Domingo, Junho 8, 2025
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O controverso “Jurassic Park” indonésio vai mesmo para a frente

Linh Vien Thai / Flickr

Dragões-de-Komodo

Apesar dos vários alertas da UNESCO relativamente ao impacto ambiental desta atração turística, o Ministério do Ambiente da Indonésia reafirmou, esta quinta-feira, que a sua construção vai continuar.

No ano passado, soube-se que a Indonésia começou a construir uma atração turística ao estilo da saga “Jurassic Park” no Parque Nacional de Komodo, Património Mundial da UNESCO, para que os turistas possam ver mais de perto os famosos dragões de Komodo.

A notícia não foi bem recebida por muitos, que acusaram o país de estar a usar estes animais apenas com o único objetivo de gerar lucro, mas também gerando preocupações sobre as ameaças à economia local e ao frágil habitat destes lagartos.

No mês passado, conta a cadeia televisiva CNN, funcionários da UNESCO afirmaram que o projeto necessitava de uma nova avaliação de impacto ambiental, devido a preocupações relacionadas com a pesca ilegal e com os potenciais riscos para aquele ecossistema.

Esta quinta-feira, em declarações à agência Reuters, Wiratno, do Ministério do Ambiente indonésio, declarou que o “projeto vai para a frente”, pois “já foi provado que não terá qualquer impacto”.

Os funcionários da UNESCO revelaram que haviam solicitado uma avaliação atualizada do projeto por parte do Governo indonésio, mas que ainda não tinham recebido resposta. Confrontado com esta situação, Wiratno disse que está a ser elaborada e que deverá ser enviada ainda em setembro.

Num comunicado, a mesma fonte reafirmou que o projeto inclui, sobretudo, trabalhos de renovação das infraestruturas já existentes e que não representa nenhum perigo para os animais.

De acordo com os dados do Governo indonésio, existem cerca de três mil dragões de Komodo no país.

ZAP //



Lista de destinos a “evitar”. Estados Unidos desaconselham viagens para Portugal

Lindley Yan / Flickr

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos desaconselha os cidadãos norte-americanos a viajarem para Portugal.

Os Estados Unidos incluíram novamente Portugal na lista de países em que recomenda a “evitar viajar“, colocando o país no nível “muito alto”, devido ao agravamento da pandemia da covid-19.

O anúncio foi feito pelo Departamento de Estado, numa declaração na qual indicou que Chipre e o Quirguistão também subiram para essa categoria. No que se refere a Portugal, a recomendação destina-se especificamente à pandemia.

Os avisos de viagem foram emitidos com base na recomendação do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), que colocaram Portugal e Espanha no “nível 4”, devido à pandemia.

Sobre a Espanha, o Departamento de Estado norte-americano recomenda a não viajar “devido à covid-19” e também pede “mais cautela” naquele país, “devido ao terrorismo e distúrbios civis”.

O CDC avalia o risco de contágio da covid-19 com base em cinco níveis, variando de desconhecido, a baixo (1), moderado (2), alto (3) e muito alto (4). No “nível 4” fazem parte ainda países como o Reino Unido, Síria, Tunísia, Panamá, África do Sul, Serra Leoa e Venezuela.

No início do mês, o CDC relaxou nas recomendações de viagens para 60 países considerados de risco muito alto, que inclui grande parte dos estados-membros da União Europeia (UE).

A proibição de entradas de passageiros provenientes da UE nos Estados Unidos foi imposta pelo ex-Presidente, Donald Trump, em março de 2020, no início da pandemia, e mantida pelo seu sucessor, Joe Biden.

ZAP // Lusa



Descoberta de naufrágios da Segunda Guerra pode estimular turismo subaquático em Itália

Quem visitar o sul de Itália no futuro poderá vir a contar com uma nova atividade. A recente descoberta de quarenta naufrágios na costa da ilha de Lampedusa poderá dar origem a uma nova oportunidade para o turismo subaquático.

Os naufrágios foram encontrados perto da costa de Lampedusa, uma ilha que se situa entre a Sicília e a Tunísia.

Segundo noticia a Forbes, as embarcações submersas datam da 2ª Guerra Mundial e acabaram por naufragar após uma série de ataques britânicos.

