já ouviu falar dos incêndios que assolaram a floresta amazónica este ano. Os incêndios acontecem todos os anos, mas nos últimos 11 meses o número de incêndios aumentou mais de 70% em comparação com 2018, indicando uma grande aceleração na limpeza de terras pelas indústrias madeireiras e agrícolas do país.

O fumo dos indêncios subia alto na atmosfera e podia ser visto do espaço. Algumas regiões do Brasil ficaram cobertas de fumo espesso que fechava aeroportos e escurecia o céu da cidade.

À medida que a floresta arde, ela liberta enormes quantidades de dióxido de carbono, monóxido de carbono e partículas maiores do chamado “carbono preto”. O termo “enormes quantidades” dificilmente faz justiça aos números — num determinado ano, a queima de florestas e pastagens na América do Sul emite 800 mil toneladas de carbono preto na atmosfera.

Esta quantidade surpreendente é quase o dobro do carbono preto produzido por todo o uso combinado de energia na Europa num ano inteiro. Esta quantidade absurda de fumo não apenas causa problemas de saúde e contribui para o aquecimento global, mas, como mostra um número crescente de estudos científicos, também contribui diretamente para o derretimento dos glaciares.

Num novo artigo publicado há uma semana na revista Scientific Reports, uma equipa de investigadores descreveu como o fumo dos incêndios na Amazónia em 2010 fez os glaciares dos Andes derreterem mais rapidamente.

Quando os incêndios na Amazónia emitem carbono preto durante a estação alta de incêndios (de agosto a outubro), os ventos transportam essas nuvens de fumaça para os glaciares andinos, que podem ficar a mais de 5 mil metros acima do nível do mar.

Apesar de invisíveis a olho nu, as partículas de carbono preto afetam a capacidade da neve de refletir a luz do sol, um fenómeno conhecido como “albedo”. Semelhante à forma como um carro de uma cor escura aquece mais rapidamente sob a luz direta do sol, os glaciares cobertos por partículas de carbono preto absorvem mais calor e, portanto, derretem-se mais rapidamente.

Os cientistas descobriram que os incêndios na Amazónia, em 2010, causaram um aumento de 4,5% no escoamento de água do Glaciar Zongo na Bolívia.

Fundamentalmente, os autores também descobriram que o efeito do carbono preto depende da quantidade de poeira que cobre um glaciar. A limpeza de terras é uma das razões pelas quais os níveis de poeira na América do Sul duplicaram durante o século XX.

Os glaciares são um dos recursos naturais mais importantes do planeta. Os glaciares dos Himalaias fornecem água potável para 240 milhões de pessoas, e 1,9 mil milhões dependem deles para alimentação. Na América do Sul, são cruciais para o abastecimento de água — em algumas cidades, como Huaraz, no Peru, mais de 85% da água potável vem dos glaciares durante os períodos de seca.

No entanto, estas fontes verdadeiramente vitais de água estão cada vez mais ameaçadas, à medida que o planeta sente os efeitos do aquecimento global. Os glaciares nos Andes têm decrescido rapidamente nos últimos 50 anos.

Com as comunidades que dependem de glaciares para obter água, e esses mesmos glaciares provavelmente derretem mais rapidamente à medida que o clima aquece, o trabalho de examinar forças complexas como as alterações de carbono preto e albedo é necessário mais agora do que nunca.

Centro histórico de Turim evacuado para retirada de bomba da Segunda Guerra Mundial

Mais de 10 mil pessoas que vivem no centro histórico de Turim foram retiradas da zona no domingo para que uma bomba inglesa não explodida – que remonta à Segunda Guerra Mundial – fosse desarmada, indicaram as autoridades locais.

Na “zona vermelha” ao redor da Via Nizza, no ‘coração’ da cidade, os habitantes foram simplesmente retirados, enquanto 50 mil outras pessoas foram convidadas a sair ou ficar em suas casas entre as 07:00 e as 16:00 de domingo (menos uma em Lisboa), noticiou a agência Lusa.

De acordo com as autoridades, tratava-se de uma bomba inglesa, com um explosivo de dinamite de 65 quilos, lançada há mais de 70 anos por aviões aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Durante a desativação, o espaço aéreo de Turim foi fechado e o tráfego de comboios na estação Porta Nuova interrompido.

