Sábado, Junho 7, 2025
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Uber aposta em valor mensal fixo

A Uber, plataforma online de transporte individual de passageiros, quer inovar e diversificar o negócio. O objetivo é oferecer aos clientes uma subscrição mensal, à semelhança da Netflix e do Spotify, que inclui serviços como UberEats, aluguer de motas e scooters.

Por 24,99 dólares (22,52 euros) por mês, cada utilizador poderá usufruir de descontos em viagens, entrega de comida gratuita acima de certa quantia e passeios grátis de motas. Essa mensalidade não substituirá contudo o pagamento dos percursos de Uber, cada utilizador poderá apenas escolher qual é a modalidade que quer na hora de usar o serviço.

O projeto piloto está a decorrer nas cidades de São Francisco e Chicago, nos Estados Unidos, e poderá ser replicado em breve noutras regiões do mundo, de acordo com o site Techcrunch.

“De refeições a rodas e tudo mais, estamos sempre a procurar maneiras de tornar a Uber a opção ideal para as suas necessidades diárias”, disse um porta-voz da Uber em comunicado ao TechCrunch.

Esta é uma iniciativa que se junta a outra que foi lançada pela empresa em outubro do ano passado e que já se encontra disponível em mais de 20 cidades: o Ride Pass, uma modalidade que possibilita aos clientes usufruir de preços mais baixos – descontos até 15% – através de uma mensalidade chamada Acesso Total.

Essa opção permite também que os clientes não sejam prejudicados com a tarifa dinâmica, ou seja, quando os preços das viagens sobem face ao excesso de procura.

Com estas modalidades, a Uber associa assim todos os seus serviços à opção de subscrição para todos os clientes frequentes que estiverem interessados no pagamento por mensalidade.

ZAP //



Nova Iorque reabre castelo no Central Park

Há um jovem castelo, com 147 anos, que se localiza na segunda colina mais alta do Central Park, com vista para o parque e arranha-céus da cidade de Nova Iorque, nos EUA.

Apesar da ideia dos castelos nos remeter para a realeza e membros da aristocracia, este castelo de Belvedere, nunca teve o propósito de ser habitado. Quando abriu ao público, em 1872, o objetivo era que servisse como um miradouro para o parque, pelo que o castelo não tinha portas nem janelas. Começou a ser projetado 14 anos antes da data de abertura, por Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux.

Reabriu no final de junho depois de uma obra profunda de renovação e reconstrução, que se prolongou por 15 meses e foi orçamentada em 12 milhões de dólares. Desde a sua abertura no século XIX, o Belvedere já foi estação meteorológica e já passou mais de uma década votado ao abandono e vandalismo.

Apesar de ter sido requalificado nos anos de 1980 e 1990, as obras não foram suficientes para travar a humidade que começava a apoderar-se da estrutura, daí a necessidade da atual intervenção.

O castelo de Belvedere esteve aberto como miradouro até 1919, altura em que uma equipa meteorológica se mudou com os seus equipamentos para o edifício. Foram colocadas portas e janelas no castelo, que deixou de estar acessível ao público.

O telhado em forma de cone, na única torre do castelo, também foi retirado para dar lugar aos equipamentos, de acordo com o site do Central Park Conservancy (CPC), a entidade privada e sem fins lucrativos responsável pela gestão do parque.

Esta equipa manteve-se no edifício até 1967. Os sistemas automáticos passaram a substituir os meteorologistas, que já não precisavam de estar no local para a leitura dos dados. Desta forma, o castelo foi fechado por não existirem recursos suficientes para a manutenção, segundo o The New York Times.

O castelo começou a entrar em rápido declínio. Por não existirem pessoas no local, o edifício foi também alvo de vandalismo. A falta de um plano de manutenção para os cerca de 341 hectares do Central Park também contribuiu para a decadência do local: partiram-se bancos e candeeiros e a infra-estrutura começou a ruir.

O edifício volta a abrir ao público em 1983, depois da sua primeira reconstrução – o telhado em forma de cone na torre do castelo foi refeito; foram recriados os pavilhões dos projectos iniciais de Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux e as janelas passaram a incluir persianas de madeira. Mais tarde, em 1995, as janelas ganhariam ornamentos de ferro.

