Sexta-feira, Abril 25, 2025
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Itália proíbe construção de um McDonald’s perto de sítio arqueológico

O Ministério de Propriedade Cultural e Atividades da Itália (MiBAC) vetou, em 31 de julho, um projeto para abrir um novo McDonald’s no coração da área histórica de Roma.

“O Ministério interveio […] rapidamente para cancelar, sob um regime de auto-proteção, o procedimento de autorização para a construção de um restaurante fast-food na área arqueológica das Termsd de Caracalla”, disse o ministério em comunicado.

“Já tinha expressado a minha oposição a um fast food [na região]”, disse o chefe do MiBAC, Alberto Bonisoli, na sua página no Facebook, onde comentou a decisão.A presidente da capital italiana, Virginia Raggi, aplaudiu o veto. “As maravilhas de Roma devem ser protegidas”, disse na sua conta no Twitter.

Como planeado no projeto rejeitado, o restaurante de 250 lugares deveria ocupar 800 metros quadrados em terrenos particulares na estrada Bacelli, muito perto das Termas de Caracalla e da muralha Aureliana. “É uma das poucas áreas no centro de Roma ainda saudável, não distorcida“, disse o conselheiro municipal Stefano Marin ao La Repubblica em 25 de julho.

A McDonald’s tem mais de 40 restaurantes em Roma, alguns localizados na vizinhança de marcos da capital italiana como são os casos da Piazza Navona, a Piazza di Spagna e o Vaticano. No entanto, nenhum dos McDonald’s foi construído na zona histórica de Roma onde se encontram os principais monumentos do império romano.

As Termas de Caracalla são um complexo de banhos públicos construídos no início do século III. Destruídas por um terremoto em 847, foram escavadas e reconstruidas nos séculos XIX e XX, tornando-se uma das principais atrações turísticas de Roma.

Já a Muralha Aureliana é um conjunto de muralhas erguidas em Roma, entre 271 e 275, durante o reinado dos imperadores romanos Aureliano e Probo. Englobava todas as Sete Colinas de Roma, além do Campo de Marte e do distrito do Trastevere, na margem esquerda do rio Tibre. As margens do rio situadas dentro dos limites da cidade parecem não ter sido fortificadas, embora o fossem ao longo do Campo de Marte.

ZAP //



Turista multado em 300 euros em Itália. Estava a dormir a sesta numa rede

Itália parece continuar a sua “guerra” contra os turistas. Depois de uma casal de alemães ter sido multado em 950 euros por fazer café na rua, agora foi a vez de um austríaco ser obrigado a pagar 300 euros por dormir a sesta numa rede.

O homem, de 52 anos, foi multado em 300 euros depois de ser apanhado a dormir a sesta numa cama de rede na cidade de Trieste, no nordeste de Itália, noticia a Deutsche Welle.

“O homem instalou uma rede bloqueando parte de uma passagem para pedestres na orla marítima de Trieste. Estamos a falar de uma avenida onde as pessoas fazem passeios de lazer. [O turista] bloqueou o caminho e tirou uma sesta”, revelou o porta-voz da polícia italiana em declarações à DW.

De acordo com a mesma fonte, este tipo de intervenções está previsto na regulamentação municipal para os espaços verdes da cidade. “É uma regulamentação que diz respeito a todos os patrimónios públicos e espaços verdes da cidade”, sublinhou.

Não é normal que alguém vá para a rua e instale uma rede, mesmo que haja árvores”.

O austríaco pendurou uma cama de rede entre duas árvores no bairro marítimo de Barcola, conhecido pela sua floresta de pinheiros e praias, sendo depois interrompido pelas autoridades que receberam queixas de pessoas que por lá passavam.

O antigo presidente da cidade de Trieste, Roberto Cosolini, recorreu à sua página de Facebook e, com alguma ironia à mistura, criticou a situação, sugerindo que a cidade deve, antes de multar turistas, informá-los sobre o que podem ou não fazer.

“Felizmente, a minha paixão pelo México e pelas suas redes levou-me a instalar uma confortável rede de Yucatán em casa”, escreveu no seu mural.

“Posso relaxar com uma cerveja ou daiquiri sem correr nenhum risco. Brincadeiras à parte, talvez possamos começar por explicar, principalmente aos turistas estrangeiros numa cidade acolhedora, sobre as regras e convidá-los a respeitá-las”, pode ler-se.

