Sábado, Abril 26, 2025
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Selfies estão a destruir muralha romana considerada Património Mundial da UNESCO

Uma parte da antiga Muralha de Adriano, no Reino Unido, está a colapsar por causa dos turistas que procuram o local para tirar selfies.

O monumento, que em 1987 foi considerado Património Mundial da UNESCO, inspirou a famosa parede de gelo da série A Guerra dos Tronos, baseada na saga de George R. R. Martin. O English Heritage frisa também a sua importância história, considerando-a a construção “mais importante edificada pelo romanos na Britânia”.

Foi através do Twitter que o arqueólogo Pete Savin divulgou fotografias dos danos que a muralha romana tem sofrido nos últimos tempos.

Nas imagens publicadas é possível ver a secção Steel Rigg, de aproximadamente três metros, que colapsou devido aos visitantes e turistas que sobem repetidamente a edificação, apesar da sinalização na área que proíbe escalar o muro.

Em declarações ao diário britânico The Mirror, Savin disse conhecer bem a secção do muro, revelando ter visto danos em diferentes partes da construção. O arqueólogo conta que tem pedido aos visitantes para não subir o muro por causa da deterioração da construção, mas também por uma questão de segurança.

“Parece que uma selfie na Muralha de Adriano é tudo, independentemente dos danos que são causados involuntariamente”, lamentou. “O dano que eu vi no domingo foi num nível que nunca tinha visto antes. Fiquei realmente chocado ao ver a parede desmoronada”, completou em declarações ao Metro UK.

Embora não seja totalmente claro que a destruição tenha sido apenas causada pelos visitantes, o especialista pede às pessoas para não caminharem sobre a construção.

Um porta-voz da Fundação Nacional para Locais de Interesse Histórico ou Beleza Natural adiantou que os trabalhos de reparação começarão em julho.

O muro foi construído por ordem do imperador Adriano em 122 d.C, tendo como objetivo defender a ilha da Britânia e marcar o limite norte do Império Romano.

George R. R. Martin baseou-se nesta construção para representar a imponente muralha de gelo que separa os Sete Reinos das terras selvagens.

ZAP //



Em 30 anos, Amazónia perdeu 953 mil hectares de áreas protegidas

Nos últimos 30 anos, a Amazónia perdeu 953 mil hectares em áreas pertencentes a unidades de conservação e terras indígenas que deveriam estar preservadas.

A Amazónia brasileira perdeu 953 mil quilómetros em áreas que foram desflorestadas dentro de unidades de Conservação e terras indígenas que deveriam estar preservadas, nos últimos 30 anos, segundo um levantamento publicado esta terça-feira pelo G1. Entre 1985 e 2017, o Brasil desflorestou 11% de sua área de florestas. Desse total, 61,5% do desmatamento foi registado na Amazónia.

Com base em imagens de satélite disponibilizadas pelo projeto Mapbiomas, uma parceria entre universidades, ONG e o Google, os dados usados pelo G1 indicam que as áreas de proteção que deveriam ser preservadas no Brasil já estão cercadas de territórios desflorestados. Embora as áreas de conservação sofram grande pressão, ainda são responsáveis pelas maiores áreas de conservação da floresta amazónica.

Em 1985, as áreas de proteção ambiental e reservas indígenas na Amazónia brasileira representavam 47% da área de floresta. Atualmente, o índice chega a 53%, de acordo com a monitorização de satélite do projeto Mapbiomas.

Fora das áreas protegidas, a floresta amazónica perdeu 40,8 milhões de hectares para atividades ligadas ao agronegócio no Brasil. Pastos para criação de gado e agricultura representam 84% do que se tornou a Amazónia brasileira nos últimos 33 anos, indicou o levantamento.

Atualmente, o Brasil tem 344 unidades de conservação, o que equivalem a 9,1% do território e 24,4% da faixa marinha do país. Grande parte destas áreas está na floresta amazónica. No entanto, a sobrevivência das atuais Unidades de Conservação do Brasil não é certa.

O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, afirmou que irá fazer uma revisão das Unidades de Conservação ambiental do país porque muitas delas foram criadas “sem nenhum tipo de critério técnico” e, por isto, precisa haver um trabalho de revisão. Jair Bolsonaro também prometeu rever a delimitação das reservas indígenas, questionando igualmente a sua fundamentação técnica.

