Quarta-feira, Abril 30, 2025
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Empresa francesa cria o primeiro comboio elétrico a bateria

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Viagem de comboio em InterRail – Europa

O grupo empresarial francês Alstom criou um comboio elétrico a bateria para uma região alemã, que é atualmente servida por comboios com motores a gasóleo. O objetivo é ter menores custos de utilização e evitar a emissão de poluentes. 

Segundo noticiou o Observador, o transporte criado pela Alstom vai ligar Leipzig a Chemnitz, no total de 80 quilómetros de linha férrea não eletrificada.

A Alemanha encomendou à Alstom 11 comboios Coradia Continental BEMU, elétricos alimentados pela energia que armazenam nas baterias que transportam a bordo. O investimento ronda os 100 milhões de euros, com os veículos a serem entregues até 2023. O comboio em causa tem uma autonomia máxima de 120 quilómetros.

Com 56 metros de comprimento e 150 assentos por carruagem, o Coradia Continental BEMU consegue atingir 160 quilómetros, sendo similar aos veículos que estão ao serviço de Dresden, Riesa e Zwickau, mas com baterias, que a Alstom apelida de “alto rendimento”, no topo das carruagens.

ZAP //



Rússia mostra como vai ser “Snowflake”, a nova Estação Internacional do Ártico

A Rússia está a olhar para além do petróleo ao construir a “Estação Floco de Neve”, uma estação de investigação climática de ponta na região de Yamal-Nenets, na Sibéria.

O Snowflake será uma instalação totalmente autónoma durante todo o ano, sem gasóleo, alimentada por fontes de energia renováveis e combustível de hidrogénio, de acordo com a apresentação do projeto.

“É vista como uma nova plataforma única para a cooperação internacional entre engenheiros, investigadores, cientistas e estudantes que trabalham em soluções ousadas que constituem uma base para a vida e o trabalho no Ártico”. Será também “um veículo para apoiar investigações conjuntas sobre mudança climática, ecologia e poluição ambiental, incluindo a dos oceanos”.

Atualmente, o distrito autónomo de Yamal-Nenets produz cerca de 80% do gás natural da Rússia, além de volumes substanciais de petróleo. Nos próximos três anos, a produção industrial regional deverá aumentar em mais de 30%.

Ainda assim, é aqui que a estação de investigação Snowflake será construída. A estação estará localizada na tundra fora da capital regional Salekhard. Com o apoio das autoridades regionais e federais, a estação será uma mudança bem-vinda para um país com uma das piores políticas de mudança climática, além de uma crescente preocupação do público.

A instalação de 2.000 metros quadrados poderá abrigar um número significativo de investigadores de todo o mundo. Um total de nove edifícios interligados em forma de cúpula proporcionará uma vida confortável, laboratórios e instalações de investigação para cientistas.

“O edifício principal do Snowflake será uma cúpula de vista panorâmica, conectada a vários outros módulos. Dois deles abrigam laboratórios e outros dois oferecem acomodações, com cerca de 30 quartos individuais para investigadores e visitantes se sentirem confortáveis. Outros módulos abrigam uma cozinha, uma sala de jantar, uma biblioteca e áreas de lazer, incluindo ginásio e sauna. Três cúpulas mais separadas formarão um complexo de hidrogénio para a produção e armazenamento de gás comprimido ”.

A estação estará operacional durante todo o ano e será totalmente abastecido com hidrogénio, disse Nikolay Kudryavtsev, reitor do Instituto Técnico-Físico de Moscovo, em comunicado.

O projeto é apoiado pelo Conselho do Ártico e estará pronto no ano de 2022, durante a presidência da Rússia no clube do Ártico. Está projetado para custar entre 10 a 12 milhões de euros.

“Investigadores, engenheiros, estudantes e jovens podem vir para visitas de trabalho e testes durante todo o ano e demonstrar a tecnologia que já se está a tornar parte das nossas vidas”, disse.

A estação é apoiada pelo Instituto Físico-Técnico, com apoio do Ministério da Educação e Ciência, Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério do Extremo Oriente e do Ártico, bem como pelo governador do distrito autónomo de Yamal-Nenets.