Veneza aprovou recentemente uma legislação para tentar controlar os comportamentos dos 30 milhões de turistas que todos os anos visitam a cidade lagunar. A nova lei, aprovada em maio, estabelece regras de decência, limpeza e segurança.

São proibidos piqueniques em determinados locais, tomar banho em fontes e não usar camisola em espaços públicos, podendo os infratores serem multados.

Em dezembro passado, a cidade ganhou aprovação para introduzir uma taxa de entrada de até 10 euros para turistas de curta duração.

ZAP //



Cabo Verde: como quebrar o isolamento de um estado insular ?

(dr)

Situado ao largo do Senegal, o arquipélago de Cabo Verde sofre com o seu isolamento. Trata-se de uma localização geográfica, como uma guarda avançada instalada em pleno oceano Atlântico, que poderia paradoxalmente constituir uma excelente mais-valia para, assim, se transformar numa plataforma aérea, para responder ao mesmo tempo à Europa, à África e às Américas.

Como quebrar o isolamento de um país que ninguém sabe verdadeiramente localizar no planisfério? Pergunte às pessoas à sua volta e verá que terão apenas uma vaga ideia de que se encontra ao largo de uma costa qualquer. Talvez da África, ou de Portugal, de Marrocos…. Temos de ir mais para sul, no alinhamento da fronteira entre o norte do Senegal e o sul da Mauritânia.

Praia, a capital do arquipélago, encontra-se a 650 km ao largo de Dacar, a uma curta distância de avião. A débil economia deste país aposta nos serviços e no turismo. Os recursos naturais de Cabo Verde são muito fracos, limitando-se a bananas, sal e pesca (atum, lagosta, etc.).

O país ingressou na OMC (Organização Mundial do Comércio) apenas em 2008.

Geografia: ponto fraco ou forte?

Sob o ponto de vista geográfico, o potencial do país está na sua unicidade.  Basta olhar para o planisfério para nos apercebermos de que o isolamento deste arquipélago vulcânico constitui igualmente um ponto forte.

Ergue-se como um posto avançado no cruzamento das rotas entre a África e a América do Norte e entre a Europa e o Médio Oriente e a América do Norte… Uma posição geográfica ideal para as companhias aéreas que não dispõem de aviões de longo curso com capacidade de efetuar voos intercontinentais.

Contudo, para destacar todo este potencial, seria necessário tomar uma série de medidas num país que, mesmo assim, pode orgulhar-se por ter saído dos cinco piores países do mundo em termos económicos, ocupando atualmente o 190.º lugar a nível mundial.

Em Cabo Verde, estamos longe do postal com a cantora Cesária Évora. Ainda há muito a fazer, e os investimentos são bem-vindos.

À semelhança do que aconteceu em Portugal no início dos anos 90, são as instituições internacionais e os países doadores que pressionam as autoridades a privatizar alguns setores da economia cabo-verdiana para reequilibrar as contas públicas.

Atualmente, Cabo Verde apresenta uma dinâmica positiva e o seu défice está em regressão. Um dos primeiros indícios deste facto é o setor das energias alternativas, sendo a eólica a principal, com um programa ambicioso de autossuficiência até 2025.

«Os recursos eólicos do país são equiparados aos de Marrocos, tendo o potencial solar do Sahel, recursos geotérmicos semelhantes aos do Quénia e uma energia marinha comparável à de muitos países costeiros», afirma Erik Nordman, professor investigador na universidade de Grand Valley State. É enorme.

É uma verdade de La Palice: o país encontra-se ainda numa fase muito básica porque os seus serviços são rudimentares. A entidade gestora aeroportuária ASA (Aeroportos Aérea SA) só teria a ganhar se houvesse investimentos significativos. O próprio terminal é um sumidouro financeiro, sendo que o Estado cabo-verdiano injeta 100 000 dólares por dia para poder funcionar, facto que não pode durar muito mais tempo.

Contudo, a história registou solavancos. O antigo primeiro-ministro José Maria Neves (em funções de 2001 a 2016) tinha anunciado a privatização da companhia aérea TACV sem a intervenção desta.

