Domingo, Maio 25, 2025
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Hanói quer afastar os turistas de uma das mais conhecidas atrações da Ásia

Os turistas estão a causar constrangimentos e preocupações de segurança, num dos pontos de maior interesse do Vietname. A solução passa por restringir o acesso de turistas ao local.

No coração do Bairro Antigo de Hanói, na capital do Vietname, encontra-se a Train Street — uma ferrovia centenária que se transformou numa das atrações turísticas mais icónicas da cidade.

Este local, construído pelos colonizadores franceses do Vietname, em 1902, tornou-se, contudo, um símbolo dos perigos do turismo em excesso.

Durante anos, visitantes têm-se dirigido a este movimentado ponto da cidade, desfrutando do ambiente em em cafés ao ar livre, a poucos metros de comboios em alta velocidade.

O local tornou-se particularmente popular nas redes sociais, aumentando o seu apelo global. No entanto, as preocupações de segurança desta movimentada ferrovia têm crescido exponencialmente.

As autoridades de Hanói têm feito várias tentativas para mitigar o risco. De acordo com a Time, em abril, o departamento de turismo da cidade já tinha aconselhado as agências de viagens a não promoverem tours em grupo ao local.

À revista, Kieu Cong Anh, guia turístico local diretor da Hanoi Train Street Tour, relatou os potenciais perigos do local e disse que apoiava a mudança, para reduzir o número de turistas na Train Street.

Os turistas não têm quem cuide deles. Às vezes eles não sabem a distância para ficar em segurança. Muitos donos de cafeterias, ao verem turistas a tirarem fotos, têm de gritar com eles para se resguardarem”, contou.

Este fenómeno não é exclusivo do Vietname. Tailândia e Taiwan. também têm linhas de comboio semelhantes que atraem muitos turistas. No entanto, de acordo com os relatos, a experiência em Hanói, onde os comboios passam suficientemente perto para proporcionar adrenalina aos visitantes, é inigualável.

Apesar de as autoridades terem ordenado o seu encerramento em 2019, o fascínio pela Train Street nunca diminuiu. Com o abrandamento da pandemia e a reabertura das fronteiras do Vietname, as multidões regressaram.

Conta a Time que, no ano passado, numa tentativa de garantir a segurança, as autoridades revogaram as licenças de negócio dos cafés da rua e montaram barricadas, para dissuadir os visitantes a ir até ao local.

Estas medidas foram recebidas com alguma resistência, por parte dos residentes locais e empresas dependentes do setor turístico para a sua subsistência.

No entanto, barricadas e restrições parecem insuficientes, uma vez que os turistas e as empresas locais têm encontrado sempre formas de os contornar: uma das soluções é a migração para outras partes da linha que não estejam bloqueadas.

Kieu Cong Anh como Alex Sheal, fundador da operadora turística Vietnam in Focus, acreditam que é essencial encontrar um compromisso e esperam uma solução onde a segurança seja priorizada sem perder esta atração única.

“A Train Street talvez seja o maior ícone do turismo de Hanói, hoje em dia. É uma experiência mais real e única do que qualquer templo ou museu”, disse Sheal, à Time.

Permanece o desafio: como ter uma experiência autêntica garantindo a segurança de todos?

Miguel Esteves, ZAP //



9 sítios que assustam: as cidades e aldeolas mais arrepiantes (uma é em Portugal)

Uma cidade-fantasma, um silêncio assustador, uma experiência inesquecível. Há quem nem pense nisso, há quem adore.

Os locais abandonados, ou cidades-fantasma, assustam algumas pessoas, que recusam sequer aproximar.

Para outras pessoas, que gostam mais de aventura, este arrepio é um fascínio; querem descobrir as histórias dos edifícios em ruínas e passear pelas ruas desertas sob um silêncio assustador.

Outubro, dizem, é mês “das bruxas” e a plataforma Musement partilhou com o ZAP uma lista de 9 cidades ou aldeolas abandonadas, assustadoras – ou cativantes. Há um exemplar português.