O comandante Elvio Pascale, que coordenou as operações, explicou que o procedimento consistiria primeiro em “desativar o fusível traseiro e, em seguida, cortá-lo na frente”, sendo assim destruído. Em seguida, um camião transportou a máquina desativada para Cirie, onde seria explodida numa pedreira desativada, segundo as autoridades.

Lusa //



Akure está a desenvolver-se a um ritmo acelerado (mas os habitantes não têm uma palavra a dizer)

Akure, a capital do Estado de Ondo, no sudoeste da Nigéria, viu a sua população aumentar em mais de 54% em apenas 13 anos. No entanto, em matéria de infraestruturas, os habitantes da cidade não têm uma palavra a dizer.

De acordo com o Censo Nacional de População e Habitação de 2006, havia 360.268 habitantes em Akure nesse ano. Graças a um aumento percentual anual de 3,2%, a população da cidade, em 2019, é agora de 559.940 pessoas.

O Estado de Ondo fez parte do Delta do Níger, uma região produtora de petróleo. Em 2006, Akure foi classificada como uma Cidade de Desenvolvimento do Milénio, como parte do seu compromisso com as oito metas de desenvolvimento que os Estados membros da ONU concordaram alcançar até 2015.

Como resultado, vários projetos de infraestruturas foram realizados nesta cidade, numa tentativa de melhorar a vida dos habitantes. No entanto, estes desenvolvimentos foram realizados, principalmente, “de cima para baixo” – o que contraria a tendência global, que viu a participação da comunidade enraizar-se.

Num artigo assinado no The Conversation, Ayoola Hezekiah Adedayo e Fakere Alexander Adeyemi, ambos da Universidade de Tecnologia de Akure, explicam que as pessoas diretamente afetadas por estes projetos estão a ser cada vez mais reconhecidas como uma parte essencial do processo.

Ou seja, a construção de uma casa que não considera as necessidades reais de quem a irá usar leva a resultados que não satisfazem as pessoas. Mas esta é uma tendência global que não se verifica em Akure.

Para entender a participação da comunidade no desenvolvimento da cidade, os investigadores estudaram as características socioeconómicas dos moradores e a sua influência em cada decisão sobre o desenvolvimento das infraestruturas.

O estudo mostra que o Governo forneceu algumas instalações – como estradas asfaltadas, drenagem e abastecimento de água – a algumas comunidades, mas não a todas. Na investigação, os investigadores apresentou dois motivos que levaram o Governo a negligenciar o povo de Akure.

O primeiro relaciona-se com o facto de o Governo ter obrigado a população a recorrer à auto-ajuda. Já o segundo prende-se com o facto de, nas comunidades onde forneceu infraestruturas, o Governo não ter envolvido os beneficiários no processo de desenvolvimento – ou seja, as instalações eram planeadas e construídas com base em suposições feitas pelos próprios funcionários do Governo.

De acordo com o estudo, 92,2% dos residentes de Akure não estavam envolvidos no processo, uma percentagem que se revela muito alta e que tem implicações negativas.

Fatores como estado civil, género, rendimento, fontes de financiamento e agregado familiar influenciaram a consulta ou não das pessoas em questão. Os investigadores descobriram que as pessoas tinham maior probabilidade de participar no planeamento da infraestrutura quando eram proprietários e que as que tinham níveis mais altos de educação também estavam mais envolvidas.

Ayoola Hezekiah Adedayo e Fakere Alexander Adeyemi defendem a particapação da comunidade, pelo que consideram que a atual abordagem no fornecimento de infraestruturas da cidade não funciona.

Uma compreensão completa das comunidades, das suas necessidades específicas e da sua singularidade aumentará a probabilidade de atender às necessidades identificadas, rematam.

ZAP //



Nesta cidade da Finlândia, cada bebé vale 10 mil euros

Desde 2013, todos os bebés nascidos em Lestijärvi, uma das mais pequenas cidades da Finlândia, “vale” dez mil euros a serem pagos num período de dez anos.

Nesse ano, o governo de Lestijärvi decidiu combater a diminuição das taxas de natalidade e a perda de população da cidade, uma vez que apenas uma criança tinha nascido no ano anterior. O município introduziu um incentivo chamado “baby bonus”, que um residente poderia receber se tivesse um filho, tendo direito a dez mil euros, a serem pagos ao longo de 10 anos.