ZAP //



Fontana di Trevi terá um barreira protetora de um metro de altura

Rome, Fountain di Trevi, Italy

Fontana di Trevi, Itália

A famosa Fontana di Trevi, uma das principais atrações turistas da cidade italiana de Roma, será cercada por uma barreira de vidro com quase um metro de altura.

De acordo com os média locais, a medida vai mesmo avançar e visa proteger o monumento de vandalismos, bem como de comportamentos inadequados de alguns dos milhões de turistas que todos os anos visitam a capital italiana.

O conselho de Roma aprovou no passado 23 de janeiro uma moção apresentada pelo partido Movimento 5 Estrelas para implementar uma barreira protetora em torno da fonte, cuja construção remonta ao século XVIII.

A medida foi aprovada com 24 votos a favor e um contra, precisa a agência italiana Ansa.

“Parece-me uma proposta com bom senso proteger um dos monumentos mais importantes e visitados de Roma”, escreveu a autarca de Roma Virginia Raggi no passado 25 de janeiro na sua conta oficial na rede social Facebook.

Segundo a responsável, a barreira, feita de vidro e aço, terá aproximadamente um metro e altura e será muito semelhante às estruturas já construídas “em muitas outras fontes de Roma”, como é o caso da Fontana dei Quattro Fiumi, na Piazza Navona.

Só no ano passado, recorde-se, a Fontana di Trevi já foi palco de alguns incidentes com turistas. Um norte-americano foi apanhado a tomar banho na fonte, três australianos embriagados despejaram as bebidas na fonte e uma mulher italiana tentou fazer uma inscrição com uma chave na base da fonte.

A Fontana di Trevi é um dos monumentos mais procurados de Roma. A sua tradição da moeda da sorte tem permitido arrecadar cerca de um milhão de euros por ano, uma verba que é depois entregue à Cáritas.

ZAP //



Suíça é o país mais caro do mundo. Noruega e Islândia completam o pódio

A Suíça foi considerado a país mais caro do mundo para se viver, de acordo com um ranking elaborado pela revista de economia Ceoworld.

Para elaborar a lista, os especialistas analisaram 132 países segundo uma série de parâmetros, como custos de transporte, alojamento, roupas, supermercados, entre outros.

O ponto de partida para o ranking foi a “cara” cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, a que os especialistas atribuíram 100 pontos, explica a publicação numa nota esta segunda-feira publicada no seu site oficial.

A Suíça alcançou 122,4 pontos, assumindo o primeiro lugar do ranking Ceoworld da a uma margem considerável do segundo lugar, ocupado pelo Noruega (101,4 pontos), e do terceiro, da Islândia (100,4 pontos). Japão, Dinamarca, Bahamas, Luxemburgo, Israel, Singapura e Coreia do Sul completaram o “top 10”.

Portugal surge na lista em 54.º lugar (49,52 pontos), dez lugares abaixo da Espanha (53,77 pontos). Paquistão, Afeganistão e Índia são os últimos classificados, isto é, os países onde é mais barato viver, somando 21,98, 24,24 e 24,58 pontos, respetivamente.

ZAP //



Já pode ser dono de um castelo em França por apenas 50 euros

Sim, é verdade. Por apenas 50 euros poderá tornar-se dono de um castelo em França. É certo que não se trata de todo o castelo, mas de uma parte do Château de Vibrac, uma antiga propriedade da nobreza na região de Grand Cognac.

Pelo terceiro ano consecutivo, explica a estação televisiva CNN, a Dartagnans, start-up que trabalha na área da preservação do património, e a associação sem fins lucrativos Adopte un château, estão a organizar uma compra coletiva com o objetivo de restaurar antigas propriedades francesas.

Desta vez, trata-se do Château de Vibrac, para o qual são precisos 1.240.000 euros. Até agora, já foram angariados quase 600 mil euros — com mais de seis mil contribuições, oriundas de 91 países diferentes.

