Sábado, Abril 26, 2025
Inicio Blog Página 88

Vá de férias para uma ilha paradisíaca (e volte com um cão adotado)

Na ilha de Providenciales, no arquipélago das Ilhas Turcas e Caicos, nas Caraíbas, há cães a brincar pelo areal, prontos para serem adotados por turistas. A iniciativa pretende combater o abandono destes animais.

São os turistas que caminham os cães abandonados ao longo da praia de Grace Bay, em Providenciales, nas Ilhas Turcas e Caicos. Estes “passeios de socialização” foram planeados para os cães, mas os visitantes também os apreciam.

Os cães potcake são uma raça mestiça comum em várias ilhas das Caraíbas. O seu nome vem da ervilha congelada e mistura de arroz que os locais têm por tradição comer. Geneticamente este cães são uma mistura de pastor alemão, labrador e fox terrier.

Não se conhece o número exato de cães vadios vivem nas ilhas, mas uma pesquisa feita há alguns anos estimou-o em cerca de cinco mil só em Providenciales.

Segundo a CNN, cerca de 500 cães são adotados através da Potcake Place por ano. Mas os visitantes também podem passear os cães pela praia, sem ter a responsabilidade de levar algum para casa. Não há custo para os passear, mas é provável que haja fila.

Com 100% de voluntários, a organização de resgate trabalhou com o governo para facilitar a vinda de veterinários voluntários para as ilhas, para esterilizarem os cães mais velhos. Caso contrário, o número de crias cresceria cada vez mais.

O objetivo de Jane Parker-Rauw, fundadora e diretora da Potcake Place — instituição de caridade que se dedica a encontrar casa para estes cães —, é diminuir o número de cães nascidos nas ilhas para que não seja preciso a sua organização.

Não é a solução para o problema; precisamos de continuar a educar, esterilizar e castrar, esse tem sido o objetivo a longo prazo da Potcake Place”, explica Parker-Rauw.

A queda no número de cães vadios é notória e, se a diminuição se mantiver a este passo, a fundadora calcula que dentro de três a cinco anos o abrigo não vai ser necessário. “Pela primeira vez em muito tempo, tenho alguma esperança que estamos a chegar onde precisamos de estar”, disse Parker-Rauw.

DR, ZAP //



No Canadá, o “turismo de icebergues” cresce alimentado pelas alterações climáticas

A abundância de icebergues que deslizam do Pólo Norte para o Sul gerou uma nova atração turística estreitamente vinculada à aceleração do aquecimento global.

Na hora do crepúsculo, um icebergue desaparece no mar, terminando a sua jornada da Gronelândia até Terra Nova, uma ilha do Canadá que tem vista privilegiada para assistir ao derretimento destes grandes blocos de gelo – para o fascínio dos visitantes que procuram a região nesta época do ano.

Outrora epicentro da pesca de bacalhau, a província de Terra Nova e Labrador recebe agora nas suas tranquilas aldeias costeiras hordas de fotógrafos amadores que vieram imortalizar os pedaços gigantes de gelo, cada vez em maior número, que desaguam no leste do Canadá no fim do inverno.

“Melhora de um ano para o outro. Cerca de 140 autocarros turísticos chegam à povoação a cada temporada, é bom para a economia“, disse Barry Strickland, ex-pescador de 58 anos que se tornou guia turístico em King’s Point, no norte de Terra Nova, à AFP. Há quatro anos, organiza excursões relacionadas com estes gigantes de gelo milenares que podem atingir dezenas de metros de altura e pesar centenas de milhares de toneladas.

À mercê dos ventos e das correntes, as calotas polares realizam uma viagem de milhares de quilómetros para o sul, aproximando-se da costa canadiana. Em poucas semanas, a sua água doce voltará para o oceano, depois de se ter mantido congelada.

As expedições na pequena embarcação de Barry com frequência enchem durante a “temporada alta de icebergues”, entre maio e julho, e atraem para esta aldeia de 600 habitantes visitantes de todo o mundo. O menor movimento dos colossais blocos de gelo pode ser rastreado através de um mapa de satélite interativo disponibilizado na Internet pelo governo da província.

“Não há muito o que fazer para os habitantes destas pequenas e isoladas cidades portuárias, de modo que o turismo é uma grande parte de nossa economia“, explica Devon Chaulk, empregado de uma loja de souvenirs em Elliston, uma aldeia de 300 habitantes situada na trajetória do “corredor de icebergues”.