Começamos pela Turquia: Kayakoy, uma cidade-fantasma. Ficou sem habitantes há cerca de 100 anos por causa da guerra com a Grécia. Só vemos ruínas de centenas de casas de pedra, sem telhado. Mas ainda estão lá, entre a vegetação rasteira. É uma visão verdadeiramente apocalíptica.

Atravessamos o oceano Atlântico até à cidade-fantasma Nelson, nos Estados Unidos da América. O famoso “Velho Oeste”. Era um dos principais depósitos de ouro e prata do sul de Nevada, era o lar de criminosos – nem a polícia ia lá. As minas fecharam em 1945 e houve uma cheia forte pouco depois. A cidade ficou sem pessoas mas ainda tem prédios, máquinas de extracção e uma estação da petrolífera Texaco.

Continuamos nos EUA e em Nevada: Rhyolite era também local de minas. Chegou a ter hotéis, hospital, escola, centrais energéticas… Até que chegou a crise financeira de 1907; minas encerradas, bancos falidos, cidade sem electricidade e vazia. Há por exemplo ruínas de um prédio de três andares que era a sede de um banco ou partes da antiga prisão.

Aqui ao lado temos Belchite, perto de Saragoça. Uma aldeola que é um dos retratos mais fiéis da Guerra Civil em Espanha. Ficou a arquitetura, ficaram as ruínas da Torre do Relógio ou da Igreja de San Martín de Tours. E há quem diga que viu… actividades paranormais naquele local.

Old Sinies, na Grécia, cujas origens remontam à Idade Média, é uma aldeola de acesso difícil. Na altura, era um local perfeito para se proteger contra ataques de piratas. Mas os seus habitantes foram mudando de casa para mais perto do mar, com o passar das décadas e dos séculos, e ficou deserto. Mais ruínas das casas de pedra cercadas por vegetação, além de três templos que ainda resistem.

Ainda na Grécia, Spinalonga é uma ilha famosa pelas suas inúmeras batalhas e por ter sido a casa de leprosos durante a primeira metade do século XX. Agora só há casas abandonadas, hospital abandonado, escola abandonada… É um local para ver como viviam os doentes, em parte.

Na Índia está Fatehpur Sikri, que chegou a ser a capital do Império Mogol. Mas faltava um “pormenor” naquela cidade: água. Fatehpur Sikri foi completamente abandonada poucos anos depois. Ficaram os edifícios de arenito vermelho.

Quase a fechar, voltamos à Europa: Craco, em Itália, fica no topo de uma colina com quase 400 metros de altura e rodeado de ravinas. Viveu uma época de esplendor na Idade Média mas um grande deslocamento de terras há 60 anos “esvaziou” Craco. É um silêncio sepulcral, agora, com ruínas de casas, igrejas e palácios.

Por fim, Portugal. Vilarinho da Furna (Braga), uma aldeia no Parque Nacional da Peneda-Gerês… submersa pela albufeira da barragem de Vilarinho das Furnas, em 1971. Um local com grande riqueza etnográfica que ainda é possível – quando o nível da água baixa: vemos casas, caminhos, muros.

ZAP //



Viajar sozinho: o que mudou por causa da pandemia

A COVID-19 alterou o cenário: agora, a disponibilidade dos amigos e dos familiares interessa (muito) menos.

Viajar sozinho parece estranho para algumas pessoas, mas é rotina para muitas outras.

Mas porque se viaja sozinho? Antes da pandemia a resposta era uma, agora é outra.

Um estudo da agência de viagens eDreams analisou as diferenças nas tendências entre 2019 (último ano antes da pandemia) e 2023.

E as motivações mudaram: há quatro anos a maioria (39%) viajava sozinha porque os seus amigos ou familiares não estavam disponíveis; agora a maioria (35%) viaja porque quer ter liberdade de movimentos.

Muito próximo desse motivo está a intenção de o viajante se conhecer melhor (34% e a maioria são jovens) e a vontade de experimentar apenas (32%).

A COVID-19 alterou o cenário: agora, a disponibilidade dos amigos e dos familiares interesse (muito) menos – passou de 39% dos inquiridos para ser a prioridade de apenas 24%.