De acordo com o canal norte-americano, as pessoas que contribuírem com 50 euros terão direito a aceder ao castelo até ao fim da sua vida e ter um lote do jardim com o seu nome. No entanto, não existe um limite para o valor da contribuição. Quanto mais alta for, mais regalias terá também o contribuidor.

O objetivo é devolver ao castelo a sua antiga glória, para que depois possa albergar eventos e encontros entre a comunidade. Também há planos para cultivar produtos orgânicos nos seus terrenos e, eventualmente, construir cabanas ecológicas para os hóspedes.

Para tornar-se um dos donos do Château de Vibrac basta aceder ao site do projeto e fazer a sua contribuição.

ZAP //



Praga contra o Airbnb. Está “a comer a cidade por dentro”

À semelhança de outras cidades, Praga pode estar prestes a declarar guerra ao Airbnb e a outras plataformas de arrendamento a curto prazo, visando conter o turismo excessivo e proteger os residentes.

De acordo com o autarca de Praga, o liberal Zdeněk Hřib, estas plataformas estão a criar uma “crise de habitação”, expulsando os residentes para longe do centro da cidade.

Para resolver este problema, Hřib propõe algumas restrições: no seu entender, é necessário proibir o arrendamento de curto prazo em apartamentos completos (exceto em casos de habitação própria em que o dono esteja ausente durante algum tempo) e estudar a possibilidade de apenas alugar quartos em casas onde o proprietário também viva.

Os turistas do Airbnb ficariam assim limitados a quartos em casas onde o dono resida.

“No passado, podia limitar-se a quantidade de turistas na cidade simplesmente limitando a aprovação de certo número de hotéis com certa capacidade durante o processo de licenciamento. Agora, em Praga não é possível a cidade limitar a capacidade de acomodação dos turistas. Os números são realmente críticos”, explicou o autarca em declarações ao The Observer, a edição de domingo do britânico The Guardian.

Airbnb v Praze je problém, na tom se shodneme. ?V době současné bytové krize je pro Airbnb využíváno 11500 bytů, každý…

Publicado por Zdeněk Hřib – primátor Prahy em Segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

“Isto já se afastou muito da ideia original de economia partilhada em que é suposto deixares um turista ficar em tua casa, fazeres-lhe o pequeno-almoço e dizeres-lhe algo sobre a tua bonita cidade (…) Isto assim é apenas um hotel distribuído, onde se abusa do conforto dos outros cidadãos da cidade, os residentes, e se procura o lucro às suas custas”.

O falhanço em regular este negócio está “a comer a cidade por dentro”.

A posição de Hřib pretende também forçar o Governo a facilitar a criação de instrumentos para que as autarquias locais possam intervir localmente na regulação destas plataformas.

Na mesma publicação do The Observer, o responsável recordou ainda que no centro da cidade existem cerca de 11.500 apartamentos para o Airbnb, sendo que o centro histórico e turístico tem 25.000 residentes.

Estas ideias, continuou Hřib, têm como objetivo “devolver Praga às pessoas de Praga”, mitigando assim os efeitos negativos do turismo e protegendo os locais.

Anualmente, a cidade recebe mais de 8 milhões de turistas para uma população de 1,3 milhões. Os alojamentos Airbnb quase triplicaram em três anos, ultrapassando os 13 mil alojamentos e oferecendo mais de 50 mil camas na cidade.

ZAP //



Ferramenta da Google mostra o impacto das alterações climáticas no Património da Humanidade

Uma nova ferramenta, cujo desenvolvimento contou com a colaboração da Google, recria alguns dos locais considerados Património Mundial da Humanidade, mostrando ainda como é que as alterações climáticas os estão a danificar.

O projeto, apelidado de Heritage on the Edge e apresentado recentemente pela plataforma Arts & Culture da Google, preserva digitalmente estes locais e mostra os riscos que enfrentam, podendo os utilizadores explorar modelos tridimensionais dos mesmos.

Tal como frisa o portal The Newsweek, a ferramenta está disponível para todos através da Internet e à distância de um clique. Os especialistas recorreram a digitalizações, fotocartografia e imagens capturadas por drones para criar os modelos.