Durante a pesquisa, os mergulhadores encontraram vários detalhes que dão conta da riqueza das embarcações. Canhões, bombas, veículos antigos, camiões e tanques, foram alguns dos itens que os especialistas conseguiram desmistificar entre os destroços.

A equipa de mergulho também conseguiu resgatar um sino de bronze, pertencente a um dos navios, a uma profundidade de 73 metros.

O navio em questão era o cargueiro Egadi, que transportava correspondência e passageiros ao redor de pequenas ilhas na costa oeste da Sicília.

Contudo, a força aérea britânica atacou o Egadi a 30 de agosto de 1941, a cerca de 50 quilómetros de Lampedusa, e este acabou por naufragar causando 44 mortes, enquanto 65 pessoas conseguiram escapar através do recurso a barcos salva-vidas.

A equipa envolvida na pesquisa estava a trabalhar no projeto há mais de 15 anos. Para localizar os naufrágios, os especialistas conversaram com pescadores locais que foram observando grandes grupos de peixes atraídos pelo habitat semelhante a um recife de coral que os navios que se afundam criam.

Agora, o objetivo é desenvolver uma atrativa oferta turística a partir dos naufrágios.

Mario Arena, um dos investigadores envolvidos na descoberta, classificou os navios naufragados como “bens culturais submersos”, que têm o potencial de criar um turismo de mergulho de sucesso, como o que já existe em Malta e na Croácia.

Para já, o primeiro passo é recuperar as redes de pesca que ficaram presas nos destroços, mas este projeto já está em andamento.

Além disso, Mario Arena ainda aponta outra condicionante ao desenvolvimento desta atividade: os navios naufragados têm “impacto ambiental” devido às milhares de toneladas de explosivos a bordo que libertam agentes químicos.

Para tentar dar resposta a este entrave, a equipa está a colaborar com uma universidade na Alemanha para analisar amostras e entender o impacto dos naufrágios na vida marinha.

ZAP //



Acabou-se a música em Mykonos. E a culpa é da covid-19

Um surto de covid-19 na ilha grega de Mykonos obrigou as autoridades a impor um recolher obrigatório noturno e a proibir a música em bares e restaurantes.

A economia grega depende do turismo para, pelo menos, um quinto do seu PIB. O Governo manteve-se, por isso, relutante em impor restrições aos turistas este verão, num esforço para compensar os milhares de milhões de euros perdidos no ano passado, na sequência da pandemia de covid-19.

No entanto, após a chegada de dezenas de milhares de turistas europeus, um novo surto ameaça agora o destino turístico de verão.

Na sexta-feira, soou o alerta de que a ilha estava a acolher um grande surto da doença, à medida que os turistas que adoeciam necessitavam tanto de tratamento médico como de um alojamento alternativo.

Segundo a Vice, os regulamentos gregos exigem que aqueles que testam positivo à covid-19 informem os hotéis, que têm a opção de recusar o alojamento de clientes infetados.

Contudo, como as camas foram rapidamente preenchidas em hotéis designados para quarentena, as pessoas que testaram positivo este fim de semana não puderam regressar ao seu alojamento nem conseguiram encontrar quartos em instalações próprias para este feito.

Os turistas infetados tiveram, portanto, pouca escolha: restou-lhes vaguear pelas ruas em busca de comida e abrigo.

Em resposta aos surtos, o Governo decidiu, no sábado, encerrar de imediato as discotecas de Mykonos.

“As pessoas estão a cancelar as suas férias”, disse o gerente de uma discoteca. “Os turistas não querem vir até aqui e gastar milhares de euros para descobrir que não podem festejar ou regressar ao seu quarto de hotel.”

O Ministério de proteção civil decidiu também tentar travar as concentrações, proibindo a música nos bares e restaurantes da ilha e impondo um recolher obrigatório entre a 01h00 e as 06h da manhã.

Tanto a proibição da animação como o recolher obrigatório deverão manter-se até 26 de julho.

Liliana Malainho, ZAP //



Atlântidas da vida real. Entre cidades antigas e futuristas, há um mundo submerso a descobrir

Ruthven / Wikimedia

Cidade submersa Baiae

Desde civilizações antigas que se afundaram até planos para cidades futuristas submersas, há todo um mundo para ser explorado nas profundezas do oceano.

