Domingo, Junho 8, 2025
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Spätis, a relíquia da antiga Alemanha de Leste que é mais do que uma loja de conveniência

loopkid / Flickr

Spätis ou Spätkauf, as lojas de conveniência de Berlim

Os Spätis são mais do que simples lojas de conveniência. São uma relíquia da Alemanha de Leste, que perdura até hoje.

Spätkauf, ou Späti, é um tipo de loja de conveniência encontrada na Alemanha, particularmente em Berlim, conhecida por funcionar à noite. Durante a pandemia, estes estabelecimentos foram considerados essenciais e autorizados a permanecer abertos, uma lufada de “normalidade” durante o confinamento.

“O meu estabelecimento, o techno-späti, era o único local onde se podia beber uma cerveja e sentir um pouco de normalidade durante o confinamento”, contou o proprietário Charly Machin, à BBC.

Paul Nolte, historiador da Freie Universität Berlin, considera que o horário tardio destes estabelecimentos também conferem aos spätis uma “ênfase particularmente alemã“. “O horário de abertura das lojas tem sido historicamente muito restrito na Alemanha, o que nos leva ao próprio nome, späti, que é o horário de abertura tardio.”

Durante a sua juventude, “todas as mercearias e lojas eram obrigadas a fechar até às 18h30 e aos sábados até às 13 ou 14h”. Embora já não seja esse o caso – as mercearias estão agora abertas pelo menos até às 21h –, isto faz “parte das origens do späti e ainda desempenha um papel, porque o Rewe [supermercado] do lado pode estar fechado quando se precisa de algo às 22h30, e o späti pode vir a ser útil.”

As origens dos Spätis remontam a 1950, quando as “Spätverkaufsstellen” (literalmente “lojas tardias”) abriram para servir trabalhadores noturnos no antigo estado comunista da Alemanha de Leste.

Mais de 100 lojas deste tipo pontilharam Berlim antes da queda do Muro. No Ocidente, aqueles que procuravam uma cerveja ou um cigarro à noite tinham de conduzir até uma bomba de gasolina.

Só quando a cidade se reunificou é que os spätis dos tempos modernos começaram a aparecer em todo o lado. Atualmente, embora o conceito de uma loja tardia exista noutras regiões da Alemanha, é esta história que os torna únicos em Berlim.

Além disso, para os berlinenses, os spätis têm uma função social: são um local de conversa com amigos, onde se bebem cervejas, refrigerantes ou cafés.

Por serem mais baratos que os bares, são também um local igualitário onde é possível encontrar toda a gente.

ZAP //



Como ser nómada digital com salário no bolso

O seu sonho é viajar e trabalhar ao mesmo tempo? Veja as nossas dicas e prepare-se para ser nómada digital com um emprego para se sustentar.

Ser nómada digital já não é exclusivo de jovens sonhadores ou executivos que mudam de carreira para evitar um burnout. Depois de uma longa temporada em que as pessoas tiveram que passar mais tempo em casa, o teletrabalho tornou-se parte da realidade de muita gente.

Agora, quem pretende viajar e trabalhar ao mesmo tempo tem mais possibilidades de o fazer — com a estabilidade de um emprego para garantir o seu sustento na estrada.

É claro que ser empreendedor ou ser freelancer ainda podem ser opções viáveis, mas hoje em dia é mais fácil encontrar oportunidades de trabalho remoto. É até possível agarrar uma vaga depois de enviar um currículo online e fazer uma entrevista por videochamada pelo caminho!

Mas antes de fazer as malas, dê uma vista de olhos nestas dicas.

1. Considere os prós e contras de viver on the road

Nada como ter a flexibilidade de morar onde quiser e trabalhar em qualquer lugar do mundo onde houver uma boa ligação à internet, certo? Mas não basta deixar o ambiente de escritório para trás e imaginar que só há vantagens em ser nómada digital.