Desde então, de acordo com a BBC, nasceram quase 60 crianças naquela cidade – mais do que as 38 crianças que nasceram nos sete anos anteriores. Estes nascimentos representam um grande impulso para a vila com menos de 800 habitantes.

Jukka-Pekka Tuikka, de 50 anos, e a sua esposa Janika, de 48 anos, são beneficiários de um “baby bonus”. Ambos são empresários do setor agrícola. A sua segunda filha, Janette, nasceu em 2013, a tempo de poder ser chamada “a menina de dez mil euros”. “Estávamos a planear ter um segundo filho há algum tempo e estávamos a ficar mais velhos”, explicou Tuikka, em declarações à BBC. “Por isso não posso dizer que o dinheiro influenciou a nossa decisão de ter um bebé”.

Mesmo assim, Tuikka acredita que o incentivo é uma medida importante que demonstra que os líderes locais estão interessados ​​em ajudar as famílias. Tuikka economizou a maior parte dos seis mil euros que a sua família recebeu até agora e planeia usá-los de uma maneira que os beneficie a todos no futuro.

A Finlândia tem muitos programas para famílias, incluindo o mundialmente famoso kit básico para bebés, um benefício mensal para crianças de cerca de 100 euros por criança e uma licença de paternidade partilhada que dura até nove meses com 70% do salário pago.

Atualmente, vários municípios finlandeses introduziram o “baby bonus”, variando de 200 a dez mil euros. No entanto, apesar dos incentivos locais, a taxa de natalidade nacional da Finlândia não é a melhor.

Como em muitos outros países europeus, a taxa de natalidade finlandesa diminuiu significativamente na última década. Em 2018, atingiu um recorde mínimo de 1,4 filhos por mulher, comparada a uma taxa de reposição de 2,1. Dez anos antes, em 2008, a taxa de natalidade era de 1,85.

ZAP //



Em Bragança pode viajar por apenas 10 cêntimos

O Serviço de Transportes Urbanos e Bragança (STUB) começam a aplicar, a partir de segunda-feira, a redução de 90% nas tarifas, com bilhetes a 10 cêntimos e passes a 2,40 euros, informou a Câmara Municipal.

As novas tarifas vão estar em vigor durante todo o mês de dezembro e fazem parte do pacote da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes, que decidiu aplicar a tranche a que teve direito do PART- – Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos transportes públicos na redução de 90% do preço dos bilhetes nas 76 carreiras que servem os nove concelhos do território.

A medida está em vigor desde o dia 20 de novembro, mas em Bragança só começa a ser aplicada a partir do dia 1 de dezembro, o que na prática significa segunda-feira, já que os transportes municipais não funcionam ao fim de semana. A medida entra em vigor mais tarde nos STUB porque foi necessário adaptar o serviço aos novos preços, segundo o presidente da Câmara, Hernâni Dias.

De acordo com a nova tabela, a que a Lusa teve acesso, os transportes municipais de Bragança que servem a cidade e várias aldeias, vão ter, a partir de segunda-feira, bilhetes a 10 cêntimos nos circuitos urbanos e alguns rurais e no máximo de 20 cêntimos nos circuitos mistos, que permitem viajar na cidade e aldeias.

Os carregamentos mensais para passe social passam de um mínimo de 24 euros para 2,40 euros e de um máximo de 45 euros para 4,5 euros.

Os STUB de Bragança juntam-se assim às restantes carreiras do território da CIM que, com a exceção da rede expresso, têm em vigor uma redução de 90% no preço das viagens nos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Mirandela, Vimioso, Vila Flor, Alfândega da Fé, Mogadouro e Miranda do Douro.

A população dos nove concelhos pode viajar por todo o território até ao final do ano por apenas alguns cêntimos. A título de exemplo, uma viagem entre Bragança e Mirandela fica a cerca de 60 cêntimos, enquanto até aqui o bilhete custava seis euros.

A ideia inicial da Comunidade Intermunicipal era a gratuitidade dos bilhetes, mas, segundo explicou o presidente, Artur Nunes, questões técnicas como a emissão e controlo dos bilhetes por parte das operadoras impediram este propósito.

A CIM ainda não sabe como irão ficar os preços no início do ano com o presidente a defender que transportes gratuitos seria “a situação ideal” para este território e a prometer reivindicar financiamento junto do Governo por entender que esta seria uma medida de discriminação positiva.