“Vivi aqui toda a minha vida e o aumento do turismo nos últimos 10, 15 anos foi incrível”, conta entusiasmado Chaulk, de 28 anos.

No ano passado, mais de 500 mil turistas visitaram a província de Terra Nova, a mesma quantidade de residentes, e contribuíram para a economia local com cerca de 570 milhões de dólares canadianos (385 milhões de euros), segundo estimativas do governo local. O turismo suplantou parcialmente os rendimentos cada vez mais baixos da indústria da pesca, em crise devido à exploração excessiva do oceano no fim do século passado.

Mas, por trás dos icebergues, esconde-se uma realidade obscura: a aceleração do aquecimento global no Pólo Norte, que favorece o aparecimento de icebergues mas também faz com que a temporada seja cada vez mais imprevisível, o que prejudica as atividades que tiram benefício do fenómeno.

O Ártico aquece três vezes mais rápido do que o resto do mundo. Em junho, a Gronelândia experimentou um derretimento de geleiras inédito para esta época do ano e temperaturas recorde foram registadas perto do Polo Norte em meados de julho. Com os anos, os icebergues entram cada vez mais a sul, criando um risco para a navegação comercial nesta rota marítima que une a Europa com a América do Norte.

ZAP //



Há uma cidade na Venezuela que é “invisível”

Guanta está lá, embora não seja fácil vê-la. Vistas a partir de El Morro, do outro lado da baía, as suas luzes piscam sob uma nuvem baixa.

É uma nuvem diferente das outras, mais espessa, mais pesada. Se for seguida com os olhos, é possível identificar a fonte que a emite, a fábrica de cimento Pertigalete, localizada a poucos quilómetros de Guanta e na área do Parque Nacional de Mochima, um dos paraísos naturais na costa da Venezuela.

Embora possa surpreender estrangeiros, os cerca de 45 mil habitantes de Guanta estão habituados a viver no ambiente saturado com resíduos de calcário e xisto que a central estatal usa para produzir cimento.

Como a maioria dos seus vizinhos, Gerardo Serra, de 77 anos, varre a casa diariamente, por dentro e por fora. “Aqui temos de estar sempre a limpar. Há dias em que a poeira cobre completamente a colina”, disse, com a vassoura na mão, à BBC. “Estamos todos preocupados em viver com este problema; é uma reclamação de todas as pessoas, mas…”

Em Guanta, a poeira permeia tudo, especialmente na época do ano em que chove menos. Árvores, cabines telefónicas, carros… Nada fica livre das partículas.

Outro vizinho mostra as telhas no pátio de sua casa, afetadas por crostas de um material quase branco. Diz que quando chove, os materiais que emanam de Pertigalete também caem com a água. Se não conseguir limpá-los antes de o solo secar, os restos solidificam-se e permanecem ali para sempre.

Foi o que aconteceu com o carro que fica na sua garagem, coberto com sujidade que já não sai. Muitos na região cobrem os seus veículos com capas de plástico para evitar que lhe aconteça o mesmo.

Mas há coisas que não podem ser cobertas – como os pulmões das pessoas. No Centro de Diagnóstico Geral de El Chorrerón, o médico encarregado do serviço atende, acima de tudo, pacientes afetados por problemas respiratórios. “Infecções respiratórias, bronquiolite e pneumonia são as doenças mais frequentes aqui”, disse. “Esta semana tivemos entre 30 e 40 casos. Aqueles que mais sofrem são bebés e pacientes asmáticos.”

Este é um dos centros de saúde na Venezuela onde médicos cubanos trabalham e pacientes esperam atendimento ao lado de retratos de Hugo Chávez, Nicolás Maduro e Fidel Castro. “Quase não temos antibióticos”, dise o médico, antes de mostrar os nebulizadores, para os quais muitas vezes não há recargas.

Problemas respiratórios têm sido uma constante nos oito anos em que trabalha lá. “Como a poluição é a origem do problema, nunca pudemos oferecer uma solução definitiva, mas antes, pelo menos, podíamos tratar as pessoas; agora, não dá”, lamenta.

