Terça-feira, Julho 8, 2025
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Última residência do czar Nicolau II reabre portas este verão

O Palácio de Alexandre, na Rússia, vai reabrir ao público este verão, depois ter sido sujeito a obras de remodelação profundas durante oito anos.

O Palácio de Alexandre, a última residência do czar Nicolau II antes de este e a sua família terem sido assassinados pelos bolcheviques, vai reabrir ao público este verão, depois das obras de remodelação, avança a AFP.

O palácio, considerado um dos melhores trabalhos do arquiteto italiano Giacomo Quarenghi, está localizado a poucos quilómetros de São Petersburgo e foi construído no final do século XVIII para o futuro czar Alexandre I.

O local encontra-se sob um programa de renovação desde 2012 e foi totalmente fechado ao público três anos depois. No início do verão, entre junho ou julho, oito salas restauradas vão ser inauguradas, entre as quais os aposentos do czar e czarina, disse um representante do Tsarskoe Selo State Museum à mesma agência.

Foi a partir do Palácio de Alexandre que o czar e a sua família foram enviados para o exílio em Tobolsk, na Sibéria, em agosto de 1917. Posteriormente, foram transferidos para Yekaterinburg, onde foram executados.

No ano passado, a Netflix lançou uma série documental sobre a história de Nicolau II e a sua família, que acabou por ditar o fim da dinastia de 300 anos dos Romanov e a queda do Império Russo.

ZAP //



Maior avião comercial do mundo vai ser reciclado (mas vende lembranças)

O primeiro Airbus A380 vai ser dividido em peças para futuras substituições, mas vai voltar aos céus através de etiquetas de bagagem.

O MSN003 começou a ser fabricado em 2004 e tornou-se o primeiro avião super jumbo a entrar ao serviço comercial. Estreou-se ao serviço da Singapore Airlines para Sydney, em outubro de 2007. O avião só foi removido da frota de Singapura no ano passado, tendo sido transferido imediatamente para o sul de França, onde está a ser desmantelado para componentes.

Desde que estas aeronaves começaram a ser desativadas que os aficionados de aviação começaram a colecionar o seu interior e exterior – como carrinhos de bebidas, mesas de café ou mini-bares completos.

Porém, de acordo com a agência Bloomberg, o avião vai ser reciclado, mas vai continuar a voar através de etiquetas de bagagem. As etiquetas para colocar nas bagagens tratam-se de coleções de edição limitada de sete mil peças, uma vez que são fabricados a partir do alumínio exterior do maior avião comercial do mundo.

Estas etiquetas estão à venda no Aviationtag por 27,95 euros, sendo esta uma recordação do avião que deixará de ser produzido em 2021.

A opção de reciclar as aeronaves tornou-se num negócio lucrativo, uma vez que muitos componentes valem mais como peças únicas do que enquanto um todo. A criação de sete mil etiquetas é um exemplo desse negócio, uma vez que cada um vai ser gravado individualmente, com uma silhueta parcial da aeronave e alguns dados, entre os quais o número de emissão.

No ano passado, a Airbus anunciou a interrupção da produção do modelo jumbo, devido à aposta das companhias aéreas em modelos mais recentes e económicos. Este modelo, que vai ser descontinuado, conta com chuveiros e bar nas zonas de primeira classe, como possibilidade para os passageiros da classe executiva possam conviver.

ZAP //



7 boas razões para visitar San José

Viajar para a América Central costuma trazer à mente imagens de países como Cuba ou como a República Dominicana, ou mesmo visões de uma praia paradisíaca nas Bahamas. Mas é na Costa Rica que se encontra a cidade de San José, a capital e maior cidade do país.

Um destino turístico cada vez mais popular, San José é uma cidade ainda pouco conhecida entre os turistas. Neste artigo decidimos destacar 7 boas razões para viajar até San José e experimentar aquele que é um dos segredos mais bem guardados da América Central. Afinal, por que escolher San José?

