Os ataques terroristas, greves e inundações que ocorreram em Paris têm mantido os turistas estrangeiros longe da capital francesa na primeira metade do ano, o que causou um prejuízo de 750 milhões de euros à indústria de turismo.
“É altura de assumirmos que o sector do turismo está a atravessar um desastre industrial. Não é o momento para campanhas de comunicação, mas sim para elaborar um plano de salvação”, declarou o director de turismo de Paris, Frederic Valletoux, citado pela Reuters.
Cerca de 500 mil pessoas trabalham no turismo, em Paris, o que faz com que seja o maior sector da região.
Ao longo do primeiro semestre deste ano, a capital francesa recebeu menos um milhão de turistas nos estabelecimentos hoteleiros, comparando com o mesmo período de 2015.
Valletoux afirmou que são necessários investimentos maciços para proteger os empregos do setor e já pediu ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Marc Ayrault, para se reunir rapidamente com o gabinete de turismo.
Além dos atentados que fizeram centenas de mortos, a capital francesa foi também palco de greves contra a alteração da lei laboral e cheias que ultrapassaram os seis metros, fatores que levaram a uma quebra de 749,7 milhões de euros no setor turístico.
“Esta indústria está de joelhos e precisa de medidas de alívio imediatamente. Os hoteleiros precisam das armas para lutar de volta”, disse à Reuters o diretor do grupo MKG, Georges Panayotis.
O turismo representa 7% do PIB francês, sendo que a França é o país mais visitado do mundo, com 85 milhões de estrangeiros por ano – incluindo 16 milhões de turistas só em Paris.
BZR, ZAP