Sexta-feira, Abril 25, 2025
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Em Nova Iorque, há sacos de boxe espalhados pelas ruas para aliviar o stress

Para ajudar as pessoas a lidarem com o stress e as frustrações, há sacos de boxe espalhados pelas ruas de Nova Iorque. Uma ideia de um gabinete de design que está a ser muito bem acolhida por quem vive na cidade dos EUA.

Foi no âmbito da Semana do Design de Nova Iorque que um estúdio de design resolveu espalhar sacos de boxe pela “cidade que nunca dorme”. Um epíteto que encaixa na perfeição a Nova Iorque, cidade onde os níveis de stress estão também em níveis elevados dado o constante reboliço de pessoas.

Para ajudar os nova-iorquinos a ultrapassarem a tensão do dia-a-dia, o estúdio de design Donttakethisthewrongway (Não leves isto a mal na tradução para Português) desafia os habitantes a esmurrarem os sacos de boxe que se podem encontrar por várias ruas.

Nas redes sociais, já várias pessoas publicaram imagens com estes sacos de boxe, elogiando a ideia, como é o caso da actriz e artista Anna Kyra Hooton.

Esta actriz pouco conhecida até pede ainda mais destes equipamentos “por cada dono de cão cretino que não apanha o que ele faz, por cada pagamento de renda gigantesco, por cada dingo que pára à entrada de uma estação de metro para ver o seu telemóvel, pela falta geral de ar fresco nesta ilha”, desabafa. Ela também lamenta que há “tanta raiva” e “tão pouco tempo” para libertar toda essa tensão.

O gabinete de design que teve a ideia alega que se inspirou num estudo recente divulgado pelo The New York Times (NYT) que revela que os norte-americanos estão entre os povos mais stressados do mundo.

Neste inquérito realizado com mais de 150 mil pessoas em todo o mundo, cerca de 55% dos adultos norte-americanos inquiridos disseram sentir-se stressados durante “grande parte do dia”. A nível mundial este indicador ficou-se pelos 35%.

Na mesma pesquisa, 45% dos norte-americanos alegaram ter estado “muito” preocupados no dia anterior ao inquérito – a percentagem mundial ficou-se pelos 39%.

Este inquérito realiza-se há cerca de 10 anos e o número de pessoas que relataram sentir raiva, stress e preocupação atingiu neste ano os níveis mais elevados de sempre, de acordo com o NYT.

SV, ZAP //



São Francisco poderá ser a primeira cidade a proibir venda de cigarros eletrónicos

Se esta decisão for aprovada pela FDA, São Francisco vai tornar-se a primeira cidade a banir a venda de cigarros eletrónicos.

De acordo com o Observador, a Câmara de Supervisores de São Francisco, nos EUA, aprovou uma portaria que proíbe o fabrico e a venda de produtos de tabaco na cidade, nos quais se incluem os cigarros eletrónicos.

Os supervisores foram unânimes na votação, considerando que os cigarros eletrónicos são uma “epidemia”, sobretudo entre os mais jovens, e que têm “apagado o progresso feito na redução do tabaco” nessa faixa etária.

O governo de São Francisco considera que, com esta decisão, se reafirma “a recusa em permitir que a cidade seja usada para atividades que contribuam para o peso do uso do tabaco”.

Tal como recorda o jornal online, há um ano a mesma cidade já tinha proibido a venda de tabaco aromatizado, incluindo os cigarros de mentol e os líquidos aromatizantes para cigarros eletrónicos.

A medida está a levar preocupações junto dos comerciantes e, por isso, a Câmara decidiu criar um grupo de trabalho para os auxiliar nos problemas que possam vir a ter no futuro.

Entre os argumentos utilizados para contestar a medida está, por exemplo, a ideia de que estes cigarros eletrónicos são “uma alternativa mais saudável aos cigarros tradicionais” e o facto de esta proibição deixar “os cigarros tradicionais nas prateleiras como única escolha para os fumadores adultos”.

Esta decisão ainda vai ser alvo de votação final na próxima semana e tem de ser aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), agência federal que regula alimentos e medicamentos nos EUA.

ZAP //



Há uma “Cidade do Futuro” inacabada no deserto do Arizona

No deserto do Arizona, nos Estados Unidos, há uma cidade experimental projetada para milhares de pessoas que agora contém apenas algumas dezenas de habitantes.