A CIM Terras de Trás-os-Montes recebeu do PART quase 176 mil euros que tem aplicado na redução dos bilhetes no território. A primeira redução foi de 15% entre maio e julho seguida de outra para 40%, que estimulou um aumento da procura médio mensal de 13%, ou seja, mais 1.500 bilhetes vendidos por mês. As sucessivas reduções que têm ocorrido nos preços dos bilhetes equivalem a um investimento superior a 100 mil euros para compensar as operadoras.

Estas medidas têm sido tomadas enquanto a CIM ultima ainda o plano de transportes para uma nova rede no território, que só deverá ficar pronto para ir a concurso público no próximo ano.

ZAP // Lusa



“Óscares do Turismo”. Portugal volta a ser eleito o melhor destino do mundo

Portugal foi um dos grandes vencedores dos World Travel Awards, trazendo para casa mais de uma dúzia de distinções. Lisboa e Madeira também foram merecedoras de destaque.

Conhecidos como os “Óscares do Turismo”, os World Travel Awards distinguem os melhores destinos do mundo. Pelo segundo ano consecutivo, Portugal foi eleito o melhor destino turístico a nível mundial. As distinções foram atribuídas esta quinta-feira na Royal Opera House de Mascata, em Omã.

Por sua vez, Lisboa foi considerada o Melhor Destino City Break, depois de também ter vencido a categoria no ano passado. Já a Madeira foi considerada o Melhor Destino da Ilhas do Mundo. Segundo o Observador, foram atribuídos mais de uma dezenas galardões a Portugal.

Na categoria em que a capital portuguesa saiu triunfante, havia outros pesos pesados a competir com a “menina e moça”, nomeadamente Atenas, Dubai, Cidade do Cabo, Hong Kong e Nova Iorque, entre outras.

A TAP venceu o prémio de Melhor Companhia Aérea para África e para América do Sul. A Up Magazine foi nomeada a Melhor Revista de uma Companhia Aérea. O Turismo de Portugal venceu o prémio de Melhor Organização de Turismo. A Amazing Evolution foi considerada a Melhor Gestora de Boutique Hotéis do Mundo. O Olissippo Lapa Palace Hotel, em Lisboa, venceu o prémio de Melhor Hotel Clássico e o Dunas Douradas Beach Club, no Algarve, foi distinguido na categoria de Golf & Villa Resort.

Os Passadiços do Paiva, em Arouca foram também premiados com o galardão para Melhor Atração Turística de Aventura. O destaque vai para a Parques de Sintra, que pelo sétimo ano consecutivo foi considerada a “Melhor Empresa do Mundo em Conservação”.

Os vencedores resultam de uma votação aberta a todos que decorreu online, mas que também contou com o voto de profissionais de turismo de todo o mundo.

ZAP //



Termas e fresco erótico já podem ser visitados em Pompeia

Pompeia decidiu abrir ao público pela primeira vez a Via Vesúvio, área da antiga cidade romana onde os visitantes poderão agora ver frescos recém-descobertos, bem como termas projetadas para serem a “jóia” da cidade.

A área em causa, conta o jornal local Vesuvio Live, localiza-se no sítio arqueológico Regio V, no sul de Itália, onde trabalham ainda várias equipas de especialistas. Cerca de um terço da cidade aguarda ainda por trabalhos arqueológicos.

O espaço abriu ao público pela primeira vez na passada segunda-feira, 25 de novembro, permitindo que os visitantes possam ver alguns dos últimos achados, entre os quais está o fresco erótico de “Leda e o Cisne”.

A abertura aconteceu depois da apresentação do livro “Pompeia. O tempo recuperado. As novas descobertas” de Massimo Osanna, o diretor do sítio arqueológico de Pompeia.

De acordo com a AFP, os visitantes poderão também visitar um complexo de termas nunca concluído, que foi projetado para ser a “jóia” de Pompeia. O espaço, recentemente escavado, acabou por ser destruído com a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C.

Os arquitetos “foram inspirados pelos banhos termais do imperador Nero, em Roma. Os quartos aqui [em Pompeia] seriam maiores e mais claros, com piscinas de mármore”, disse Massimo Osanna em declarações à mesma agência noticiosa.