Paisagens naturais e jardins deslumbrantes

San José é uma cidade moderna e cosmopolita, rodeada de natureza deslumbrante e de alguns dos jardins mais bonitos do mundo.

A apenas 30 quilómetros do centro de San José encontra-se o jardim Else Kientzler, um paraíso tropical que pode ser visitado pelos turistas e onde podem ser vistas mais de 2 mil espécies de plantas.

Mais perto ainda de San José, apenas 18 quilómetros a Sul da cidade, situa-se o jardim botânico de Lankester, onde se pode encontrar uma das maiores concentrações mundiais de orquídeas e que é a casa de mais de 3 mil espécies de plantas.

Comida de deixar água na boca

A gastronomia local de San José é uma das imagens de marca da cidade, que se orgulha dos seus restaurantes de comida típica.

O prato nacional da Costa Rica é o gallo pinto, que mistura arroz frito e feijão preto e que é normalmente servido com natas e tortilha.

Na Costa Rica, o gallo pinto é tradicionalmente servido ao pequeno-almoço. Para além de pratos clássicos da cozinha da Costa Rica, em San José pode-se ainda passar pelo Barrio Escalante, uma zona de diversão nocturna onde se pode encontrar uma vasta selecção de restaurantes trendy e cozinha moderna.

Museus e monumentos históricos

Antes de Cristóvão Colombo, a Costa Rica era casa de uma cultura indígena rica e interessante. Na Avenida Central de San José podem ser encontrados 3 museus que exploram a rica história folclórica do país.

O Museu Nacional da Costa Rica, o Museu do Banco Central da Costa Rica, e o Museu de Jade situam-se todos na mesma rua, a minutos de distância um do outro.

No centro da cidade pode-se ainda visitar a jóia da coroa da cidade, que é o Teatro Nacional da Costa Rica. San José é uma cidade conhecida por apresentar espectáculos de dança e peças de teatro de grande qualidade.

Segurança e acessibilidade

Os países da América Central são muitas vezes evitados pelos turistas que gostam de circular livremente pelas cidades e confraternizar com os locais.

A insegurança e falta de condições condiciona muitas vezes os turistas a hotéis fechados e faz com que estes não visitem as cidades. San José, no entanto, não é uma típica cidade da América Central.

A capital da Costa Rica dispõe de excelentes condições de acessibilidade, incluindo uma avançada linha de comboios, e é considerada uma das cidades mais seguras de todo o continente americano.

Casinos e diversão nocturna

E que tal apimentar as suas emocionantes aventuras na Costa Rica com uma aposta no casino? Casino Portugal já tem, mas nenhum como aqueles que se encontram em San José.

A capital da Costa Rica é considerada uma das melhores cidades do mundo para aqueles que gostam de jogar em casinos, e a excelente rede de casas de jogo da cidade é complementada com uma oferta completa a nível de diversão nocturna. Para todos os efeitos, San José é uma espécie de Las Vegas da América Central.

O melhor café do mundo?

A Costa Rica é o décimo terceiro maior produtor de café do mundo, produzindo um total de 1.5 milhões de sacos de café todos os anos. Mas o café de San José acaba por impressionar mais pela qualidade do que pela quantidade.

O célebre café da Costa Rica é servido aos turistas na cidade, mas os mais aventureiros podem procurar uma experiência mais autêntica junto das quintas de produtores que circundam a cidade. De acordo com o Papa Francisco, o café da Costa Rica é o melhor café do mundo. Se é fã desta milenar bebida, visitar San José torna-se obrigatório.

Arte urbana

San José é uma cidade repleta de história e tradição, mas que também se destaca enquanto um centro cosmopolita de jovens artistas urbanos.

A presença da cultura jovem na cidade é visível através dos vários exemplos notáveis de arte urbana que podem ser encontrados um pouco por toda a cidade, mas com especial ênfase junto da Universidade da Costa Rica.