ZAP // Lusa



Os McDonald’s da Áustria são (também) mini-embaixadas dos EUA

Centenas de americanos vão à Áustria todos os anos. Agora, aqueles que perderem os seus passaportes ou precisem de alguma assistência de viagem enquanto exploram o país alpino podem obter ajuda com muito mais facilidade – em qualquer McDonald’s local.

“Cidadãos americanos que viajam para a Áustria que se encontrem em perigo e sem uma forma de entrar em contrato com a Embaixada dos EUA, podem entrar nos McDonald’s na Áustria e os funcionários ajudarão a fazer esse contacto”, anunciou a Embaixada dos EUA em Viena no Facebook.

Embora o famoso restaurante americano não possa imprimir um novo passaporte, a parceria da empresa com as Embaixadas dos EUA na Áustria facilitará o processo. Isabelle Kuster, chefe da McDonald’s da Áustria, e o embaixador dos Estados Unidos, Trevor Traina, fizeram o acordo durante um café do McDonald’s.

O porta-voz do McDonald’s, Wilhelm Baldia, explicou que o consulado americano escolheu a cadeia de fast food “devido à grande fama da marca entre os americanos” e “porque há muitas filiais na Áustria”. A Áustria possui 196 locais do McDonald’s.

Segundo a CNN, alguns utilizadores do Facebook pareciam pessoalmente ofendidos com a decisão, sugerindo que o Consulado dos EUA considerou os cidadãos demasiado “estúpidos” para saber onde encontrar uma embaixada. Outros queriam saber se as mini-embaixadas substituiriam totalmente uma localização tradicional.

“Certamente não”, respondeu a conta do Facebook da embaixada. “A nossa embaixada está totalmente preparada e pronta para ajudar os cidadãos americanos em necessidade. Esta parceria é apenas uma maneira extra para os americanos se ligarem à Embaixada quando estiverem numa situação de emergência ”.

De acordo com a ATI, não demorará muito para que os “arcos dourados” se tornem sinónimo de assistência em viagens. Enquanto a Internet já gravitou para esta notícia com um nível garantido de sarcasmo, a estratégia por trás deste plano faz sentido, dada a presença da franquia na maioria dos destinos de viagem mais populares do mundo.

ZAP //



Em Nova York, peões que mandem mensagens enquanto atravessam passadeiras podem ter multa

Uma nova lei proposta pelo senado do estado de Nova York pretende multar pessoas que usem o telemóvel para escrever ou ler mensagens enquanto atravessam passadeiras.

Se o documento for aprovado, os pedestres que sejam apanhados pela polícia a “usar um aparelho eletrónico móvel enquanto atravessam a via” podem ser multados com valores que podiam ir dos 25 e aos 250 dólares (cerca de 22 a 220 euros). A proposta prevê exceções para equipas de emergência médica, funcionários de hospital e bombeiros.

Todos os anos, cerca de 300 peões morrem em acidentes nas vias do estado de Nova York, segundo avança o jornal britânico The Guardian. Não é certo que todas estas mortes estejam relacionadas com o uso do telemóvel para escrever e enviar ou ler e a receber mensagens por parte dos peões, mas John Liu, o senador do estado de Nova York, está empenhado em reduzir o número de vítimas.

“A lei não diz que não se pode falar ao telemóvel. A lei visa, sim, as pessoas que estão a olhar para baixo e a mexer no telemóvel. É fácil esperar cinco segundos e atravessar a passadeira”, em segurança, defende o senador. Mas nem todos concordam.

Marco Conner, ativista e diretor executivo do grupo de Transportes Alternativos, afirma que a lei não tem fundamento e que será fonte de “policiamento subjetivo e discriminatório“. “Não há referência a números ou dados. A maioria dos acidentes de trânsito em todo o país são causados pelo condutor. Isto é uma forma disfarçada de culpar as vítimas”, defende Conner.

Jonh Liu admite que a lei não será bem aceite entre a população. Diz ainda que o controlo de peões que usam o telemóvel enquanto atravessam a passadeira não será uma prioridade para a polícia. “A minha intenção é ajudar os nova-iorquinos e lembrá-los do que devem fazer: esperar os cinco segundos”.

ZAP //



Há uma ilha onde há mais abortos do que nascimentos

“Eu não pensei duas vezes sobre isso. Nós falamos sobre aborto abertamente. Eu lembro-me de falar aos meus amigos e à minha família sobre a última vez que fiz um”, disse Piia (nome fictício), uma jovem de 19 anos que mora na Gronelândia e que teve cinco abortos nos últimos dois anos.