Durante quase cinco décadas, um grupo chamado Fundação Cosanti tem trabalhado na construção de uma cidade que inspiraria um novo futuro ao design urbano. Hoje, o projeto está apenas 5% concluído.

Chamada Arcosanti, a cidade foi projetada pelo arquiteto italiano Paolo Soleri, cujo sonho era criar um laboratório urbano avançado onde as atividades quotidianas pudessem ser alimentadas pelos recursos naturais da Terra.

Soleri chamou a sua visão de “implosão urbana” – referindo-se ao design que promoveria densidade e reduziria a expansão, eliminando carros e estradas. Em vez de lâmpadas, os quartos seriam iluminados pelos raios naturais do sol e, em vez de ar-condicionado, a vegetação forneceria sombra natural.

Mas, à medida que a construção da Acrosanti se deteriorou, outras cidades e designers começaram a superar as ideias de Soleri. De acordo com o Business Insider, nações como o Qatar e a Arábia Saudita estão a desenvolver cidades com tubos de lixo pneumáticos, trabalhadores robôs, drones-táxis e pontes aéreas movidas a energia solar.

A Malásia quer construir uma cidade com plantas auto-irrigantes e janelas auto-reparadoras. Se a comunidade planeada da Alphabet, em Toronto, for concretizada, poderá apresentar estradas para veículos sem motorista e sensores subterrâneos.

Em comparação com estes projetos, as estruturas baixas de Arcosanti, com cúpulas e fachadas cor de areia agora parecem partes de uma antiga aldeia hippie, de acordo com a Science Alert.

Mas as ideias de Soleri estão longe de ultrapassadas. O arquiteto foi um dos primeiros proponentes do abastecimento local de alimentos, energia solar e vizinhança viável – conceitos que agora são considerados paradigmas do design urbano. Com uma visão inclusiva e o financiamento certo, os conceitos ainda têm o potencial de ajudar a abordar questões como a mudança climática e a superlotação.

Na época em que Soleri imaginou Arcosanti no final dos anos 1960, tinha sido aclamado como protegido de Frank Lloyd Wright e membro do Museu de Arte Moderna. Ele e a esposa também fundaram a Fundação Cosanti, uma organização sem fins lucrativos que possui a terra onde Arcosanti começou a ser construída. Em 1970, Soleri começou a trabalhar nas primeiras estruturas.

A terra foi comprada com um empréstimo. Soleri conseguiu seguidores como estudantes, arquitetos, jornalistas, cineastas e outros que se voluntariaram para ajudar a dar vida à sua visão. Soleri morava no local e frequentemente trabalhava com eles. Mas muitos dos conceitos do arquiteto revelaram-se caros e difíceis de financiar. O financiamento diminuiu e a construção desacelerou. Com o tempo, os seguidores de Soleri começaram também a desaparecer.

“As pessoas originais que trabalham lá ou ficaram frustradas e foram embora ou ficaram lá, ficaram mais velhas e instalaram-se nos seus apartamentos projetados por Soleri para viverem uma vida agradável”, escreveu James McGirk, ex-participante do projeto, no Wired.

As opiniões sobre o caráter de Soleri variam – algumas pessoas descreveram-no como generoso e modesto, enquanto outras disseram que era arrogante e fechado. Mas a maioria dos relatos parece concordar que não estava disposto a comprometer a sua visão. Quando Soleri morreu em 2013, um novo edifício tinha sido concluído em Arcosanti durante quase 25 anos.

A vida na “Cidade do Futuro”

A maioria dos 80 moradores de Arcosanti ganha o salário mínimo a trabalhar para a Fundação Cosanti, que mantém a cidade a funcionar. Os residentes são obrigados a trabalhar 40 horas semanais em áreas como manutenção de terrenos, construção ou administração.

Alguns lidam com o arquivo, onde restauram e catalogam os velhos desenhos e modelos de Soleri, enquanto outros trabalham no café ou na galeria da cidade. Outros ainda trabalham para a Cosanti Originals Inc. Grande parte do financiamento atual da cidade vem da venda de sinos de bronze produzidos no local.