O médico não é o único que percebeu os efeitos que aparentemente a poluição da fábrica de Pertigalete tem sobre a saúde das pessoas. “Quando morei em Guanta, acordava todas as manhãs com uma reação alérgica”, lembra Manuel Fernández, um dos conselheiros que colaboraram na preparação de um relatório com o qual o deputado da oposição Armando Armas, do Estado de Anzoátegui, denunciou a ação.

O relatório descobriu que, devido à poeira, de cada dez crianças tratadas no ambulatório de David Zambrano, o principal centro de saúde da cidade, seis estavam lá por problemas respiratórios ou de pele. Problemas respiratórios também foram uma das causas mais frequentes de adultos consultarem um médico.

À BBC, nem as autoridades nem os responsáveis ​​pela central responderam sobre o problema da poluição. Nem o seu dono, a estatal Venezolana de Cementos (Vencemos), nem o responsável de Guanta, nem o Ministério da Comunicação, responsável por fornecer informações em nome do governo, responderam ao pedido de comentários.

A central pertencia à companhia mexicana Cemex até que, em 2008, o então presidente Hugo Chávez ordenou a desapropriação da empresa – sob o argumento, entre outros, de que não cumpria as suas obrigações de proteção ambiental.

A área em que a central está localizada tem um alto valor ecológico. Fica no Parque Nacional Mochima, quase cem mil hectares de “baías, praias, ilhas, golfos e enseadas de grandes maravilhas naturais”, privilegiado por uma “exuberante diversidade biológica”, segundo a descrição do Instituto do Parque Nacional. É um paraíso tradicionalmente visitado por turistas de todo o país em suas férias, embora a crise atual na Venezuela tenha reduzido drasticamente o fluxo de visitantes.

Muitos em Guanta acreditam que é mais provável que a fábrica acabe por se tornar inoperante antes de os problemas que a tornaram tão prejudicial sejam remediados.

ZAP //



Arranca a greve na Ryanair. Empresa não descarta atrasos ou mudanças de voos

Fernando Timon / Wikimedia

Vista frontal da turbina de um avião Boeing 737-800 da RyanAir, estacionado no Aeroporto de Dublin, na Irlanda

Os tripulantes da Ryanair começam esta quarta-feira uma greve de cinco dias, até domingo, convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e que conta com serviços mínimos decretados pelo Governo.

Nesta terça-feira, a Ryanair referiu que não esperava “perturbações significativas” por causa da greve, mas salientou que não podia “descartar alguns atrasos” ou mudanças nos voos. “Faremos tudo o que pudermos para minimizar as perturbações causadas aos nossos clientes e às suas famílias”, garantiu a transportadora irlandesa, em resposta à Lusa.

“Os passageiros que não receberam um email ou uma mensagem podem esperar que os seus voos para e de Portugal se realizem normalmente esta semana”, assegurou a empresa.

Num comunicado do dia 1 de agosto, o SNPVAC adiantou que o pré-aviso de greve abrange todos os voos da Ryanair cujas horas de apresentação ocorram entre as 00h00 e as 23h59 dos dias previstos para a paralisação (tendo por referência as horas locais) e os serviços de assistência ou qualquer outra tarefa no solo.

Entretanto, tendo em conta que não houve acordo entre a Ryanair e o sindicato, o Governo decretou serviços mínimos a cumprir durante a paralisação, que abrangem não só os Açores e Madeira, mas também as cidades europeias de Berlim, Colónia, Londres e Paris.

Assim, os serviços mínimos incluem um voo diário de ida e volta entre Lisboa e Paris; entre Lisboa e Berlim; entre Porto e Colónia; entre Lisboa e Londres; entre Lisboa e Ponta Delgada, bem como uma ligação de ida e volta entre Lisboa e a Ilha Terceira (Lajes), hoje, na sexta-feira e no domingo.

O SNPVAC criticou esta decisão e “repudiou veementemente” os serviços mínimos e a fundamentação do Governo para os impor.

Na base deste pré-aviso de greve está, segundo referiu o SNPVAC no comunicado de 1 de agosto, o facto de a Ryanair continuar a “incumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine contratados através das agências Crewlink e Workforce”.

No dia 9 de agosto, o sindicato denunciou que a companhia aérea tinha enviado aos tripulantes um questionário online com o objetivo de saber se vão participar na paralisação.

