O maior avião do mundo pode ficar em terra depois de apenas um voo

(h) Stratolaunch / EPA

Em abril passado, o Stratolaunch levantou voo e foi classificado como o maior avião do mundo em envergadura. Desta forma, a missão estava projetada para lançar foguetes em órbita do ar.

Contudo, a empresa aeroespacial fundada por Paul Allen está a fechar as operações, de acordo com um relatório da Reuters que cita fontes anónimas. A empresa cessará atividade deixando por terra o objetivo de desafiar as empresas aeroespaciais tradicionais numa nova “corrida espacial”.

Segundo a Reuters, a Stratolaunch Systems Corporation, empresa espacial fundada pelo bilionário Paul Allen, está a encerrar operações. Desta forma, caem por terra os planos ambiciosos para desafiar as empresas aeroespaciais tradicionais.

A empresa desenvolvia assim um portefólio de veículos de lançamento, incluindo o maior avião do mundo em envergadura de asas. Dessa forma, conjugava-se a ambição para lançar satélites e, eventualmente, humanos no Espaço.

Com a morte do seu fundador Paul Allen, no passado mês de outubro aos 65 anos, a empresa poderia perder uma vital fonte de investimento. Allen fundou a Stratolaunch em Seattle em 2011.

Após este acontecimento, a empresa de Paul, a Vulcan inc, tem explorado uma possível venda dos ativos e propriedade inteletual da Stratolaunch, segundo as informações veiculadas. Um porta-voz da Northrop Grumman Corp, dona da Scaled Composites, principal fornecedora do avião da Stratolaunch, recusou-se a discutir as operações da empresa. A Stratolaunch pretendia lançar o pequeno Pegasus da Northrop a partir do avião da Stratolaunch em 2020.

A Stratolaunch de Allen foi comparada à Virgin Galactic, do bilionário Richard Branson. É uma empresa que está a desenvolver um sistema semelhante de lançamento em alta altitude, o Blue Origin. Pertence então a Jeff Bezos e à SpaceX, de Elon Musk.

Todos anseiam lucrar com a crescente procura por serviços de lançamento de satélites e, eventualmente, viagens espaciais. Este é um mercado há muito tempo dominado por várias empresas. Entre elas, a United Launch Alliance – uma parceria entre a Boeing e a Lockheed Martin.

A peça central da estratégia da empresa era o seu avião de transporte fabricado em fibra de carbono. A sua envergadura de 117 metros e os seis motores que o equipavam obtiveram o respeito mundial, assim como a curiosidade. O avião voou pela primeira vez em abril.

Em janeiro, três meses após a morte de Allen, a Stratolaunch disse que estava a desmantelar a parte de construção de foguetes da empresa. No entanto, continuaria a concentrar-se no seu avião. No dia 1 de abril, a Stratolaunch tinha apenas 21 funcionários, em comparação com 77 em dezembro, disse uma das fontes à agência noticiosa.

A maioria dos funcionários restantes estava concentrada no completar do voo de teste do avião da companhia aérea. Depois de algum alento acrescentado à conquista espacial, a empresa parece claudicar numa altura onde só os mais fortes financeiramente sobrevivem.

ZAP //



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