O bairro de La California é o epicentro da arte urbana em San José e um autêntico paraíso para todos aqueles que apreciem o graffiti. San José é uma cidade repleta de juventude devido à sua forte componente académica.

aeiou //



Após 40 anos, a Casa dos Amantes de Pompeia abre ao público

Pela primeira vez após 40 anos, a Casa dos Amantes, rica em frescos e decorações e uma das jóias de Pompeia, vai abrir ao público.

Encontrada durante escavações em 1933, a Casa dos Amantes, em Pompeia, foi gravemente danificada pelo terramoto de Irpinia em 1980, que matou quase três mil pessoas. É uma das casas mais famosas de Pompeia por causa da sua beleza e porque era praticamente a única cujo segundo andar ficou quase completamente preservado após a erupção do Vesúvio em 79 d.C.

Na casa, impressiona especialmente uma sala com decorações em fundo preto e querubins, iluminada após a restauração com uma técnica específica que realça ainda mais a beleza da sala.

O nome da casa, datado do século I a.C, deve-se a uma inscrição latina colocada à direita da sua entrada, que dizia “Amantes como as abelhas passam uma vida doce como o mel. Eu desejo que assim seja”.

O trabalho de restauração desta casa começou em 2014 com o Projeto Great Pompeii, financiado principalmente com fundos da União Europeia. O projeto, que foi uma verdadeira revolução nas escavações e restauração, recebeu 105 milhões de euros, 75 deles da UE.

Para a reabertura, o Ministro da Propriedade Cultural, Dario Franceschini, foi a Pompeia, que também anunciou a conclusão do trabalho de outras duas casas recém-restauradas, além da dos Amantes. A Casa do Navio Europa, nomeada por uma grande grafite que reproduz um navio romano com velas com o nome de Europa, gravada numa das paredes; e a Garden House, com os seus cubículos de flores é um dos mais belos exemplos de pinturas de jardim encontradas em Pompeia.

“Pompeia é uma história de renascimento e recuperação única, um modelo para toda a Europa na gestão de fundos da UE, um local onde pesquisas e novas escavações voltaram a funcionar graças ao trabalho de muitos profissionais do património cultural”, disse Franceschini.

Graças às escavações dos últimos dois anos, dezenas de descobertas foram feitas, incluindo um esplêndido fresco de dois gladiadores em combate e restos humanos, como os esqueletos de duas mulheres e três crianças numa aldeia.

O renascimento de Pompeia deve-se ao facto de ter ficado para trás um passado cheio de incidentes. Antes de 2014, havia vandalismo e frequentes quedas de paredes e danos estruturais em algumas domus, incluindo o colapso da Casa dos Gladiadores em 2010, um dos mais importantes de Pompeia.

O renascimento de Pompeia também se reflete no aumento do número de visitantes: em cinco anos, o aumento foi de 47,5%, passando de 2,6 milhões de turistas em 2014 para quase 4 milhões em 2019.

O ministro anunciou o investimento de mais 50 milhões de euros para continuar os trabalhos de restauração. A tarefa pendente é grande: a terra de Pompeia cobre 66 hectares e foram escavados 44 hectares. Um terço está disponível para as novas gerações, que podem descobrir e desfrutar de novas maravilhas.

ZAP //



Amesterdão pondera proibir turistas de comprarem canábis

Anthony Coronado / Flickr

Red Light District, Amesterdão

A presidente da Câmara de Amesterdão está a ponderar proibir a venda de canábis aos turistas, na sequência dos resultados de uma pesquisa sobre este tema.

Amesterdão, na qual vivem 1,1 milhões de pessoas, tem enfrentado, nos últimos anos, uma avalanche de turistas (mais de 17 milhões de visitantes por ano). Em julho de 2019, Femke Halsema, que é a primeira mulher a presidir a autarquia, apresentou um plano para repensar o conceito do famoso Red Light District.