Por entre boas experiências de viagem, podemos ter que lidar com sintomas de jet-lag e adaptação a diferentes fusos horários, além de outros problemas típicos de quem vive pela estrada, tais como a falta de sensação de pertença, a solidão ou, simplesmente, saudade.

2. Estabilize a sua vida profissional

Contar com um salário realmente faz diferença na vida de nómada digital. Ter uma profissão que renda estabilidade financeira torna as coisas mais simples para quem decide viajar enquanto trabalha.

Então, verifique se a sua empresa o pretende manter você em teletrabalho — ou comece já a candidatar-se a vagas de emprego remoto antes de partir para a estrada.

E se a ideia é fazer uma mudança de carreira, estas são algumas das principais áreas onde é possível ganhar dinheiro online com contrato fixo:

  • Marketing
  • Suporte ao Cliente
  • Tradução
  • Programação/TI
  • Ensino à distância

3. Ser nómada digital também envolve rotina

Como podemos não ficar entusiasmados com a possibilidade de conhecer novos lugares e ter experiências diferentes todos os dias? Só não podemos é esquecer-nos de que também estamos na estrada para trabalhar!

A dica para não deixar que esse entusiasmo afete a sua produtividade é criar uma rotina que lhe dê prazer:

  • Se não tem um horário fixo de “expediente”, procure estabelecer um período para resolver as tarefas do seu emprego com calma.
  • Para combinar a imersão cultural com trabalho, pode levar o portátil para ambientes como cafés, bibliotecas, hotéis etc. — desde que o local tenha wi-fi estável e seja possível concentrar-se no que precisa.
  • Trabalhar num espaço de coworking também é uma opção interessante, inclusivamente para conhecer outros nómadas digitais e ter com quem sair para explorar a cidade depois do dia de trabalho.

4. Aprenda a fazer mais com o seu dinheiro

Para viver bem como nómada digital, é importante equilibrar as despesas que mais pesam no bolso: viagens longas, alojamento, alimentação e taxas. Para isso, aproveite estas dicas:

  • Passe mais tempo em lugares com menor custo de vida. Pode montar uma “base” e fazer viagens para locais próximos aos finais de semana, sem gastar tanto tempo e dinheiro nas deslocações.
  • Prefira alugar em vez de ficar em hotéis. Isso diminui bastante os custos de alojamento e alimentação, além de ser interessante para conhecer mais a fundo o estilo de vida local.
  • Diversifique os seus meios de pagamento. Além de cartões bancários internacionais, pode optar por carteiras digitais ou programar levantamentos e movimentos bancários de forma inteligente para reduzir os gastos com impostos e taxas.

5. Aprimore (e atualize) as suas capacidades

É provável que tenha desenvolvido novas competências ao começar a trabalhar de casa ou, talvez, já domine as tecnologias que as empresas exigem para a contratação de funcionários que atuam fora do escritório. Contudo, ser nómada digital também depende de habilidades como:

  • Fluência em inglês, espanhol ou outra língua estrangeira
  • Adaptabilidade
  • Comunicação interpessoal
  • Ética profissional
  • Resolução de problemas

A boa notícia é que viajar e trabalhar remotamente ajuda você a desenvolver ainda mais essas habilidades e fazer delas os seus pontos fortes na vida profissional!

aeiou //



Máquina das bolas japonesa. As pequenas esferas de plástico guardam os detalhes de uma viagem surpresa

As máquinas de venda automática de brindes, conhecidas como gachapon no Japão, têm inovado nos últimos anos. Agora, são os detalhes de uma viagem que estão guardados nas pequenas bolas de plástico.

O valor das bolas dos conhecidos e nostálgicos dispensadores de brindes não se mede pelo objeto que guardam no interior: a excitação de rodar o mostrador, desconhecendo o que nos espera numa minúscula bola de plástico, é uma experiência que vale por si só.

