Sexta-feira, Julho 11, 2025
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Situação trágica. “Veneza está a desaparecer”

A situação em Veneza é trágica, com 85% da cidade italiana inundada depois das piores cheias dos últimos anos. Mas estas inundações são apenas um alerta para o que pode vir a seguir, já que Veneza assenta numa ilha que se está a afundar, correndo o risco de “desaparecer”.

Este aviso é feito pelo professor catedrático jubilado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS), Filipe Duarte Santos, em declarações ao Expresso.

O especialista nota que a situação de “estado de emergência” que Veneza vive resulta apenas em parte das alterações climáticas, como referiu o presidente da Câmara, Luigi Brugnaro, numa altura em que a cidade enfrenta as piores inundações desde 1966.

“O aquecimento global não é a única causa. Veneza está situada numa laguna. A ilha onde a cidade italiana se encontra está a afundar-se devido a uma subsidência, ou seja, a deslocação da superfície abaixo do nível médio do mar. Desde o início do século passado até agora, a ilha afundou-se 23 centímetros“, explica Filipe Duarte Santos no Expresso.

Contabilizando ainda mais 20 centímetros devido à subida do nível da água do mar, isso significa que estamos a falar de um total de 40 centímetros.

Nas mais recentes cheias que ainda afectam a cidade, “a água subiu 1,80 metros e como a maior parte de Veneza está a mais de um metro do mar, basta mais um metro por cima e fica inundada”, aponta ainda Filipe Duarte Santos.

“É preciso fazer algo, porque a cidade está a desaparecer“, alerta este especialista, considerando que “se ficar submersa será uma perda cultural enorme para Itália e para a Europa, do ponto de vista histórico e artístico”.

Mas “o principal problema é que o nível do mar não vai parar de subir até 2100” e “prevê-se que até ao fim do século, o nível médio do mar naquela zona do Mediterrâneo suba mais de um metro”, constata Filipe Duarte Santos, salientando que “falta pouco” para isso, “apenas 80 anos”.

O especialista refere que a situação é “muito difícil” e lembra que as obras previstas para a construção de 78 comportas metálicas para evitar que as marés inundem Veneza, se têm arrastado no tempo, com acusações de corrupção pelo meio.

A cidade está condenada se não avançar com as obras de engenharia“, nota.

Essa obra vai exigir um elevado investimento à autarquia de Veneza que está a enfrentar prejuízos elevados com as inundações. Por outro lado, as cheias estão a afectar o turismo que é a grande “galinha dos ovos de ouro” da cidade que recebe cerca de 36 milhões de turistas por ano.

ZAP //



Um restaurante acabou de abrir a um quarteirão da Casa Branca. Chama-se “Comida de Imigrante”

Um restaurante chamado “Immigrant Food” (“Comida de Imigrante”) abriu a um quarteirão da Casa Branca. O local quer fazer com que ajudar imigrantes seja tão fácil como pedir comida de um menu.

Assim, além de comida, o restaurante propõe aos clientes um conjunto de atividades que vão desde visitas a centros de detenção de imigrantes até aulas de inglês e outras formas de apoio às pessoas que chegam à América em busca de refúgio ou de uma vida melhor.

Os pais de um dos fundadores, Peter Schechter, nasceram na Alemanha e na Áustria. Durante as suas atividades como consultor político em Washington, foi ficando chocado com o discurso cada vez mais duro em relação aos imigrantes nos Estados Unidos.

A sua resposta foi, segundo o semanário Expresso, abrir um restaurante. Inicialmente não era suposto ficar tão perto da Casa Branca, mas as localizações antes pensadas não se puderam concretizar. Ironicamente, o restaurante foi aberto num lugar onde é bastante provável que tenha clientes que trabalham na administração Trump.

“Esta não é a América que reconheço. Tornou-se normal maltratar, sentir que podemos falar de alto com os imigrantes, como se eles não fossem bons para este país. Eles têm sido a base do crescimento e da vibração”, disse Schechter à CNN, notando que os imigrantes se encontram profundamente envolvidos em todas as fases da indústria alimentar americana, desde a produção à distribuição e ao serviço. “Este país tem sido sempre e sempre e sempre grande por causa dos imigrantes”, conclui.