“Eu costumo usar proteção, mas às vezes esquecemos. Não posso ter um bebé agora, estou no último ano da escola”, disse. Embora fale com tranquilidade sobre aborto, Piia não teve conversas com a família sobre saúde sexual e métodos contracetivos.

Desde 2013, a Gronelândia tem cerca de 700 nascimentos e 800 abortos por ano, segundo estatísticas do governo. O país enfrenta problemas com violência – um terço dos adultos foram expostos a algum tipo de abuso na infância – e alcoolismo.

A Gronelândia é a maior ilha do mundo, mas tem uma população pequena: apenas 55.992 pessoas, de acordo com a Statistics Greenland. Embora seja autónoma, integra o Reino da Dinamarca.

Mais da metade das mulheres que engravidam estão a interromper as suas gestações na Gronelândia. Isso representa uma taxa de cerca de 30 abortos por mil mulheres. Em comparação, a Dinamarca tem uma taxa de 12 abortos para cada mil mulheres, segundo estatísticas oficiais.

Dificuldades económicas, condições precárias de moradia e educação pobre explicam as altas taxas, mas há outros fatores que devem ser analisados num país onde a contraceção é gratuita e de fácil acesso. Em muitos países, mesmo onde o aborto é legal e gratuito, há um estigma em torno da escolha. Na Gronelândia, algumas mulheres não demonstram preocupação com a questão, já que não encaram uma gravidez indesejada como motivo para se envergonhar.

Piia diz que a maioria das amigas dela já abortaram e que a mãe dela o fez três vezes antes de engravidar dela e do irmão. “Mas a minha mãe não gosta de falar sobre isso.”

“Estudantes em Nuuk (capital da Gronelândia) podem ir à clínica de saúde sexual às quartas-feiras, que chamam de dia do aborto“, diz Turi Hermannsdottir, investigadora que estuda o assunto na Universidade de Roskilde, na Dinamarca. “Na Groenlândia, o debate sobre o aborto não parece estar sujeito a tabus ou condenação moral, nem o sexo antes do casamento ou gravidez não planeada.”

Embora a contraceção seja gratuita, isso não significa que as pessoas necessariamente recorram a ela. “A contraceção é gratuita e fácil de obter, mas muitos dos meus amigos não usam”, disse Piia.

“Cerca de 50% das mulheres sabiam sobre contraceção, mas mais de 85% delas não usavam ou usavam de forma incorreta”, disse Stine Brenoe, enfermeira de ginecologia que trabalha na Gronelândia e pesquisa o aborto há muitos anos. O consumo de álcool também está relacionado à gravidez indesejada. “Tanto homens como mulheres podem esquecer-se de usar contracetivos se estiverem alcoolizados”, disse.

Piia afirmou que não conhecia, até pouco tempo, a pílula do dia seguinte, um mecanismo de contraceção em situações de emergência. “Não acho que todos saibam que é uma opção”, disse. “A minha mãe nunca falou comigo sobre a minha saúde sexual. Eu descobri algumas coisas na escola, mas principalmente através dos meus amigos.”

Famílias na Gronelândia adiam ou evitam falar sobre saúde sexual, já que isso é considerado estranho e difícil, segundo um estudo do International Journal of Circumpolar Health.

Hermannsdottir aponta três razões pelas quais as pessoas não estão a usar contracetivos na Gronelândia. “Mulheres que querem filhos; mulheres com vidas turbulentas e afetadas pela violência e álcool que se podem esquecer de tomar a pílula anticoncecional; e, por último, casos em que o parceiro se recusa a usar um preservativo.”

Se a gravidez for resultado de uma violação, essa pode ser a razão que leva algumas mulheres a decidirem abortar. Outro motivo também pode ser evitar criar uma criança num lar problemático. “O aborto pode ser melhor do que crianças negligenciadas e indesejadas”, disse Lars Mosgaard, médico numa pequena cidade no sul da Gronelândia.

A violência é um problema recorrente na Gronelândia. Um em cada 10 jovens estudantes relatou ter visto a mãe ter sofrido alguma violência, de acordo com o Centro Nórdico de Assistência Social e Assuntos Sociais. Além de testemunhar a violência, muitas vezes as crianças também são vítimas.

“Um terço dos adultos da Gronelândia foi exposto a alguma forma de abuso quando criança”, disse à Corporação Dinamarquesa de Radiodifusão Ditte Solbeck, que administra o plano do governo para combater abusos sexuais.