Outra mudança: no tipo de viagem. Há quatro anos o voluntariado dominava nas viagens a solo (41%), agora passou para 31% – e em 2023 a prioridade passa a ser, de longe (56%), as férias de praia/relaxantes.

Quando se viaja sozinho, a prioridade mantém-se: planeamento/preparação (de 36% subiu para 41%), seguido pela segurança e conforto (24% cada). É curioso verificar que o conforto só reunia 15% das prioridades em 2019.

A maioria dos inquiridos (73%) já viajou sozinho, ou planeia fazê-lo, lê-se no comunicado enviado ao ZAP.

ZAP //



Melhor aldeia turística do ano: 4 locais portugueses na lista

Distinção elege os melhores destinos rurais do mundo, promovendo o papel transformador do turismo nestes territórios.

Quatro vilas e aldeias portuguesas, Ericeira, Madalena, Manteigas e Sortelha foram distinguidas com o prémio “Melhor Aldeia Turística 2023” da Organização Mundial do Turismo, informou esta quinta-feira o Ministério da Economia e do Mar.

O anúncio foi feito durante a Assembleia Geral e a Reunião da Comissão Executiva da Organização Mundial do Turismo, que decorre em Samarkand, no Uzbequistão, até sexta-feira, que premiaram outras localidades.

Em comunicado, a tutela informa que o selo, que estará em vigor durante três anos, distingue os melhores destinos rurais, a nível mundial, promovendo o papel transformador do turismo nestes territórios através de estratégias de sustentabilidade alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

“Esta distinção, atribuída por uma das mais relevantes entidades turísticas do mundo, enaltece a excelência do turismo nacional, do interior do país e de ofertas turísticas diferenciadoras”, salientou o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, citado em comunicado enviado à agência Lusa.

Para o governante, estes prémios são “um reconhecimento internacional à sustentabilidade e autenticidade do turismo português, que importa continuar a assegurar e a valorizar”.

Ericeira fica no concelho de Mafra, no distrito de Lisboa, Madalena no concelho da Madalena, ilha do Pico, no arquipélago dos Açores, Manteigas no distrito da Guarda e a Aldeia Histórica de Sortelha no concelho do Sabugal, no distrito da Guarda.

Para o presidente da Associação de Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal, Carlos Ascensão, o reconhecimento “demonstra mais uma vez o mérito do trabalho desenvolvido pela Aldeias Históricas”.

“É com grande regozijo que recebemos esta distinção, que reconhece a estratégia da nossa associação em tornar este território genuinamente sustentável e inovador, assente no conceito de crescimento verde, inclusivo e inteligente, com capacidade para potenciar o desenvolvimento local integrado, e diferenciando-se como ‘innovation leader’ no âmbito dos territórios de baixa densidade”, acrescentou Carlos Ascensão, citado numa nota enviada à agência Lusa.

A Organização Mundial do Turismo destacou os distinguidos como localidades “genuinamente comprometidas com a promoção e a preservação do seu legado cultural e histórico, e promotoras de turismo sustentável”, é referido pelas Aldeias Históricas.

Sortelha é a terceira Aldeia Histórica de Portugal a ser agraciada com o selo “Melhor Aldeia Turística”, depois de Castelo Rodrigo, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, ter vencido em 2021, e Castelo Novo, no concelho do Fundão, ter conquistado o mesmo prémio em 2022.

Cumeada, no concelho de Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, foi também distinguida em 2021.

// Lusa



Os 40 bairros mais “fixes” do mundo (um fica em Portugal)

asia4510 / Flickr

Praia da Costa da Caparica

42% dos bairros mais cool são europeus e um português — que não fica nem em Lisboa nem no Porto — conseguiu um lugar na primeira metade da tabela. Confira a lista completa.

Num compêndio que une colaboradores de todo o mundo, a revista TimeOut acolheu a opinião de 12 mil pessoas para elaborar uma lista dos 40 bairros com a melhor comunidade, entretenimento, comida e maior popularidade — os mais cool do mundo.