Mas as obras não foram suficientes para resolver alguns dos problemas estruturais, principalmente de humidade e infiltrações. Assim, na intervenção agora terminada, foi instalado um sistema de aquecimento e arrefecimento geotermal, para além de se acrescentar nova iluminação.

As obras foram financiadas pela Thompson Family Foundation, que fez um donativo de 25 milhões de dólares (22,567 milhões de euros). Esta doação faz parte de um projeto ainda mais ambicioso do Central Park: angariar 300 milhões de dólares num prazo de dez anos, que serão aplicados na renovação de estruturas do parque. Até ao momento, já foram angariados 112 milhões de dólares (cerca de 101 milhões de euros).

ZAP //



Sri Lanka anuncia vistos grátis para incentivar turismo no país após ataques

O Sri Lanka vai conceder vistos grátis de um mês para os visitantes provenientes de quase 50 países, uma medida que visa fomentar o turismo, afetado após os atentados da Páscoa, anunciou esta quarta-feira o Governo.

O ministro do Turismo, John Amaratunga, afirmou que os turistas ou aqueles que visitem o país para fazerem negócios podem candidatar-se à chegada ou através da Internet. A medida entrará em vigor na quinta-feira e tem a validade de seis meses.

“Se não for benéfico, iremos suspender o programa”, adiantou o ministro e acrescentou que com a medida, o Governo espera um aumento substancial de turistas.

Com a criação deste programa, o governo do Sri Lanka pode perder 4,3 mil milhões de rupias (24 milhões de dólares) em receita que poderia ser ganha através da cobrança de vistos. O país cobra 35 dólares pelo visto de um mês para turistas ou 20 dólares para os habitantes dos países do sul da Ásia.

Sete bombistas suicidas de um grupo local muçulmano, com a denominação de National Thowheed Jammath, atacaram três igrejas e três hotéis de luxo a 21 de abril, resultando em 263 mortos, incluindo 45 cidadãos estrangeiros provenientes de países como a China, Índia, os Estados Unidos da América e o Reino Unido.

A maioria dos turistas reduziu a sua estadia no país enquanto outros cancelaram as suas reservas, o que contribuiu para o declínio do turismo da nação.

O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, assegurou que o Sri Lanka é agora um local seguro para turistas e que “a segurança voltou à normalidade”.

Nesta quarta-feira, o governante  disse que todos os envolvidos no ataque estão sob custódia das autoridades e “aqueles que estão associados com os responsáveis, mesmo que não estivessem envolvidos no ataque, estão a ser questionados e alguns foram detidos, outros foram libertados”. Mais de 200 pessoas foram detidas e a polícia continua com a investigação, acrescentou.

O governo criou várias medidas para reavivar o turismo, incluindo a redução das taxas nas companhias aéreas, do preço dos combustíveis e das taxas de embarque, pelo menos durante seis meses. Também os hotéis anunciaram pacotes com descontos de até 60%.

“Nós gostaríamos de promover o Sri Lanka como um destino que é seguro para as pessoas visitarem e estamos a oferecer um tipo de concessões e taxas que podem não obter por um longo, longo tempo”, acrescentou Wickremesinghe.

Cerca de 2,3 milhões de turistas visitaram o Sri Lanka em 2018, quando 29 companhias aéreas ofereciam 300 voos por semana. Após os ataques, foram cancelados 41 voos por semana, o que significou uma perda de 8.000 reservas. Várias companhias aéreas voltaram aos seus horários normais, mas outras não.

Cerca de meio milhão de cidadãos do Sri Lanka depende diretamente do turismo, e outros dois milhões indiretamente. Neste momento, as estimativas do Governo apontam para uma receita de 3,7 mil milhões de dólares este ano, valor menor ao número estimado no início do ano, que era de 5 mil milhões de dólares.

O turismo representa 4,9% do PIB da nação.

// Lusa



Tripulantes da Ryanair em greve de 21 a 25 de agosto

Fernando Timon / Wikimedia

Vista frontal da turbina de um avião Boeing 737-800 da RyanAir, estacionado no Aeroporto de Dublin, na Irlanda

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil entregou hoje um pré-aviso de greve dos tripulantes de cabine da Ryanair entre 21 e 25 de agosto, exigindo o cumprimento da legislação laboral portuguesa.

