Sábado, Julho 5, 2025
Inicio Blog Página 61

Jim Bachor tapa os buracos das ruas de Chicago com mosaicos sobre a pandemia

O artista Jim Bachor transforma os buracos das ruas de Chicago em verdadeiras obras de arte. Um tributo à pandemia no chão norte-americano.

Em tempos cinzentos, Jim Bachor decidiu pintar as ruas da cidade norte-americana de Chicago com alguma cor: o artista colocou mosaicos coloridos nos buracos do pavimento no lado norte de Chicago, criações que brilham com a luz do Sol e decoram o chão com “um pouco de alegria inesperada”.

Entre os mosaicos, há um que retrata uma lata de cerveja Old Style, marca produzida em Chicago; outro um rolo de papel higiénico; um frasco de desinfetante e a bandeira de Chicago, em homenagem à cidade que perdeu 1830 pessoas vítima do novo coronavírus.

As criações, com cerca de 60 centímetros, foram instaladas há três semanas, através do mesmo processo que usou nas outras 85 que espalhou pela cidade.  Para Bachor, trata-se de “encontrar um pouco de humor em momentos que não são engraçados“.

Os habitantes de Chicago já estão familiarizados com estes buracos em forma de obra de arte. Em entrevista à Reuters, o artista conta que os buracos no chão são já um hábito na cidade norte-americana, e tenta contrariá-los com aquilo que sabe fazer de melhor: arte.

Bachor já preenche os buracos com mosaicos desde 2013, altura em que se deparou com uma gigante cratera no lado noroeste da cidade. Algumas das suas obras retratam objetos diários, como um cone de gelado, ou objetos como pequenos animais e flores.

Numa primeira fase, o artista passou cerca de oito a dez horas a trabalhar no seu estúdio. Depois, dirigiu-se aos quatro buracos com água, cimento e os mosaicos, tendo demorado cerca de duras horas a​ inseri-los nas ruas.

ZAP //



O monumento mais alto do cemitério de Nova Orleães conta uma história de vingança e mesquinhez

Com 24 metros de altura, o Monumento Moriarty é o mais alto no cemitério Metairie de Nova Orleães, nos Estados Unidos. A sua construção conta uma história de mesquinhez: o memorial foi uma desculpa para o viúvo mostrar a sua riqueza a todos que o rejeitavam.

Nova Orleães é famosa pelos seus cemitérios, que apresentam mausoléus acima do solo. O solo da região demasiado húmido e pantanoso para cavar túmulos tradicionais de 1,80 metros. Por isso, os corpos são enterrados ao mesmo nível que os vivos andam na terra.

De acordo com o Mental Floss, o mais impressionante desses cemitérios pode ser o Cemitério Metairie. Construído em 1872, reivindica os monumentos e mausoléus mais altos da cidade, o mais alto dos quais é o Monumento Moriarty.

O túmulo de granito foi encomendado por Daniel A. Moriarty, um imigrante irlandês que se mudou para Nova Orleães com pouco dinheiro em meados do século XIX. Foi nessa cidade que conheceu a sua esposa, Mary Farrell. Juntos, começaram um negócio bem-sucedido e investiram a sua nova renda em imóveis.

O casal conseguiu construir uma fortuna significativa, mas Moriarty não se conseguiu livrar da sua reputação de estrangeiro pobre. A classe alta da cidade recusou-se a aceitá-lo na suas fileiras – algo que Moriarty nunca superou.

Quando a sua esposa morreu em 1887, Moriarty teve uma ideia que honraria a sua memória e, esperançosamente, irritaria os aristocratas ao mesmo tempo.

Em 1905, Moriarty construiu o maior memorial que podia pagar. Além do campanário, que é coberto por uma cruz, o local é adornado com quatro estátuas na base. Essas figuras representam fé, esperança, caridade e memória.

Gerard Schoen, diretor de extensão comunitária do Cemitério Metairie, disse que “a razão pela qual Daniel queria que a sua propriedade fosse a mais alta era para que a sua esposa pudesse olhar para baixo e desprezar todo o ‘sangue azul’ no cemitério por toda a eternidade”.

Um século depois, o grande monumento ainda mantém a sua distinção.