Numa lista que conta com a presença dos bairros “vizinhos” de Carabanchel (Madrid) e El Clot (Barcelona), Portugal também teve direito a uma fatia.

No top 10, há cinco bairros europeus, mas o primeiro lugar fica na América do Sul, mais especificamente em Medellín, Colômbia.

Laureles tem vindo a ganhar popularidade pela sua combinação única de vida noturna vibrante e ambiente descontraído. Bairro conhecido por La 70, uma faixa movimentada de bares e restaurantes, e pelo Estádio Atanasio Girardot, o principal estádio de futebol e local de concertos da cidade, Laureles é mais do que apenas um destino para festas e também oferece um lado mais tranquilo, com parques, ruas arborizadas, estúdios de ioga e inúmeras cafetarias.

A cena gastronómica também melhorou significativamente, tornando-se um ponto de encontro para novos arranha-céus amigáveis para nómadas digitais e, apesar do crescente apelo, mantém o seu caráter colombiano tradicional.

“Capifórnia” no top 20

Portugal não está entre os 10 melhores, mas conseguiu um lugar na primeira metade da tabela, em 18.º lugar.

E a posição pertence à… Costa da Caparica, em Almada. Diz a revista que a área à beira-mar, próxima de Lisboa está a viver um renascimento à medida que atrai uma comunidade internacional que revitaliza o local.

Conhecida pelas suas ondas para surf, praias de areia e bom tempo, a área não só ganhou o apelido de “Capifórnia” como se tornou um centro para criativos, pequenas empresas e eventos comunitários. O espírito comunitário vibrante é marcado por uma série de eventos, desde encontros à beira-mar entre DJs e surfistas até negócios locais únicos como o Pussy Galore, que serve uma combinação única de gelado de banana e vinhos naturais.

Eis a lista completa dos bairros mais “fixes” do mundo:

  1. Laureles (Medellín, Colômbia)
  2. Smithfield (Dublin, Irlanda)
  3. Carabanchel (Madrid, Espanha)
  4. Havnen (Copenhaga, Dinamarca)
  5. Sheung Wan (Hong Kong)
  6. Brunswick East (Melbourne, Austrália)
  7. Mid-City (Nova Orleães, EUA)
  8. Isola (Milão, Itália)
  9. West (Amesterdão, Países Baixos)
  10. Tomigaya (Tóquio, Japão)
  11. Baltic Triangle (Liverpool, Reino Unido)
  12. Cours Julien (Marselha, França)
  13. Arts District (Los Angeles, EUA)
  14. Chinatown (Singapura)
  15. Fort Greene (Nova Iorque, EUA)
  16. Leith (Edimburgo, Escócia)
  17. Enmore (Sydney, Austrália)
  18. Costa da Caparica (Almada, Portugal)
  19. Hyde Park (Chicago, EUA)
  20. West End (Glasgow, Reino Unido)
  21. Sea Point (Cidade do Cabo, África do Sul)
  22. Neukölln (Berlim, Alemanha)
  23. Haut-Marais (Paris, França)
  24. King’s Cross (Londres, Reino Unido)
  25. Hannam-dong (Seul, Coreia do Sul)
  26. Coral Gables (Miami, EUA)
  27. Richmond District (São Francisco, EUA)
  28. Vinohrady (Praga, República Checa)
  29. El Clot (Barcelona, Espanha)
  30. San Miguel Chapultepec (Cidade do México, México)
  31. Exarcheia (Atenas, Grécia)
  32. Bebek (Istambul, Turquia)
  33. Ponsonby (Auckland, Nova Zelândia)
  34. Zhongshan (Taipei, Taiwan)
  35. Bonifacio Global City (Manila, Filipinas)
  36. Downtown (Montreal, Canadá)
  37. Dotonbori (Osaka, Japão)
  38. The Annex (Toronto, Canadá)
  39. Song Wat (Banguecoque, Tailândia)
  40. Cantonments (Acra, Gana)

ZAP //



O melhor destino de cruzeiros na Europa é português

Wikimedia Commons

Praia de areia da Calheta

Com um movimento nos portos de mais de meio milhão de passageiros — um crescimento de 104% — a ilha da Madeira venceu a distinção pelo segundo ano consecutivo, em cerimónia que decorreu no Dubai este domingo.