Já há séculos que a mítica cidade de Atlântida suscita a curiosidade sobre as cidades afundadas no oceano, tendo a história até sido eternizada num filme da Disney. Mas apesar de a existência da mítica cidade afundada ser apenas uma lenda, há muitas cidades reais a visitar que por motivos mais ou menos naturais, acabaram submersas.

Port Royal, Jamaica: cidade malvada

Reza a lenda que foi uma vez um refúgio para piratas como Sir Henry Morgan e conhecida como a “cidade mais malvada do Ocidente“, famosa pelo dinheiro e álcool.

Um terramoto em 1692 levou à destruição da maior parte da cidade original, mas este tesouro arqueológico ainda pode ser visitado já que foram encontrados oito edifícios em diferentes estados de degradação. A UNESCO descreveu a cidade como uma “colecção incomparável de artefactos in situ“.

Baiae, Itália: Atlântida para turistas

Conhecida pelos seus hábitos hedonistas, durante 2000 anos Baiae foi uma atracção para visitantes ricos que queriam tomar banho nas termas e spas. Muitos imperadores romanos adicionaram palácios e piscinas à cidade e as festas com álcool à mistura nas praias eram comuns, até ao saque no século VIII pelos sarracenos.

Ruthven / Wikimedia

Cidade submersa Baiae

Baiae foi desertada por volta de 1500 e ficou submersa devido a actividade por baixo da crosta terrestre. Hoje em dia, tanto as ruínas debaixo de água como as que ainda estão à superfície estão abertas a visitas turísticas – uma Atlântida à espera de visitas.

Heracleion, Egipto: estátuas gigantes a 2000 metros

Localizada na costa da cidade de Abu-Qir perto de Alexandria, fica a cidade de Heracleion. Descoberta em 2000 a nove metros de profundidade, escavações na cidade já encontraram estátuas gigantes, jóias, navios naufragados ou moedas datadas do reinado Ptolemaico.

Até agora, não há certezas sobre o que terá levado ao afundamento, mas inundações causadas pelas marés ou terramotos podem ser a chave, já que a cidade foi construída sobre muita argila, o que permite aos edifícios afundarem-se lentamente.

Franck Goddio / Wikimedia

Heracleion, cidade egípcia submersa

Pavlopetri, Grécia: uma Atlântida de há 5000 anos

Descoberta em 1967 pelo geoarqueólogo marinho Nic Flemming, esta a cidade submersa foi originalmente datada da era Micênica (entre 1600 e 1100 A.C), mas os arqueólogos agora acreditam que a cidade pode ter mais de 5000 anos.

Em 2009, uma equipa de investigadores internacionais fez uma pesquisa da área com equipamentos robóticos debaixo de água, o que lhes permitiu criar uma imagem 3D do que Pavlopetri teria sido no seu auge. Uma designação patrimonial da UNESCO em 2016 tem ajudado a proteger a cidade de danos causados por navios, poluição ou construções na área.

Atlit-Yam, Israel: uma mulher e um bebé com história

Era mais uma vila do que uma cidade, mas Atlit-Yam, localizada na costa norte de Israel, ainda tem uma quantidade impressionante de material debaixo de água, especialmente tendo em conta que o sítio tem entre 7500 e 8000 anos.

Dois indivíduos enterrados na cidade, uma mulher e um bebé, mostram indícios de terem tido tuberculose, sendo assim os mais antigos doentes de tuberculose encontrados até agora. O aumento do nível das águas do mar acabou por obrigar os residentes a abandonar a cidade.

Hanay / Wikimedia

Atlit-Yam, cidade submersa em Israel

Shi Cheng, China: a Atlântida do leão

Ficou submersa em 1959 quando o lago aritifical Qiandao foi construído para criar energia hidroeléctrica. Shi Cheng, que significa cidade do leão, foi fundada há 1400 anos, mas só foi redescoberta em 2001.

É a casa de muitos artefactos da arquitectura das dinastias Ming e Qing como templos ou pagodes. Devido à temperatura e à profundidade a que se encontra, apenas mergulhadores experientes podem visitar esta Atlântida chinesa.

Ocean Spiral, um projecto para o futuro

Há muitos exemplos de cidades do passado submersas, mas e as Atlântidas futuro? É para isso que a empresa japonesa Shimizu Corporation está a trabalhar.