ZAP //



Japão pondera comparticipar viagens a turistas que queiram visitar o país

O Japão está a ponderar pagar a quem quiser visitar o país, numa medida que poderá custar aos cofres japoneses 12,5 mil milhões de dólares.

Hiroshi Tabata, chefe da Agência de Turismo do Japão, revelou o plano numa conferência de imprensa, em resposta ao facto de o número de turistas internacionais ter caído 99,9% em abril, em relação a 2019.

O número total de turistas estrangeiros no quarto mês de 2020 fixou-se nos 2.900, o pior desde que há registos. De acordo com o The Japan Times, é a primeira vez desde 1964 que o número caiu abaixo de 10.000.

Em 2019, o Japão tinha ultrapassado o recorde de visitantes estrangeiros num só ano com mais de 32,5 milhões de turistas provenientes de outros países.

O Governo está agora a procurar soluções para impulsionar o turismo, e uma delas passa por comparticipar viagens a turistas que queiram visitar o país. O programa visa fornecer cerca de 11,5 mil milhões de euros em financiamento, embora os detalhes exatos de como poderá ser distribuído o subsídio pelos turistas estrangeiros ainda não tenham sido anunciados.

“O governo está a planear potenciar o turismo doméstico ao financiar uma parte das despesas referentes às viagens até ao Japão assim que o surto do novo coronavírus começar a ser controlado”, anunciou Hiroshi Tabata.

Segundo a TVI24, as melhores previsões dizem que o programa poderá estar em vigor em julho, caso as restrições nas ligações aéreas sejam levantadas.

Além das quebras acentuadas no setor do turismo, motivadas pela pandemia de covid-19, Tóquio iria receber a edição dos Jogos Olímpicos este ano, mas o evento foi adiado para 2021. Ainda assim, o evento desportivo pode nem vir a acontecer no verão de 2021, segundo admitiu o presidente da comissão, Toshiro Muto.

“Ninguém pode garantir que terá sido possível ter [a pandemia] sob controlo”” até à data, colocada em cima da mesa após o adiamento da edição deste ano. Toshiro Muto reconheceu, assim, que a organização “não está numa situação em que possa dar respostas claras”.

O Japão foi um dos primeiros países a ser afetado pela pandemia. Até ao momento, soma 16.581 casos de infeção e 830 mortes.

ZAP //



Há uma misteriosa ilha em Nova Iorque que quase ninguém pode visitar (e está abandonada)

A menos de 1,6 quilómetros de Manhattan, em Nova Iorque, localiza-se uma misteriosa ilha abandonada há mais de meio século. É preciso ter autorização do New York City Department of Parks and Recreation para visitar a ilha.

A North Brother Island é uma pequena ilha localizada no East River da cidade de Nova Ioque, entre Bronx e a Ilha Rikers, onde se localiza o Centro Correcional Rikers Island. A ilha já foi um local de um hospital, mas, agora, está desabitada e é um santuário de pássaros.

A cidade de Nova Iorque possui o terreno de 8,9 hectares. É ilegal entrar na North Brother Island e na sua companheira mais pequena, South Brother Island. É necessário obter a permissão da cidade de Nova Iorque para poder visitar a ilha.

De acordo com o IFLScience, North Brother Island é acessível apenas de barco. Sair de Barretto Point Park, no sul do Bronx, é uma das formas mais rápidas de chegar.

A ilha foi reivindicada pela primeira vez em 1614 e habitada em 1885, e a sua história é marcada por morte, doença e decadência. Por exemplo, em junho de 1904, um navio a vapor chamado General Slocum explodiu em chamas e afundou no East River. Embora 321 pessoas tenham sobrevivido, os corpos de 1.021 passageiros que morreram foram chegando à terra terra durante dias.

De 1880 a 1943, Nova Iorque usou North Brother Island como uma “ilha de quarentena” para pessoas com doenças altamente contagiosas. Os que morreram foram deixados na morgue. A ilha tentou encontrar um propósito depois de a vacina contra a tuberculose ter surgido em 1943.

Os proprietários da ilha tentaram reinventá-la como um campo de reabilitação para adolescentes problemáticos e um centro de reabilitação de drogas entre 1952 a 1963. Porém, os pacientes não obtiveram a ajuda necessária quando voltaram para casa após três a cinco meses. O programa foi considerado um fracasso.