A Peach Aviation, uma companhia aérea japonesa, instalou a sua própria máquina das bolas no distrito de Shibuya, em Tóquio. No interior das esferas, há milhas aéreas para os contemplados desfrutarem de viagens de ida e volta para destinos domésticos a partir do Aeroporto de Narita, na capital japonesa.

Sem surpresa, o processo é totalmente aleatório, e só depois de abrirem a bola é que os clientes descobrem para onde vão. Segundo a Vice, os locais incluem cidades em Okinawa e no norte de Hokkaido.

Cada bola custa 5.000 ienes japoneses (cerca de 37 euros), sendo que o valor das viagens rondam os 6.000 ienes japoneses (45 euros). Através do código impresso numa folha de papel dentro da cápsula, as pessoas trocam as milhas aéreas por bilhetes de avião e reservam online a sua viagem.

Mas as surpresas não ficam por aqui: a bola contem ainda um crachá em miniatura e uma “missão“, para completarem quando chegarem ao destino.

Mao Otani, um estudante universitário de 19 anos que recebeu uma viagem para Hokkaido, tinha como missão preparar o seu próprio katte don, um popular prato de arroz de marisco comprado no Mercado Washo de Kushiro.

Outras missões incluem “comer até cair”, mascarar-se de palhaço de Osaka ou identificar um objeto estranho enquanto caminha ao longo da costa em Ishigaki.

Apesar de ser muito mais fácil comprar um bilhete de avião através do site da companhia aérea, é muito mais divertido usar um dispensador de brindes e esperar até abrir a bola de plástico para saber qual será o destino.

Liliana Malainho, ZAP //



Os berlinenses querem menos carros na sua cidade — e estão dispostos a lutar por isso

Iniciativa de um grupo de cidadãos visa proibir a circulação de carros numa área considerável da capital alemã, de forma a promover e a privilegiar o uso de meios mais ecológicos.

Um grupo de cidadãos habitantes da cidade de Berlim está a lutar para criar a maior zona do mundo em que o grupo de carro particular é proibido. Juntos criaram a Berlin Autofrei, uma campanha responsável pela submissão de uma petição com mais de 50 mil assinaturas e que visa banir os automóveis numa área de 88 quilómetros quadrados, a qual é circulada pela linha ferroviária S-Bahn.

As únicas exceções seriam as pessoas que dependem dos seus carros para a sua atividade económica ou com mobilidade reduzida, mas também os veículos de emergência. A todos os que não se incluem nestes grupos são lhes permitidas 12 viagens em carros alugados por ano — na eventualidade de terem que se deslocar de autocarro.

Perante este desejo dos habitantes berlinenses em implementar uma medida que proíbe a circulação de carros, uma pergunta impera: o que há de errado com os veículos elétricos?
“Seriam preciso que quase metade dos carros se tornassem elétricos para que conseguíssemos atingir as metas definidas pelo Governo federal no que respeita às emissões resultantes dos transportes”, explicou Nik Kaestner, integrante do movimento.

“Isso claramente não vai acontecer — atualmente apenas 1,3% dos veículos são elétricos. Pelo que a única solução é a redução da quantidade de veículos, não se trata da mudança do que conduzimos.”

Manuel Wiemann, porta-voz da iniciativa, notou ainda que os carros também poluem, por exemplo, através dos pneus, ocupando demasiado espaço comum e desnecessário na ameaça às vidas humanas, sejam eles elétricos ou diesel. Em 2014, um relatório financiado pelo parlamento de Berlim concluiu que 58% do trânsito existente na cidade provinha dos carros, apesar de apenas um terço das viagens feitas em Berlim serem feitas de carro — ao passo que as bicicletas contribuem com 3%, configurando 15% das viagens feitas.

No que concerne aos veículos estacionados, estes ocupam cerca de 17 quilómetros quadrados no centro da cidade, ou seja, os carros ocupam vinte vezes mais espaço do que as bicicletas numa das cidades europeias que mas promove esta forma deslocação. Paralelamente, três quartos das mortes registadas na estradas berlinenses são de pedestres ou ciclistas.