“Está na hora de criarmos um novo interface com o oceano profundo, a última fronteira da Terra. O oceano cobre 70% da superfície da Terra. Cerca de 80% disso é oceano profundo. O oceano profundo tem um enorme potencial para garantir ciclos adequados na biosfera global. Mas nós ainda não aproveitamos esse potencial“, escreve a empresa.

A proposta descreve a Ocean Spiral como “mais segura e confortável” do que as cidades actuais por não ser afectada por furacões ou terramotos e devido à temperatura constante do oceano.

A empresa ambiciona também conseguir gerar concentrações de oxgénio maiores do que na atmosfera terrestre. Apesar de soar a coisa de filme de ficção científica, a Shimizu Corporation acredita que a Ocean Spiral possa ser uma realidade já em 2030.

AP, ZAP //



Grandes navios de cruzeiro proibidos no centro histórico de Veneza a partir de agosto

O Governo italiano anunciou esta terça-feira que os grandes navios de cruzeiro serão proibidos no centro de Veneza a partir de agosto, medida que visa preservar a zona histórica daquela cidade italiana, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.

O primeiro-ministro de Itália, Mário Draghi, saudou o que considerou ser “uma etapa importante para a preservação da lagoa veneziana“, algo que tem preocupado ativistas ao longo de várias décadas, devido ao intenso tráfego de grandes embarcações turísticas naquela zona e as respetivas consequências ao nível da segurança e do ambiente.

A medida agora anunciada entrará em vigor a partir do dia 1 de agosto.

O decreto-lei aprovado pelo executivo italiano declara ainda como “monumento nacional”, o que significa que passa a ser um espaço protegido, o canal que passa junto à famosa Praça de São Marcos e da ilha de Giudecca, em Veneza, por onde navegavam as grandes embarcações.

Até agora, estes navios, turísticos ou comerciais, navegavam em frente à Praça de São Marcos para viajar ao longo do Canal da Giudecca em direção à Estação Marítima, o porto onde atracavam, no extremo ocidental da ilha.

A proibição de navegação afeta, em concreto, navios com mais de 25.000 toneladas, com mais de 180 metros de comprimento, com mais de 35 metros de altura e que produzam mais de 0,1% de enxofre nas suas emissões.

O ministro da Cultura italiano, Dario Franceschini, explicou que esta medida “era inadiável” e que tinha de ser assumida antes da próxima sessão do Comité do Património da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que irá estudar o estado de conservação de Veneza, conhecida como a ‘cidade dos canais’.

Em 2012, a agência da ONU já tinha pedido ao Governo italiano para procurar alternativas ao tráfego marítimo na área da lagoa de Veneza.

Com efeito, o fim da passagem de grandes navios foi uma das condições posteriormente impostas para evitar a retirada da lista de cidades consideradas como Património Mundial da Humanidade.

Em junho passado, a UNESCO indicou que a cidade italiana podia juntar-se à lista de patrimónios em risco devido às ameaças que ainda enfrentava. Uma dessas ameaças era o facto de ainda haver muitos navios de cruzeiro a atracar no centro da cidade.

Veneza (e sua lagoa) faz parte da lista do Património Mundial da UNESCO desde 1987.

Em maio passado, o parlamento italiano aprovou uma lei para retirar os grandes navios de cruzeiro da lagoa veneziana.

Agora, o Governo liderado por Draghi definiu uma data específica para a proibição, estabeleceu os requisitos de navegação e indicou novos pontos para o atracamento das embarcações.

O novo decreto estabelece igualmente compensações monetárias a favor das companhias de navegação e do gestor portuário, entre outros beneficiários, afetados por esta proibição.

// Lusa



Já pode deambular pelos jardins do Palácio de Buckingham (e levar piquenique)

Hostelworld.com

Palacio de Buckingham, Londres (Inglaterra)

Os jardins do Palácio de Buckingham, residência oficial da Rainha Isabel II, estão abertos ao público pela primeira vez na História.

É a primeira vez que os jardins do Palácio de Buckingham abrem ao público. Entre 9 de julho e 19 de setembro poderá desfrutar de um piquenique no relvado traseiro da Rainha e deambular desde o jardim que recebe as festas familiares até ao lago.

O percurso de 156 metros de trilhos herbáceos conta com a passagem pelos plátanos plantados pela rainha Vitória e pelo príncipe Alberto e vistas para a ilha implantada no lago de 3,5 hectares alimentado pelo lago Serpentine, no Hyde Park.