Frescos recém-descobertos

Em novembro passado, o Parque Arqueológico de Pompeia anunciou a descoberta de um fresco erótico do mito grego de “Leda e o Cisne” em boas condições de conservação, entre as ruínas da antiga cidade romana. Os arqueólogos acreditam que terá decorado o quarto de algum endinheirado da cidade romana, possivelmente um comerciante.

“Leda e o Cisne” é um dos mitos mais marcantes da mitologia grega, tendo inspirado diversos artistas renascentistas italianos, nomeadamente Leonardo da Vinci, Michelangelo e Tintoretto, bem como muitos artesãos e poetas ao longo dos séculos.

Já em fevereiro, as equipas voltaram a encontrar um fresco mitológico na mesma área: a imagem retrata a cena de Narciso cativado pelo seu próprio reflexo.

Na mitologia grega, Narciso era um caçador, filho do deus do rio Cefiso e de uma ninfa de nome Liriope. Apesar de ser incrivelmente bonito, conta a mitologia, Narciso nunca se prendeu a nenhum interesse amoroso, deixando várias pretendentes devastadas.

A figura mitológica era muito popular na arte romana e deu também origem ao termo narcisismo, que significa um interesse excessivo na própria imagem.

Mais recentemente, e na mesma área arqueológica de V, arqueólogos encontraram um fresco “extremamente realista” de dois gladiadores numa luta sangrenta. Os especialistas explicaram que o fresco agora encontrado retrata o triunfo de um lutador fortemente armado (murmillo) sobre o seu adversário (um trácio sangrento).

Todos estes achados poderão ser agora visitados em Pompeia, a antiga cidade romana que se localiza no golfo italiano de Nápoles.

ZAP //



Guia prático: como conhecer pessoas durante uma viagem

As viagens são autênticos pedaços de história e histórias, culturas e pessoas que guardamos connosco para sempre.

A história de cada cidade e país sente-se ao longe. Desde o momento em que planeamos uma viagem que já conseguimos antecipar lugares, sentir cheiros e sabores do lugar de destino. Conhecer pessoas durante uma viagem pode acrescentar memórias à experiência e não está assim tão longe como alguns possam imaginar.

Quando procura em sítios da internet monumentos a visitar, locais a não perder, itinerários recomendados, restaurantes onde comer e opiniões pode encontrar pessoas com os mesmos gostos, que partilham os mesmos sonhos. E na verdade é isso que nos liga aos outros – pontos em comum! Semelhanças parece que são um íman.

Não quer dizer que as divergências não atraiam até porque já é velho o ditado que diz que os opostos se atraem, mas todos nos lembramos da ligação que sentimos a algum amigo ou ex-namorado quando partilhávamos interesses, gostos e sonhos!

Imagine que traça o seu destino e escolhe o itinerário dos locais a visitar. Por exemplo, na Argentina, pode começar por mergulhar nas incríveis cataratas do Iguaçu, nas ruínas jesuítas da província de Misiones, nos bares de tango de Buenos Aires, na Tierra del Fuego, nas agulhas graníticas do cerro Fitz Roy.

Há cerca de 30 mil anos, quando os antepassados longínquos dos Ameríndios, aproveitando o baixo nível do mar no Pleistoceno, se deslocaram da Sibéria até ao Alasca ao longo da língua de terra que cruzava o estreito de Bering. Pelos vistos, estes homens cheios de peles não tiveram  pressa em chegar ao Sul, porque não povoaram o que é hoje a Argentina até ao ano 10 mil a.C.
[Buenos Aires e o Melhor da Argentina, especial para a Revista Sábado, março de 2006]

Mas enquanto viaja pelo país, pode encontrar alguém que esteja a fazer o mesmo percurso, e que pretenda também conhecer a sua história, cultura ou tradição. Nessa altura, é importante ter alguns conhecimentos de línguas – para evitar embaraços na altura de pedir a alguém para lhe ligar de volta.

Assim, na altura de planear a sua viagem, basta seguir as dicas do Felizes.pt para aprender a língua do país de destino.

Aulas de francês, alemão ou qualquer outra língua são um momento de aprendizagem e convívio para todos os que a frequentam. Se tem o desejo de conhecer pessoas aproveite estes encontros para se dar a conhecer porque “aprender uma nova língua é uma maneira de sairmos fora da nossa zona de conforto, e encontrarmos pessoas que também estão fora da sua zona de conforto”.