Num comunicado hoje emitido, o SNPVAC adianta que o pré-aviso de greve abrange todos os voos da Ryanair cujas horas de apresentação ocorram entre as 00:h00 e as 23h59 horas dos dias previstos para a paralisação – tendo por referência as horas locais – e os serviços de assistência ou qualquer outra tarefa no solo.

Esta paralisação abrange, assim, “qualquer tarefa ordenada pela(s) empresa(s), nomeadamente instrução ou outro serviço em que o tripulante preste atividade; situações de deslocação como dead head crew ou através de meios de superfície; refrescamentos ou quaisquer outras ações de formação no solo; deslocações às instalações da(s) empresa(s), desde que expressamente ordenadas por esta(s), com o objetivo do desempenho de atividade integrada na esfera das obrigações laborais”, precisa o sindicato.

Este anúncio acontece no mesmo dia em que a Ryanair admitiu que poderá despedir até 500 pilotos e 400 tripulantes de cabine, devido ao impacto do Brexir, ao aumento do preço dos combustíveis e ao atraso na entrega dos aviões Boeing 737 Max.

Na base deste pré-aviso de greve está, segundo refere o SNPVAC em comunicado, o facto de a Ryanair continuar a “incumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine contratados através das agências Crewlink e Workforce”.

O sindicato acusa ainda a empresa de se recusar a considerar o total do período de tempo de serviço prestado através dos contratos de trabalho celebrados com as agências Crewlink e Workforce e de tentar impor um novo vínculo contratual precário, em vez de uma transição para o quadro de efetivos.

O pré-aviso de greve para o período de 21 a 25 de agosto abrange os tripulantes de cabine contratados pela Ryanair Dac, Crewlink Ireland e Crewlink Portugal Trabalho Temporário Unipessoal.

// Lusa



Itália proíbe construção de um McDonald’s perto de sítio arqueológico

O Ministério de Propriedade Cultural e Atividades da Itália (MiBAC) vetou, em 31 de julho, um projeto para abrir um novo McDonald’s no coração da área histórica de Roma.

“O Ministério interveio […] rapidamente para cancelar, sob um regime de auto-proteção, o procedimento de autorização para a construção de um restaurante fast-food na área arqueológica das Termsd de Caracalla”, disse o ministério em comunicado.

“Já tinha expressado a minha oposição a um fast food [na região]”, disse o chefe do MiBAC, Alberto Bonisoli, na sua página no Facebook, onde comentou a decisão.A presidente da capital italiana, Virginia Raggi, aplaudiu o veto. “As maravilhas de Roma devem ser protegidas”, disse na sua conta no Twitter.

Como planeado no projeto rejeitado, o restaurante de 250 lugares deveria ocupar 800 metros quadrados em terrenos particulares na estrada Bacelli, muito perto das Termas de Caracalla e da muralha Aureliana. “É uma das poucas áreas no centro de Roma ainda saudável, não distorcida“, disse o conselheiro municipal Stefano Marin ao La Repubblica em 25 de julho.

A McDonald’s tem mais de 40 restaurantes em Roma, alguns localizados na vizinhança de marcos da capital italiana como são os casos da Piazza Navona, a Piazza di Spagna e o Vaticano. No entanto, nenhum dos McDonald’s foi construído na zona histórica de Roma onde se encontram os principais monumentos do império romano.

As Termas de Caracalla são um complexo de banhos públicos construídos no início do século III. Destruídas por um terremoto em 847, foram escavadas e reconstruidas nos séculos XIX e XX, tornando-se uma das principais atrações turísticas de Roma.

Já a Muralha Aureliana é um conjunto de muralhas erguidas em Roma, entre 271 e 275, durante o reinado dos imperadores romanos Aureliano e Probo. Englobava todas as Sete Colinas de Roma, além do Campo de Marte e do distrito do Trastevere, na margem esquerda do rio Tibre. As margens do rio situadas dentro dos limites da cidade parecem não ter sido fortificadas, embora o fossem ao longo do Campo de Marte.