Muito do equipamento foi deixado para trás quando os habitantes abandonaram a ilha em 1963. A falta de uma gestão rigorosa transformou-a numa pilhagem de vândalos.

O nível do mar pode subir até 76 centímetros nos próximos 35 anos em torno da cidade de Nova Iorque. Se e quando um grande furacão aparecer à medida que as águas sobem, as ondas vão engolir os habitats, a ecologia, as estruturas e a história da ilha.

ZAP //



Há uma praia escondida no meio do Pacífico (e só se pode lá chegar através de um túnel)

A Praia Escondida, também conhecida como Praia do Amor, está localizada nas Ilhas Marietas, no Pacífico, no interior de uma formação rochosa de origem natural, que a torna num verdadeiro espetáculo da natureza.

O arquipélago mexicano onde a praia está localizada é composto por duas pequenas ilhas e duas ilhotas de origem vulcânica a sudeste da Riviera Nayarit, conhecidas como “a jóia da costa do Pacífico”.

No entanto, chegar a esta praia não é uma tarefa fácil. De acordo com o ABC, os visitantes necessitam de nadar através de um arco vulcânico de pedra, com aproximadamente 20 metros de comprimento e com apenas 1,8 metros de espaço entre a água e a rocha. Além disso, este túnel só pode ser atravessado em períodos de maré baixa.

Para garantir a conservação da Praia Escondida, uma das mais paradisíacas e exclusivas do mundo, foi realizado um importante plano de proteção, que implica que, todos os dias, só possa ser visitada por um total de 117 pessoas. O tempo máximo de permanência é de cerca de 20 minutos.

Além da famosa praia, as Ilhas Marietas destacam-se peça sua biodiversidade, tendo já sido declaradas Parque Nacional e Área Natural Protegida no México e reconhecidas pela UNESCO como Reserva da Biosfera. Tartarugas, várias espécies de peixes, golfinhos e baleias compõem a fauna deste paraíso.

Por outro lado, as suas águas cristalinas e recifes de coral são ideais para mergulho e snorkeling.

ZAP //



Há uma misteriosa mansão “parada no tempo” numa vila inglesa (e terá sido abandonada à pressa)

Um explorador urbano decobriu uma mansão “parada no tempo” na vila de Kings Langley, no condado de Hertfordshire, no Reino Unido, que aparentemente foi abandonada à pressa pelos seus proprietários há alguns anos.

De acordo com o jornal britânico Daily Mail, nas fotos do interior da casa, pertencente a um milionário grego, é possível ver que, num dos quartos, há uma mesa de bilhar com tacos e bolas, e parece que os habitantes saíram a meio do jogo. Noutra sala, há um piano em que as partituras ainda estão abertas.

Na cozinha, o teto já estava partido pela humidade e ainda havia alguns pratos e panelas prontos para serem limpos.

Na propriedade ao lado da casa, existem vários carros abandonados, incluindo um Bentley.

O explorador urbano, que preferiu permanecer anónimo, garantiu, em declarações ao Daily Mail, que nunca tinha visto uma casa abandonada tão bem preservada e acrescentou que, ao entrar, encontrou muitos jornais que remontam a 2016.

“É uma casa incrível para visitar. Já vi muitos destes lugares e a maioria está num estado muito pior do que isto”, disse o homem ao mesmo jornal. “Foi como se, literalmente, as pessoas que moravam lá se tivessem levantado a meio da noite e fugido sem levar nada”.

Segundo o Daily Mail, os vizinhos explicaram que a casa pertencia ao empresário grego Athanasios Tachmintzis, que viveu lá desde 1999 há quase 18 anos com as suas duas filhas e pelo menos um dos seus filhos. No entanto, não é claro quem estava na casa quando foi abandonada e ficou “parada no tempo”.

Os vizinhos passaram anos a perguntar-se o que fez com que os habitantes tenham aparentemente fugindo à pressa, desaparecendo e deixando para trás boa parte dos seus bens.

“Ninguém aqui tem ideia do que lhes aconteceu e por que foram embora. É um verdadeiro mistério. Obviamente, tinham muito dinheiro porque é uma casa grande”, disse um dos moradores da cidade.