Pressionado pelo Banco Mundial que preconizava a liquidação pura e simples da companhia do Estado (o que implicaria 510 despedimentos forçados), o cenário de uma privatização impôs-se por fim como sendo necessário.

Atualmente, o que se mostrou ser benéfico para a companhia aérea é o que se tenciona fazer para os aeroportos, com a diferença de se tratar de uma concessão prevista relativamente aos últimos.

Por sua vez, o presidente do conselho de administração da ASA, Jorge Benchimol Duarte, mostrou-se rapidamente favorável a uma operação deste tipo.

«Se analisarmos o que acontece no mundo, a maior parte dos aeroportos tem gestão privada. O figurino – concessão pura e simples ou privatização – será definido pelo governo, está na agenda do governo e definido o figurino a ASA estará preparada para o que o governo entender ser a melhor opção. A missão do conselho de administração é preparar a empresa para o futuro e o futuro da gestão aeroportuária, tudo leva a crer, terá de ser feita por entidades privadas.»

O apelo está lançado.

Atrações turísticas intrínsecas, mas…

Basta abrir a porta do aeroporto de Praia para perceber isso. Sobre a porta de entrada automática, um placard que poderia ser luminoso indica Departures/Partidas.

Ao entrar, o viajante pensaria estar em Lárnaca nos anos 90 ou até mesmo agora. O conforto é, diríamos, rudimentar. No entanto, o país apresenta um verdadeiro potencial turístico: a arquitetura da cidade e o porto de Praia são encantadores, o ambiente é descontraído, partilhando este toque de nostalgia com Cuba, enquanto a ilha da família Castro ainda não é absorvida pelos americanos à semelhança do que acontece com uma parte da Costa Rica.

Tudo isto apenas a 3000 km de avião. A bela cidade de Praia estagnou no tempo: é charmosa para os turistas, mas não o suficiente para transformar a economia. Relativamente à prescrição do Banco Mundial, a chegada de um operador privado estrangeiro é o medicamento aconselhado para colocar o aeroporto a funcionar na sua capacidade plena.

Profissionalizar o turismo para salvar a economia

No passado mês de março, coube ao primeiro-ministro Ulisses Correia, em funções desde 2016, lançar uma nova operação de charme, apontando para que a concessão dos aeroportos ocorresse o mais cedo possível, antes do fim de 2019.

Todos os agentes sabem que o desenvolvimento de Cabo Verde, enquanto nação e potência económica, só será efetuado através de investimentos avultados que o Estado cabo-verdiano não é capaz de fazer porque não dispõe dos meios para isso.

Ao livrar-se do setor aéreo, o Estado poderia igualmente estancar a hemorragia e diminuir o nível da dívida pública.

Na melhor das hipóteses, Cabo Verde continuará a seguir os passos de Portugal para que o governo de Praia tenha como base a cessão realizada, em 2012, ao setor privado de uma dezena de aeroportos em Portugal.

Volvidos sete anos, o setor aeroportuário português apresenta um desempenho positivo, pelo que Cabo Verde poderia inspirar-se nele. Se a concessão avançar este ano, o arquipélago poderá, finalmente, reclamar o seu lugar no planisfério aos olhos de todo o mundo.

aeiou //



Já se faz fila para subir à rocha mais famosa da Austrália (antes que seja proibido)

Há uma verdadeira corrida de turistas para a trepar pelo dorso vermelho de Uluru, o rochedo mais famoso da Austrália, que se ergue a 348 metros sobre as planícies áridas do centro da ilha.

“Está muito concorrido neste momento e, em grande medida, isso tem a ver com o encerramento da subida”, admite Stephen Schwer, diretor-executivo do Turismo da Austrália Central, em declarações ao New York Times. “A popularidade está a causar pressão na infra-estrutura existente.”

O rochedo, também conhecido por Ayers Rock, é considerado um local de culto pelo povo aborígene Anangu. De acordo com um porta-voz do Parks Australia, “desde a devolução de Uluru aos seus ‘proprietários tradicionais’ em 1985, que os visitantes são encorajados a compreender e a respeitar o povo Anangu e a sua cultura”.

No sopé do rochedo, entre a zona de estacionamento e o trilho utilizado pelos turistas para subir o rochedo, encontram-se várias placas informativas e mensagens colocadas pelos Anangu a pedir aos visitantes para não subirem, em respeito pelos seus costumes. “Esta é a nossa casa.”