Pelo segundo ano consecutivo, a ilha da Madeira recebeu o prémio de Melhor Destino Europeu de Cruzeiros, naquela que foi a terceira edição dos World Cruise Awards — o “irmão” dos World Travel Awards — que decorreu este domingo, no Dubai.

Portugal tem sido, desde a vitória lisboeta em 2021, o grande vencedor da distinção. Este ano, a Madeira bateu uma lista de nomeações recheada de destinos como Atenas, Barcelona, Dubrovnik, Kotor, Lisboa, Londres, Monte Carlo, Nice, Oslo e Roma.

Segundo dados oficiais, os portos da Madeira registaram na época de 2022/2023 um movimento de 557.824 passageiros (contra 284.056 na época anterior), o que representa um crescimento de 104% relativamente ao período homólogo. De 1 de setembro de 2022 a 31 de maio de 2023, a média de passageiros por navio fixou-se nos 1.949, uma subida de 109% face aos 931 da época de 2021/2022.

Em comunicado, segundo o JN, o secretário Regional da Economia Rui Barreto reforça a importância da distinção, que considera “um grande orgulho”.

“Esta distinção é para nós, e para a região, um grande orgulho, refletindo o sucesso da estratégia levada a cabo pelo Governo Regional da Madeira, através da APRAM, S.A., reconstruindo a confiança dos turistas de cruzeiros, estimulando a procura e mantendo a região no topo das preferências do turismo de cruzeiro internacional”, disse Barreto sobre o prémio que considera “um estímulo e um reconhecimento” do trabalho desenvolvido.

Em 2022, Portugal foi considerado o “Melhor Destino Turístico da Europa”, na edição europeia dos World Travel Awards 2022. Esse ano, no âmbito dos destinos regionais, destacaram-se os Açores (Europe’s Leading Adventure Tourism Destination), Algarve (Europe’s Leading Beach Destination), Lisboa (Europe’s Leading City Break Destination, Europe’s Leading Cruise Destination e Europe’s Leading Seaside Metropolitan Destination) e Porto (Europe’s Leading City Destination).

Em 2021, Portugal conquistou mais de duas dezenas de prémios na edição europeia dos World Travel Awards.

ZAP //



“Chupar e deitar fora”: a pedra frita é o petisco da moda

South China Morning Post / Youtube

É “o prato mais duro do mundo”, uma descrição que não mente. Suodiu significa literalmente “chupar e descartar” e está a fascinar a Internet.

Um invulgar ingrediente invadiu os refogados das ruas chinesas. Com um bocadinho de alho e pimenta e um grande cardápio de temperos e molhos — muitas vezes picantes —, chefs da gastronomia local fritam pedras apanhadas à beira-rio.

Cada porção de suodiu (que significa “chupar e descartar”), traduz-se numa caixa do tamanho da palma da mão e custará cerca de 1,60€, de acordo com vídeos divulgados pelos internautas curiosos.

Entre rimas e sorrisos, os chefs locais dizem que o petisco da moda é tão popular como álcool no país.

Apesar de o nome indicar que as pedras são para descartar, muitos turistas levam-nas para casa, como recordação, embora alguns estabelecimentos peçam para as entregarem, sendo depois lavadas e reutilizadas — afastando muitos clientes devido a questões de higiene.

Mas o suodiu não é novo. Reza a lenda que o petisco de caroço rijo recua centenas de anos e que foi passado de geração em geração.

Quando ficavam sem alimento, no meio dos rios, barqueiros e pescadores do tempo antigo da província central chinesa de Hubei recorriam ao que encontravam em redor: pedras, que cozinhavam com outros condimentos na tentativa de enganar a fome.

Recolhidas diretamente dos rios, as pedras têm um sabor a peixe, que é aprimorado quando fritos os calhaus, diz quem já provou.

