Depois de um longo período em confinamento quem é que não gostaria de ir visitar umas das maravilhas do mundo? Nem todos têm essa sorte, mas depois de ter viajado para o Peru para concretizar o sonho de visitar as ruínas incas, Jesse Takayama foi o primeiro – e único – turista a voltar a contemplar Machu Picchu.
Jesse Takayama conseguiu visitar Machu Picchu depois de ter feito um pedido muito especial. É que o turista japonês viajou até ao Peru com um propósito: realizar o sonho de visitar a “velha montanha”.
Depois de estar encerrado há quase sete meses, o sítio arqueológico voltou a abrir portas para receber Takayama que tinha viajado até ao Peru, mas foi apanhado pela pandemia do novo coronavírus.
Takayama é professor de boxe em Osaka, e chegou a Aguas Calientes a 14 de março, vindo de Cusco. O viajante tinha bilhete para visitar Machu Picchu a 16 de março, mas o estado de emergência no Peru tornou impossível a entrada no local.
O japonês, que planeava ficar apenas alguns dias antes de continuar viagem por outras paragens sul-americanas, acabou por permanecer cerca de sete meses em Aguas Calientes na expectativa de poder ver as ruínas, conta a agência de viagens Andrean Roots, com sede em Cusco, na sua página do Facebook.
Retido na localidade de Aguas Calientes, o japonês de 26 anos pediu para visitar o local antes de regressar ao seu país. Este pedido (muito especial) foi aprovado pelo Ministério da Cultura peruano e a visita concretizou-se no domingo. De acordo com o The Guardian, o turista visitou o Machu Picchu acompanhado pelo responsável do complexo.
Neste sentido, Alejandro Neyra, ministro da Cultura, adiantou que as ruínas irão reabrir em novembro para turistas os nacionais e estrangeiros, mas não referiu uma data concreta.
No local, serão permitidos 30% dos visitantes habituais, sendo que a lotação máxima do local é de 675 pessoas por dia. “Ainda estamos no meio de uma pandemia. A reabertura será feita com todos os cuidados necessários”, garantiu o ministro.
O Peru conta com 851.171 casos confirmados de Covid-19 e 33.357 mortes relacionadas com a doença, segundo a Johns Hopkins University. É o país com a maior taxa de mortalidade per capita e uma das nações sul-americanas mais afetadas pela pandemia.