Para o projeto, foram selecionados cinco locais considerados Património da Humanidade pela UNESCO: os moais de Rapa Nui, na Ilha de Páscoa (Chile), a cidade-mesquita Bagerhat (Bangladesh), a metrópole de Chan Chan (Peru), a cidade de Kilwa Kisiwani (Tanzânia) e a fortaleza medieval do Castelo de Edimburgo (Escócia).

O site do projeto disponibiliza mais de 50 exposições online, bem como modelos 3D, passeios pelos zonas e entrevistas com especialistas locais. Através do portal, qualquer pessoa pode descobrir como é que o povo de Rapa Nui está a utilizar a tecnologia para proteger a sua cultura, bem como o custo económico necessário para salvar Bagerhat.

“Acima de todo, este projeto é um apelo à ação“, disse Toshiyuki Kono, presidente do Conselho Internacional de Monumentos e Locais. “Os efeitos das mudanças climáticas na nossa herança cultural refletem impactos mais amplos no nosso planeta e exigem uma resposta forte e significativa”, continuou.

O projeto mostra ainda os perigos que cada um destes locais enfrenta face às alterações climáticas. Por exemplo, os moais da Ilha de Páscoa, construídos entre o século X e XVI podem, no futuro, ser destruídos pela subida das águas do mar.

“O Heritage on the Edge recolhe histórias de perda, mas também de esperança e resiliência (…) [Estes modelos] recordam-nos que toda a nossa herança cultural, incluindo estes locais emblemáticos do Património Mundial, são mais do que destinos turísticos. São lugares de grande significado nacional, espiritual e cultural”.

ZAP //



Lisboa vai ter um museu da reciclagem (e tem apenas um ano para o visitar)

O ReMuseu, um equipamento temporário, reciclado e reciclável, que pretende mudar comportamentos, será inaugurado em 17 de maio, em Alcântara, Lisboa, e estará disponível durante um ano, foi esta terça-feira anunciado.

Em declarações aos jornalistas na apresentação da iniciativa, que decorreu no parque de estacionamento subterrâneo onde nascerá o ReMuseu, o diretor-geral do Electrão – Associação de Gestão de Resíduos, um dos promotores, explicou que a ideia do projeto surgiu a partir de um desafio lançado pela NewsMuseum antes de Lisboa ter sido reconhecida com o galardão de Capital Verde Europeia 2020 e que “rapidamente coincidiu com a agenda de eventos” que a capital vai promover.

Segundo Pedro Nazareth, a ideia deste museu é não criar um espaço novo, nem utilizar materiais novos. “Vai ser um museu temporário, finito no tempo, com princípio, meio e fim, vai poder fazer uso de materiais e de espaço reutilizado. E concluída a obra do ReMuseu, nós vamos poder utilizar os conteúdos e criar um centro de ativação permanente, de sensibilização ambiental para a área da reciclagem”, afirmou.

O diretor-geral do Electrão adiantou que o museu contará com uma “superestrutura exterior”, através da qual os visitantes farão a sua admissão ao ReMuseu, e depois terão oportunidade de fazer “uma viagem pelo mundo do consumo” e da “reutilização de equipamentos e de bens”.

Além de querer mudar hábitos e comportamentos, o ReMuseu pretende “explicar o que está para lá do contentor do lixo, o que é o mundo da reciclagem e a forma como as pessoas podem facilitar este mundo da reciclagem e contribuírem para um mundo melhor”, destacou Pedro Nazareth. “Isto vai ser feito ao longo de sete salas, onde as pessoas estão convidadas a fazer esta viagem”, acrescentou.

Pedro Nazareth realçou ainda que é necessário explicar aos visitantes que a reciclagem e a separação de resíduos não é suficiente. “É, sem dúvida, um contributo muito importante, mas nós temos de objetivamente repensar a forma como nós consumimos”, defendeu o diretor-geral do Electrão, acrescentando que está convicto de que a experiência conseguirá mudar comportamentos.