Para o piquenique, os visitantes podem levar petiscos, cadeiras e mantas. Só não podem beber álcool, fazer churrascos ou jogar à bola.

Citado pelo Manchester Evening News, o diretor dos serviços de visitantes da Coleção Real disse que esta é uma oportunidade inédita.

“É uma perspetiva excitante permitir que as pessoas entrem e façam piqueniques nos jardins e explorem o seu próprio lazer. Estamos numa espécie de oásis no centro de Londres, pelo que poucas pessoas se apercebem de como é grande. É o maior jardim privado de Londres, por isso sinto que temos muitos segredos para contar”, acrescentou.

Apesar da sua localização urbana, o jardim é a casa de raras plantas nativas, mais de 1.000 árvores, 320 flores e gramíneas selvagens diferentes, e da Coleção Nacional de Árvores de Amora.

O famoso Jardim das Rosas contém 25 canteiros, cada um plantado com 60 roseiras de uma variedade diferente.

A ilha do lago alberga, desde 2008, cinco colmeias, que produzem cerca de 160 frascos de mel por ano para utilização nas cozinhas reais.

ZAP //



A mais recente atração turística do Bangladesh chama-se Rani (e é uma vaca anã)

Munir Uz zaman / AFP

Rani, a vaca anã do Bangladesh

Rani atraiu milhares de pessoas a uma quinta perto de Dhaka, a capital do Bangladesh. Com apenas 51 centímetros de altura, pode vir a bater o recorde de vaca mais baixa do mundo.

“Comprámos Rani a uma quinta numa zona rural há 11 meses e fiquei absolutamente hipnotizado com a sua aparência inocente”, contou Kazi Mohammed Abu Sufian, dono da quinta Shikhor Agro, à Vice.

No dia 2 de julho, Abu Sufian submeteu o nome da pequena Rani a um recorde mundial do Guinness. Além de ser, atualmente, uma das maiores atrações turísticas do Bangladesh, a vaca anã pode vir a ganhar o título de vaca mais baixa do mundo.

“O Guinness reconheceu a nossa entrada e vai fazer uma verificação independente, mas estamos confiantes de que Rani receberá o prémio”, disse.

A atual detentora do título é uma vaca do estado indiano de Kerala, que tem apenas 61 centímetros de altura. Rani consegue ser ainda mais baixa, com os seus modestos 51 centímetros.

O pequeno tamanho da vaca é particularmente invulgar dado que o animal pertence a uma raça chamada Bhutti, que normalmente têm o dobro do seu tamanho. Manikyam, a vaca de Kerala, é uma Vechur, tipicamente anã.

Esta semana, mais de 20.000 pessoas apareceram na quinta para ver Rani de perto. A popularidade do animal preocupa Abu Sufian, que teme que a propagação do SARS-CoV-2 possa agravar-se.

A vaca também não está entusiasmada com o seu novo estatuto de celebridade. “Rani não está habituada a interagir com tantas pessoas. Ela só quer o seu espaço para andar na quinta e comer erva. Contratámos três seguranças só para tomar conta dela, mas Rani não gosta disso”, confessou Abu Sufian.

Liliana Malainho, ZAP //



Malta é o primeiro país da UE a fechar fronteiras a viajantes não vacinados

eu2017ee / Flickr

Ministro da Saúde maltês, Chris Fearne

A partir de quarta-feira, qualquer pessoa que chega a Malta deve apresentar um certificado de vacinação reconhecido: um certificado maltês, britânico ou da União Europeia (UE).

Malta vai ser o primeiro país da União Europeia a fechar fronteiras a viajantes não vacinados, na esperança de conter um surto de novos casos de covid-19, anunciou esta sexta-feira o ministro da Saúde maltês, Chris Fearne.

A partir de quarta-feira, 14 de julho, qualquer pessoa que chega a Malta deve apresentar um certificado de vacinação reconhecido: um certificado maltês, britânico ou da União Europeia. Seremos o primeiro país na Europa a dar este passo”, afirmou, em conferência de imprensa.