Juntamente com o cardápio de alimentos, com uma fusão de 40 cozinhas diferentes de todo o mundo, há “menus” que informam os clientes sobre as formas específicas de apoiar qualquer uma das cinco ONGs focadas na imigração que o restaurante tem como parceiros – Centro de Recursos Legais da Ásia-Pacífico, Ayuda, a Coalizão de Direitos dos Imigrantes da Área da Capital, CARECEN e CASA.

De acordo com a revista Forbes, os “menus” mudam frequentemente, às vezes até diariamente, para atender às necessidades das ONG afiliadas. Alguns estão à procura tradutores ou paralegais, enquanto outros simplesmente precisam de voluntários para ajudar imigrantes a aprender a navegar no sistema de metro.

Os clientes também têm a opção de adicionar uma doação à sua conta, que o restaurante mais tarde divide entre as organizações.

Durante o horário comercial, o restaurante transforma-se num centro de trabalho para essas organizações sem fins lucrativos receberem eventos como aulas de inglês e serviços de busca de emprego.

O combate à imigração tem sido destaque do discurso de Donald Trump. A construção de um muro na fronteira com o México foi umas das principais promessas eleitorais do Presidente norte-americano, Donald Trump, nas eleições de 2016. Trump justifica a construção do muro com a necessidade de travar os imigrantes na fronteira e acabar com a atividade de traficantes de droga e contrabandistas.

No final de 2018, o muro provocou a paralisação do Governo, devido à ausência dos fundos necessários para a sua construção no Orçamento de 2019. O shutdown prolongou-se durante 36 dias, tempo recorde na História dos EUA.

Em fevereiro, declarou o estado de emergência nacional na fronteira entre os EUA e o México. A medida teve como objetivo direcionar milhares de milhões de dólares do Orçamento americano para a construção do muro, depois de o Congresso se ter recusado a desbloquear a verba pedida pelo Presidente.

Em julho, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos confirmou que a Administração Trump tinha à sua disponibilidade 2,5 mil milhões de dólares para o muro. Donald Trump prometeu construir mais de 800 quilómetros durante o primeiro mandato.

Dados da agência responsável pela proteção fronteiriça mostram que foram edificados pouco mais de 96 quilómetros, com previsões de que o muro atinja os 724 quilómetros no final de 2020.

Recentemente, Donald Trump prometeu construir um muro no Estado de Colorado, argumentando com a prioridade do combate à imigração clandestina. Este Estado do centro dos EUA, situado entre o Utah e o Kansas, não tem fronteira com o México, mas sim com o Estado norte-americano do Novo México.

ZAP //



Quer fazer a sua viagem de sonho em 2020? Aprenda a poupar já

“Não percebo uma palavra do que dizem… bem que devia ter aproveitado aquele curso gratuito de russo na faculdade, dava cá um jeito! Na verdade, também não preciso de falar, a visão da monumental estepe siberiana tira-me o fôlego… Acorda João! Preciso que cortes a relva!”

Enquanto resvala, lentamente, para a realidade e se apressa a cumprir a sua missão, uma brochura sobre uma viagem no mítico comboio Transiberiano escorrega-lhe do regaço, deixando entrever um preço: 2500 euros. “Bom, lá ficará para o ano…uma vez mais”, acaba por desabafar o nosso João.

E se o protagonista desta nossa pequena história não precisasse de acordar? E se a realidade, ao invés de esmagar o onírico, a ele se aliasse para lhe dar a oportunidade de gozar as férias de uma vida sem se preocupar com a falta de dinheiro? Se a falta de fundos o impede de concretizar as férias com que sempre sonhou, continue connosco e descubra alguns simples truques que o ajudarão a não deixar para amanhã os sonhos que pode concretizar hoje.

7 Formas de Poupar para a sua Viagem de Sonho

Estabelecer um objetivo concreto

Todos temos viagens que gostaríamos de realizar. De modo a não ficarmos eternamente no domínio do sonho, devemos priorizá-las. Defina o destino e a data em que pretende viajar. Para além de lhe permite ter um primeiro contacto com o valor que terá de gastar, estabelece, desde logo, um prazo para fazer as poupanças devidas.

Cortar nas “gorduras”

Evite gastos desnecessários. Caso não seja imprescindível, deixe mais vezes o carro na garagem e passe a andar de transportes públicos. Se não consegue abdicar do automóvel, saiba que o conceito de “car-sharing” (partilha de carro) encontra-se bem implantado em Portugal permitindo-lhe dividir com alguém os custos (combustível, portagens, etc) que normalmente tem com a sua viatura.