ZAP //



Turista multado em 300 euros em Itália. Estava a dormir a sesta numa rede

Itália parece continuar a sua “guerra” contra os turistas. Depois de uma casal de alemães ter sido multado em 950 euros por fazer café na rua, agora foi a vez de um austríaco ser obrigado a pagar 300 euros por dormir a sesta numa rede.

O homem, de 52 anos, foi multado em 300 euros depois de ser apanhado a dormir a sesta numa cama de rede na cidade de Trieste, no nordeste de Itália, noticia a Deutsche Welle.

“O homem instalou uma rede bloqueando parte de uma passagem para pedestres na orla marítima de Trieste. Estamos a falar de uma avenida onde as pessoas fazem passeios de lazer. [O turista] bloqueou o caminho e tirou uma sesta”, revelou o porta-voz da polícia italiana em declarações à DW.

De acordo com a mesma fonte, este tipo de intervenções está previsto na regulamentação municipal para os espaços verdes da cidade. “É uma regulamentação que diz respeito a todos os patrimónios públicos e espaços verdes da cidade”, sublinhou.

Não é normal que alguém vá para a rua e instale uma rede, mesmo que haja árvores”.

O austríaco pendurou uma cama de rede entre duas árvores no bairro marítimo de Barcola, conhecido pela sua floresta de pinheiros e praias, sendo depois interrompido pelas autoridades que receberam queixas de pessoas que por lá passavam.

O antigo presidente da cidade de Trieste, Roberto Cosolini, recorreu à sua página de Facebook e, com alguma ironia à mistura, criticou a situação, sugerindo que a cidade deve, antes de multar turistas, informá-los sobre o que podem ou não fazer.

“Felizmente, a minha paixão pelo México e pelas suas redes levou-me a instalar uma confortável rede de Yucatán em casa”, escreveu no seu mural.

“Posso relaxar com uma cerveja ou daiquiri sem correr nenhum risco. Brincadeiras à parte, talvez possamos começar por explicar, principalmente aos turistas estrangeiros numa cidade acolhedora, sobre as regras e convidá-los a respeitá-las”, pode ler-se.

Veneza aprovou recentemente uma legislação para tentar controlar os comportamentos dos 30 milhões de turistas que todos os anos visitam a cidade lagunar. A nova lei, aprovada em maio, estabelece regras de decência, limpeza e segurança.

São proibidos piqueniques em determinados locais, tomar banho em fontes e não usar camisola em espaços públicos, podendo os infratores serem multados.

Em dezembro passado, a cidade ganhou aprovação para introduzir uma taxa de entrada de até 10 euros para turistas de curta duração.

ZAP //



Cabo Verde: como quebrar o isolamento de um estado insular ?

(dr)

Situado ao largo do Senegal, o arquipélago de Cabo Verde sofre com o seu isolamento. Trata-se de uma localização geográfica, como uma guarda avançada instalada em pleno oceano Atlântico, que poderia paradoxalmente constituir uma excelente mais-valia para, assim, se transformar numa plataforma aérea, para responder ao mesmo tempo à Europa, à África e às Américas.

Como quebrar o isolamento de um país que ninguém sabe verdadeiramente localizar no planisfério? Pergunte às pessoas à sua volta e verá que terão apenas uma vaga ideia de que se encontra ao largo de uma costa qualquer. Talvez da África, ou de Portugal, de Marrocos…. Temos de ir mais para sul, no alinhamento da fronteira entre o norte do Senegal e o sul da Mauritânia.

Praia, a capital do arquipélago, encontra-se a 650 km ao largo de Dacar, a uma curta distância de avião. A débil economia deste país aposta nos serviços e no turismo. Os recursos naturais de Cabo Verde são muito fracos, limitando-se a bananas, sal e pesca (atum, lagosta, etc.).

O país ingressou na OMC (Organização Mundial do Comércio) apenas em 2008.

Geografia: ponto fraco ou forte?

Sob o ponto de vista geográfico, o potencial do país está na sua unicidade.  Basta olhar para o planisfério para nos apercebermos de que o isolamento deste arquipélago vulcânico constitui igualmente um ponto forte.