Agora, escreve o jornal The Guardian, um inquérito divulgado pela autarquia sugere que um terço dos turistas (34%) teria menos probabilidade de visitar a cidade novamente se fosse impedido de comprar canábis nas coffee shops na área de Singel, onde o famoso bairro de prostituição está localizado. 11% dos inquiridos disseram até que nunca mais voltariam.

Dos cem visitantes inquiridos, com idades entre os 18 e os 35 anos, a maioria (57%) considerou que estes cafés têm um papel importante na decisão de visitar Amesterdão.

Por isso, numa carta enviada aos seus conselheiros, Halsema anunciou a intenção de realizar “um estudo, este ano, para reduzir a atração da canábis para os turistas e regulação (local) da ‘porta dos fundos'”.

Isto porque, embora a canábis seja tolerada nos Países Baixos, a produção é ilegal, o que leva muitas vezes as coffee shops a abastecerem-se pela tal “porta dos fundos” e a lidar com organizações criminosas.

“Uma clara separação de mercados entre drogas pesadas e drogas leves tem grande urgência por causa do endurecimento do comércio de drogas pesadas”, acrescentou a autarca, citada pelo jornal britânico.

Esta quinta-feira, a autarquia anunciou ainda que as visitas de grupo ao Red Light District e a outras áreas da capital ligadas à prostituição serão formalmente proibidas a partir do dia 1 de abril.

Em julho, Halsema explicou que estas medidas servem para combater o tráfico humano, a fraude e o branqueamento de capitais inerentes ao negócio. “Aqueles que causam desconforto não são as profissionais do sexo, que se tornaram numa atração turística para um grande número de pessoas que vai para lá tirar selfies. É humilhante para as pessoas que trabalham lá e isso não pode ser tolerado”, considerou na altura.

ZAP //



Emirados Árabes Unidos vão ter primeira central nuclear a funcionar no mundo árabe

Wikiemirati / Wikimedia

Central nuclear de Barakah

Os Emirados Árabes Unidos permitiram o início das operações da central nuclear de Barakah, a primeira no mundo árabe, anunciou esta segunda-feira o representante permanente do país na Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

“A Autoridade Federal de Regulamentação Nuclear (FANR) aprovou a licença da empresa Nawah para operar o reator 1 da central”, disse Hamad Alkaabi numa conferência de imprensa em Abu Dhabi, acrescentando que as operações terão início num “futuro próximo”.

Fundada em 2016, a Nawah Energy Company vai operar e manter, a longo prazo, os quatro reatores da central nuclear de Barakah, no noroeste do país, segundo o site da empresa. O primeiro dos quatro reatores deveria ter começado a operar no final de 2017, mas a data de início foi adiada várias vezes para atender às condições legais de segurança.

“Este é um momento histórico para os Emirados Árabes Unidos, coroando assim o esforço de 12 anos para construir este programa nuclear pacífico para atender às futuras necessidades de energia do país”, afirmou Alkaabi. “Após a emissão da licença de operação do primeiro reator, a operadora Nawah iniciará a sua preparação para a sua entrada na exploração comercial”, disse Alkaabi.

“Os Emirados continuam comprometidos com os mais altos padrões de segurança nuclear e não proliferação nuclear, além de uma cooperação sólida e contínua com a AIEA e os parceiros nacionais e internacionais”, afirmou o diplomata.

Quando estiverem totalmente operacionais, os quatro reatores terão capacidade para produzir 5.600 megawatts de eletricidade, cerca de 25% das necessidades dos Emirados Árabes Unidos, um país rico em petróleo.

// Lusa



Novos semáforos da Índia ficam vermelhos quando os condutores buzinam

A Polícia de Mumbai, na Índia, instalou detetores de ruído em vários semáforos de cruzamentos importantes da cidade, visando reduzir a poluição sonora. Agora, quanto mais os condutores buzinam, mais tempo a luz se mantém vermelha.

Conhecida como a “capital das buzinas”, Mumbai enfrenta problemas com a poluição sonora, conta o The New York Times. Mesmo com o sinal vermelho, há motoristas mais impacientes que buzinam, antecipando-se à luz verde que permite a passagem.