Foque-se no essencial, reduza as compras supérfluas. Procure cozinhar em casa, explore o seu lado de chef. Não só evita gastos em restaurantes como, no caso de convidar família e amigos, lhe permitirá diminuir as saídas noturnas e as despesas que daí advêm. Aproveite a exploração gastronómica para reavivar as tradicionais marmitas. Se o seu local de trabalho possui copa, aproveite para lhe dar uso.

Financiamento extra

Se o seu emprego lho permite, procure arranjar um part-time. Para além disto, pode igualmente vender as coisas de que já não necessita.

Estabeleça objetivos de poupança semanais

Vá colocando algum dinheiro de parte todas as semanas. Comece por um valor baixo e vá, gradualmente, aumentando-o com a aproximação da data de partida.

Leve companhia

Permite-lhe, não só, dividir os gastos como partilhar a viagem de uma vida com alguém.

Comprar antecipadamente (viagens e alojamento)

Como na maioria dos casos, efetuar a compra dos bilhetes (no caso de avião ou comboio) antecipadamente sair-lhe-á substancialmente mais barato. Se já o fez, pense em estender o procedimento para os alojamentos. Quer se trate de um hotel, de um hostel ou de uma casa alugada, a compra antecipada evitará transtornos e resultará na poupança de alguns euros. Caso queira levar a poupança ao limite, inscreva-se numa plataforma de couchsurfing, é simples e totalmente gratuito.

Um segredo: Crédito Consolidado

É tarde, o nosso João não conseguiu por tudo isto em prática, mas também não quer voltar a adiar o seu sonho. Há um segredo, mas não tão bem guardado que não o possamos revelar: juntar todos os créditos num único, o chamado crédito consolidado.

Com a solução de crédito consolidado Unibanco estas preocupações são arrumadas a um canto. Para que o sonho do João, e de tantos outros “Joões” por esse país fora, se transforme em realidade basta que ele se ligue à Internet, procure a página online do Unibanco e, uma vez lá dentro, clique na área de crédito consolidado.

Após esta simples tarefa, o nosso viajante terá ao seu dispor um simulador de crédito que lhe permitirá calcular o valor e o prazo que lhe for mais conveniente. Os valores disponíveis variam entre os €5.000 e os €50.000 (TAN desde 9,85% e TAEG de 13,4%) com um prazo de pagamento que vai dos 24 até aos 120 meses.

O João decidiu levar em conta um dos nossos conselhos e optou por levar companhia. Se, 2500 euros eram a meta, em duo, a viagem ficará à volta de 5000 euros.

Exemplo de crédito consolidado:

Exemplo para um monatnte de €5.000 a pagar em 24 mensalidades de €231,28. TAN 9,85% e TAEG 13,4%. MTIC €5.670,90. Ao valor da mensalidade acresce €1,50 de comissão de processamento das prestações e imposto aplicável.

Realizada a simulação de crédito consolidado, os passos necessários seguintes passam pelo preenchimento do formulário de adesão que inclui o montante pretendido, os dados pessoais e a documentação necessária para a finalização do processo. Concretizados estes passos, receberá um e-mail de confirmação da proposta em anexo e um pedido de envio de documentação para o endereço de correio eletrónico que previamente indicou. Simples, rápido e intuitivo.

Caso seja, ou passe a ser, cliente Unibanco passa a dispor, ainda, de uma Proteção de Crédito Consolidado que garante o pagamento de um capital em caso de morte da pessoa segura, ou no caso de verificação de sinistro relativo às coberturas complementares de invalidez, ou desemprego involuntário. A contratação facultativa é fácil e imediata, sendo solicitada através da proposta de adesão.

O João já conta os dias para embarcar rumo a Moscovo. E você, já começou a poupar?

aeiou //



Portugal tem cinco novas estrelas Michelin, mas perde outras três

O restaurante Casa de Chá da Boa Nova ganhou, esta quarta-feira, a segunda estrela do Guia Michelin Espanha e Portugal 2020, que atribuiu a primeira estrela a quatro estabelecimentos portugueses e retirou a outros três.