Além das altas taxas de aborto, a Gronelândia também tem uma grande taxa de suicídio: 83 mortes por cem mil pessoas a cada ano, de acordo com dados do International Journal of Circumpolar Health. Os jovens representam mais da metade dos suicídios.

“Na maioria dos casos, aqueles que cresceram num ambiente de abuso e violência são mais propensos ao suicídio”, disse Lars Pedersen, um psicólogo.

Em 1953, a Gronelândia tornou-se parte do Reino da Dinamarca. O dinamarquês foi promovido como a língua oficial e a sociedade e a economia mudaram de forma drástica. Inuits, os habitantes nativos da Gronelândia, que são 88% da população, tiveram de encontrar maneiras de se adaptar a uma nova sociedade, mantendo a sua herança cultural.

“A Gronelândia mudou de uma sociedade inuit tradicional para a vida moderna. O consumo de álcool aumentou, o que estimulou violência e abusos sexuais”, disse Pedersen. “A maioria das pessoas conhece alguém que cometeu suicídio.”

Para diminuir a quantidade de abortos, alguns sugerem que a Gronelândia deveria começar a cobrar para realizar abortos. Outros, ao contrário, explicam que a quantidade de abortos não tem a ver com a gratuitidade do procedimento. Na Dinamarca – onde também é acessível abortar – os números de aborto são muito mais baixos (12 por 1.000 mulheres) quando comparados à Gronelândia (30 abortos por 1.000. mulheres).

A doutora e professora norueguesa Johanne Sundby, que trabalhou na Gronelândia com mulheres e crianças, defende que os pacientes não deveriam pagar pelo procedimento: “Sou totalmente contra. Isso abriria um mercado clandestino, com abortos baratos e perigosos”.

Os jovens da Gronelândia começam a ter relações sexuais, em geral, aos 14 ou 15 anos. Estatísticas do país apontam que 63% da população com 15 anos faz sexo regularmente. Nesse contexto, o governo lançou o “Doll Project” (Projeto das Bonecas) para, em colaboração com as escolas, oferecer aos estudantes uma perceção sobre as consequências de ter um filho durante a adolescência.

O objetivo do projeto é reduzir a ocorrência de gravidez indesejada na adolescência e diminuir a incidência de doenças sexualmente transmissíveis, ao aumentar o uso de métodos contracetivos.

Meninos e meninas recebem uma boneca de aparência muito realista que deve ser tratada como um bebé. É uma forma de expor alunos de 13 a 18 anos a algumas das responsabilidades de ter um bebé.

Independentemente da idade da mulher, Stine Broene discorda da ideia de que o aborto seja considerado uma decisão fácil na Gronelândia. “A maioria das mulheres acha que o aborto é uma decisão difícil e vão levar tempo para pensar sobre isso. Se têm certeza sobre a decisão, provavelmente não vão mostrar trauma”, diz.

Broene diz que não conhece mulher alguma que não se importe com o aborto. “O que acontece é que algumas se fecham para se proteger e alguns profissionais de saúde pode perceber isso como indiferença.” Lars Pedersen aponta a língua como uma barreira para a comunicação entre os pacientes e os profissionais de saúde.

Embora o dinamarquês seja uma das línguas oficiais, as pessoas que moram fora da capital tendem a falar essa língua de forma menos fluente. “Muitos dos meus pacientes não falavam fluentemente dinamarquês e, ao mesmo tempo, muitos funcionários do hospital não falam fluentemente a língua gronelandesa”, diz Pedersen.

“Precisamos de repensar o nosso foco, que deve estar no combate à violência, abuso e alcoolismo, que são a razão de todas as gravidezes indesejadas.”

ZAP // BBC



Os carros voadores podem fazer parte do transporte público de Paris em 5 anos

A operadora de transportes públicos RATP, que administra os serviços de autocarros, elétricos e metros em Paris, anunciou a sua parceria com a companhia aérea europeia Airbus para “estudar a viabilidade” de incorporar veículos voadores à rede de transporte urbano da capital francesa.

“A Airbus está a desenvolver protótipos de tecnologia autónoma e não-tripulada”, disse o diretor executivo da RATP, Guillaume Faury, em comunicado. “Isso já não é ficção científica, é um facto, hoje temos todas as ferramentas técnicas, mas devem ser integradas na vida diária sem comprometer a nossa prioridade, que é a segurança”, acrescentou.

Por sua vez, Matthieu Dunant, chefe de inovação da RATP, disse em entrevista à France Inter Radio que está a estudar uma forma de usar as infraestruturas de superfície existentes para “abrigar esses veículos voadores”. “Acreditamos que a solução completa estará pronta em cinco anos“, garantiu.