Para já, a grande mansão abandonada na vila de Kings Langley vai continuar a ser um mistério.

ZAP //



Avião português da Hi Fly completa volta ao mundo em quatro dias

O Airbus A380 da companhia aérea portuguesa regressou, esta segunda-feira, ao aeroporto de Beja, depois de uma volta ao mundo em apenas quatro dias.

De acordo com o semanário Expresso, o Airbus A380 da Hi Fly fez paragens em Tianjin, na China, e em Santo Domingo, na República Dominicana. No total, o avião da companhia aérea portuguesa percorreu uma distância de 31.047 quilómetros, durante cerca de 33 horas e 45 minutos de voos.

O objetivo desta viagem foi o transporte de equipamentos médicos de proteção individual da China para a República Dominicana, escreve o mesmo jornal, recordando que a Hi Fly é uma das poucas transportadoras que ainda opera o A380.

Para além do transporte de carga, desde o início da pandemia de covid-19, a companhia aérea tem utilizado este modelo da Airbus, que tem capacidade para cerca de 500 pessoas, para fazer voos de repatriamento de cidadãos.

Foi o que aconteceu, no início de fevereiro, quando transportou 250 cidadãos europeus, incluindo 17 portugueses, que estavam na cidade chinesa de Wuhan, primeiro epicentro da pandemia.

ZAP //



Luxemburgo dá vales de 50 euros a residentes para utilizarem em hotéis no país

O Governo luxemburguês vai dar vales de 50 euros aos mais de 600 mil residentes e trabalhadores fronteiriços, para serem usados em estadias em hotéis no país, anunciou na quarta-feira o ministro das Finanças, Pierre Gramegna.

“Queremos apoiar o turismo, atribuindo um vale de 50 euros a todas as pessoas com mais de 16 anos residentes no Luxemburgo, e também a todos os fronteiriços que trabalham aqui”, explicou o ministro, durante uma conferência de imprensa para apresentar um pacote de medidas destinado a relançar a economia luxemburguesa, após a pandemia da covid-19, segundo noticiou a agência Lusa.

O objetivo da medida é “apoiar os hotéis e estruturas de alojamento no Luxemburgo”, permitindo aos residentes e trabalhadores fronteiriços “conhecer melhor o país”, disse Gramegna, que lamentou os efeitos do fecho das fronteiras, instaurado durante várias semanas, no turismo e na economia nacional.

“Daqui a um ano, celebraremos o 25.º aniversário do acordo de Schengen, e é triste ver até que ponto as fronteiras foram fechadas na Europa. No Luxemburgo, vemos muito bem quais são as consequências para um país quando as fronteiras estão fechadas”, declarou.

O Governo do Luxemburgo anunciou na quarta-feira um pacote de medidas suplementares para fazer face aos efeitos económicos da pandemia do novo coronavírus no país.

Com um custo orçamental previsto de 700 a 800 milhões de euros, o pacote eleva para três mil milhões de euros as despesas diretas do Estado para apoiar a economia, o que corresponde a cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) daquele país, de acordo com o ministro das Finanças luxemburguês.

Entre as medidas está o congelamento do valor das rendas até final do ano, no caso do arrendamento habitacional, e a criação de estímulos fiscais ao arrendamento comercial, estimulando a redução do valor das rendas. O Governo também anunciou que vai duplicar o valor do “subsídio de vida cara”, destinado a pessoas com baixos rendimentos.

O Grão-Ducado, que faz fronteira com a França, Alemanha e Bélgica, tem cerca de 625 mil habitantes, mas todos os dias recebe 200 mil trabalhadores dos países vizinhos. Desde o início da pandemia, o Luxemburgo registou 109 mortos por covid-19 e 3.971 casos de infeção confirmados.

A nível global, segundo um balanço da agência AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 327 mil mortos e infetou quase cinco milhões de pessoas em 196 países e territórios. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Lusa //



Um edifício na Alemanha mudou de cor. É a “maior fachada verde da Europa”

A Ingenhoven Architects transformou uma área do centro de Düsseldorf, na Alemanha, de cinzento em verde com o seu Kö-Bogen II recentemente concluído.