Para muitos, petiscos de pedras ainda são uma realidade difícil de digerir.

ZAP //



Ir a Fátima pode ser tão (ou mais) entusiasmante como ir à Disneyland

hugo.esteves / Flickr

Santuário de Fátima

As experiências turísticas em lugares sagrados desencadeiam “sentimentos de êxtase, de vivenciamento de uma experiência única na vida”, na maioria dos turistas. A conclusão é de um estudo de investigadores da Universidade de Coimbra, divulgado esta terça-feira.

Para as crianças, ir à Disnelyland pode levá-las ao expoente máximo da satisfação; para os apaixonados por turismo balnear, fazer praia nas Caraíbas deve enchê-los de prazer… mas, para os mais religiosos, experiências turísticas em lugares sagrados poderão induzir dos sentimentos de êxtase mais diferenciados que há.

Com o objetivo de contribuir para o conhecimento das experiências turísticas em lugares sagrados, uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) usou como caso de estudo o Santuário de Fátima e constatou que a forte ligação ao lugar e a experiência memorável são duas das dimensões marcantes da visita a este local do Centro de Portugal.

“As experiências turísticas em lugares sagrados são diferentes de outras experiências, porque trazem à maioria dos turistas sentimentos de êxtase, de vivenciamento de uma experiência única na vida, ao mesmo tempo libertadora e revitalizante, percecionando a visita como importante e com grande significado pessoal”, explicou a docente da Faculdade de Letras da UC Cláudia Seabra.

A também investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território da UC lembrou que, “atualmente, as peregrinações e a visita a locais sagrados movimentam milhares de pessoas em todo o mundo”.

“Em Portugal, as peregrinações a Fátima e o Caminho Português de Santiago são exemplos de peregrinações incontornáveis que atraem milhares de portugueses e turistas estrangeiros que vêm ao nosso país em busca de experiências memoráveis e únicas todos os anos. A Jornada Mundial da Juventude – JMJ – em Lisboa é um outro exemplo paradigmático”, sublinhou.

Lugares com “valor único e insubstituível”

Segundo Cláudia Seabra, o estudo permitiu mostrar que “estes lugares revelam ter um valor único e insubstituível e, muito provavelmente, quem os visita vai querer revisitar”.

“O entendimento das experiências turísticas em lugares sagrados é essencial para a gestão destes lugares”, defendeu.

A investigadora explicou que “o turismo religioso é um segmento direcionado para pessoas cuja motivação para a visita é a fé, a busca da espiritualidade, a prática religiosa e a busca por experiências espirituais”.

“É apontado como uma das mais antigas formas de fazer turismo: já nas primeiras civilizações, as peregrinações a lugares religiosos movimentavam um grande número de pessoas em busca de espiritualidade e de fé”, lembrou.

Há partilha de culturas e valores

Entre as recomendações apontadas neste estudo, Cláudia Seabra destacou que “as organizações públicas e privadas devem ser capazes de criar experiências que promovam o envolvimento na visita e a realização de atividades, assim como a proximidade com as comunidades locais“.

Dando como exemplo a JMJ, Cláudia Seabra disse que “o aspeto mais referenciado e valorizado pelos visitantes foi a proximidade e o envolvimento que tiveram com os residentes, o que deu lugar a uma experiência cultural mais imersiva, mais marcante”.

“Estando nós num país considerado tão hospitaleiro, esta dimensão deve ser sempre valorizada. Para além de que os próprios residentes aceitam melhor e ganham também com o turismo”, realçou.

O estudo contou com a participação dos investigadores do Instituto Politécnico de Viseu Carla Silva, José Luís Abrantes e Manuel Reis.

ZAP // Lusa



Seis anos após a falência, a Toys “R” Us regressa em grande (com lojas em aeroportos e navios)

Raysonho / Wikipedia

Loja de brinquedos Toys “R” Us

A icónica loja de brinquedos Toys “R” Us, que declarou falência em 2017, está a preparar um regresso em grande — e prepara novos voos.

