Portugal fecha 2013 com contas externas positivas

[lead_do_artigo]Muitas vezes uma viagem de fim de semana é o suficiente para recarregar energias e voltar à rotina com novo ânimo! Enquanto esperamos pelas férias longas, uma escapadinha permite-nos conhecer novos locais e fugir à rotina sem gastar demasiado. Graças às companhias low-cost e promoções das companhias aéreas regulares, é possível viajar para qualquer ponto da Europa por preços baixíssimos. [/lead_do_artigo] Veja alguns dos melhores locais da Europa para uma escapadinha de fim de semana. [toc]

Genebra, Suíça

Genebra [creditos nome="Leandro Neumann Ciuffo" endereco="https://www.flickr.com/photos/leandrociuffo/"] A duas horas de Portugal, Genebra é um destino perfeito para um fim de semana. Na terra dos chocolates e dos relógios, desfrute das iguarias que esta cidade lhe oferece. Jet d’Eau - Fonte que eleva a água a 140 metros de altitude. Descanse nos jardins enquanto observa. Lake Geneva - Lago perfeito para um fim de semana relaxante! Uma paisagem de cortar a respiração e a descontração que é regra na Suíça. Collections Baur - Museu especializado em arte oriental que o faz entrar num novo mundo, bem no coração de Genebra.

Amesterdão, Países Baixos

Amesterdão [creditos nome="Luciano Guelfi" endereco="https://www.flickr.com/photos/lrguelfi/"] Cidade das bicicletas e do liberalismo, Amesterdão apresenta-lhe toda uma forma diferente de viver. Repleta de cores e beleza, Amesterdão é das cidades mais organizadas da Europa e irá proporcionar-lhe uma viagem relaxada. Canais - Reserve um pouco da tarde para conhecer a cidade pelos canais. Bicicleta - Entre no espírito e conheça a cidade de bicicleta. Vondelpark - Um dos melhores parques verdes que convida a um descanso numa tarde amena.

Londres, Inglaterra

London [creditos nome="Aedo Pultrone" endereco="https://www.flickr.com/photos/leprous_snake/"] Londres continua a ser um dos destinos preferidos para uma curta viagem. Cidade com um carisma inegável que permite aos visitantes entrar na alma da cidade, mesmo que não fiquem por muito tempo. Com viagens bastante económicas, este destino é um dos preferidos. London Eye - Atração que lhe permite ver a cidade a 135 metros de altura. Ideal para os dias em que o sol colabora! Big Ben - Não deixe de passar perto do Big Ben, sino instalado no palácio de Westminster. É uma das fotos que tem que fazer parte da sua coleção. Camden Markets - Mercado perfeito para encontrar objetos diferentes e com personalidade.

Roma, Itália

rome [creditos nome="Moyan_Brenn" endereco="https://www.flickr.com/photos/aigle_dore/"] Palco de história antiga, Roma é uma cidade ideal para regressar aos antepassados. 2700 anos de história numa cidade que preserva as suas origens. Veja alguns dos locais que poderá visitar na visita de fim de semana: Fontana de Trevi - A fonte que realiza todos os seus desejos! Piazza Navona - Praça com arquitetura barroca onde poderá relaxar numa esplanada. Coliseu - Se vai a Roma, tem que visitar o Coliseu!

Paris, França

paris [creditos nome="Moyan_Brenn" endereco="https://www.flickr.com/photos/aigle_dore/"] A capital do romantismo não podia ficar de fora desta escolha de escapadelas! A vida lenta e despreocupada da capital é ideal para relaxar num fim de semana. Se pretender um fim de semana calmo pode simplesmente passear pela capital e desfrutar nas esplanadas carismáticas, mas se quiser conhecer a cidade, veja alguns dos pontos de interesse que terá tempo de visitar em dois dias: Torre Eiffel - Talvez não queira desperdiçar tempo na fila para subir, mas pode perfeitamente tirar fotografias do solo. Notre Dame - Catedral que é lindíssima e uma vista apenas do exterior já vale a visita. Margens do Sena - Ideal para um piquenique descontraído.

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Portugal fechou 2013 com a economia a recuar pelo terceiro ano consecutivo, mas as contas externas, apoiadas pelas exportações e pelo turismo, voltaram a terreno positivo.