// Lusa



Bahia: o que conhecer neste estado brasileiro

Um dos estados brasileiros que valem a pena conhecer é a Bahia, um local com paisagens incríveis, cidades históricas e comidas típicas como vatapá, acarajé, bobó de camarão, moqueca de peixe, dentre outras.

Por conta da mistura entre indígenas, portugueses e negros, a Bahia é um dos sítios no Brasil onde a miscigenação é mais evidente, o que acabou resultando em uma enorme riqueza cultural.

Confira abaixo algumas sugestões de cidades para visitar na Bahia, com dicas sobre os principais pontos turísticos e a vida nocturna de cada sítio.

Abrolhos

Abrolhos é um arquipélago localizado no extremo sul da Bahia, a cerca de 250 quilómetros de Porto Seguro. Ao todo, são cinco ilhas que formam este arquipélago, mas somente em uma delas, chamada Siriba, o desembarque é permitido. O mais conhecido ponto de atração deste local são as baleias-jubarte e os pássaros únicos que por lá existem.

Os passeios para Abrolhos normalmente partem do município de Caravelas, e a duração de uma viagem de barco até lá pode durar de duas horas e meia a cinco horas, dependendo do tipo de embarcação que escolheres.

Se és o tipo de pessoa que gosta de bares e festas, é importante que saibas que essa ilha é mais buscada por quem deseja tranquilidade, por isso não esperes uma vida nocturna intensa neste sítio.

Feira de Santana

Feira de Santana pode não ser o primeiro sítio que surge na mente das pessoas quando pensam em ir à Bahia, mas os viajantes surpreendem-se quando conhecem essa cidade do interior, que possui uma cultura bastante rica.

Por tratar-se de um sítio menos turístico, os visitantes têm a oportunidade de entrar em contacto com a verdadeira cultura baiana. O Museu Casa do Sertão, que tem como objetivo preservar a cultura sertaneja, é bastante interessante e merece uma visita  se passares por Feira de Santana.

Se o que buscas é um sítio com vida nocturna agitada para, quem sabe, conhecer alguém especial, Feira de Santana oferece várias opções de bares e casas nocturnas. Por meio do uso de aplicações como o Badoo, podes marcar um encontro com alguma pessoa interessante da cidade, caso estejas buscando por uma companhia.

Outra opção a considerar é visitar a cidade em abril, pois uma das micaretas – famosas festas populares de cunho carnavalesco que ocorrem em outras épocas que não a do Carnaval – mais famosas da Bahia, a Micareta de Feira, acontece nessa época.

Trancoso

Um dos sítios mais visitados da Bahia é Trancoso, que fica na região sul do estado e possui belas praias, assim como a parte central, conhecida por Quadrado e que é repleta de restaurantes e bares para passear durante o dia e a noite.

Dentre as praias que merecem ser visitadas, estão as dos Nativos e dos Coqueiros, mais movimentadas, e a do Espelho, que fica um pouco mais distante, mas é uma das mais bonitas da região.

Há muitos hotéis em Trancoso, e os visitantes podem tanto optar por se hospedar perto do Quadrado quanto um pouco mais distante, em regiões que proporcionam mais tranquilidade.

A Bahia oferece, portanto, inúmeras opções para os mais variados tipos de pessoas, daquelas que desejam sossego às que querem aproveitar a vida nocturna. Por isso, não deixes de incluir uma visita a esse estado brasileiro no seu roteiro pelo país.

aeiou //



Turismo sustentável promove o Alqueva, o “grande lago” da Europa

Thiago Kalisvaart vem de uma família holandesa que navegou durante gerações, seguiu a tradição e lançou-se à água. Mas não navega os mares. Iça as suas velas no Alqueva, o maior lago artificial da Europa ocidental.

Criado para revitalizar uma das zonas mais empobrecidas da Península Ibérica, o Alqueva tornou-se num polo turístico virado para o desenvolvimento sustentável desta região partilhada entre Espanha e Portugal. Ao todo são mais de 250 quilómetros quadrados e 13 municípios de ambos os lados da fronteira que se alimentam das águas do rio Guadiana.

“O grande lago”, como também é conhecido em Portugal, tem uma capacidade de armazenamento superior a 4.100 hectómetros cúbicos — suficientes para cobrir a procura de água de Lisboa durante 40 anos — e uma extensão de costa de 1.100 quilómetros, equivalente a todo o litoral marítimo português.