“Eu acho que muitas pessoas vão deixar cair muitos dos tabus, que, de alguma forma, são inibidores da ação e da correta separação de resíduos, esperando que amanhã já não seja um em cada três, mas que seja um em cada cinco a não promover a correta reciclagem dos resíduos”, argumentou.

O ReMuseu vai ter um conjunto de experiências interativas “para dar o filme” do que é a gestão de resíduos, o que são equipamentos elétricos usados, o que é que são as diferentes tipologias de embalagens usadas e como é que estas são triadas e recicladas “para lá do contentor do lixo”, sintetizou Pedro Nazareth.

Por seu turno, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), reforçou que o museu tem a “mensagem muito clara” de transmitir que “a ação de cada um conta muito”. O chefe do executivo municipal ambiciona que, no final do ano de 2020, a capital seja mais verde, os cidadãos estejam “mais conscientes e mais ativos” e sejam alcançados melhores resultados em matéria de reciclagem.

A entrada no museu é gratuita, mas os visitantes terão de entregar uma embalagem usada para receberem o seu bilhete.

O ReMuseu, inserido na programação da Lisboa Capital Verde Europeia 2020, é promovido pelo Electrão e pelo Lidl Portugal, contando com o apoio da autarquia da capital e do NewsMuseum.

// Lusa



“Turismo do sono” é a última tendência no setor do bem-estar (e já há resorts dedicados a isso)

O turismo do sono é a última tendência no lucrativo setor de bem-estar. O programa de aprimoramento do sono conduzido por médicos no Canyon Ranch, nos Estados Unidos, quer mostrar que dormir tem de ser levado a sério.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, um em cada três adultos não dormem o suficiente. De acordo com a especialista em sono, Alison Francis, está na hora do sono ser levado a sério. “A forma como as pessoas vivem e o stress que sofrem suprime as hormonas do sono”, afirmou Francis, que administra os seus próprios retiros particulares em todo o mundo, em declarações ao OZY. “A menos que possamos regressar a algum tipo de equilíbrio do ser humano, [a privação do sono] é apenas uma epidemia.”

Embora os efeitos da privação do sono sejam feios, os destinos de retiro nos quais pode lidar com isso são tudo menos isso. Maurícia, Suíça, Espanha e sudeste da Ásia são apenas uma amostra das escapadelas de sono populares.

No Golfo da Tailândia, o resort de bem-estar da ilha Kamalaya Koh Samui oferece aos hóspedes pacotes de aprimoramento do sono de cinco, sete ou nove noites. Lá, os mentores de bem-estar ajudam os hóspedes a adotarem hábitos saudáveis, como a criação de rituais noturnos. Massagens com vista também ajudam.

Mas não é preciso viajar pelo mundo para dormir melhor em lugares exóticos. As redes de hotéis estão já a capitalizar o turismo de sono. Por exemplo, a Westin Hotels, nos Estados Unidos, oferece um “menu de sono” de 24 horas com seleções destinadas a promover uma sesta de qualidade – por exemplo, salmão selvagem grelhado com quinoa de nozes.

Já no Canyon Ranch, palmeiras e catos são os vizinhos dos hóspedes. O sereno resort de bem-estar de 607 metros quadrados oferece ioga com vista para o deserto e caminhadas tranquilas pelas montanhas de Santa Catalina. Porém, algumas das experiências mais transformadoras do Canyon Ranch acontecem quando os olhos estão fechados.

Os hóspedes têm duas opções de treino para dormir. O primeiro é um teste de triagem do sono no local, onde se adormece com o equipamento de sono aprovado pela Food and Drug Administration para rastrear períodos de agitação. Para uma abordagem mais completa, o hóspede pode participar num estudo noturno do sono, em que o médico monitoriza e analisa o sono em tempo real.

O Canyon Ranch, de 40 anos, um dos primeiros refúgios de bem-estar nos Estados Unidos, oferece programas de sono orientados por médicos. A estadia no resort não é barata – custa, no mínimo, cerca de 1.400 euros por noite, o que inclui refeições, aulas, atividades e um crédito diário de 145 euros para serviços como massagens e tratamentos corporais ou tratamentos individuais com médicos.