Em causa, referem os avisos, está também a segurança dos caminhantes: desde os anos 1950 que há registo de, pelo menos, 37 mortos.

Em 2017, a direção do Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta, classificado como Património Mundial pela UNESCO, decidiu unanimemente transformar o apelo numa regra: a partir de 2019, a subida ao topo do rochedo estaria proibida. A data seria, entretanto, estabelecida para 26 de outubro.

“Uluru não é um parque temático como a Disneylândia”, afirmava Sammy Wilson, representante da comunidade indígena. “Queremos que venham, que nos oiçam e que aprendam.”

Cerca de 87% dos visitantes opta por não subir ao topo de Uluru. No entanto, desde que a interdição foi anunciada, tem aumentado o número de pessoas a visitar o parque nacional – cerca de 370 mil em 2018, mais 20% do que no ano anterior.

Várias entidades locais têm alertado para o agravar da situação no último mês. Com os parques de campismo cheios e as unidades de alojamento lotadas, muitos turistas estarão a acampar ilegalmente em propriedades privadas ou à beira das estradas, deixando lixo pelo caminho e pondo em causa o delicado ecossistema do deserto.

Mas a interdição anunciada não será a única razão para o aumento dos visitantes. A introdução de voos directos de Darwin e de Adelaide para o aeroporto de Ayers Rock, iniciados em abril, e o período de férias escolares também estarão a contribuir para a afluência de turistas.

Para fazer face à interdição e continuar a atrair turistas, as diferentes entidades e empresas ligadas ao sector estão a estudar novas atividades e pacotes turísticos.

ZAP //



Nas estradas espanholas, quem passa multas são os drones

Drones da Direção Geral de Tráfego de Espanha começam a multar a partir de 1 de agosto e vão vigiar sobretudo as infrações dos automobilistas contra usuários vulneráveis, como ciclistas.

A Direção-Geral de Tráfego (DGT) anunciou que, a partir de 1 de agosto, drones vão começar a multar os automobilistas que cometerem infrações, vigiando sobretudo “as zonas onde o risco de acidentes é maior; as estradas onde há um maior trânsito de usuários vulneráveis, como ciclistas, motociclistas e pedestres”.

De acordo com o El País, que citou um comunicado da DGT, os drones também serão utilizados para vigiar e regular o apoio em operações especiais e eventos que motivam um grande movimento nas estradas, missões de regulação complementares às desenvolvidas por helicópteros e para apoiar situações de emergência que afetam significativamente o trânsito e a segurança dos utentes da estrada.

A DGT não refere se os drones também poderão multar por excesso de velocidade, algo que 12 helicópteros Pegasus da DGT fazem.

A infração captada por drones pode ser notificada imediatamente por um agente de Brigada de Trânsito da Guardia Civil espanhola ou posteriormente processada pelas autoridades competentes.

A medida já tinha sido posta em prática numa operação especial que as autoridades espanholas fizeram durante a Páscoa, mas agora parece ser contínua. Os drones estão preparados para recolher imagens a grandes distâncias, podendo voar até 120 metros de altura e vigiar uma área de 160 mil quilómetros de estrada a nível nacional.

A câmara consegue fazer um zoom de dois quilómetros e, assim, sinalizar todo o tipo de infrações. Ao todo, diz a DGT, a frota conta com 11 drones, três deles certificados pelo Centro Espanhol de Metrologia (a entidade espanhola responsável pelas medidas e as medições) e que vão começar a denunciar as infrações. Os restantes oito vão ser utilizados para regulação e gestão do trânsito.

ZAP //



KLM citou estudo sobre lugares onde é mais provável sobreviver

Citando um estudo da Time, a companhia aérea KLM escreveu que “a taxa de mortalidade para os assentos no meio do avião é maior” e foi muito criticada.

Após a polémica recente em que a tripulação pediu a uma mulher que se tapasse enquanto dava de mamar à sua filha para evitar que outros passageiros ficassem incomodados, a KLM vê-se envolvida noutro caso.

A companhia aérea holandesa citou na sua conta do Twitter Índia um estudo que explicava quais os lugares do avião onde a taxa de mortalidade é menor em caso de queda. Muitos utilizadores não gostaram da publicação da KLM, sentindo-se particularmente insatisfeitos pelo facto de aquela informação ser veiculada por uma transportadora aérea.