“Em Portugal, para nossa alegria, também estamos satisfeitos por entregar uma segunda estrela Michelin ao restaurante Casa de Chá da Boa Nova, de Leça da Palmeira, uma vez que cativou os inspetores tanto pela selvagem singularidade do estabelecimento [um edifício do arquiteto português Siza Vieira], sobre as rochas da Praia da Boa Nova, como pela intensidade da proposta do ‘chef’ luso Rui Paula”, lê-se no comunicado divulgado hoje à noite durante a cerimónia de apresentação da edição do próximo ano do Guia Michelin ibérico, a decorrer esta noite em Sevilha, Espanha.

O ‘chef’ Rui Paula, que alcança agora a segunda estrela (‘cozinha excecional, vale a pena o desvio’), “joga com a memória, as técnicas mais atuais e a cozinha de proximidade para transferir para os seus pratos o autêntico sabor do Atlântico”, consideraram os inspetores do guia ibérico.

Além disso, os restaurantes “Epur” (Lisboa, ‘chef’ Vincent Farges), “Fifty Seconds by Martín Berasategui” (Lisboa, ‘chef’ Filipe Carvalho), “Mesa de Lemos” (Viseu, chef Diogo Rocha) e “Vistas” (Vila Nova de Cacela, ‘chef’ Rui Silvestre) são as novidades na primeira categoria (‘cozinha de grande nível, compensa parar’) do Guia Michelin ibérico.

Por outro lado, três restaurantes portugueses perdem em 2020 a estrela que detinham: “L’And Vineyards” (Montemor-o-Novo, ‘chef’ José Miguel Tapadejo, após a saída de Miguel Laffan), Willie’s (Vilamoura, ‘chef’ Willie Wurguer) e “Henrique Leis” (Almancil, ‘chef’ Henrique Leis) – que em julho foi o primeiro ‘chef’ em Portugal a anunciar que queria abdicar da estrela, que detinha há 19 anos.

O ‘guia vermelho’, equiparado aos Óscares da gastronomia, continua a não atribuir nenhuma classificação máxima a Portugal (três estrelas, ‘uma cozinha única, justifica a viagem’).

No total, Portugal sobe para sete o número de restaurantes com duas estrelas e mantém 20 estabelecimentos com uma estrela.

Na edição do próximo ano, há seis novos restaurantes portugueses com a categoria ‘Bib Gourmand’ (boa relação qualidade/preço): “Casa Chef Victor Felisberto” (Abrantes), “Solar do Bacalhau” (Coimbra), “La Babachris” (Guimarães), “Saraiva’s” (Lisboa), “In Diferente” (Porto) e “Ó Balcão” (Santarém).

A gala de apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal 2020 decorre hoje à noite em Sevilha, marcando também os 110 anos do lançamento do ‘guia ibérico’.

Na nota de imprensa divulgada durante a cerimónia, o diretor internacional dos guias Michelin, Gwendal Poullennec, afirmou que se assiste atualmente a “uma consolidação da alta cozinha” em ambos os países.

Quanto às tendências, o responsável destacou que os hotéis dão “cada vez maior valor estratégico às suas propostas gastronómicas”, mas também o facto de “muitos ‘chefs’ estarem a optar pela cozinha criativa de fusão, incorporando nos seus menus detalhes exóticos e ingredientes próprios do receituário peruano, mexicano ou nipónico”.

Além disso, acrescentou Poullennec, “é muito gratificante ver como Espanha e Portugal participam nas tendências culinárias globais e vão dando maior protagonismo aos alimentos fermentados, aos menus vegetarianos, aos produtos ‘km 0’, à sustentabilidade e à incipiente reciclagem”.

“O nível gastronómico destes dois países continua no auge e a criatividade dos seus ‘chefs’ demonstra uma constante ebulição”, comentou.

Nenhuma entidade oficial representou Portugal durante a gala desta noite.

Esta é a lista dos restaurantes portugueses distinguidos pelo Guia Michelin em 2020:

Uma estrela:

A Cozinha (Guimarães, ‘chef’ António Loureiro)

Antiqvvm (Porto, ‘chef’ Vítor Matos)

Bon Bon (Carvoeiro, ‘chef’ Louis Anjos)

Eleven (Lisboa, ‘chef’ Joachim Koerper)

Epur (Lisboa, ‘chef’ Vincent Farges) — novidade

Feitoria (Lisboa, ‘chef’ João Rodrigues)

Fifty Seconds by Martín Berasategui (Lisboa, ‘chef’ Filipe Carvalho) – novidade

Fortaleza do Guincho (Cascais, ‘chef’ Gil Fernandes)