Desde 1 de junho, turistas da UE, EUA e de alguns outros Estados passaram a ser bem-vindos desde que o teste de covid-19 fosse negativo ao embarcar num avião com destino a Malta, ou se estivessem totalmente imunizados. “O teste de PCR não será suficiente”, sublinhou o ministro, exceto para menores de 12 anos acompanhados pelos pais.

Fearne foi questionado sobre se era justo impor esta medida aos turistas com poucos dias de antecedência, ao que respondeu que “não é justo que os [residentes] locais ainda não vacinados corram riscos”.

“Primeiro precisamos de proteger os nossos habitantes”, vincou.

A pequena ilha mediterrânica de 500.000 habitantes orgulha-se de ser o país mais vacinado da UE, com 79% da população adulta imunizada com as duas doses da vacina.

Em 27 de junho, o país não registou novos casos, mas esta sexta-feira as autoridades de saúde identificaram 96, dos quais 90% eram cidadãos não vacinados.

Um grande número de casos foi detetado durante viagens de cursos linguísticos e escolas de inglês, que atraem anualmente alunos de todo o mundo, cuja realização vai ser também impossibilitada a partir de 14 de julho.

Ao contrário de outros países europeus, o aumento do número de novos casos de covid-19 não se deve à propagação da variante Delta, altamente contagiosa. A responsável de saúde pública de Malta, Charmaine Gauci, disse esta sexta-feira que apenas sete dos 252 casos ativos no país representam essa variante.

Malta registou 30.851 casos desde o início da pandemia e 420 mortes. A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 4.013.756 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.

// Lusa



Amesterdão quer reduzir turismo. Visitantes incómodos e barulhentos “não são bem vindos”

 

Anthony Coronado / Flickr

Red Light District, Amesterdão

Após vários meses de pandemia, e depois de o turismo ter sido travado bruscamente, os habitantes de Amesterdão só querem receber turistas com moderação, deixando de lado a confusão típica dos tempos áureos da cidade.

Amesterdão quer reduzir e redefinir o tipo de turismo que recebe, colocando o foco nos aspetos culturais da cidade e menos na tolerância ao consumo de canábis ou nas visitas ao Red Light District, o famoso bairro de prostituição holandês.

“Visitantes que tratem mal os nossos habitantes e o nosso património não são bem vindos. A mensagem que temos para eles é: não venham para Amesterdão”, apelam.

A frase é retirada diretamente de um comunicado da autarquia da capital dos Países Baixos, citado pela CNN.

Não queremos voltar ao que víamos antes da pandemia, quando grandes multidões iam para o Red Light District e para as áreas de entretenimento causar incómodo aos habitantes”. Se os visitantes que respeitam a cidade e a população “sempre foram bem vindos e continuarão a sê-lo”, os outros “não são bem vindos”, esclarece a cidade

A ideia é “estimular o comportamento desejado”, diz Geertrude Udo, diretora executiva da empresa responsável pela campanha de marketing online que a autarquia está a dirigir aos turistas e que custou cem mil euros. “São bem vindos, mas bebam no interior, usem um urinol e não façam barulho”.

A campanha tem por alvo especificamente homens britânicos entre os 18 e os 34 anos – um dos grupos que mais visitam a cidade –, mas será alargada a outras faixas e nacionalidades.

O problema não é de agora, embora a acalmia que resultou das restrições pandémicas possa ter ajudado a dar-lhe maior visibilidade. Em 2019, Amesterdão recebeu 20 milhões de turistas, 18,8 dos quais ficaram a dormir na cidade.

Os números já tinham motivado o economista Martjim Badir a lançar uma petição, no verão passado, a pedir medidas mais duras que vão além do marketing e que passariam, por exemplo, por impor um limite de 12 milhões de turistas a dormir na cidade em simultâneo.

No ano passado, ainda antes de a covid-19 ter chegado em força à Europa e depois de um inquérito aos jovens turistas ter indicado que mais de metade decide visitar a cidade para experimentar os locais onde se consome canábis, a autarquia ponderou proibir o consumo aos turistas nas famosas coffee shops, que a vendem em pequenas quantidades.

A presidente da câmara, Femke Halsema, já tinha anunciado outras alterações para o Red Light District, como restrições a visitas em grupo ou até a sua deslocalização para fora do centro da cidade – uma sugestão rejeitada pelas mulheres que trabalham como prostitutas, por considerarem que isso poderia colocar-lhes problemas de segurança.

ZAP //



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