Em troca de uma taxa semanal de 75 dólares, os moradores recebem um desconto em alimentos e acesso ilimitado a moradias, serviços públicos e instalações como uma piscina e uma biblioteca de música. Os residentes têm a opção de participar em discussões filosóficas, festas e workshops e é comum encontrar animais de estimação locais.

Fiéis à visão de Soleri, alguns moradores de Arcosanti vivem sem aquecedores, confiando numa estufa solar que liberta ar quente nos seus apartamentos através de um alçapão. Embora os carros não sejam exatamente fora dos limites, a natureza compacta da cidade incentiva as pessoas a andar, reduzindo assim a sua pegada ambiental.

Mas Arcosanti está muito longe de uma utopia sustentável. As suas oliveiras fornecem pouco alívio do calor do deserto e os moradores ainda compram alimentos do supermercado.

Cerca de metade da população de Arcosanti é “semi-transitória”, o que significa que provavelmente permanecerão durante cerca de seis meses a cinco anos. Cerca de 30% são “semi-permanentes”, o que significa que viverão lá durante cerca de cinco a 15 anos.

O festival anual de música Form de Arcosanti ajuda a manter a notoriedade da cidade. O festival, que começou em 2014, apresenta-se como um “retiro criativo” de três dias, que inclui ioga, instalações de arte e uma programação de músicos eletrónicos e indie-rock.

ZAP //



Cidade japonesa cria guia de etiqueta para turistas

A cidade japonesa de Quioto está a distribuir cartilhas, guloseimas e lanternas de papel para tentar ensinar aos turistas como se comportar no bairro histórico de Gion.

Clientes e lojistas reclamaram da superlotação e do comportamento inadequado de visitantes nos últimos anos, apesar das tentativas anteriores de incentivar boas maneiras. O conselho local de Gion decidiu atacar a situação com cortesia, escreve a BBC.

Os estudantes da Escola de Design da Universidade Feminina de Quioto foram incumbidos de criar uma cartilha didática e atraente em japonês, chinês e inglês a ser colocada em sacolas com guloseimas. Grupos de polícias, estudantes e maiko – aprendizes de gueixas – foram formados para entregar o material aos visitantes.

As mensagens vão desde pedidos comuns para não se sentar ou fumar na rua, até demandas mais específicas, como a necessidade de pedir autorização antes de tirar selfies com as famosas gueixas de Gion e a proibição de lhes tocar sem consentimento.

Há diversas outras recomendações, como deixar as casa-de-banho limpas, não passar a frente nas filas, não cancelar reservas em restaurantes em cima da hora e deixar o lixo nos caixotes adequados.

O Departamento de Turismo de Quioto publica orientações para visitantes sobre como se comportar desde 2017, com base na palavra local “akimahen” – “é proibido”, ilustrado com gráficos alegres e promovido com um vídeo em sites populares de classificação de visitantes.

A cidade já tinha instalado câmaras e destacado guardas para impedir que visitantes entrassem em locais proibidos, espalhado viaturas para patrulhas e criado um sistema de áudio público em várias línguas que lembra os turistas das regras da área que devem ser respeitadas. Mas a estratégia não surtiu o efeito esperado.

O turismo de massa é um fenómeno relativamente novo no Japão, que chegou a um recorde de 31 milhões de pessoas em 2018. Há cinco anos, eram 10 milhões, principalmente do leste da Ásia. A meta da Organização de Turismo do Japão é de 40 milhões para 2020, ano em que Tóquio sediará os Jogos Olímpicos. Além da entrada substancial de recursos, o fenómeno resultou em problemas.

Caso os sacos com guloseimas e recomendações de bons modos não funcionem, Quioto quer também limitar o número de turistas nos seus distritos históricos.

Um projeto experimental que recolhia informações sobre o fluxo de pessoas foi bem-sucedido no distrito de Arashiyama em novembro e dezembro de 2018. O projeto registou o número de smartphones que acedem à Internet no popular site da Bamboo Grove, permitindo que 22.623 pessoas verificassem as atualizações e evitassem os horários de pico, relata o jornal Mainichi Shimbun.

A cidade também tem promovido seis locais próximos a Quioto, incluindo o Santuário Fushimi Inari, para estimular o turismo noutras atrações da região sem prejudicar o estilo de vida local.