G Pousada (Bragança, ‘chef’ Óscar Gonçalves)

Gusto by Heinz Beck (Almancil, ‘chef’ Libório Buonocore, após a saída de Daniele Pirillo)

LAB by Sergi Arola (Sintra, ‘chef’ Sergi Arola e Vlademir Veiga)

Largo do Paço (Amarante, ‘chef’ Tiago Bonito)

Loco (Lisboa, ‘chef’ Alexandre Silva)

Mesa de Lemos (Viseu, ‘chef’ Diogo Rocha) — novidade

Midori (Sintra, ‘chef’ Pedro Almeida)

Pedro Lemos (Porto, ‘chef’ Pedro Lemos)

São Gabriel (Almancil, ‘chef’ Leonel Pereira)

Vista (Portimão, ‘chef’ João Oliveira)

Vistas (Vila Nova de Cacela, ‘chef’ Rui Silvestre) — novidade

William (Funchal, ‘chefs’ Luís Pestana e Joachim Koerper)

Duas estrelas:

Alma (Lisboa, ‘chef’ Henrique Sá Pessoa)

Belcanto (Lisboa, ‘chef’ José Avillez)

Casa de Chá da Boa Nova (Leça da Palmeira, ‘chef’ Rui Paula) — novidade

Il Gallo d’Oro (Funchal, ‘chef’ Benoît Sinthon)

Ocean (Alporchinhos, ‘chef’ Hans Neuner)

The Yeatman (Vila Nova de Gaia, ‘chef’ Ricardo Costa)

Vila Joya (Albufeira, ‘chef’ Dieter Koschina)

// Lusa



Aeroporto de Lisboa encerra de madrugada entre janeiro e junho

Tânia Rego / ABr

O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, vai fechar para obras de alargamento da pista de janeiro a junho, entre as 23h30 e as 05h30 da manhã.

De acordo com a TSF, o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, vai estar temporariamente encerrado a partir do próximo ano, entre janeiro e junho de 2020. O encerramento, das 23h30 às 05h30, prende-se com as obras de alargamento da pista.

As obras têm como objetivo alargar a zona de “taxi” dos aviões, bem como estender a capacidade de aparcamento de aeronaves do aeroporto, e incluem-se no programa de expansão do aeroporto, segundo o Observador.

Numa conferência de imprensa, José Lopes, diretor-geral da Easyjet, declarou que esta informação já foi comunicada pela ANA — Aeroportos de Portugal às companhias áreas.

“A probabilidade de um voo chegar depois do aeroporto estar fechado é enorme. Esperemos que não existam demasiados eventos a atrasar voos e a complicar a situação”, afirmou José Lopes, citado pelo semanário Expresso.

Desta forma, as transportadoras aéreas vão ter de reajustar os seus voos, sendo que os que chegarem depois desta hora terão de ser desviados para outros aeroportos.

No caso da Easyjet, por exemplo, serão cancelados voos numa única rota, como é o caso do que liga Lisboa e Lille, em França.

ZAP //



Hotel japonês oferece estadia por 1 dólar (mas é preciso transmitir tudo no YouTube)

d.r. Huis Ten Bosch

O hotel japonês Business Ryokan Asahi, na cidade costeira de Fukuoka, oferece dormida por um dólar (130 ienes) desde que os hóspedes concordem transmitir toda a sua estadia através do YouTube.

De acordo com os média locais, a oferta da unidade hoteleira está sempre disponível, incluindo às sextas-feiras e aos fins-de-semana, havendo apenas uma condição imposta: toda a estadia será transmitida na plataforma de vídeos.

A gravação é feita com o consentimento dos clientes e os funcionários do hotel alertam antecipadamente os hóspedes para que estes não se dispam em frente às câmaras ou tenham comportamentos impróprio, detalha a Russia Today.

Caso contrário, o canal poderá ser bloqueado por violação das políticas do YouTube.

Pelos mesmos motivos, as imagens são transmitidas sem som: o YouTube, recorde-se, controla os direitos de autor e pode sancionar o proprietário de um canal se, durante um uma determinada gravação, forem utilizados conteúdos cujos direitos de autor pertençam a terceiros. Este caso é muitas vezes identificado na utilização de músicas.

Um repórter do jornal local Sora News 24 fez uma reserva no hotel em causa: o quarto disponibilizado, contou, consiste num pequeno cómodo decorado ao estilo japonês, incluindo um colchão dobrável, uma televisão e um computador com uma webcam através da qual as imagens são gravadas.