Ergue-se como um posto avançado no cruzamento das rotas entre a África e a América do Norte e entre a Europa e o Médio Oriente e a América do Norte… Uma posição geográfica ideal para as companhias aéreas que não dispõem de aviões de longo curso com capacidade de efetuar voos intercontinentais.

Contudo, para destacar todo este potencial, seria necessário tomar uma série de medidas num país que, mesmo assim, pode orgulhar-se por ter saído dos cinco piores países do mundo em termos económicos, ocupando atualmente o 190.º lugar a nível mundial.

Em Cabo Verde, estamos longe do postal com a cantora Cesária Évora. Ainda há muito a fazer, e os investimentos são bem-vindos.

À semelhança do que aconteceu em Portugal no início dos anos 90, são as instituições internacionais e os países doadores que pressionam as autoridades a privatizar alguns setores da economia cabo-verdiana para reequilibrar as contas públicas.

Atualmente, Cabo Verde apresenta uma dinâmica positiva e o seu défice está em regressão. Um dos primeiros indícios deste facto é o setor das energias alternativas, sendo a eólica a principal, com um programa ambicioso de autossuficiência até 2025.

«Os recursos eólicos do país são equiparados aos de Marrocos, tendo o potencial solar do Sahel, recursos geotérmicos semelhantes aos do Quénia e uma energia marinha comparável à de muitos países costeiros», afirma Erik Nordman, professor investigador na universidade de Grand Valley State. É enorme.

É uma verdade de La Palice: o país encontra-se ainda numa fase muito básica porque os seus serviços são rudimentares. A entidade gestora aeroportuária ASA (Aeroportos Aérea SA) só teria a ganhar se houvesse investimentos significativos. O próprio terminal é um sumidouro financeiro, sendo que o Estado cabo-verdiano injeta 100 000 dólares por dia para poder funcionar, facto que não pode durar muito mais tempo.

Contudo, a história registou solavancos. O antigo primeiro-ministro José Maria Neves (em funções de 2001 a 2016) tinha anunciado a privatização da companhia aérea TACV sem a intervenção desta.

Pressionado pelo Banco Mundial que preconizava a liquidação pura e simples da companhia do Estado (o que implicaria 510 despedimentos forçados), o cenário de uma privatização impôs-se por fim como sendo necessário.

Atualmente, o que se mostrou ser benéfico para a companhia aérea é o que se tenciona fazer para os aeroportos, com a diferença de se tratar de uma concessão prevista relativamente aos últimos.

Por sua vez, o presidente do conselho de administração da ASA, Jorge Benchimol Duarte, mostrou-se rapidamente favorável a uma operação deste tipo.

«Se analisarmos o que acontece no mundo, a maior parte dos aeroportos tem gestão privada. O figurino – concessão pura e simples ou privatização – será definido pelo governo, está na agenda do governo e definido o figurino a ASA estará preparada para o que o governo entender ser a melhor opção. A missão do conselho de administração é preparar a empresa para o futuro e o futuro da gestão aeroportuária, tudo leva a crer, terá de ser feita por entidades privadas.»

O apelo está lançado.

Atrações turísticas intrínsecas, mas…

Basta abrir a porta do aeroporto de Praia para perceber isso. Sobre a porta de entrada automática, um placard que poderia ser luminoso indica Departures/Partidas.

Ao entrar, o viajante pensaria estar em Lárnaca nos anos 90 ou até mesmo agora. O conforto é, diríamos, rudimentar. No entanto, o país apresenta um verdadeiro potencial turístico: a arquitetura da cidade e o porto de Praia são encantadores, o ambiente é descontraído, partilhando este toque de nostalgia com Cuba, enquanto a ilha da família Castro ainda não é absorvida pelos americanos à semelhança do que acontece com uma parte da Costa Rica.

Tudo isto apenas a 3000 km de avião. A bela cidade de Praia estagnou no tempo: é charmosa para os turistas, mas não o suficiente para transformar a economia. Relativamente à prescrição do Banco Mundial, a chegada de um operador privado estrangeiro é o medicamento aconselhado para colocar o aeroporto a funcionar na sua capacidade plena.