“Isto é tanto sobre o nosso ambiente imediato como é sobre o nosso ambiente de uma forma geral. É sobre como todos nós queremos viver, respirar e usufruir juntos. Nós queremos que as pessoas sejam capazes de dormir com as janelas abertas e que as crianças possam brincar nas ruas novamente. E os avós deveriam poder andar de bicicleta de forma segura e parar nos bancos para descansar”, explicou Nina Noblé, uma das criadoras da iniciativa.

Apesar de ao longo dos anos muitas das campanhas criadas para reduzir a utilização do carro — as quais não tiveram os resultados —, a Berlin Autofrei pode ser diferente. Os seus promotores estão a apostar numa forma de democracia direta que está prevista na maioria das Constituições: o referendo — à semelhança do que aconteceu simultaneamente às últimas eleições federais, quando os berlinenses aprovaram a expropriação de grandes proprietários para limitar os preços da habitação.

No primeiro passo de um processo de três fases, o grupo deve recolher, durante um período de tempo definido, assinaturas de 20 mil cidadãos a favor da medida. No seguinte, 170 mil assinaturas devem ser recolhidas. Caso o governo se recuse a implementar a medida, a questão é submetida a votação pública. Tendo em consideração que o movimento conseguiu, na primeira fase, 50,333 assinaturas, os seus integrantes estão confiantes.

“O ministro do Ambiente fez um estudo recentemente que concluiu que 91% das pessoas seriam mais felizes sem carro. No entanto, apenas um terço dos berlinenses têm um carro”, explicou Kaestner. Isto, naturalmente, não quer dizer que eles sejam automaticamente a favor. Se a medida for sujeita a votação, teremos que motivar as bases, como acontece em todas as outras eleições renhidas.

No passado, as outras iniciativas populares do género nunca foram votadas pelo público, já que o Governo da cidade as adotou após a segunda fase. Com a atual medida pode acontecer o mesmo, já que os Verdes a terem um papel significativo na próxima coligação que governará a cidade depois de ter aumentado a sua votação para 18,9% nas últimas eleições.

ZAP //



Quénia teve um “baby boom” de elefantes (e é possível adotá-los)

Não é surpreendente que um Governo estude a demografia da sua população, mas o Quénia foi mais além e decidiu avançar com o seu primeiro Censo Nacional da Vida Selvagem.

O Instituto de Investigação e Formação da Vida Selvagem do Quénia foi o responsável pelo Censo Nacional da Vida Selvagem, que servirá de base para futuras avaliações da população de animais selvagens do país.

Os resultados deste primeiro recenseamento são promissores: segundo o Travel and Leisure, houve um baby boom de elefantes, com mais de 200 elefantes nascidos ao longo de 2020.

Najib Balala, secretário do gabinete do Turismo e da Vida Selvagem, descreveu o aumento da população de elefantes como “presentes da covid-19“.

Para festejar o baby boom de elefantes e promover o empenho do país na conservação da vida selvagem, a Magical Kenya e o Kenya Wildlife Service estão a organizar uma cerimónia de adoção e batismo destes animais. O evento vai realizar-se este sábado, no Parque Nacional de Amboseli.

“O objetivo do festival é assegurar um futuro para os elefantes e os seus habitats em coexistência pacífica com os humanos”, lê-se num comunicado da organização.

Os doadores não podem levar os elefantes para casa por razões óbvias, mas vão receber atualizações regulares sobre o dia-a-dia do animal no parque nacional.

ZAP //



Fã de filmes de terror? A casa original de “Gritos” vai estar no Airbnb

(dr) Airbnb

A casa original da série de filmes “Gritos”

A propósito do Halloween e do novo “Gritos”, que estreia já no próximo ano, a casa original deste filme de terror norte-americano vai poder ser alugada no Airbnb.

Se gosta de filmes de terror, fique a saber que, em outubro, mês do Halloween, a casa onde grande parte do primeiro filme “Gritos” foi filmado vai poder ser alugada através do Airbnb.