“De acordo com os dados de um estudo da Time, a taxa de mortalidade para os assentos no meio do avião é a maior. No entanto, a taxa de mortalidade para os assentos na frente é ligeiramente menor e ainda menor para assentos no último terço do avião”, explicava a empresa no tweet.

A KLM acabou por eliminar a publicação depois de ter recebido várias críticas. Para além da mensagem e de hashtags como “#Facts”, a publicação continha ainda uma imagem com a seguinte frase: “Os assentos na parte traseira do avião são os mais seguros.”

“Não tenho a certeza que este seja a estratégia de venda que a vossa marca quer ou precisa”, escreveu um utilizador no Twitter em resposta à publicação, citado pelo Observador.

No mesmo dia em que escreveu a publicação, a empresa emitiu um pedido de desculpas pelo sucedido e explicou que “a publicação foi baseada num facto de aviação publicamente disponível e não se trata de uma opinião da KLM”.

Nunca foi nossa intenção ferir os sentimentos de ninguém. A publicação já foi apagada”, acrescentou.

O estudo que a KLM citou foi baseado nos acidentes de avião nos últimos 35 anos onde existiram tanto vítimas mortais como sobreviventes e que foram registados na base de dados da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA).

A análise destes dados por parte da Time indica que os lugares no último terço do avião tiveram uma taxa de mortalidade de 32%, comparado com a parte do meio (39%) e com a parte da frente do aparelho, que registou uma taxa de 38%.

No mesmo artigo, a Time alerta para o facto de que, na maior parte das vezes, “as probabilidades de se morrer num acidente de aviação têm menos a ver com o sítio onde se está sentado e mais com as circunstâncias da queda”.

ZAP //



Era um terreno industrial. Agora, ilha das Bahamas está prestes a tornar-se um paraíso

Ocean Cay, uma ilha nas Bahamas, está em reconstrução para se tornar uma ilha privada, exclusiva para passageiros de cruzeiros da MSC.

Ocean Cay, localizada nas Bahamas, é uma ilha criada com base num compromisso de conservação dos recursos marinhos existentes, nomeadamente a recuperação dos recifes de coral. Todos os locais da ilha, que foi construída de raiz, foram pensados atendendo às atividades disponibilizadas, que, segundo a companhia de cruzeiros MSC, pretendem ser ecológicas.

Parte da cadeia de ilhas de Bimini, nas Bahamas Ocidentais, a Ocean Cay é uma ilha artificial criada nos anos de 1960 e um antigo local industrial de extração de areia e de mineração de aragonite. A ilha, um terreno industrial contaminado, teve de ser alvo de um processo de limpeza antes de começar a ser reinventada em forma de paraíso, explica o Público.

Para criar a ilha foi necessário remover cerca de 7500 toneladas de sucata metálica. A transformação foi iniciada no início de 2017 e passou também pela plantação de mais de 75 mil plantas e arbustos e 4600 árvores, incluindo 22 espécies naturais das Caraíbas.

O principal objetivo é criar biodiversidade e um ambiente sustentável.A ilha está rodeada por seis praias de areia branca, uma “exuberante vegetação” e uma atenta equipa de biólogos marinhos para monitorizar o ecossistema.

Na ilha será também construído um centro de conservação científica, com laboratórios e instalações para pesquisa e estudo sobre corais, que irá servir como como instalação para biólogos e especialistas em restauro de recifes de corais.

Em Ocean Cay podem-se visitar praias e um farol com 30 metros de altura, que conta com um terraço para admirar o mar. Além disso, um restaurante buffet disponibiliza refeições de várias cozinhas tradicionais e internacionais.

Segundo o diário, a partir de novembro, todos os navios da MSC Cruzeiros com partida de Miami farão escala na Ocean Cay como parte dos seus itinerários nas Caraíbas. Em Portugal, a MSC Cruzeiros já está a promover viagens com passagem pela ilha que promete ser paradisíaca.

A inauguração está marcada para 8 de novembro e a empresa está a realizar um documentário sobre todo o projeto de recuperação.

O custo total do projeto de transformação de Ocean Cay deverá ficar-se por mais de 269 milhões de euros, segundo revelou esta segunda-feira o presidente executivo da MSC, Pierfrancesco Vago.