Profissionalizar o turismo para salvar a economia

No passado mês de março, coube ao primeiro-ministro Ulisses Correia, em funções desde 2016, lançar uma nova operação de charme, apontando para que a concessão dos aeroportos ocorresse o mais cedo possível, antes do fim de 2019.

Todos os agentes sabem que o desenvolvimento de Cabo Verde, enquanto nação e potência económica, só será efetuado através de investimentos avultados que o Estado cabo-verdiano não é capaz de fazer porque não dispõe dos meios para isso.

Ao livrar-se do setor aéreo, o Estado poderia igualmente estancar a hemorragia e diminuir o nível da dívida pública.

Na melhor das hipóteses, Cabo Verde continuará a seguir os passos de Portugal para que o governo de Praia tenha como base a cessão realizada, em 2012, ao setor privado de uma dezena de aeroportos em Portugal.

Volvidos sete anos, o setor aeroportuário português apresenta um desempenho positivo, pelo que Cabo Verde poderia inspirar-se nele. Se a concessão avançar este ano, o arquipélago poderá, finalmente, reclamar o seu lugar no planisfério aos olhos de todo o mundo.

aeiou //



Já se faz fila para subir à rocha mais famosa da Austrália (antes que seja proibido)

Há uma verdadeira corrida de turistas para a trepar pelo dorso vermelho de Uluru, o rochedo mais famoso da Austrália, que se ergue a 348 metros sobre as planícies áridas do centro da ilha.

“Está muito concorrido neste momento e, em grande medida, isso tem a ver com o encerramento da subida”, admite Stephen Schwer, diretor-executivo do Turismo da Austrália Central, em declarações ao New York Times. “A popularidade está a causar pressão na infra-estrutura existente.”

O rochedo, também conhecido por Ayers Rock, é considerado um local de culto pelo povo aborígene Anangu. De acordo com um porta-voz do Parks Australia, “desde a devolução de Uluru aos seus ‘proprietários tradicionais’ em 1985, que os visitantes são encorajados a compreender e a respeitar o povo Anangu e a sua cultura”.

No sopé do rochedo, entre a zona de estacionamento e o trilho utilizado pelos turistas para subir o rochedo, encontram-se várias placas informativas e mensagens colocadas pelos Anangu a pedir aos visitantes para não subirem, em respeito pelos seus costumes. “Esta é a nossa casa.”

Em causa, referem os avisos, está também a segurança dos caminhantes: desde os anos 1950 que há registo de, pelo menos, 37 mortos.

Em 2017, a direção do Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta, classificado como Património Mundial pela UNESCO, decidiu unanimemente transformar o apelo numa regra: a partir de 2019, a subida ao topo do rochedo estaria proibida. A data seria, entretanto, estabelecida para 26 de outubro.

“Uluru não é um parque temático como a Disneylândia”, afirmava Sammy Wilson, representante da comunidade indígena. “Queremos que venham, que nos oiçam e que aprendam.”

Cerca de 87% dos visitantes opta por não subir ao topo de Uluru. No entanto, desde que a interdição foi anunciada, tem aumentado o número de pessoas a visitar o parque nacional – cerca de 370 mil em 2018, mais 20% do que no ano anterior.

Várias entidades locais têm alertado para o agravar da situação no último mês. Com os parques de campismo cheios e as unidades de alojamento lotadas, muitos turistas estarão a acampar ilegalmente em propriedades privadas ou à beira das estradas, deixando lixo pelo caminho e pondo em causa o delicado ecossistema do deserto.

Mas a interdição anunciada não será a única razão para o aumento dos visitantes. A introdução de voos directos de Darwin e de Adelaide para o aeroporto de Ayers Rock, iniciados em abril, e o período de férias escolares também estarão a contribuir para a afluência de turistas.

Para fazer face à interdição e continuar a atrair turistas, as diferentes entidades e empresas ligadas ao sector estão a estudar novas atividades e pacotes turísticos.

ZAP //



Nas estradas espanholas, quem passa multas são os drones

Drones da Direção Geral de Tráfego de Espanha começam a multar a partir de 1 de agosto e vão vigiar sobretudo as infrações dos automobilistas contra usuários vulneráveis, como ciclistas.