As suas águas, que impulsionaram a agricultura e a geração de energia, são também agora o epicentro do crescimento de um turismo sustentável que pode travar o ritmo do despovoamento que castiga esta faixa ibérica.

No Alqueva multiplicam-se os projetos turísticos e as atividades de promoção do meio ambiente apoiados pelos fundos FEDER da União Europeia, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2014-2020, com um orçamento global superior a 3,1 milhões de euros.

Segundo o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz e da ATLAS (Associação Transfronteiriça do Lago Alqueva), José Calixto, “está a conseguir-se recuperar o turismo em Monsaraz”.

Às atividades associadas ao lago, como a navegação, o esqui aquático, a canoagem ou o paddle-surf, junta-se a oferta de passeios, observação de aves e voos.

Mas a oferta não estaria completa, admitiu, sem “um conjunto de eventos de caráter transfronteiriço que são hoje pontos de atração, tanto do lado de Espanha como do lado de Portugal”, que inclui desde percursos históricos até festivais de fado e flamenco.

Do lado espanhol, também o autarca de Alconchel está empenhado em aumentar o fluxo de turistas naquela localidade da Extremadura próxima da fronteira. O castelo que coroa a cidade recebe anualmente milhares de visitantes, mas Óscar Díaz trabalha para promover também a oferta hoteleira e gastronómica.

Pelas mãos do lago multiplicam-se as oportunidades para fixar a população ao território: “Há dez anos muitas das empresas que existem agora não existiam e não se faziam as atividades que se fazem agora”, lembra José Antonio Carrasco, coordenador da Alcor Extremadura, uma das empresas de atividades na margem espanhola do lago.

José Antonio Carrasco frisou que, se se considerarem “os mais de 80 quilómetros que há da cabeça à cauda [do Alqueva], pode assumir-se que uma lâmina de água tão grande gera oportunidades de fazer muitíssimas coisas“.

“Se a isto unimos o que já havia da parte cultural e histórica de cidades emblemáticas como Alconchel ou Olivença, no lado espanhol, e localidades no outro lado, como Monsaraz ou Évora… Juntamos água, possibilidades de lazer, cultura e tradições em todo este território e este atrativo de vir a esta região e conhecer uma zona nova coberta de água. É estupendo”, afirmou.

No entanto, o autarca português José Calixto lamentou a burocracia que afeta a navegação no Alqueva.

A linha imaginária que separa Espanha e Portugal, em pleno lago, atua como uma fronteira na água que não existe em terra. O problema, detalha o presidente da ATLAS, está nos diferentes requisitos para a navegação vigentes nos dois países, um obstáculo que afeta diretamente o turismo e que “é mau para ambos os lados”.

Em Espanha, a navegação em água doce está sujeita a taxas e impostos, enquanto em Portugal, no caso do Alqueva, não há taxas.

Por isso, os navios portugueses que cruzam o lago devem apresentar o pagamento correspondente para entrar em águas espanholas. Caso não o façam, arriscam-se a serem multados. Em resposta, também as embarcações espanholas podem encontrar impedimentos do lado luso.

Na prática, isto leva a que as embarcações de uma e outra margem prefiram não passar a linha fronteiriça. Os autarcas de ambos os lados defendem que as autoridades devem tomar medidas urgentes porque “há muito em jogo”.

“É um tema que não interessa a nenhum dos lados da fronteira. É um tema que a associação enviou aos governos porque nos preocupa que nestes dias não haja total circulação de embarcações no lago do Alqueva”, frisou Calixto.

Antonio Carrasco sugeriu que seja criada “uma só licença de navegação” para se circular no Alqueva. “É preciso conseguir que seja um só lado, nem espanhol nem português, mas o lago do Alqueva, e que tudo represente a união destes dois países, que não estejamos a falar de Espanha e Portugal”, disse.

O mercado turístico não se faz com barreiras, obviamente“, afirmou Calixto.

Navegar é, sem dúvida, uma das melhores formas de desfrutar do Alqueva. Parar nas suas ilhas, passear entre oliveiras à beira da água e é essa a proposta de Thiago Kaliwsvaart, a bordo de um velho cargueiro holandês, de 1930.

A sua compra foi uma ideia familiar. O seu pai, holandês, radicou-se na região nos anos 70 “e esperou que o lago enchesse para navegar nele”.