A empresa decidiu renovar a casa, que fica no norte da Califórnia, nos Estados Unidos, estando neste momento quase igual ao que se vê no filme original de 1996. Os interessados nesta experiência vão ter três oportunidades, uma vez que a casa vai poder ser alugada nos dias 27, 29 e 31 de outubro. Tem uma capacidade para quatro pessoas e vai custar apenas cinco euros por noite.

Os visitantes serão recebidos (virtualmente) pelo xerife Dewey Riley, interpretado pelo ator do elenco original David Arquette, que vai partilhar as “suas dicas de sobrevivência”, lê-se no comunicado do Airbnb.

“Proteger a cidade de Woodsboro é o dever da minha vida e consegui desenvolver um talento especial para escapar a Ghostface. Como anfitrião, vou ficar de olho nos convidados para garantir que ninguém seja surpreendido por uma reviravolta inesperada na história.”

Os hóspedes vão poder ainda fazer uma maratona dos quatro filmes (em VHS, claro), ligar para o famoso Ghostface para “fazer perguntas ou pedidos” e ter a oportunidade de levar para casa memorabilia exclusiva da série.

Quando foi lançado, há 25 anos, “Gritos” foi um sucesso de bilheteiras e tornou-se um autêntico fenómeno da cultura pop. O mais recente da série vai estrear no próximo ano, em janeiro de 2022.

ZAP //



Ferrovia circular de 825 quilómetros vai unir o maior deserto da China

Este é mais um dos projetos de grande impacto económico em que a China está a investir. Espera-se que a linha favoreça sobretudo os habitantes locais, mas que também seja uma atração turística.

O Governo da China anunciou que concluiu a implantação de um importante projeto ferroviário nacional que vai da cidade de Hotan até Ruoqiang. O troço estende-se por 825 quilómetros, revelou um comunicado de imprensa.

A ferrovia Hotan-Ruoqiang é a parte final da linha do deserto de Taklimakan, que representa a primeira linha ferroviária circular do mundo a ser implantada num deserto. A sua construção começou em 2018 e espera-se que o projeto esteja totalmente operacional em junho do próximo ano.

O deserto de Taklimakan é o maior da China e a linha do circuito ferroviário inclui ainda a ferrovia de Golmud-Korla, Kashgar-Hotan e outras do sul de Xinjiang.

De acordo com Yang Baorong, líder do projeto da ferrovia Hotan-Ruoqiang, “esta linha atravessa a extremidade sul do Deserto Taklimakan. As tempestades de areia representam uma séria ameaça à construção e operação da ferrovia, pois os trilhos podem ser enterrados”.

Devido a este problema, foram instalados programas anti-desertificação ao mesmo tempo que a linha estava a ser construída. O projeto de construção conta assim com  aproximadamente 50 milhões de metros quadrados de grades ao longo dos trilhos.

Neste sentido, também foram construídos viadutos para permitir a passagem segura em locais conhecidos por serem suscetíveis a fortes tempestades de areia.

A nova linha foi planeada com o objetivo de reduzir o tempo de viagem entre as cidades. “Costumava-se demorar mais de dez horas de carro do condado de Qiemo à cidade de Hotan. Quando a ferrovia estiver no ativo, será mais rápido e confortável viajar”, ​​disse Dursun Mememin, habitante na região de Qiemo.

Além de melhorar as condições de transporte dos residentes ao longo da rota, a linha também deverá ajudar a acelerar o crescimento económico, tal como o desenvolvimento dos recursos minerais ao longo da rota. Também irá servir como estímulo ao turismo.

“Esta ferrovia trará riqueza, oportunidades e, mais importante, esperança, ao longo da rota”, disse Wang Jinzhong, presidente da Xinjiang Hotan-Ruoqiang Railway Co Ltd.

No início deste mês, um relatório da Railway Technology informou que a China pretende investir aproximadamente 154,88 mil milhões de dólares na expansão da rede ferroviária no Delta do Rio Yangtze (YRD) entre 2021 e 2025.