O protótipo atual, segundo o executivo da empresa, parece “uma mistura entre um helicóptero e um avião pequeno, mas acima de tudo devemos ter em mente que é completamente elétrico, totalmente limpo do ponto de vista energético”.

“Além do transporte de massa, que continua a ser nosso principal negócio, é importante que o Grupo RATP promova o seu know-how humano e técnico para desenvolver novas formas de mobilidade e novos serviços para apoiar as cidades inteligentes de amanhã. Estamos muito satisfeitos em trabalhar nisso com a Airbus, líder mundial na indústria aeroespacial, que fornecerá a sua especialidade exclusiva no setor de aviação“, escreveu a CEO do grupo, Catherine Guillouard, no comunicado.

Houve várias tentativas em todo o mundo de desenvolver carros voadores, como o Transition, fabricado pela firma americana Terrafugia, e o AeroMobil, fabricado na Eslováquia. Ambos os projetos demoraram anos para se desenvolver e ainda estão para ser vendidos.

ZAP //



Uma das ilhas mais remotas do mundo está a afogar-se num mar de plástico

Localizada a mais de dois mil quilómetros da costa noroeste da Austrália, a ilha dos Cocos pode não ter muita população, mas lidera em termos de acumulação de plástico.

De acordo com um estudo publicado na revista Scientific Reports, as praias remotas encontradas nas ilhas do Oceano Índico estão repletas com cerca de 414 milhões de resíduos de plástico com cerca de 238 toneladas – incluindo quase um milhão de sapatos e 373 mil escovas de dentes.

“Ilhas como estas são como canários numa mina de carvão e é cada vez mais urgente que ajamos em relação aos alertas que nos estão a dar”, disse a autora do estudo, Jennifer Lavers, em comunicado. “A poluição plástica é agora omnipresente nos nossos oceanos e as ilhas remotas são o lugar ideal para obter uma visão objetiva do volume de detritos plásticos que circulam pelo globo”.

De acordo com o IFL Science, Jennifer Lavers esteve nas manchetes dos jornais quando revelou que a Ilha Henderson, uma das mais remotas ilhas do Oceano Pacífico, estava envolvida em lixo plástico. Praticamente intocada pelos humanos, o atol do Património Mundial da UNESCO tem a maior densidade de plástico do que qualquer lugar da Terra.

“A nossa estimativa de 414 milhões de peças com um peso de 238 toneladas na Ilha dos Cocos é conservadora, já que apenas amostramos uma profundidade de dez centímetros e não pudemos aceder algumas praias conhecidas como locais de destroços“, disse Lavers, acrescentando que ilhas remotas sem grandes populações humanas para depositar lixo destacam a extensão da circulação de plástico nos oceanos do planeta.

Aproximadamente um quarto de todos os plásticos estudados ​​eram itens de uso único. Já 93% dos detritos estavam enterrados até dez centímetros abaixo da superfície do solo.

ZAP //



Zona da Torre Eiffel vai ser quase toda pedonal a partir de 2024

Hostelworld.com

Torre Eiffel, Paris (França)

A zona da Torre Eiffel será devolvida aos peões e transformada numa zona verde até 2024, anunciou a autarca de Paris durante a apresentação do projeto de reabilitação, projetado por uma arquiteta paisagista norte-americana.

“Temos realmente o grande objetivo de transformar a área numa zona pedonal”, disse hoje a autarca de Paris, Anne Hidalgo. “Vamos ter um jardim extraordinário para ouvir os pássaros a cantar novamente”, acrescentou.

Estas alterações, para as quais foi lançado um concurso internacional em 2018, deverão estar prontas antes dos Jogos Olímpicos de 2024, organizados em Paris.

O projeto da arquiteta paisagista americana Kathryn Gustafson, intitulado “One”, foi o selecionado. Assim, após o final das obras, os automóveis não poderão continuar a entrar pela ponte Iéna, que se tornará pedonal com um acesso para transportes públicos e veículos não poluentes.

O número de vias para os carros na Quai Branly passará de quatro para duas, numa área limitada a 20 quilómetros por hora, onde os peões terão prioridade.

No final dos Jogos Olímpicos, um segundo espaço será aberto no Campo de Marte. “É coerente que se torne um espaço para caminhar, andar, respirar”, disse Anne Hidalgo.

No total, 54 hectares vão sofrer transformações e a obra deverá custar 72 milhões de euros com todos os impostos incluídos.