ZAP //



Museu do Prado precisa de ajuda para descobrir onde fica esta paisagem

(dr) Museo del Prado

“Paisagem”, quadro de Agustín Riancho

O Museu do Prado, em Madrid, está a pedir ajuda para identificar onde fica a paisagem retratada pelo pintor cantábrico Agustín Riancho no seu quadro “Paisagem”.

Segundo o El Confidencial, uma obra do pintor Agustín Riancho, um dos paisagistas espanhóis mais importantes do século XIX, está a ser partilhada, nos últimos dias, vezes sem conta e sempre acompanhada da pergunta “Reconheces esta paisagem?”.

Em causa está o facto de o Museu do Prado, em Madrid, ter pedido ajuda a geólogos e especialistas na área, a pouco mais de duas semanas de apresentar esta nova aquisição, para tentar identificar a paisagem retratada no quadro do pintor cantábrico.

A pintura a óleo, apelidada de “Paisagem” e com medidas de 125 por 75 cm, foi oferecida ao museu espanhol proveniente de uma coleção particular e o mistério começou quando chegou às mãos do restaurador Pedro José Martínez Plaza, especializado no século XIX.

O funcionário do museu entrou em contacto com um geoparque de Cantábria para perceber se a paisagem pintada correspondia a algum lugar desta zona geográfica mas não obteve uma resposta satisfatória. Tentou assim contactar outros geoparques que, por sua vez, colocaram a mesma questão a outros especialistas. Resultado: ninguém consegue dar-lhe uma localização exata, por isso, o museu decidiu lançar este pedido de ajuda.

O geólogo Luis Collantes, citado pelo jornal espanhol, acredita “pessoalmente” que se trata do Salto del Gitano, em Monfragüe, porque “coincide com o curso do rio”. Alguns arriscam dizer, no entanto, que a paisagem fica no Parque Natural de Despeñaperros, enquanto outros falam de Riba de Santiuste, em Guadalajara, Cuchillos del Río Cabriel, em Cuenca, Molinucos del Diablo, em Valle del Saja, ou Vega de Gordón, em León.

Além disso, em conjunto com todos estes palpites, dezenas de pessoas já partilharam fotografias originais dos lugares que se assemelham a este quadro de Riancho. Resta agora saber se o museu vai conseguir resolver o mistério.

ZAP //



Há uma cidade que quer abolir o tempo

Todos os dias, a Terra gira em torno de si própria. O Sol aparece no horizonte de manhã e, passado umas horas, deita-se. A vida humana está construída em volta desta periodicidade, com os dias divididos em horas, minutos e segundos.

Mas, em alguns lugares do planeta, o Sol só nasce uma vez por ano. Com o conceito de “dia” já tão distante do resto do mundo, uma população do Ártico começou a pensar: e se abandonássemos completamente o conceito de tempo?

Essa é a ideia do norueguês Kjell Ove Hveding, que vive ao norte do Círculo Ártico numa cidade chamada Sommarøy. A ideia já descolou e foi apresentada pela agência de notícias estatal da Noruega e pelo menos por um dos grandes jornais nacionais do país.

Hveding encontrou-se com o seu membro local do parlamento para entregar uma petição para se livrar do tempo na cidade. O objetivo é fazer de Sommarøy um lugar onde as pessoas possam fazer o que quiserem quando quiserem.

“Temos que ir trabalhar e, mesmo depois do trabalho, o relógio toma o seu tempo”, disse Hveding ao Gizmodo. “Tenho que fazer isto, tenho que fazer isto. A minha experiência é que as pessoas esqueceram-se de como serem impulsivas, de decidir que o tempo está bom, o Sol está a brilhar, posso simplesmente viver. Mesmo que seja às três da manhã”.

No entanto, a proposta escasseia detalhes. Está ligada à discussão sobre a utilidade do horário de verão, que a União Europeia descartou este ano. Essas discussões não têm nenhuma importância para Sommarøy, cidade com 321 habitantes em 2017, já que o Sol só se põe uma vez por ano.

Sem tempo, as lojas estariam abertas sempre que o lojista quisesse, as pessoas poderiam sair quando quisessem e, em vez de marcar, as pessoas poderiam encontrar-se impulsivamente.

