O primeiro palácio do imperador Nero, localizado no Monte Palatino, em Roma, foi reaberto ao público na passada semana. Depois de uma década de reformas, o monumento construído há 2.000 anos volta a poder ser visitado.
O palácio – também conhecido pelo seu nome em latim, Domus Transitoria – faz parte do “Caminho Neroniano”, uma rota turística que une este edifício ao segundo palácio do imperador, o Domus Aurea (também conhecido como a Casa Dourada).
O primeiro palácio ficou completamente coberto por terra depois de um grande incêndio em Roma e, por isso, localiza-se agora numa “caverna” artificial construída na década de 1960. Segundo noticia a agência AF, os visitantes do Domus Transitoria vão poder agora ir até ao subsolo e visitar os quartos e jardins da residência, que foram cobertos ao longo dos séculos por outros edifícios e destroços.
O edifício restaurado contém a frescos bem preservados e outros elementos decorativos notáveis. Exemplo disso são as paredes do santuário das ninfas, onde existem pequenos furos pelos quais, na época, caíam pequenas cascatas de água. A iluminação é outro aspeto de destaque, evidenciando os principais elementos decorativos do interior.
Os próprios contemporâneos de Nero criticaram a opulência do seu primeiro palácio, que foi construído com mármores, murais e tetos decorados com ouro e pedras preciosas. Alfonsina Russo, responsável pelo Parque Arqueológico do Coliseu, explicou que “Nero queria [no palácio] uma atmosfera que expressasse a sua ideologia, a de um soberano absoluto, um monarca absoluto”.
“A restauração começou há dez anos e abrangeu todas as superfícies”, disse Maddalena Scoccianti, arquiteta responsável pela reforma, ao jornal italiano Corriere della Sera.
Nero subiu ao poder em 54 d.C e construiu o Domus Transitoria poucos anos depois, por volta de 60 d.C. O Grande Incêndio de Roma (64 d.C) destruiu completamente o palácio. Duas décadas depois, durante a construção do Palácio Flávio, o edifício ficou completamente enterrado, sendo considerando durante século como perdido. Em XVIII foi descoberto. Agora, e depois de uma série de reformas, volta a estar reaberto ao público.