O projeto de uso misto está centrado em torno de um grande edifício que abriga oito quilómetros de sebes no exterior, tornando-a a maior fachada verde da Europa, segundo a empresa.

De acordo com o NewAtlas, o Kö-Bogen II inclui espaço comercial, restaurantes e escritórios, além de estacionamento subterrâneo e está localizado num local que costumava abrigar uma estrada.

O design geral do projeto é inspirado no movimento Land Art, segundo a Ingenhoven Architects, e consiste no prédio principal, além de um prédio triangular adjacente mais pequeno que também está coberto de vegetação e desce até o chão para permitir que os transeuntes acedam ao seu telhado para relaxar.

O edifício principal mede 42 mil metros quadrados e atinge uma altura máxima de 27 metros. Mais de 30 mil sebes, cultivadas num viveiro para que pudessem ser entregues com raízes totalmente desenvolvidas, foram colocadas no exterior.

“O cárpino foi escolhido como madeira nativa e as variedades selecionadas mantêm as suas folhas no inverno”, explicou a Ingenhoven Architects. “Na primavera, as sebes brilham com a sua folhagem verde clara e fresca, que se aprofunda em verde escuro e rico no verão e depois em castanho dourado no outono”.

Segundo a empresa, a vegetação melhora o microclima da cidade: protege contra os raios do sol no verão e reduz o calor urbano, amarra o dióxido de carbono, armazena a humidade, absorve o ruído e apoia a biodiversidade. “O benefício ecológico das sebes é igual ao de aproximadamente 80 árvores de folha caduca adultas”, escreve a empresa.

Toda esta vegetação vai precisar de manutenção significativa. Ao New Atlas, um representante disse que as sebes serão cortadas três vezes por ano por jardineiros, usando ferramentas típicas de corte. A água da chuva está a ser colhida no telhado e usada para irrigar as sebes. Além disso, um suprimento de água auxiliado por sensor será instalado para garantir que as sebes recebem água suficiente quando não chove.

À medida que tudo se instala, toda a fachada verde está a ser monitorada de perto e cada planta pode ser inspecionada manualmente usando passeios situados atrás das sebes.

ZAP //



Sem turismo, Veneza “é uma cidade morta”

O turismo é um dos setores mais afetados pela pandemia de covid-19, que já infetou mais de 4 milhões de infetados em todo o mundo. Veneza, cuja economia vive essencialmente desta atividade, “é uma cidade morta” sem turismo.

O desabafo é de um gondoleiro da cidade italiana que, em entrevista à agência noticiosa AFP, recorda o impacto desta pandemia em Veneza a curto e longo prazo.

Sem turismo, Veneza é uma cidade morta (…) Mesmo que levantem as medidas de confinamento, quem quererá sair de gôndola? Apenas os estrangeiros, não os residentes”, disse à mesma agência o gondoleiro Mauro Sambo de 66 anos.

Em Itália, o turismo representa 13% do PIB e 15% dos empregos. Estes valores são bem mais altos em Veneza, cuja economia depende quase tontamente do setor.

“Cerca de 65% da população [de Veneza] trabalha no setor do turismo (…) O impacto do coronavírus tem sido muito forte, pois 85% dos turistas que visitam a cidade são estrangeiros”, disse à AFP Paola Mar, responsável deste setor na cidade italiana.

A mesma responsável acredita que se avizinha uma das piores crises da história recente, recordando que a União Europeia teve de pedir aos seus membros para que abrissem as fronteiras internas para evitar o colapso do setor do turismo.

“Começamos a receber pedidos para saber quando e como vir [até Veneza]”, diz otimista, recordando que está é “uma cidade aberta ao mundo”.

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 302.489 pessoas e infetou mais de 4,4 milhões em todo o mundo desde dezembro.

O número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar. Entre esses casos, pelo menos 1.554.500 foram considerados curados.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada à covid-19 no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 85.906 óbitos em 1.417.889 casos. Pelo menos 246.414 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades dos Estados Unidos.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 33.614 óbitos em 233.151 casos, a Itália com 31.368 óbitos (223.096 casos), a Espanha com 27.459 óbitos (230.183 casos) e a França com 27.425 óbitos (178.870 casos).

ZAP //



DESTINOS EM DESTAQUE