Mas podem os humanos abandonar os relógios? Vivemos numa sociedade que depende de dias divididos em horas e minutos. Remover os relógios pode fazer as coisas parecerem mais flexíveis para um grupo que escolhe viver fora das regras, mas, em última análise, o trabalho, a escola e o transporte dependem do tempo.

“O problema é que os seres humanos não evoluíram no Ártico”, disse Hanne Hoffman, professor assistente de ciência animal que estuda o ritmo circadiano, ao Gizmodo. “Os nossos corpos adaptaram-se ao ciclo de 24 horas gerado pela rotação da Terra. Não podemos ir contra a evolução e é isso que está a acontecer nesses locais”.

Normalmente, as pessoas no Ártico compensam, apagando a luz nas suas casas durante o que seriam horas da noite. Uma série de hormonas e processos metabólicos respondem à luz e ao tempo, dizendo ao corpo como se comportar em diferentes pontos durante o dia. Mesmo os processos em que se pode não pensar, como a digestão e a temperatura corporal, estão ligados a esse ritmo. O desalinhamento do ritmo circadiano, onde o corpo está a trabalhar numa programação separada da mente, é um fator de risco para a doença.

Hoffman está especialmente preocupado com o facto de as crianças, que já enfrentam mudanças no seu ritmo circadiano ao entrarem na puberdade, poderem sofrer na escola em tal ambiente.

Experiências anteriores mostraram que os humanos não perdem o ritmo, mesmo na ausência de luz. Exemplo disso é Michel Siffre, explorador subterrâneo francês que se escondeu numa caverna escura durante dois meses. Embora a sua agenda lentamente tenha saído da sincronia do resto do mundo, ainda mantinha um ritmo de 24 horas.

ZAP //



Mona Lisa vai mudar de “casa” durante uns meses

Werner Willmann / Wikimedia

O quadro Mona Lisa, exposto no Museu do Louvre, em Paris, vai mudar de sala temporariamente. A sala onde a obra de Leonardo da Vinci se encontra atualmente exposta está a ser renovada.

Por essa razão, o Louvre vai deslocar a pintura para a Galeria Médicis, uma outra sala no museu parisiense. O quadro será deslocado no dia 16 de julho e os visitantes vão poder ver a Mona Lisa a partir do dia seguinte. A “nova casa” de Mona Lisa é uma das maiores salas do museu. O Louvre estima que a pintura ficará na sala até outubro.

O Museu do Louvre está a ser renovado desde 2014. O objetivo é aumentar a segurança e também melhorar a gestão do fluxo de visitantes. Só em 2018, foram mais de 10 milhões as pessoas que visitaram o icónico museu, de acordo com a AFP.

A Mona Lisa está exposta na Sala dos Estados — uma das mais visitadas do museu devido ao interesse provocado pela obra-prima de Leonardo da Vinci. “Todos os dias recebemos uma cidade inteira nesta sala”, disse à AFP o presidente do museu, Jean-Luc Martinez.

A reforma da Sala dos Estados começou em janeiro e todas as obras foram retiradas, exceto “As Bodas de Caná” de Veronese e a “Mona Lisa”.

Exibida desde 2005 atrás de uma vitrine blindada, a “Mona Lisa” é, ao lado da “Venus de Milo” e da “Vitória de Samotrácia”, uma das obras indispensáveis do maior museu do mundo.

Especialistas afirmam que a obra é frágil – os deslocamentos dentro do museu são incomuns. Foi pintada a óleo sobre uma fina placa de madeira de álamo que, com o tempo, encurvou e provocou uma fissura.

Em 1911, quando “A Gioconda” era menos célebre, um pintor italiano tirou o quadro do Louvre, escondido em seu macacão de trabalho. A obra foi encontrada dois anos mais tarde. Em 1964, o quadro atravessou o Atlântico por decisão do governo francês, apesar das advertências dos curadores.

ZAP //



Lisboa desce no ranking do custo de vida (mas está à frente de Toronto)

O ranking de custo de vida da consultora Mercer relativo a 2019 mostra que Lisboa caiu duas posições, após a subida de 44 lugares no ano passado.