Planear a estadia em albergues é outra possibilidade que permite uma maior interação entre as pessoas que lá estão hospedadas. Procure esta informação em sites de confiança para não chegar ao destino e o lugar lhe parecer até duvidoso. Não descure outros aspetos importantes para si e que podem ir da segurança à limpeza. Há grupos no Facebook que reúnem viajantes. Procure e publique algum post nesse sentido.

A sua rede de contactos pode aqui ser-lhe também útil e mostrar-se como outra possibilidade. Fale com os seus amigos e conhecidos e diga para onde vai. Por vezes acontece haver um amigo de um amigo que tem viagem marcada para o mesmo local.

Numa altura em que ninguém vive sem usar apps há várias que poderão ser muito úteis quer antes da viagem quer durante. Seguindo as dicas do Vivendo de Viagens, damos-lhe a conhecer o aplicativo Btrfly, que lhe permite encontrar viajantes parecidos consigo no aeroporto. O objetivo desta app é mesmo fazer amizades e/ ou conhecer pessoas para viajarem juntos enquanto espera pelo seu voo.

Mas se por cá, não conseguiu conhecer pessoas porque estas oportunidades que referimos simplesmente não surgiram, durante a sua viagem muitos momentos poderão ser palco de conversas e tornarem-se uma oportunidade para conhecer pessoas.

Como conhecer pessoas durante uma viagem?

  • Seja na Argentina, seja aqui quase ao lado em Madrid, as viagens são sem dúvida uma oportunidade para conhecer pessoas. O Museu del Prado, o Museo Thyssen-Bornemisza, o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, a Plaza Mayor ou a Gran Vía são lugares com história e com pessoas que pode conhecer.
  • Passeios em grupo organizados previamente pela sua agência de viagens são outra oportunidade de conhecer pessoas. Seja com estrangeiros ou com portugueses que se encontram em férias no seu destino trocar números de telefone e combinar encontros para sair à noite ou nos dias seguintes é o ideal para quem não pretende continuar a viagem sozinho.
  • Apanhar boleias caiu um pouco em desuso por serem conhecidas algumas histórias trágicas ou porque as pessoas se fecharam mais, mas nalguns países e cidades pode acontecer. O importante é estar bem consciente que a outra pessoa não deixa de ser um desconhecido e ter em atenção tudo. Não desligue os seus sentidos e a sua intuição se pretende apanhar boleia. Seja cauteloso, sempre de acordo com o sítio onde está. Seja para uma amizade, seja para algo mais íntimo é importante que as pessoas estejam todas com as mesmas intenções.
  • Participar em Free Walking Tours (FWT), ou seja, passeios em que os locais da sua cidade de destino o ajudam a conhecer a cidade é outra possibilidade. Para além de poder contribuir conhece o local como só os nativos de lá o conhecem e nestes grupos há muitos viajantes sozinhos que também podem querer conhecer pessoas.
  • Andar de transportes públicos. Habitualmente os turistas reconhecem-se uns aos outros. Seja porque para eles o tempo não lhes foge das mãos como acontece com os que não são turistas e se apressam a levantar do lugar para não chegarem atrasados ao trabalho, seja porque as suas roupas, mapas e outros guias os denunciam, os transportes públicos podem dar azo a oportunidades de conversa e de conhecer pessoas também elas turistas ou mesmo com pessoais locais. E quando estamos a visitar determinada cidade recorremos muito a transportes públicos para nos deslocarmo-nos com facilidade e de uma forma mais económica. Enquanto o pitoresco elétrico liga Sóller a Port de Sóller, em Maiorca muitos são os que viajam nele e procuram sol, praia, mar e conhecer pessoas. Dos 5 milhões de pessoas que visitam esta cidade anualmente muitos recorrem a transportes públicos.

Apesar de lhe termos falado em semelhanças e pessoas com características em comum, as viagens têm a capacidade de nos abrir horizontes, de nos mudarem de alguma forma porque conhecer outras culturas e povos não é possível de outra forma.

Se pretende conhecer pessoas durante a viagem, esteja recetivo e não alimente preconceitos.  Sair do nosso canto para outra parte do mundo com ideias pré-concebidas limita e pode defraudar as suas expectativas. Seja flexível e amigável com as pessoas e dê-se aos outros também com simpatia e honestidade.

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