Para pôr fim a este problema, a polícia de Mumbai instalou detetores de ruído em vários semáforos localizados em locais importantes da cidade.

Se o nível do ruído ultrapassar os 85 decibéis – o nível aproximado de um comboio de carga a passar a cerca de cinco metros -, o temporizador que permite que a luz vermelha seja substituída pela verde é redefinido, demorando mais tempo a fazer a transição.

Quando mais ruído houver, mais tempo o sinal ficará vermelho. Os detetores foram instados no final do ano passado, tendo o sistema sido batizado como “O Sinal da Punição”.

A polícia indiana deixou também frases enigmáticas nas interseções nas quais se podia ler: “Buzinas mais, esperas mais”. Um vídeo sobre a iniciativa foi publicado pelas autoridades nas redes sociais, somando desde logo milhões de visualizações.

“É isso que queríamos dizer aos condutores: buzinar ou fazer barulho não move o tráfego (…) O trânsito leva o seu próprio tempo a mover-se”, explicou o porta-voz da polícia de Mumbai, Pranaya Ashok, em declarações ao jornal norte-americano.

Mumbai ficou em quatro lugar no ranking do TomTom Index de 2019, que classifica o congestionamento de trânsito urbano em centenas de cidades em todo o mundo. Em média, estimaram os especialistas, os motoristas desta cidade indiana perderam cerca de 209 horas – isto é, 8 dias e 17 horas – no trânsito de Mumbai no passado passado.

Durante todo este tempo, aponta o portal IFL Science a título de exemplo, seria possível assistir 185 episódios da série “A Guerra dos Tronos”, ouvir 4.012 vezes a música “Imagine” de John Lennon e plantar 209 árvores.

ZAP //



Construção do muro de Trump está a destruir locais sagrados indígenas

Jose Luis Gonzalez / EPA

A administração Trump está a destruir locais sagrados de povos nativos dos Estados Unidos para erguer o tão prometido muro na fronteira com o México.

De acordo com o jornal Washington Post, os trabalhos começaram no Organ Pipe Cactus National Monument, no estado do Arizona, que, para além de ser considerado um monumento nacional, é reserva da biosfera da UNESCO desde 1976.

Para além de ser um lugar único no que toca à fauna e à flora, esta área tem fortes ligações com vários grupos indígenas, como é o caso da nação Tohono Oʼodham, que vive há alguns séculos no deserto de Sonora.

Segundo o congressista democrata Raúl Grijalva, equipas começaram, esta semana, a fazer explosões controladas no Monument Hill, no qual se encontra o cemitério onde este povo nativo enterrava membros de outras tribos.

“As explosões estavam a acontecer no local onde se enterrava respeitosamente guerreiros Apaches envolvidos nas batalhas com os Oʼodham”, explicou o político num vídeo publicado no último domingo.

Antes da sua visita ao local, Grijalva já tinha enviado uma carta ao Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) a expressar “sérias preocupações” com o projeto e na qual pedia à DHS que consultasse a nação Tohono Oʼodham (algo que nunca chegou a acontecer, segundo o congressista).

Em declarações à CBS News, o democrata fez duras críticas à administração Trump, considerando que o Governo “está basicamente a passar por cima da história da tribo e da sua ancestralidade”.

Além destas preocupações, defensores do ambiente — e membros do Governo — já alertaram para a eventual destruição de outros locais na mesma região. Um relatório interno do Serviço Nacional de Parques, a que o The Post teve acesso, mostra que a construção do muro na fronteira com o México poderá destruir até 22 locais arqueológicos dentro do Organ Pipe Cactus National Monument.

Embora estas ações do Executivo pareçam ilegais, a verdade é que não o são, graças a uma lei chamada Real ID Act, promulgada em 2005, que, segundo o IFLScience, lhe permite renunciar a várias leis se estas impedirem a política de segurança nacional.