O investimento vai expandir as linhas ferroviárias na região em cerca de 22.000 quilómetros.

Ana Isabel Moura, ZAP //



O Hawaii quer remover a sua “escadaria para o paraíso” – e a culpa é dos turistas

Marvin Chandra / Flickr

Escadaria Haiku para o céu, Hawaii

Em causa estão preocupações com a segura

nça e vandalismo, que têm aumentado com a explosão de popularidade da escadaria Ha‘ikū nas redes sociais.

É caso para dizer que a Stairway to Heaven vai para o inferno – e não, não estamos a falar da música dos Led Zeppelin, mas antes da escadaria Ha‘ikū, em Kaneohe, no Hawaii.

A origem desta obra data da Segunda Guerra Mundial, quando a Marinha dos Estados Unidos usava escadas de madeira para se movimentar nas montanhas durante a construção da estação de rádio Haʻikū, que foi usada de forma confidencial para enviar sinais de rádio aos navios militares no Pacífico. A obra tem quase 4000 degraus.

A Guarda Costeira substituiu nos anos 50 a madeira por metal e a obra foi aberta ao público a partir da década de 70. Já desde 1987 que as escadas de Haiku são de acesso restrito devido a preocupações com segurança e vandalismo e, em 2002, a cidade de Honolulu gastou quase 900 mil dólares em obras para poder reabrir totalmente as visitas.

No entanto, a cidade nunca assegurou o acesso legal ao público e os caminhantes continuam a subir a escadaria sem autorização. As multas para os infractores chegam até aos 1000 dólares, mas isso não os detém, e cerca de 4000 visitantes aventuram-se anualmente na obra em busca de selfies para publicar nas redes sociais.

A aparição na série televisiva Magnum P.I. também ajudou a desvendar este segredo havaiano ao resto do mundo e levou a que ainda mais turistas começassem a visitar a escadaria diariamente.

Por causa disto, na semana passada a assembleia municipal de Honolulo aprovou por unanimidade uma resolução para “remover as escadas Ha‘ikū e as estruturas acessórias para evitar o trespasse, reduzir o incómodo nas comunidades locais, aumentar a segurança pública, remover potenciais responsabilidades para a cidade e proteger o ambiente”.

“Devido ao aumento do trespasse ilegal, as escadas Ha‘ikū são uma responsabilidade significativa e cara para a cidade e afectam a qualidade de vida dos residentes de perto”, afirmou a deputada municipal Ester Kiaaina.

Mas a decisão já se fazia anunciar há muito tempo. Em 2019, o quadro de abastecimento de água de Honolulu, que detém a escadaria, publicou um comunicado onde deixou claro que não se responsabiliza pelos custos de segurança da vigilância à atracção turística.

“Nos finais de Abril de 2016, um baloiço foi ilegalmente instalado perto do topo das escadas Ha‘ikū, o que apresenta riscos que põem em perigo a vida”, detalha o relatório. Vários turistas publicaram vídeos no baloiço antes deste ser removido.

Em Maio, a polícia prendeu 93 pessoas por tentarem entrar no trilho em apenas 10 dias. Entre Agosto de 2017 e Março de 2020, as autoridades mandaram embora quase 11.500 pessoas que estavam a tentar subir a escadaria.

A cidade já reservou um milhão de dólares para avançar com a remoção, mas o autarca Rick Blangiardi é quem tem nas mãos a decisão final. No entanto, o grupo “Amigos das Escadas Ha‘ikū” protestou contra a decisão em frente à Câmara.

Perder as escadas seria uma catástrofe“, afirmou o presidente Vernon Ansdell, que propõe que o acesso ao público seja “gerido” como alternativa.

Adriana Peixoto, ZAP //



Hotel de luxo será construído (dentro de uma montanha) no deserto

(dr) Luxigon

Resort Desert Rock, na Arábia Saudita

Um hotel de luxo está a ser construído dentro de uma montanha na Arábia Saudita — e em 2023 já vai receber os primeiros hóspedes.