A casa-de-banho é partilhada e localiza-se no corredor, onde não há câmaras.

De acordo com o jornal, a transmissão da estadia para o YouTube era frequentemente interrompida devido ao mau funcionamento da câmara. Depois de reportar os erros à administração do hotel, o estabelecer prometeu atualizar o sistema utilizado em breve.

ZAP //



Lisboa entre as cidades com trânsito mais caótico do mundo

Florida Turnpike / Flickr

Um estudo da Mister Auto – marca líder de mercado na venda de peças para automóveis – agora divulgado revelou que Lisboa está na 74.ª posição no ‘ranking’ das cidades mais circuláveis. Ou seja, muito para lá da segunda metade da tabela, com uma média de 0,44 carros per capita.

Partindo de dados recolhidos em centenas de cidades do mundo inteiro, o estudo analisou vários aspetos, como o número de carros, o tempo que os condutores passam ao volante, a qualidade das estradas e dos transportes públicos, a idade dos carros, a qualidade do ar, os custos de estacionamento e dos combustíveis, o número de acidentes, que foram depois agrupados em três categorias: infraestruturas, segurança e custos.

“Considerando que os condutores passam em média 200 horas por ano ao volante, só nos [Estados Unidos] EUA, decidimos analisar os múltiplos fatores que influenciam os condutores diariamente, das infraestruturas e trânsito, ao comportamento ao volante”, refere a nota introdutória do “The 2019 Driving Cities Index”, citada pelo Expresso.

Posicionada em 74.ª, à frente de Turim, na Itália, e de Chicago, nos EUA, Lisboa destaca-se pelo número de carros per capita, superior a cidades como Barcelona (0.39), Berlim (0,29) ou Estocolmo (0,24). Atenas, a capital grega, é a que apresenta o maior número de automóveis por habitante: 0,77.

Lisboa fica melhor na segurança

Apesar de colocada quase no fim da tabela das cidades mais amigas do automóvel, no que respeita à segurança Lisboa surge em 30.º lugar, com uma taxa de acidentes fatais na ordem dos 2,30 por cada 100 mil habitantes. Ulaanbaatar, na Mongólia, é a que pior resultados apresenta neste aspeto (16,50), seguida de Moscovo, na Rússia (23,40), e Karachi, no Paquistão (6,60).

O estudo revelou ainda que Calgary, no Canadá, é a melhor cidade para se conduzir um automóvel, graças aos baixos congestionamentos e fatalidades, enquanto a cidade de Mumbai, na Índia, é a que obteve um desempenho mais baixo em todos os parâmetros.

Quanto aos custos dos combustíveis, Lagos, na Nigéria, é a cidade que tem os preços mais baixos (0,40 dólares/litro), seguida do Dubai (0,59) e de San António (0,64), nos EUA. Lisboa surge entre os últimos 20 lugares da tabela, na 83.ª posição, com os preços fixados nos 1,67 dólares/litro. Oslo, a capital da Noruega, é a cidade com os combustíveis mais caros do mundo (1,91 dólares/litro).

No que respeita ao estacionamento, as cidades mais caras são Sidney, na Austrália, onde o preço por duas horas de parque chega aos 39,23 dólares, seguida de Nova Iorque (38,54). Lisboa surge a meio da tabela, na 49.ª posição, com um preço de estacionamento que ronda os 5,97 dólares/2 horas.

No capítulo dos impostos sobre a circulação automóvel, Roterdão é a mais cara, com um preço anual de 578.33 dólares, e Lagos, na Nigéria, a mais barata:13.99 dólares/ano. Lisboa aparece na segunda metade da tabela: 191,86 dólares/ano.

ZAP //



Para entrar nesta praia italiana, vai ser preciso pagar (e nem todos podem entrar)

Aos pés de uma antiga aldeia de pescadores, La Pelosa é uma atração turística muito célebre. Por isso, a autarquia decidiu tomar medidas para a proteger.

A famosa praia tem sido uma vítima da erosão natural e humana. Os milhares de pessoas que visitam La Pelosa, no parque natural de Asinara, aumentam os efeitos da erosão. O mar e o vento levaram parte da faixa de areia e a sobrecarga piora a situação. Hoje, de acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, a praia está cada vez mais fina e mais rochosa.