“O nosso amor é a vela, o vento, e estávamos à espera de um barco grande para estas águas”, afirmou, destacando que, além de antigo, o seu barco, é de ferro, pelo que “não sofre tanto com o calor como a madeira”, e o seu fundo é liso, podendo “atracar onde se quiser, como se fosse um embarcadouro”.

Uma grande vantagem quando se fala de navegar no Alqueva, pois grande parte da área portuguesa conserva debaixo da água os fundos intactos, com vegetação e, em alguns casos, até com o resto de velhas casas que ocupavam a zona.

Thiago admite que o lago mudou muito nos últimos anos, mas está protegido porque a legislação é muito estrita: “Não deixam construir nas margens. Está muito bem cuidado. É uma água potável e queremos utilizá-la para beber”.

Acabado de terminar um dos seus passeios turísticos pelo lago, Thiago amarra o seu velho cargueiro no cais do porto desportivo de Reguengos. Faz vento e foi difícil fazer as velas recuar, mas valeu a pena.

“A água é vida. Com água pode-se fazer de tudo”. Palavra de marinheiro.

// Lusa



Está a chover plástico nas Montanhas Rochosas

Investigador analisou amostras de água da chuva e, encontrou por engano, partículas de plástico. O fenómeno levanta preocupações sobre a quantidade de resíduos plásticos presentes no ar, água e solo por toda a Terra.

Gregory Wetherbee começou a analisar amostras de água de chuva recolhidas da cordilheira das Montanhas Rochosas. “Acho que esperava ver sobretudo partículas de solo e minerais”, disse o investigador do US Geological Survey. Em vez disso, Wetherbee encontrou fibras plásticas microscópicas multicoloridas.

A recente descoberta foi publicada, em maio, num estudo intitulado “Está a chover plástico”. As amostras de água de chuva foram recolhidas pelo Colorado e, os resultados da análise do microscópio revelaram que estas tinham um arco-íris de fibras de plástico, bem como pequenos pedaços de vidro e cacos.

“Acho que o resultado mais importante que podemos partilhar com o público norte-americano, é que há mais plástico por aí do que o que parece“, disse o investigador. “Está na chuva, está na neve; é uma parte do nosso ambiente agora”, acrescenta.

Gregory Wetherbee encontrou fibras microscópicas de plástico colorido em amostras de água da chuva

As descobertas surpreenderam Wetherbee, que inicialmente ia recolher amostras para estudar a poluição por azoto. “Os meus resultados são puramente acidentais“, relevou o investigador ao The Guardian.

Este estudo corrobora outra investigação recente que descobriu microplásticos nos Pirenéus, sugerindo que as partículas de plástico podem viajar com o vento por centenas (ou mesmo milhares) de quilómetros.

Outros estudos revelaram microplásticos no fundo do oceano, em lagos e rios do Reino Unido e em águas subterrâneas dos Estados Unidos.

O grande contribuinte para o crescente número de resíduos plásticos é o lixo, explicou Sherri Mason, investigadora de microplásticos e coordenadora de sustentabilidade da Penn State Behrend.

Fotomicrografias de plásticos recolhidos no Colorado

 

Mais de 90% dos resíduos plásticos não são reciclados e, à medida que se vão degradando, dividem-se em pedaços cada vez mais pequenos e misturam-se no meio ambiente, descreve a Visão.

“Então, estas partículas são incorporadas em gotículas de água quando chove”, revelou Mason, acrescentando que depois, as partículas desaguam em rios, lagos, baías e oceanos e infiltram-se em fontes de água subterrânea.

Embora os cientistas estudem a poluição do plástico no oceano há mais de uma década, só podem responder por 1% desta. Os investigadores sabem ainda menos sobre a quantidade de plástico em água doce e no ar, afirma Stefan Krause, da Universidade de Birmingham.

“Mesmo que agitássemos uma varinha mágica e parássemos de usar plástico, não está claro por quanto tempo o plástico continuaria a circular pelos sistemas de águas dos rios”, explica Krause. “Seriam séculos“, diz o investigador, baseando-se no que se sabe do plástico encontrado em fontes profundas de água subterrânea e acumulado em rios.

Os animais e humanos consomem microplásticos através da água e comida e, é provável que se respire partículas micro e nanoplásticas no ar — embora os cientistas ainda não tenham percebido os seus efeitos para a saúde.