ZAP //



 

Praia de Fukushima reabre ao público oito anos depois do acidente nuclear

Este fim de semana, e pela primeira vez depois da catástrofe nuclear de Fukushima-1, os japoneses puderam voltar a nadar numa das praias da cidade afetada pelo terramoto e tsunami de 2011.

De acordo com o The Japan Times, trata-de da praia de Kitaizumi, na cidade de Minamisoma, situada na costa do Oceano Pacífico, a apenas 25 quilómetros das ruínas da central nuclear destruída.

Depois de aberta, a praia encheu com o barulho de crianças que aplaudiam. “Fiquei aliviado ao ver a praia cheia de pessoas”, disse Saki Yamaki, uma residente de Minamisoma de 29 anos, que visitou a praia com membros da sua família.

Testes conduzidos pelo governo de Fukushima em maio confirmaram que a quantidade de radiação no ar e a qualidade da água na praia eram idênticas às registadas antes do desastre.  Os preparativos para a reabertura da praia incluíram a construção de um paredão e um parque público.

Kitaizumi é um lugar bem conhecido entre os surfistas e a Associação Profissional de Surf do Japão até organizou uma competição no mesmo dia da reabertura da praia. Também foi realizado evento de voleibol.

Após o desastre nuclear em Fukushima Daiichi, desencadeado por um maremoto em março de 2011, o Japão reduziu o parque nuclear de 54 para 42 unidades, compensando esta redução com a exploração de centrais térmicas e um pequeno aumento na quota da eletricidade a partir de fontes renováveis de energia.

Aproximadamente 52 mil pessoas continuam ainda deslocadas devido àquele que foi o segundo pior acidente nuclear de sempre, depois do desastre de Chernobil, na Ucrânia, em 26 de abril de 1986.

A onda gigantesca criada pelo violento de sismo de 9,0 de magnitude em 11 de março de 2011 submergiu as instalações, a eletricidade foi cortada, os sistemas de arrefecimento do combustível nuclear pararam, levando à fusão do combustível do núcleo de três dos seis reatores. As explosões de hidrogénio destruíram parte dos edifícios de Fukushima Daiichi. Só em maio de 2011, dois meses depois do acidente, a TEPCO usou a expressão “fusão do núcleo” do reator.

Mais de um milhar de enormes reservatórios guardam importantes quantidades de água, em parte contaminada, à qual ninguém sabe ainda o que fazer. As autoridades nucleares japonesa e internacionais continuam a considerar o lançamento no mar.

Serão precisas pelo menos quatro décadas para desmantelar esta central, situada a pouco mais de 200 quilómetros a nordeste de Tóquio, com tecnologias que, na maioria dos casos, ainda estão por inventar.

ZAP //



Itália converte túmulo de Mussolini numa atração turística

No próximo domingo, a data do nascimento de Mussolini, será aberta ao público a cripta onde está o seu túmulo em Predappio, a sua cidade natal, um município de 6.200 habitantes na província de Forlì-Cesena, a 320 quilómetros de Roma.

O presidente da Câmara, Roberto Canali, sente-se feliz com esta abertura e considera que o túmulo de Mussolini pode ser, do ponto de vista turístico, uma mina de ouro para o povo: “Benito Mussolini, para a economia de Predappio, é um motor económico”, disse, de acordo com o jornal espanhol ABC.

Canali, dono de uma fábrica de rações, é o primeiro presidente de centro-direita na cidade. Predappio, feudo tradicional do centro-esquerda há 75 anos, foi infetado pela onda de direita que prevalece na Itália e, nas últimas eleições locais em maio, impôs-se, com 60% de votos, uma lista apoiada pela Liga de Matteo Salvini, Irmãos da Itália e Forza Italia.

Canali quer abrir a cripta, que pertence à família, durante todo o ano. “Espero mantê-la aberta para aumentar o turismo, pois é uma importante fonte de renda do turismo“. O plano é apoiado pela família do ditador fascista. Rachele Mussolini, de 43 anos, neta do antigo político, aplaude a ideia. “É um lugar histórico e um catalisador para a economia local”.