A Direção-Geral de Tráfego (DGT) anunciou que, a partir de 1 de agosto, drones vão começar a multar os automobilistas que cometerem infrações, vigiando sobretudo “as zonas onde o risco de acidentes é maior; as estradas onde há um maior trânsito de usuários vulneráveis, como ciclistas, motociclistas e pedestres”.

De acordo com o El País, que citou um comunicado da DGT, os drones também serão utilizados para vigiar e regular o apoio em operações especiais e eventos que motivam um grande movimento nas estradas, missões de regulação complementares às desenvolvidas por helicópteros e para apoiar situações de emergência que afetam significativamente o trânsito e a segurança dos utentes da estrada.

A DGT não refere se os drones também poderão multar por excesso de velocidade, algo que 12 helicópteros Pegasus da DGT fazem.

A infração captada por drones pode ser notificada imediatamente por um agente de Brigada de Trânsito da Guardia Civil espanhola ou posteriormente processada pelas autoridades competentes.

A medida já tinha sido posta em prática numa operação especial que as autoridades espanholas fizeram durante a Páscoa, mas agora parece ser contínua. Os drones estão preparados para recolher imagens a grandes distâncias, podendo voar até 120 metros de altura e vigiar uma área de 160 mil quilómetros de estrada a nível nacional.

A câmara consegue fazer um zoom de dois quilómetros e, assim, sinalizar todo o tipo de infrações. Ao todo, diz a DGT, a frota conta com 11 drones, três deles certificados pelo Centro Espanhol de Metrologia (a entidade espanhola responsável pelas medidas e as medições) e que vão começar a denunciar as infrações. Os restantes oito vão ser utilizados para regulação e gestão do trânsito.

ZAP //



KLM citou estudo sobre lugares onde é mais provável sobreviver

Citando um estudo da Time, a companhia aérea KLM escreveu que “a taxa de mortalidade para os assentos no meio do avião é maior” e foi muito criticada.

Após a polémica recente em que a tripulação pediu a uma mulher que se tapasse enquanto dava de mamar à sua filha para evitar que outros passageiros ficassem incomodados, a KLM vê-se envolvida noutro caso.

A companhia aérea holandesa citou na sua conta do Twitter Índia um estudo que explicava quais os lugares do avião onde a taxa de mortalidade é menor em caso de queda. Muitos utilizadores não gostaram da publicação da KLM, sentindo-se particularmente insatisfeitos pelo facto de aquela informação ser veiculada por uma transportadora aérea.

“De acordo com os dados de um estudo da Time, a taxa de mortalidade para os assentos no meio do avião é a maior. No entanto, a taxa de mortalidade para os assentos na frente é ligeiramente menor e ainda menor para assentos no último terço do avião”, explicava a empresa no tweet.

A KLM acabou por eliminar a publicação depois de ter recebido várias críticas. Para além da mensagem e de hashtags como “#Facts”, a publicação continha ainda uma imagem com a seguinte frase: “Os assentos na parte traseira do avião são os mais seguros.”

“Não tenho a certeza que este seja a estratégia de venda que a vossa marca quer ou precisa”, escreveu um utilizador no Twitter em resposta à publicação, citado pelo Observador.

No mesmo dia em que escreveu a publicação, a empresa emitiu um pedido de desculpas pelo sucedido e explicou que “a publicação foi baseada num facto de aviação publicamente disponível e não se trata de uma opinião da KLM”.

Nunca foi nossa intenção ferir os sentimentos de ninguém. A publicação já foi apagada”, acrescentou.

O estudo que a KLM citou foi baseado nos acidentes de avião nos últimos 35 anos onde existiram tanto vítimas mortais como sobreviventes e que foram registados na base de dados da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA).

A análise destes dados por parte da Time indica que os lugares no último terço do avião tiveram uma taxa de mortalidade de 32%, comparado com a parte do meio (39%) e com a parte da frente do aparelho, que registou uma taxa de 38%.

No mesmo artigo, a Time alerta para o facto de que, na maior parte das vezes, “as probabilidades de se morrer num acidente de aviação têm menos a ver com o sítio onde se está sentado e mais com as circunstâncias da queda”.

ZAP //



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