“Podemos nunca entender todas as ligações entre plásticos e saúde”, refere Sherri Mason. Os microplásticos também podem atrair e anexar metais pesados como o mercúrio e outros produtos químicos perigosos, além de bactérias tóxicas.

“Sabemos o suficiente para dizer que respirar plástico provavelmente não é bom e, devemos pensar em reduzir drasticamente a nossa dependência”, conclui Mason.

DR, ZAP //



Indonésia. Presidente propõe mudar a capital do país para a ilha de Bornéu

O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, propôs esta sexta-feira ao parlamento para este transferir a capital do país do arquipélago de Jacarta para Kalimantan – nome indonésio da ilha que o país comparte com a Malásia e o reino do Bornéu -, localizada na ilha de Java.

“A capital não é apenas um símbolo de identidade nacional, mas também uma representação do progresso da nação”, disse Joko Widodo perante o parlamento, citado pela Reuters. Além disso, sublinhou que esta decisão ajudará a “conquista da igualdade económica e da justiça”.

Segundo noticiou o Jornal de Notícias, esta proposta deve-se à elevada taxa demográfica e a problemas relacionados com o afundamento dos solos.

O chefe de Estado pediu apoio aos deputados sobre o assunto, durante um discurso que decorreu no Parlamento no âmbito das celebrações do 74.º aniversário da independência, que se assinala no sábado.

Joko Widodo não especificou o local exato na ilha do Bornéu para onde pretende mudar a capital nem adiantou uma data para iniciar o processo apesar de o governo já ter defendido anteriormente que a primeira fase da mudança deve começar em 2024.

Em maio, o Presidente visitou a parte indonésia da ilha e várias cidades candidatas a acolher a nova capital, entre as quais a zona conhecida como Bukit Soeharto, situada a 40 quilómetros da capital provincial do Bornéu Oriental, Balikpapan.

Cheias e enchentes em Jacarta, na Indonésia

O chefe de Estado prometeu até ao final do ano anunciar o nome da nova capital administrativa do país, sendo que Jacarta, na ilha de Java, vai continuar a ser o centro financeiro e empresarial da Indonésia.

Na zona metropolitana de Jacarta vivem cerca de 30 milhões de pessoas que habitam igualmente as cidades satélites que rodeiam uma das capitais mais poluídas do mundo onde os problemas de trânsito automóvel provocam prejuízos consideráveis ao Estado.

Devido às fortes chuvas e à extração de águas subterrâneas, as inundações provocam perigosos afundamentos de solos, sobretudo no norte de Jacarta.

A proposta sobre a mudança da capital procura igualmente ajudar a “redistribuir a riqueza no arquipélago” onde a maioria da concentração populacional está nas ilhas de Java e Sumatra, enquanto que ilhas como o Bornéu estão menos desenvolvidas.

Os planos de mudança da capital foram sempre considerados pelos vários governos da Indonésia desde o mandato de Sukarno, que governou a República da Indonésia entre 1945 e 1967.

TP, ZAP //



Água do mar está mais fria no Algarve do que no Minho (e já se sabe porquê)

Nas regiões mais a sul do país, em especial na costa ocidental mas mesmo em algumas zonas do Algarve, a água do mar está mais fria do que no norte do país.

A culpa, escreve o Diário de Notícias, é do vento norte que tem soprado com mais intensidade a sul do cabo Carvoeiro o que provoca o afloramento costeiro, levando as camadas de águas mais profundas, e mais frias, a subirem até à superfície junto à costa. Apesar de poder ser desagradável para os banhistas, gera nutrientes e agrada aos peixes.

Em Lisboa, na praia de Carcavelos, a temperatura da água do mar será de 15 a 16 graus Celsius para este sábado. Mais para sul, a Costa da Caparica regista 16 graus, enquanto em Porto Covo a água está ao mesmo nível de Lisboa. No Algarve, onde por norma a temperatura é mais elevada, por estes dias isso não se nota quando se entra no mar.

Albufeira tem uma previsão de temperatura de água do mar de 16 a 17 graus para este sábado. Armação de Pera tem 16 graus, tal como a praia do Vau, em Portimão. A praia da Luz, em Lagos tem previsão de 15 graus de temperatura da água. Nestes concelhos, o vento sopra de norte/noroeste. Só nos concelhos em que a influência do Mediterrânico é mais imediata, com vento de sul ou sudoeste, é que a temperatura da água sobe, como são exemplos Faro, com 18 graus, ou Tavira com 18 a 19 graus.