Pagar milhares de euros apenas para dormir pode levantar algumas críticas, mas a experiência é mais do que descansar, acordar, relaxar e repetir. Os médicos certificados pelo conselho da instituição analisam o sono e elaboram planos para ajudar os hóspedes a superar problemas como apneia do sono, insónia, síndrome das pernas inquietas e sonambulismo, além de outros problemas de saúde, incluindo dor crónica, menopausa, saúde do coração, saúde cerebral, stress e luto.

“Quando tivermos um diagnóstico ou fator-chave, poderemos abordar as oportunidades físicas, mentais, emocionais e espirituais em direção a uma melhor saúde”, explicou Param Dedhia, diretor de medicina do sono do Canyon Ranch. Isso pode significar fazer mais exercício, comer refeições equilibradas, aproveitar o sol da manhã e reduzir a exposição à luz azul dos smartphones hábitos positivos de higiene do sono fáceis de praticar em casa.

A experiência vale o dinheiro? Na CES 2020, a Withings anunciou que o seu ScanWatch vai rastrear a apneia do sono através de sensores de SpO2 – saturação de oxigénio. O relógio foi submetido ao FDA e a empresa antecipa um preço entre 220 e 270 euros. O lançamento está previsto para meados de 2020. Este tipo de dispositivo pode significar testes de retiro de sono sem preços de retiro de sono.

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Cansados das cheias e dos turistas, habitantes começam a sair de Veneza

As cheias dos últimos anos, o excesso de turismo e a falta de qualidade de vida são alguns dos motivos que levam os habitantes de Veneza a deixar a cidade.

Patricia Blaci vive em Veneza há 25 anos, mas depois de a sua casa ter sido severamente danificada pelas inundações, em novembro do ano passado, as piores desde 1966, decidiu deixar a cidade.

“Não foi uma decisão fácil, tenho um profundo afeto por esta cidade e lutei por ela. Mas tornou-se muito difícil ficar. É como viver num barco. Ocasionalmente, a água entra, sobe e desce, tal como uma maré. Desta vez, aumentou muito e durou cinco dias”, conta a arquiteta e guia turística, que se vai mudar para Espanha, ao jornal The Guardian.

De acordo com o diário britânico, o centro histórico da cidade italiana e as suas onze ilhas habitadas perderam, no ano passado, 1092 pessoas para outras cidades e, em alguns casos, para outros países.

A subida do nível do mar, as inundações recorrentes, o custo de vida alto, associado também ao excesso de turismo, e, agora, o despovoamento são algumas das maiores ameaças que a cidade enfrenta.

“Veneza não perdeu a sua alma, vendeu-a”, afirma ao jornal Maria Teresa Laghi, italiana que tem uma das poucas lojas tradicionais que ainda existem no bairro de San Polo.

A autarquia, liderada por Luigi Brugnaro, defende que o problema não é só a despovoação, mas também o facto de haver nesta zona uma população muito envelhecida. Entre janeiro e outubro de 2019, houve 1038 mortes e apenas 361 nascimentos.

Ao mesmo tempo, relembra o município, embora mais de mil pessoas tenham abandonado Veneza, também chegaram outros 1172 novos habitantes. Um número que, na opinião de Matteo Secchi, é totalmente falso.

“Este número é falso porque, em muitos casos, as pessoas vêm aqui, compram uma casa e depois alugam-na a turistas enquanto vivem noutro lugar. Estimamos que cerca de 5000 ‘habitantes’ façam isso”, diz o responsável do grupo ativista Venessia.

Cerca de 60 mil turistas visitam diariamente, no verão, o centro histórico de Veneza, onde vivem atualmente 52 mil pessoas. A partir de julho deste ano, os turistas que estejam de passagem pela cidade e pelas ilhas da laguna pagarão até dez euros.

Quem ficar a dormir na cidade não terá de pagar esta nova taxa, até porque já paga a normal taxa turística de alojamento (atualmente, até cinco euros por pessoa por noite).

ZAP //



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