Lisboa é a 95.ª cidade mais cara do mundo em termos de custo de vida, descendo duas posições no ranking em relação ao ano passado, num estudo da Mercer divulgado esta quarta-feira e que é liderado por Hong Kong.

De acordo com o estudo global sobre o Custo de Vida de 2019 da Mercer (Cost of Living Survey), Lisboa “desceu duas posições no ranking, após uma subida expressiva de 44 posições o ano passado”. No ranking agora divulgado, Hong Kong mantém a posição de cidade mais cara do mundo, em oposição a Tunes (na Tunísia), a cidade menos cara.

Apesar da ligeira queda, o custo de vida da capital portuguesa está à frente de outras capitais internacionais como Estocolmo (127.º), que caiu quase 40 posições, e Toronto (115.º), adianta o Jornal de Negócios.

Zurique continua a ser a cidade europeia mais cara, encontrando-se no 5.º lugar do ranking, caindo duas posições relativamente a 2018. Por sua vez, Luanda (Angola) desceu 20 posições no ranking, da 6.ª para a 26.ª posição.

O estudo conclui que, do top 10 das cidades mais caras para expatriados, oito são asiáticas, resultado dos elevados custos de bens de consumo para expatriados e a dinâmica do mercado residencial.

No topo da lista estão Tóquio (2.º), Singapura (3.º) e Seul (4.º), sendo que a cidade mais dispendiosa do mundo, pelo segundo ano consecutivo, é Hong Kong. Outras cidades que se encontram no top 10 são Zurique (5.º), Shangai (6.º), Ashgabat (7.º), Pequim (8.º), Nova Iorque (9.º) e Shenzhen (10.º).

As cidades menos caras para expatriados são Tunes (209.º), Tashkent (208.º) e Carachi (207.º).

Através do estudo foi ainda possível concluir que o preço da gasolina em Lisboa é dos mais elevados tendo em conta as restantes cidades do ranking. Por outro lado, e comparativamente com a cidade mais cara da tabela, o preço de arrendamento de um apartamento T3 nas zonas nobres de Lisboa ronda os 3.150 euros e em Hong Kong os 12.910 euros. Lisboa é a única cidade portuguesa apresentada no estudo.

O estudo inclui mais de 500 cidades em todo o mundo, sendo que o ranking deste ano integra 209 cidades distribuídas pelos cinco continentes e analisa e compara os custos de mais de 200 itens em cada local, entre eles alojamento, transportes, comida, roupa, bens domésticos e entretenimento.

O estudo da Mercer conclui que “um conjunto de fatores, incluindo flutuações cambiais, custo da inflação no que se refere a bens e serviços e a volatilidade dos preços de alojamento, contribuem para o custo geral dos ‘pacotes de expatriados’ para colaboradores em tarefas internacionais”.

ZAP // Lusa



Pela primeira vez em 10 anos, o Túmulo dos Reis abriu. Mas foi fechado horas depois

 

Pela primeira vez em quase 10 anos, França, proprietária do local, reabriu esta quinta-feira o Túmulo dos Reis, mas o acesso a esta jóia arqueológica no coração de Jerusalém pode ser dificultado pelas disputas religiosas e políticas.

A reabertura aos visitantes deste notável exemplo da arquitetura funerária judaica nos tempos romanos foi marcada por uma grande confusão provocada por judeus ultraortodoxos do lado de fora. A segunda visita do dia foi cancelada e os visitantes serão reembolsados, informou o consulado geral da França em Jerusalém, de acordo com a AFP.

O portal fechado ao público desde 2010 foi reaberto como planeado às 9h locais para quinze pessoas que agendaram previamente a visita pela Internet. Mas cerca de quinze judeus ultraortodoxos, reconhecíveis pelos fatos pretos e camisas brancas, dirigiram-se ao local sem efetuar reservas para orar.

Os judeus ultraortodoxos reverenciam o local como o de sepultamento da rainha Helene de Adiabene, convertida ao judaísmo no século I d.C, e de notáveis judeus do mesmo período. Os guardas impediram o acesso e os ultraortodoxos tentaram forçar a entrada. Funcionários do consulado foram atacados, segundo testemunhas.

Os primeiros visitantes tiveram que sair por uma porta secundária com a ajuda de polícias e agentes de segurança.