A norte, os números mostram temperaturas da água mais elevadas. Viana do Castelo apresenta um registo de 17 graus de temperatura da água do mar à superfície. Em Ofir, Esposende, um pouco mais a sul, a temperatura ainda é mais alta, atingindo os 18 graus e na Apúlia, no mesmo concelho do distrito de Braga, as previsões são de 19 graus na água do mar. Em Matosinhos, junto ao Porto, oscila entre os 16 e os 17 graus.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) não tem grande preocupação em controlar a temperatura da água do mar.  Em termos gerais, trata-se de um fenómeno conhecido como afloramento costeiro ou up-welling.

“Quando o vento está de norte, na costa ocidental, empurra a camada superficial da água do mar. Com isso, a camada de água mais profunda vem à superfície junto à costa”, explicou a meteorologista do IPMA, Paula Leitão. Assim, a água fica mais fria. A norte, “tem havido muitos dias com nebulosidade e vento pouco intenso”, o que trava a subida até à costa das camadas mais frias do mar.

A norte do Cabo Carvoeiro não tem soprado vento com intensidade, ao contrário das regiões a sul, em que as nortadas têm sido frequentes. Desta forma, a costa ocidental mais a sul, até ao Algarve, regista uma temperatura da água do mar mais baixa do que habitual. No norte acontece o inverso com temperaturas um pouco mais altas.

Para os banhistas, a água mais fria não é muito apelativa, mas, para os pescadores, a situação é diferente. O peixe procura estas águas mais frias. “A água mais fria, à superfície, é também mais rica em nutrientes o que é bom para o peixe. Há mais peixe, sobretudo sardinhas”, adianta Paula Leitão.

As previsões para os próximos dias indicam que o vento irá diminuir a sul, prevendo-se também um pequena subida da temperatura. Sábado será um dia com menos vento e, ao final da tarde, o norte ficará com o céu nublado. À noite, o Minho já deve ter chuva fraca. No domingo haverá nevoeiro e nebulosidade, com alguma chuva fraca.

ZAP //



Se quiser visitar a exposição de Da Vinci no Louvre, a reserva online é obrigatória

A medida, que será generalizada no fim do ano, vai garantir que turistas entrem no estabelecimento no máximo meia hora depois do horário previsto.

De acordo com o administrador-geral adjunto do Louvre, Vincent Pomarède, o objetivo é melhorar as condições de visita. “Com esse dispositivo, as pessoas podem ter certeza de que vão entrar”, disse em entrevista à rádio francesa France Info.

As filas para entrar no Louvre são muito longas, principalmente no verão e muita gente fica de fora. A direção informa, entretanto, que quem não tem acesso à Internet poderá comprar o bilhere, com antecedência, nos pontos de vendas tradicionais.

Algumas vezes, os funcionários são obrigados a fechar as portas e apenas quem comprou o bilhete online pode entrar. Os bilhetes para a exposição de Leonardo Da Vinci estão a ser vendidos apenas pela Internet e já podem ser adquiridos desde junho. O Louvre testará o novo dispositivo em outubro.

Nos últimos meses, o Louvre teve que lidar com alguns problemas externos, que atraíram ainda mais visitantes. Um deles foi o calor, que levou vários turistas a entrarem no museu para escapar das altas temperaturas, que em julho ultrapassaram os 40 graus na capital francesa.

O museu, que recebe dez milhões de visitantes por ano, foi obrigado, por conta da superlotação, a impedir a entrada de todos os turistas. Cerca de 75% deles vêm ao local para visitar a Mona Lisa, que trocou recentemente de galeria.

Os museus parisienses públicos ou privados estão  a tentar melhorar o atendimento aos visitantes e diminuir o tempo de espera. O Centro Pompidou, por exemplo, situado no centro de Paris, já anunciou que vai instaurar reservas obrigatórias para a exposição de Francis Bacon, a partir de setembro.

Já começaram a ser desenvolvidas diversas aplicações para informar os visitantes sobre os horários em que há um menor número de visitantes.

ZAP // RFI BR



DESTINOS EM DESTAQUE