A cada ano, sete milhões de pessoas visitam a Torre Eiffel e mais de 20 milhões visitam Paris para vê-la, embora não entrem no monumento. O monumento parisiense celebrou o seu 130.º aniversário este ano.

A arquiteta paisagista Kathryn Gustafson está na origem, entre outros, do projeto da Fonte Memorial Diana, Princesa de Gales, em Londres.

// Lusa



O café mais caro do mundo vende-se na California. Custa 66 euros

Um café na California, nos EUA, prepara o que apresenta como o café mais caro do mundo. Chama-se Elida Natural Geisha 803 e custa 75 dólares (66 euros) por chávena.

A rede Klatch Coffee Roasters, que possui filiais no sul do estado e em San Francisco, conseguiu adquirir 4,5 quilos deste café panamense dos 45 quilos que estavam à venda no concurso de café Best of Panama e tornou-se o único local na América do Norte que o oferece.

O Elida Geisha Coffee é produzido nas plantações da The Lamastus Family, uma empresa familiar no Panamá que colhe esses grãos desde 1918.

A maior parte dessa variedade, que bateu recorde mundial quando foram vendidas 450 gramas por 803 dólares (718 euros), foi para o Japão, China e Taiwan. O preço por grama paga pelos grãos orgânicos no leilão, onde a oferta limitada provocou uma guerra de lances, foi refletida no seu nome e esse é o significado do número 803, disse à AP Bo Thiara, co-proprietário do café Klatch em San Francisco.

Thiara explicou que os 4,5 quilos de Elida Natural Geisha 803 equivalem a 80 chávenas. O objetivo da venda deste café exclusivo, segundo os proprietários da Klatch Coffee Roasters, é informar os seus clientes sobre este produto de qualidade.

Alguns amantes de café puderam provar amostras grátis na quarta-feira na filial de San Francisco, onde havia cartazes a anunciar “o café mais caro do mundo”.

Uma das sortudas foi Lauren Svensson, uma moradora da cidade, que considerou o café “muito diferente” de qualquer outro que já tinha experimentado, mas “incrivelmente bom”. “Fiquei surpreendida que pudesse haver uma chávena de café que custasse 75 dólares”, disse.

O seu amigo Charlie Sinhaseni também ficou satisfeito com a amostra grátis que provou. “Quando vi pela primeira vez pensei que seria hiperpretensioso, e pensaria em todas as diferentes classificações de sabor para o café, mas estava muito ocupada a aproveitar a bebida”, referiu.

ZAP //



Parque em Berlim cria zonas para compra e venda de droga

O Görlitzer Park, no distrito de Kreuzberg, na capital alemã, tornou-se, ao longo dos anos, num ponto de encontro para a compra e venda de droga. Este problema tem afastado o resto dos visitantes, que passaram a sentir-se pouco confortáveis e inseguros.

Os esforços da polícia para combater o negócio da droga, incluindo a adoção de uma política de “tolerância zero”, não têm conseguido grandes resultados, por isso, Cengiz Demirci, diretor do parque, decidiu pintar a cor-de-rosa zonas específicas onde os vendedores de droga são autorizados a atuar.

Com esta medida, Demirci pretende conquistar novamente os visitantes e evitar que estes se sintam intimidados pelos grupos de dealers que anteriormente obstruíam a entrada.

Em declarações à rádio alemã RBB, citado pelo jornal britânico The Guardian, Demirci explicou que “este método tem um raciocínio puramente prático subjacente”, fazendo questão de sublinhar que não estão a “legalizar a venda de droga”.

Para o diretor do parque, atribuir aos vendedores um espaço próprio é a estratégia mais eficaz, uma vez que a maioria deles é candidata a asilo e ainda não tem autorização para trabalhar no país. Segundo Demirci, é por essa razão que, se esta medida fosse adotada pelas autoridades, “90% deles iriam parar imediatamente”.

A polícia critica, no entanto, esta abordagem. “O que é preciso é assegurar que o parque está livre das drogas e do crime, uma presença constante de polícia e uma resolução judicial”, defende Benjamin Jendro, do sindicato da polícia de Berlim, ao jornal alemão Bild.

Esta notícia desencadeou também uma onda de críticas por parte de diversos políticos. “Se isto é verdade, então marca a capitulação do nosso Estado de direito. Não devíamos estar a emitir aos negociantes uma licença para negociar”, afirmou Marlene Mortler, do partido conservador, União Social Cristã.

ZAP //



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