O Japão está a ponderar pagar a quem quiser visitar o país, numa medida que poderá custar aos cofres japoneses 12,5 mil milhões de dólares.
Hiroshi Tabata, chefe da Agência de Turismo do Japão, revelou o plano numa conferência de imprensa, em resposta ao facto de o número de turistas internacionais ter caído 99,9% em abril, em relação a 2019.
O número total de turistas estrangeiros no quarto mês de 2020 fixou-se nos 2.900, o pior desde que há registos. De acordo com o The Japan Times, é a primeira vez desde 1964 que o número caiu abaixo de 10.000.
Em 2019, o Japão tinha ultrapassado o recorde de visitantes estrangeiros num só ano com mais de 32,5 milhões de turistas provenientes de outros países.
O Governo está agora a procurar soluções para impulsionar o turismo, e uma delas passa por comparticipar viagens a turistas que queiram visitar o país. O programa visa fornecer cerca de 11,5 mil milhões de euros em financiamento, embora os detalhes exatos de como poderá ser distribuído o subsídio pelos turistas estrangeiros ainda não tenham sido anunciados.
“O governo está a planear potenciar o turismo doméstico ao financiar uma parte das despesas referentes às viagens até ao Japão assim que o surto do novo coronavírus começar a ser controlado”, anunciou Hiroshi Tabata.
Segundo a TVI24, as melhores previsões dizem que o programa poderá estar em vigor em julho, caso as restrições nas ligações aéreas sejam levantadas.
Além das quebras acentuadas no setor do turismo, motivadas pela pandemia de covid-19, Tóquio iria receber a edição dos Jogos Olímpicos este ano, mas o evento foi adiado para 2021. Ainda assim, o evento desportivo pode nem vir a acontecer no verão de 2021, segundo admitiu o presidente da comissão, Toshiro Muto.
“Ninguém pode garantir que terá sido possível ter [a pandemia] sob controlo”” até à data, colocada em cima da mesa após o adiamento da edição deste ano. Toshiro Muto reconheceu, assim, que a organização “não está numa situação em que possa dar respostas claras”.
O Japão foi um dos primeiros países a ser afetado pela pandemia. Até ao momento, soma 16.581 casos de infeção e 830 mortes.