A construção de um novo e ambicioso empreendimento hoteleiro numa montanha da Arábia Saudita já arrancou.

O projeto Desert Rock, desenvolvido pela Oppenheim Architecture, inclui 48 moradias e uma dúzia de suites, que vão desde o rés-do-chão até ao cimo da montanha.

A rocha escavada durante o processo de construção será reutilizada para as paredes e pavimentos interiores e exteriores das luxuosas suites, que terão vista sobre a paisagem desértica — estão a ser feitos esforços consideráveis para reduzir a poluição luminosa, escreve o New Atlas.

“Os hóspedes entrarão no resort através de um vale escondido entre as montanhas“, explica um porta-voz da Oppenheim Architecture.

Além disso, as estradas que dão acesso ao hotel estarão escondidas atrás dos montes para “proporcionar vistas ininterruptas”. “Isto também irá minimizar a poluição sonora e luminosa, permitindo aos hóspedes absorver completamente a dramática paisagem desértica circundante”, continua.

As comodidades vão incluir um spa, um centro de fitness, áreas de refeição em locais pitorescos e uma lagoa. Para entretenimento, os hóspedes poderão alugar buggies para andar nas dunas, fazer caminhadas, entre outras atividades que estarão disponíveis.

Apesar de os detalhes serem escassos nesta fase inicial, o projeto será sustentável e terá, por exemplo, sistemas de recolha de água da chuva para irrigação. O Resort Desert Rock deverá saudar os seus primeiros hóspedes já em 2023.

ZAP //



Um violino gigante flutuou no Grande Canal de Veneza (ao som de Vivaldi)

Marco Bertorello / AFP

Violino de Noé, um violino gigante que flutua no Grande Canal de Veneza

No passado fim de semana, um violino gigante, com quase 12 metros de comprimento, desceu o Grande Canal de Veneza. A bordo estava um quarteto de cordas, que tocou Four Seasons de Vivaldi.

O Noah’s Violin (Violino de Noé), numa referência à Arca de Noé, foi criado por um artista veneziano chamado Livio de Marchi para trazer uma mensagem de esperança enquanto o mundo continua a “navegar” na pandemia de covid-19.

Este sábado, ao longo da sua viagem de uma hora, o violino deu música aos venezianos e atraiu a atenção de várias embarcações. A viagem terminou na igreja de La Salute, construída como uma oferta à Virgem Maria por ter libertado a cidade de uma praga que assolou Veneza em 1630.

Ao The New York Times, Tiziana Gasparoni, a violoncelista a bordo do Noah’s Violin, disse que, “como veneziana e músico, foi a experiência mais comovente da minha vida”.

A ideia de De Marchi surgiu – como tantas outras – durante o confinamento imposto pela pandemia. O objetivo era trazer esperança através da música, com um barco-violino extremamente realista feito a partir de cerca de uma dúzia de diferentes tipos de madeira e um motor.

Segundo o Travel and Leisure, a embarcação foi construída num estaleiro naval numa ilha próxima. O seu imponente aspeto chamou a atenção de várias pessoas e empresas que quiseram envolver-se no projeto, voluntariando-se para ajudar na construção do violino flutuante.

Curiosamente, o projeto nasce numa altura em que a cidade italiana está a tentar chamar a atenção para os artesãos locais. “Apoiar e dar visibilidade aos artesãos é a única forma de manter Veneza como uma cidade viva”, disse Roberto Paladini, diretor da filial de Veneza da Confederação Nacional de Artesãos (CNA), ao NYT.

São inúmeras as embarcações que flutuaram pelo Grande Canal de Veneza nos últimos 1.600 anos. O Noah’s Violin, que desceu o canal ao som de Four Seasons de Vivaldi, marcou pela diferença.

Liliana Malainho, ZAP //



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