De acordo com o Washington Post, Grijalva planeia marcar uma audiência, ainda este mês, sobre o impacto da construção do muro. “É urgente, e o tempo é essencial para tentar trabalhar com os nossos amigos da Tohono Oʼodham para preservar, conservar e deixar a sua identidade intacta”, afirma.

O muro na fronteira com o México foi uma das grandes bandeiras de Donald Trump. Na semana passada, no discurso anual do Estado da União, o Presidente garantiu que, no início do próximo ano, o muro já vai ter mais de 800 quilómetros construídos.

ZAP //



“Natais Verdes”: Estâncias de esqui alpinas já planeiam futuro sem neve

jamescrook / Flickr

A estância de esqui da Val Thorens, nos Alpes franceses

No Natal passado, pela primeira vez desde que abriu, uma estância de esqui na cidade alpina francesa de Montclar não pôde contar com neve natural nem com as máquinas de neve artificial para produzir o material branco suficiente para cobrir as suas pistas.

Segundo noticiou o Phys Org, a estância de esqui francesa teve que usar um helicóptero para trazer neve dos picos altos dos Alpes e cobrir as suas pistas, nas quais não havia cobertura natural. A situação chocou a comunidade, que depende da neve para a sua sobrevivência financeira.

Os Alpes estão particularmente expostos aos efeitos devastadores do aquecimento global. De acordo com a Comissão Internacional para a Proteção dos Alpes (CIPRA), as temperaturas na cordilheira subiram cerca dois graus Celsius nos últimos 120 anos – quase o dobro da média global, com uma tendência ascendente.

O Instituto WSL de Pesquisa de Neve e Avalanche, em Davos, Suíça, alerta na sua página oficial sobre os “Natais Verdes” cada vez mais comuns nos Alpes, sendo os locais que se encontram abaixo de uma altitude de 1.300 metros os mais afetados.

“A grande maioria das estâncias está a ver uma clara redução no número de dias com solo coberto de neve, independentemente da sua altitude ou localização”, lê-se no comunicado da organização.

A estância de esqui de Montclar fica a 1.350 metros. Todos os anos, a queda de neve diminui em altitudes cada vez mais altas, de cerca de 1.200 metros na ​​década de 1960 para aproximadamente 1.500 metros atualmente.

Com pouca neve, nada pode ser deixado ao acaso. “É por isso que a tendência está a encaminhar-se no sentido de aumentar a capacidade de produção instantânea, a fim de poder cobrir toda a área com o máximo de neve, o mais rápido possível”, disse à AFP o fabricante de neve Bruno Farcy, para quem “os períodos de frio são cada vez mais curtos”.

Montclar foi um dos primeiros resorts, já na década de 1980, a instalar máquinas de neve artificial. Hoje em dia, possui um conjunto de máquinas que disparam automaticamente se a temperatura cair para menos de dois graus Celsius, além de tubos de transporte e tanques de armazenamento.

Mas mesmo essa rede não foi suficiente neste inverno. Não havia caído neve nas pistas a tempo da época do Natal e estava muito quente para operar as máquinas de neve. “Consideramos todas as opções, camiões, tratores …”, referiu Alain Quievre, responsável pela empresa que administra os teleféricos da estância de esqui.

Para resolver a situação, a estância alugou um helicóptero para transportar a neve natural de uma altitude de 2.000 metros, uma “escolha difícil”, dada a preocupação com o impacto ambiental, acrescentou Quievre.

A operação durou três horas e exigiu 400 litros de gasolina – cerca de 0,7% do consumo anual de combustível da estação, indicou, sublinhando que “estava em jogo o emprego de 50 trabalhadores em período integral e 43 trabalhadores sazonais”.

De acordo com o Phys Org, os cientistas têm alertado para a produção de neve artificial, que acaba por ser prejudicial para o ambiente por utilizar grandes quantidades de água e de energia.

Olhando para o futuro, algumas estâncias estão a mudar o foco das suas atividades para o esqui de verão, as caminhadas e o ciclismo, que atualmente representam apenas uma pequena parte da renda dos resorts tradicionais de desportos de inverno.