O Governo estima que a economia caia 1,8% este ano no entanto, e em previsões que estão alinhadas com a Comissão Europeia, o executivo antecipa que a balança corrente de bens e serviços atinja os 1,6 mil milhões de euros, o equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB), depois de em 2012 ter apresentado um défice de -1,5%.

Consideradas como “o motor do crescimento”, as exportações contribuíram significativamente para este desempenho, devendo apresentar um crescimento de 5,8% em 2013, segundo previsões do Governo.

Em declarações à agência Lusa, o director de investimentos do Banco Carregosa, João Pereira Leite, refere que “as exportações subiram e as importações desceram de uma forma muito acentuada, o que contribuiu para que, “pela primeira vez em várias décadas”, o saldo da balança comercial seja positivo este ano.

Reconhecendo que, “na balança comercial, [2013] foi claramente um ano de mudança”, João Pereira Leite alerta, no entanto, que “2013 ainda não foi o ano da viragem”, porque a economia continua a contrair, esperando-se uma queda de 1,8% este ano.

A economista do BPI Paula Carvalho, por seu lado, destaca a evolução positiva de todos os sectores transaccionáveis de bens e serviços, mas também os ganhos em termos de quota de mercado.

“Os produtos e serviços portugueses têm vindo a ganhar quota de mercado no exterior e isso não se deve só a ganhos de competitividade via preço. Tem também havido um esforço de reposicionamento em termos de imagem, de qualidade do produto e uma melhoria do valor acrescentado fornecido ao exterior”, afirmou a economista.

Filipe Garcia, economista da Informação de Mercados Financeiros (IMF) sublinha “o efeito dos equipamentos da refinaria de Sines, que têm permitido produzir e exportar uma maior quantidade de produtos refinados”.

Também o turismo que contribuiu para a melhoria do saldo externo português: o setor registou receitas de 6,6 mil milhões de euros nos primeiros dez meses do ano, segundo números do Banco de Portugal, que apontou para um aumento de 2,9% do dinheiro que os turistas estrangeiros deixaram em Portugal face ao mesmo período de 2007.

Tanto o director de investimento do banco Carregosa, João Pereira Leite como a economista do BPI, Paula Carvalho consideraram que o turismo foi “uma boa notícia” em 2013, referindo que Portugal beneficiou do desvio de alguns turistas em resultado dos conflitos no Médio Oriente e Norte de África.

Já Filipe Garcia, da IMF, acrescentou que, “dadas as previsões favoráveis para a economia europeia, é de esperar que a evolução continue a ser positiva” e destacou o caso positivo do Brasil, advertindo que, “no último semestre, o real desvalorizou significativamente e a economia abrandou, pelo que esse segmento de clientes do turismo nacional deverá abrandar significativamente”, explicou.

Do lado orçamental o Governo está comprometido a atingir um défice de 5,5% do PIB, o saldo primário (que exclui os encargos com a dívida) das administrações públicas vai ser negativo (-1,6% do Produto Interno Bruto, PIB), mas o saldo corrente primário (que exclui os encargos da dívida e também investimentos e receitas e despesas de capital) deverá terminar o ano de 2013 equilibrado, depois de ter registado um défice de 0,7% em 2012, de acordo com o executivo.

Terá sido 2013 o ano da viragem económica? Os economistas ouvidos pela Lusa consideram que houve melhorias importantes, mas deixam avisos.

Filipe Garcia entende que os sinais da viragem do ciclo vêm ainda mais de trás: “A bolsa portuguesa, que é um excelente indicador avançado, já vem subindo desde meados de 2012”, disse, referindo ainda que “foi francamente importante para Portugal o apaziguar da crise da zona euro, nomeadamente o dissipar de grande parte dos receios de desagregação da zona euro”.

A economista Paula Carvalho considera que 2013 “marca sobretudo a etapa final em que o esforço de consolidação orçamental foi muito significativo” e que “deverá marcar o princípio de uma fase do ciclo mais positiva”.

João Pereira Leite, por seu lado, reconhece que, numa base trimestral, já houve uma inversão, mas que o mesmo ainda não se verificou em termos anuais e destaca a importância do investimento.

“É precisamente o que mais falta nos faz e o que menos temos. O investimento produtivo é a peça chave da nossa economia”, alerta.

/Lusa

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