Em declarações à CNN, o autarca já tinha comentado que a praia chega a ter seis mil pessoas num só dia, o que “não é sustentável”. “É um equilíbrio geológico muito precário”, acrescentou, “temos de fazer isto para garantir o futuro” da praia.

As novas medidas vão entrar em vigor no próximo verão e terão um caráter experimental. Primeiro, para entrar, será preciso pagar. O preço do bilhete deverá rondar os 4 euros diários. À agência de notícias italiana ANSA, o autarca disse que o pagamento é “contributo” dos utilizadores para “subsidiar a manutenção e o monitorização da praia”.

Além do bilhete, a praia terá uma lotação máxima de 1500 adultos – as crianças não serão contadas – e multas até 500 euros para quem não respeitar as regras.

A praia já tinha um plano SOS, com regras que têm sido implementadas noutras praias da região: tem passadeiras de madeira para proteger as dunas, é obrigatório o uso de esteiras, não são autorizados vendedores, é proibido fumar, sabonetes ou detergentes, e é obrigatório limpar os pés à saída da praia nos espaços criados para o efeito. É também proibido levar sacos para que não se “roube” dinheiro ou conchas às praias de Sardenha.

Em breve, a estrada de alcatrão deverá desaparecer da praia. Construída nos anos de 1950, cruza as dunas. A autarquia já deu início ao processo para autorizar as obras, devendo as passadeiras de madeira substituírem o cimento e o betume em 2020.

Esta é mais uma medida para tentar controlar o sobreturismo em Itália. Em Veneza, que tem 50 mil habitantes e recebe 30 milhões de turistas por ano, a partir do próximo ano, vai ser cobrado bilhete de entrada e usar torniquetes. Também haverá multas para quem desrespeite as regras de comportamento cívico, sendo proibido em Roma sentar ou comer em monumentos, nomeadamente as escadas da praça de Espanha.

Recentemente, dois turistas foram apanhados a fazer café junto à ponte de Rialto e multado em 950 euros. Em agosto, um casal francês foi detido ao transportar 40 quilos da famosa areia da ilha da Sardenha, em Itália, e agora pode enfrentar até seis anos de prisão, caso a justiça italiana os considere culpados.

ZAP //



Os burros-táxi de Espanha vão ter horários de trabalho, estábulos novos e deixar de carregar turistas de 80 quilos

Os burros táxis são uma atração turística de Mijas, província de Málaga, no sul de Espanha. Agora foram definidas novas regras que têm em conta os direitos e o bem-estar dos animais.

O serviço funciona como um táxi: quando um deles termina a sua carreira, vai até ao final da fila para esperar novamente pela sua vez. Durante o verão, Páscoa e outras festividades, cada burro vai trabalhar três a quatro vezes por dia. No inverno, apenas uma vez por semana. O resto do tempo passa-o na sombra “esperando ou descansando nos estábulos próximos”.

O novo “Estatuto de Trabalhador” dos burros-táxi prevê que os animais deixem de transportar turistas com mais de 80 quilos nos passeios históricos de 15 minutos pelo centro da cidade, que custam 15 euros por pessoa. Além disso, vão passar também a ter horários de trabalho, com horas estabelecidas para descansar.

Segundo Nicolás Cruz (PSOE), do Conselho de Transportes e Mobilidade Urbana, as normas anteriores estavam desatualizadas e foi preciso adaptá-las às diretivas europeias em matéria de proteção animal.

Há também críticas dos próprios turistas contra esta atividade. “A norma também é importante para mostrar uma sociedade moderna de respeito pelo bem-estar animal”, disse ao jornal espanhol El País.

As novas regras, que deverão ser aprovadas no início de 2020, estabelecem horários de trabalho rígidos – das 9h às 18h no outono e no inverno e das 8h30 e 21h30 na primavera e no verão com uma pausa para descanso antes das 17h e por turnos. Segundo Nicolás Cruz, citado pelo Diário de Notícias, os animais que trabalhem de manhã não poderão fazê-lo à tarde e vive-versa. Os burros só podem ingressar nesta atividade turística se tiverem mais de 3 anos.

Os burros de Mijas também vão ter melhores condições dos estábulos, que terão de ter obrigatoriamente um espaço digno que lhes permita deitar-se, brincar e correr. Os animais devem ainda ter acesso a água 24 horas por dia e as rédeas devem ter pelo menos 30 centímetros para poderem mexer a cabeça e afugentarem as moscas.

