Nova Iorque reabre castelo no Central Park

Há um jovem castelo, com 147 anos, que se localiza na segunda colina mais alta do Central Park, com vista para o parque e arranha-céus da cidade de Nova Iorque, nos EUA.

Apesar da ideia dos castelos nos remeter para a realeza e membros da aristocracia, este castelo de Belvedere, nunca teve o propósito de ser habitado. Quando abriu ao público, em 1872, o objetivo era que servisse como um miradouro para o parque, pelo que o castelo não tinha portas nem janelas. Começou a ser projetado 14 anos antes da data de abertura, por Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux.

Reabriu no final de junho depois de uma obra profunda de renovação e reconstrução, que se prolongou por 15 meses e foi orçamentada em 12 milhões de dólares. Desde a sua abertura no século XIX, o Belvedere já foi estação meteorológica e já passou mais de uma década votado ao abandono e vandalismo.

Apesar de ter sido requalificado nos anos de 1980 e 1990, as obras não foram suficientes para travar a humidade que começava a apoderar-se da estrutura, daí a necessidade da atual intervenção.

O castelo de Belvedere esteve aberto como miradouro até 1919, altura em que uma equipa meteorológica se mudou com os seus equipamentos para o edifício. Foram colocadas portas e janelas no castelo, que deixou de estar acessível ao público.

O telhado em forma de cone, na única torre do castelo, também foi retirado para dar lugar aos equipamentos, de acordo com o site do Central Park Conservancy (CPC), a entidade privada e sem fins lucrativos responsável pela gestão do parque.

Esta equipa manteve-se no edifício até 1967. Os sistemas automáticos passaram a substituir os meteorologistas, que já não precisavam de estar no local para a leitura dos dados. Desta forma, o castelo foi fechado por não existirem recursos suficientes para a manutenção, segundo o The New York Times.

O castelo começou a entrar em rápido declínio. Por não existirem pessoas no local, o edifício foi também alvo de vandalismo. A falta de um plano de manutenção para os cerca de 341 hectares do Central Park também contribuiu para a decadência do local: partiram-se bancos e candeeiros e a infra-estrutura começou a ruir.

O edifício volta a abrir ao público em 1983, depois da sua primeira reconstrução – o telhado em forma de cone na torre do castelo foi refeito; foram recriados os pavilhões dos projectos iniciais de Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux e as janelas passaram a incluir persianas de madeira. Mais tarde, em 1995, as janelas ganhariam ornamentos de ferro.

Mas as obras não foram suficientes para resolver alguns dos problemas estruturais, principalmente de humidade e infiltrações. Assim, na intervenção agora terminada, foi instalado um sistema de aquecimento e arrefecimento geotermal, para além de se acrescentar nova iluminação.

As obras foram financiadas pela Thompson Family Foundation, que fez um donativo de 25 milhões de dólares (22,567 milhões de euros). Esta doação faz parte de um projeto ainda mais ambicioso do Central Park: angariar 300 milhões de dólares num prazo de dez anos, que serão aplicados na renovação de estruturas do parque. Até ao momento, já foram angariados 112 milhões de dólares (cerca de 101 milhões de euros).

ZAP //



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