“Este é um lugar sagrado para os judeus”, disse um dos ultraortodoxos, Jonathan Frank, de 31 anos. “Em qualquer outro lugar do mundo, quando judeus ou pessoas de outra religião querem orar num lugar sagrado, podem fazê-lo”. “Não deveríamos ter de pagar para orar”, insistiu.

O Túmulo dos Reis é um monumental conjunto funerário talhado na rocha. Mencionado em escritos ao longo dos séculos, é geralmente identificado com o túmulo de Helene de Adiabene, que veio morar e morrer em Jerusalém.

A França adquiriu a propriedade em 1886. Pretendendo abrir o túmulo ao público, investiu cerca de um milhão de euros em obras de restauro. Mas o local não escapa das discussões, como tudo o que se refere à arqueologia na Cidade Santa. Os judeus contestam o direito de propriedade francês. Os ultraortodoxos exigem acesso ilimitado. Nos círculos arqueológicos, teme-se que o lugar seja subtraído da ciência para o benefício do culto religioso.

Além disso, o Túmulo está localizado em Jerusalém Oriental, a parte palestina de Jerusalém ocupada por Israel desde 1967 e anexada. França, como a comunidade internacional, nunca reconheceu essa anexação. Os palestinos querem fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado a que aspiram.

Inicialmente, França decidiu limitar o acesso a 15 visitantes, com reservas, em duas manhãs por semana, para garantir uma operação pacífica. Mas insinuou que pode repensar a estratégia.

Esta quinta-feira, cerca de quinze visitantes puderam vislumbrar a vasta escadaria que leva a um enorme pátio com vista para a arquitrave do mausoléu esculpida em pedra calcária. No interior, salas de hipogeu contêm 31 túmulos, fechados por um raro exemplar ainda no lugar de pedra rolante. As sepulturas não são acessíveis por razões de segurança.

Entre os visitantes estavam alguns guias turísticos, uma historiadora, particulares, principalmente franceses, e alguns ativistas. Ori Ohaion, de 29 anos, aguardava esse momento há “alguns anos”. Sob o vasto vestíbulo, rezou “para que todos os judeus possam aceder e orar nos locais sagrados, especialmente no Monte do Templo”.

O Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo localizado a poucas centenas de metros do Túmulo dos Reis, é o nome judaico da Esplanada das Mesquitas. Os judeus têm acesso, mas são proibidos de orar lá.

ZAP //



Turistas já fazem reservas para assistir ao degelo dos glaciares do Alaska

O rápido degelo dos glaciares devido às alterações climáticas criou um novo mercado para os operadores turísticos do Alaska, nos Estados Unidos.

O jornal Anchorage Daily News noticiou que as operadoras de várias empresas de turismo estão a registar um aumento em reservas de viagens de grupos que querem assistir ao recuo do único estado ártico do país.

“As pessoas querem ver os glaciares enquanto há acesso“, disse Paul Roderick, diretor de operações da “Talkeetna Air Taxi”, que faz viagens aéreas no Alaska. “As pessoas sabem mais sobre glaciares do que antes. Perguntam quão depressa estão a recuar, quando antes mal sabiam o que era um glaciar”, acrescentou, em declarações à mesma publicação.

As operadoras turísticas dizem que os turistas são, maioritariamente, oriundos da Austrália e de mercados emergentes como China e Índia. “Há mais interesse”, disse Peter Schadee, da “Anchorage Helicopter Tours”, que faz voos de helicóptero naquela região. “Temos assistido ao interesse em glaciares de pessoas de todo o Mundo”, acrescentou.

“As pessoas querem muito ver os glaciares, mas estão a derreter muito depressa“, contou Matt Szunday, dono da Ascending Path, uma empresa que faz passeios turísticos a glaciares do Alaska.

O recuo destas gigantes e antigas massas de gelo criou um nicho de mercado, com turistas a fazer marcações para ver os glaciares “antes que seja tarde de mais”.

Uma nova revisão dos dados de pesquisas publicada no Jornal da Glaciologia prevê que os 25 mil glaciares do Alasca perderão entre 30% e 50% de sua massa até ao final deste século. A nível global, os glaciares devem perder entre 18 e 365 da massa, o que poderá resultar numa subida de 25 centímetros no nível da água do mar.

ZAP // Lusa



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