Francisco Javier Lara, do Colégio de Advogados de Málaga e um dos impulsionadores da iniciativa, diz que estas regras “já se cumpriam mais ou menos, mas agora têm uma base normativa, portanto sancionável”. As multas podem oscilar entre 750 e 3.000 euros. O município de Mijas já prometeu aumentar a fiscalização e o controlo veterinário.

ZAP //



Os terrenos contaminados de Fukushima vão tornar-se num centro de “energia verde”

Fukushima, local que sofreu um dos maiores desastres nuclear do mundo, vai reinventar-se e tornar-se num centro de energia renovável.

Depois de ser atingido por um terramoto e um tsunami de 15 metros em 2011, três reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi, no nordeste do Japão, sofreram colapsos catastróficos, no que se tornou o segundo desastre nuclear mais grave desde o evento de Chernobyl.

Agora, um novo projeto de 2,75 mil milhões de dólares (equivalente a 2,49 mil milhões de euros) foi lançado para transformar Fukushima, no nordeste do Japão, num centro de energia renovável, de acordo com o jornal japonês Nikkei Asian Review.

O plano inclui a construção e 11 centrais de energia solar e 10 centrais eólicas em áreas montanhosas e terras agrícolas que não podem ser cultivadas devido à radiação do desastre nuclear de Fukushima Daiichi em 2011. Quando estiver em funcionamento, o projeto prevê bombear a energia equivalente de dois terços de uma central nuclear.

A ideia de reinventar Fukushima para um centro de energia renovável está em negociações há vários anos, mas sofreu reveses com investimentos. Agora, com o apoio financeiro do Banco de Desenvolvimento do Japão e do Banco Mizuho, de propriedade do governo, a construção poderia ser concluída já em 2024.

Os combustíveis fósseis, ou seja, o petróleo, continuam a ser a maior fonte de energia primária no Japão, respondendo pela maioria substancial do seu consumo total de energia, segundo as estatísticas de 2015, divulgadas pelo IFLScience. Embora o seu setor de energia renovável esteja em ascensão, responde por cerca de 10% do consumo total de energia, notavelmente menor que a maioria dos países “economicamente avançados”.

“Antes do desastre, um terço da eletricidade da região metropolitana era fornecida por Fukushima e a rede de transmissão de eletricidade tinha sido implementada”, disse o governo de Fukushima em comunicado no ano passado. “Fukushima é o terceiro maior município do Japão, possui diversos recursos (solar, energia eólica, geotérmica, recursos hídricos, recursos florestais) e grande potencial para a introdução de energia renovável.”

Embora a decisão de Fukushima de avançar em direção a energias renováveis seja um movimento positivo para o planeta, o dano ambiental do desastre nuclear está muito longe de ser retificado.

Após o desastre nuclear em Fukushima Daiichi, desencadeado por um maremoto em março de 2011, o Japão reduziu o parque nuclear de 54 para 42 unidades, compensando esta redução com a exploração de centrais térmicas e um pequeno aumento na quota da eletricidade a partir de fontes renováveis de energia.

A onda gigantesca criada pelo violento de sismo de 9,0 de magnitude em 11 de março de 2011 submergiu as instalações, a eletricidade foi cortada, os sistemas de arrefecimento do combustível nuclear pararam, levando à fusão do combustível do núcleo de três dos seis reatores. As explosões de hidrogénio destruíram parte dos edifícios de Fukushima Daiichi. Só em maio de 2011, dois meses depois do acidente, a TEPCO usou a expressão “fusão do núcleo” do reator.

Mais de um milhar de enormes reservatórios guardam importantes quantidades de água, em parte contaminada, à qual ninguém sabe ainda o que fazer.

Atualmente há mais de 1,15 milhão de toneladas dessa água radioativa armazenada nas instalações em 960 tanques e continua a acumular-se a uma taxa de cerca de 150 toneladas por dia, o que significa que os tanques podem atingir a sua capacidade plena até ao verão de 2022. As autoridades nucleares japonesa e internacionais continuam a considerar o lançamento no mar.

Serão precisas pelo menos quatro décadas para desmantelar esta central, situada a pouco mais de 200 quilómetros a nordeste de Tóquio, com tecnologias que, na maioria dos casos, ainda estão por inventar.

ZAP //



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