ZAP //



Madeira é o destino favorito para as agências de viagens

Thilo Hilberer / Flickr

Baia d’Abra, Madeira

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) elegeu a Madeira como “destino preferido” em 2020, pretendendo ajudar a aumentar o crescimento do fluxo turístico continental para a região, que vive no setor um momento delicado.

Num encontro com os jornalistas em Lisboa, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, começou por lembrar que a escolha de um “destino preferido” pela associação é um projeto anual que visa dinamizar os fluxos turísticos para um determinado destino, quer através de um trabalho temático, quer através de um trabalho técnico com os operadores turísticos e com os agentes de viagens.

“Esse trabalho ao nível técnico começou exatamente hoje, em que tivemos uma – julgo que muito proveitosa – reunião, com o destino e com o nosso capítulo de operadores da parte dos que trabalham o destino Madeira“, disse Pedro Costa Ferreira, na presença do secretário Regional do Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, com quem assinou um protocolo.

Pedro Costa Ferreira afirmou que este projeto “surge num momento que não deixa de ser delicado e importante para o destino turístico Madeira”, lembrando que no congresso anual da associação que decorreu, em novembro de 2019, no Funchal, já tinham feito uma caracterização do momento que aquele destino vive.

“Definimos o momento quase como uma tempestade perfeita no sentido em que a Madeira foi, enquanto destino, aguçada por falências importantes de companhias aéreas, foi das experiências que ocorreram na relação com o mercado português claramente a mais prejudicada, nalguns casos ferindo o seu principal mercado e ferindo de uma maneira bastante particular rotas de cidades importantes apesar de secundárias, rotas essas que não foram ainda ocupadas”, lembrou o responsável.

A APAVT voltou a enumerar a “cada vez maior visibilidade da inoperacionalidade do aeroporto” como um constrangimento – apesar de esta ter sido em 2019 metade da que foi em 2018, assim como o registo de “algum importante aumento da oferta” que “não deixa de ser um fator adicional de risco para o êxito da operação”.

“Por todas estas razões, este destino preferido, em meu entender, aparece no momento ideal porque é o momento em que precisamos de atuar com mais acuidade e pretendemos atuar aumentando o crescimento do fluxo turístico continental para a região turística da Madeira e Porto Santo. Pretendemos diminuir a sazonalidade e, sobretudo, talvez o mais importante, pretendemos lançar as bases de uma alteração estrutural da relação”, acrescentou.

Já o governante regional afirmou que “é um grande momento e felicidade este protocolo como destino preferido, numa relação que é já antiga, duradoura e saudável“, lembrando que já tinham sido eleitos como tal em 2016 e que, “daí para cá, a Madeira não deixou de crescer no [número de turistas do] mercado nacional”.

A Madeira também tem “tido a preferência da APAVT para a realização dos seus congressos anuais”, o que já aconteceu por cinco vezes, acrescentou Eduardo Jesus, recordando os mais de 700 congressistas que estiveram na Madeira na última reunião magna do setor em, 2019.

“Nos últimos dois anos foram 14 as falências de companhias aéreas que afetaram os aeroportos geridos pela ANA. Dessas 14, nove focaram o aeroporto da Madeira. Isto foi o foco de um conjunto de circunstâncias que o destino assim quis (…) e que nos deixa, naturalmente, numa circunstância que obriga a reação”, disse o governante.

Mas, Eduardo Jesus considerou ainda o facto dos constrangimentos que têm vindo a ser colocados à Madeira, este e os enumerados pela APAVT, como não sendo “mais do que dádivas porque constituem, naturalmente, grandes oportunidades”.

A Madeira foi ao longo de 2019 o destino turístico nacional a registar quedas no número de dormidas, mas Eduardo Jesus lembrou que até novembro de 2019, últimos dados disponíveis, o mercado nacional cresceu 9% na região e liderou.

ZAP // Lusa



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