Atualmente, a cripta só abre três vezes por ano. Para comemorar a sua morte, nascimento e marcha em Roma em 1922. Estas são as datas em que os autocarro chegam em Predappio de grande parte da Itália, cheia de fascistas que cumprimentam de braço ao alto, alguns com camisas pretas e com o chapéu fascista.

O novo prefeito quis deixar claro que se move por uma motivação económica e não pela nostalgia do fascismo.

“Mussolini atrai muita gente. Algumas pessoas ligam-nos perguntam se a sepultura pode ser visitada. É evidente que vêm a Predappio por ele. Mas apelo ao bom senso: eu era uma criança nos anos 70, quando havia confrontos nas ruas entre pessoas nostálgicas do passado e a Luta Contínua. Desde então, a situação acalmou. As tensões do passado devem ser evitadas. Temos de olhar sem ideologias aquele período histórico”.

É inegável que uma certa ideologia tem muitas lembranças que são vendidas nas lojas da rua principal de Predappio, negócios permitidos pela administração local de esquerda anterior. Giorgio Frassinetti teve o projeto e começou a angariar fundos para abrir um centro de investigação sobre o fascismo num lugar que sediou o partido fascista.

Mas há quem discorde de Canali. Por exemplo, Luca Capacci, membro do “Possibile”, um partido de extrema-esquerda, diz que “20 anos de história italiana e mundial não podem ser esquecidos”.

A verdade é que hoje, em Itália, até mesmo aqueles que apoiam o Duce sabem que não era um bom personagem porque levou o país ao desastre. Também sabem que o regime fascista morreu com o Duce.

Mas não falta sentido de humor para realizar um filme sobre Mussolini – “Voltei” – lançado no ano passado, uma ideia importada da Alemanha. O diretor, Luca Miniero, diz que hoje Mussolini venceria as eleições.

ZAP //



Tripulantes da Ryanair marcam greve para agosto só em Portugal

Os tripulantes da Ryanair realizam uma greve em agosto, pelo menos durante cinco dias, alegando que a empresa não cumpriu o protocolo celebrado com o sindicato, que estabeleceu a obrigatoriedade do cumprimento da legislação laboral portuguesa até fevereiro.

“O SNPVAC – Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil informa que [na terça-feira] se realizou na sede do sindicato, uma assembleia-geral de associados da Ryanair onde foi votada e aprovada a realização de uma greve, durante o mês de agosto, por um período mínimo de cinco dias”, anunciou, em comunicado, a estrutura.

Por ser um período alargado de greve, o SNPVAC está a estudar as datas possíveis para a realização desta paralisação, tendo em conta “a comunidade emigrante e a diáspora portuguesa”, para que não sejam “demasiadamente penalizadas”.

De acordo com o sindicato, esta tomada de posição dos tripulantes de cabine da companhia aérea irlandesa deve-se “ao facto da empresa nunca ter cumprido o protocolo celebrado com o sindicato no passado dia 28 de novembro de 2018 e onde ficou estabelecida a obrigatoriedade do cumprimento integral da legislação laboral portuguesa até ao dia 01 de fevereiro de 2019, algo que até ao presente não foi concretizado”.

Conforme apontou o SNPVAC, em causa está o pagamento dos subsídios de férias e de natal, a integração no quadro de efetivos da Ryanair de todos os tripulantes de cabine com mais de dois anos de serviço através de empresas de trabalho temporário, “sem perda de retribuição, antiguidade e com as mesmas condições fundamentais de trabalho e emprego dos restantes colegas do quadro”, bem como a atribuição dos 22 dias de férias mínimos e o cumprimento integral da lei portuguesa da parentalidade.

Paralelamente, os tripulantes de cabine da Ryanair “não aceitam que a lei portuguesa continue a ser totalmente desrespeitada, para mais, tendo o aval do Governo português por omissão”. No documento, o sindicato questiona ainda “se o desrespeito da lei portuguesa tem apenas o aval do Conselho de Administração ou se também está escudado por uma deliberação” dos acionistas.

“Face à intransigência da empresa, à falta de interesse e à total passividade do Governo português em garantir direitos fundamentais aos cidadãos portugueses que trabalham na Ryanair, os tripulantes de cabine da Ryanair viram-se obrigados a votar o regresso ao conflito laboral para que os seus direitos sejam respeitados e integralmente cumpridos pela companhia irlandesa”, concluiu.

// Lusa



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