Numa nota de imprensa divulgada esta sexta-feira, a Toys “R” Us anunciou planos para abrir 24 lojas nos Estados Unidos até 2024.

Num movimento surpreendente, a empresa pretende estender também a sua presença à indústria de viagens, com lojas em aeroportos e navios de cruzeiro.

A WHP, empresa-mãe da Toys “R” Us, está entusiasmada com o renascimento da marca. ‘A Toys “R” Us está a crescer rapidamente e a nossa expansão por ar, terra e mar é um testemunho da força da marca’, disse Yehuda Shmidman, CEO da empresa, citada pelo Insider.

A empresa foi criada em 1948 por Charles Lazarus, que aproveitou o baby boom após a Segunda Guerra Mundial, abrindo o seu primeiro estabelecimento em Washington, sob o nome de Children’s Bargain Town.

A marca, que adotaria a designação Toys “R” Us em 1957, foi a primeira do seu tipo: uma grande loja de brinquedos que oferecia uma variedade de produtos em grandes quantidades.

Ao longo das últimas décadas, ganhou grande popularidade, moldando a paisagem dos brinquedos nos Estados Unidos, ganhando fama também pelas suas campanhas de marketing estratégico — que incluíam anúncios de televisão, parcerias com celebridades e a seu memorável mascote, Geoffrey, a Girafa.

A canção da empresa, ‘I don’t want to grow up, I’m a Toys “R” Us kid’, serviu como hino de várias gerações, desde os anos 1980 até ao início dos anos 2000.

A gigante do retalho passou por dificuldades financeiras durante as épocas festivas de 2017 e 2018, que levaram ao encerramento de todas as lojas nos EUA, numa altura em que a cadeia de brinquedos tinha cerca de 1.700 lojas em todo o mundo — que geraram em 2016 uma receita de cerca de 9.590 milhões de euros.

A operação da marca em Portugal foi adquirida no verão de 2022 pelo grupo italiano PRG Retail Group, dono da Chicco e Prenatal, que mantém 11 lojas a funcionar em todo o país.

ZAP //



Portugal eleito o melhor destino europeu, nos “Óscares do Turismo”

Reino Baptista / Wikimedia

Terreiro do Paço, Lisboa

Portugal renovou o título de melhor destino turístico europeu, e conquistou outras notáveis distinções, nos “Óscares do Turismo”, esta sexta-feira.

Na 30.ª edição dos World Travel Awards (WTA), Portugal voltou a ser considerado o melhor destino turístico europeu, pela sexta vez (a segunda consecutiva).

“Este prémio é um reconhecimento internacional de Portugal, das empresas, dos seus trabalhadores e dos portugueses. É uma distinção que enaltece a excelência do nosso turismo e a sua singular recuperação após a pandemia”, disse o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, ao Jornal de Notícias.

“Portugal, em todo o seu território, é o melhor destino europeu. Felicito também todas as empresas e territórios que, em diferentes categorias, foram igualmente premiadas”, acrescentou.

A gala, que decorreu em Batumi, na Geórgia, premiou os seguintes locais:

  • Lisboa como o “Melhor Destino de Cidade da Europa”;
  • Porto como o “Melhor Destino City Break da Europa”;
  • Algarve como melhor “Melhor Destino de Praia”;
  • Madeira como o “Melhor Destino Insular”;
  • Passadiços do Paiva, em Arouca, como a “Melhor Nova Atração de Turismo de Aventura de 2023”.

Além disso, o Dark Sky Alqueva foi distinguido com o prémio de “Turismo Responsável”; a Douro Azul foi eleita como a “Melhor Empresa de Cruzeiros de Rio”, e o Porto de Lisboa foi considerado o melhor “Porto de Cruzeiros de 2023”.

O Quake – Lisbon Earthquake Center sagrou-se vencedor na categoria da “Nova Principal Atração Turística de 2023” e a Amazing Evolution foi eleita “Melhor Operadora de Boutique Hotels e de Gestão de Hotéis”.

A TAP também recebeu duas distinções:a melhor companhia aérea europeia a voar para África e para a América do Sul.

Miguel Esteves, ZAP //



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