Domingo, Maio 25, 2025
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Apostas online: o que considerar ao escolher uma plataforma

GdV // Dall-E-2

Escolher a plataforma certa de apostas online requer consideração de compatibilidade com dispositivos, reputação, segurança, métodos de pagamento, bónus, licença e atendimento ao cliente para garantir uma experiência segura e agradável.

Se está a pensar começar a apostar online, é importante escolher a plataforma certa para garantir uma experiência segura e divertida.

Com tantas opções disponíveis, pode ser difícil decidir qual plataforma é a melhor para si. Neste artigo, discutiremos os principais fatores a serem considerados ao escolher uma plataforma de apostas online.

Compatibilidade com Dispositivos

Quando se trata de apostas online, é essencial escolher uma plataforma que seja compatível com os seus dispositivos. Verifique se a plataforma oferece um site responsivo ou uma aplicação móvel para que possa aceder e apostar em qualquer lugar, a qualquer momento.

A compatibilidade com dispositivos é especialmente importante se gosta de apostar em viagem, usando o seu smartphone ou tablet.

Reputação da Plataforma

A reputação da plataforma de apostas online é um fator crucial a ser considerado. Pesquise sobre a plataforma e verifique se ela é confiável e respeitada na indústria. Leia avaliações de outros jogadores e verifique se a plataforma possui licenças e certificações adequadas.

Uma plataforma com boa reputação garantirá que os seus fundos e informações pessoais estejam seguros.

Segurança e Privacidade

A segurança e a privacidade são aspetos essenciais ao escolher uma plataforma de apostas online. Certifique-se de que a plataforma utiliza tecnologia de encriptação para proteger as suas informações pessoais e financeiras.

Além disso, verifique se a plataforma possui políticas claras de privacidade e se compromete a não partilhar os seus dados com terceiros sem o seu consentimento.

Métodos de Pagamento

Os métodos de pagamento oferecidos pela plataforma de apostas online também são importantes. Verifique se a plataforma oferece opções de pagamento convenientes e seguras, como cartões de crédito, transferências bancárias e carteiras eletrónicas.

Além disso, verifique se a plataforma possui políticas claras de depósito e levantamento, incluindo limites mínimos e máximos.

Bónus e Promoções

Por fim, considere os bónus e promoções oferecidos pela plataforma de apostas online. Muitas plataformas oferecem bónus de boas-vindas para novos jogadores, bem como promoções regulares para jogadores existentes. Verifique os termos e condições dessas ofertas para garantir que sejam justas e vantajosas.

Lembre-se de que os bónus e promoções podem variar entre as plataformas, então escolha aquela que oferece as melhores recompensas para si.

Licença e Regulação

Ao selecionar uma casa de apostas, a consideração cuidadosa da licença e regulamentação é crucial. Optar por uma plataforma de apostas devidamente licenciada oferece aos utilizadores uma garantia de que a operação é legal e está sujeita a padrões rigorosos de conformidade.

As licenças são emitidas por autoridades de jogos que monitoram e regulam as atividades da casa de apostas, assegurando a proteção dos jogadores e a integridade das apostas.

Atendimento ao Cliente

O atendimento ao cliente desempenha um papel crucial na escolha de uma casa de apostas, pois influencia diretamente a experiência do utilizador. Uma resposta ágil e eficiente a consultas e problemas é essencial para manter a confiança e a satisfação dos clientes.

Num ambiente onde transações financeiras e tecnologia desempenham papéis centrais, a capacidade da casa de apostas em fornecer suporte técnico de qualidade é vital.

Além disso, um serviço de atendimento que esclareça dúvidas sobre regras e procedimentos contribui para uma experiência de apostas mais transparente e agradável, promovendo a fidelidade do cliente.

Em resumo, uma casa de apostas que valoriza e investe num atendimento ao cliente excepcional demonstra compromisso com a satisfação e a confiança dos seus utilizadores.

Ao considerar esses fatores ao escolher uma plataforma de apostas online, estará no caminho certo para uma experiência de apostas segura e divertida.

Lembre-se de que a escolha da plataforma certa é pessoal e depende das suas preferências individuais. Pesquise, compare e experimente diferentes plataformas antes de tomar uma decisão final.

aeiou //



Os sete passadiços mais bonitos de Portugal para passear neste outono

Vítor Carvalho / Google Maps

Passadiços de Mondego

Muitas folhas ainda estão por cair, com o outono ainda a meio da sua estadia. Eis a estação em Portugal, em sete passadiços.

Muitas folhas ainda estão por cair, com o outono ainda a meio da sua estadia.

Há quem o encare como a estação mais bonita do ano e foi precisamente para os amantes da estação que o jornal galego La Voz de Galicia quis dar a conhecer os melhores locais para passear em redor da natureza clara e calmante.

“O número e a variedade de percursos pedestres para desfrutar da natureza aumentam a passos largos em Portugal, oferecendo a possibilidade de explorar o país através de parques naturais, orlas, travessias de rios ou no topo de árvores”, pode ler-se na publicação.

Eis o outono português, em sete passadiços.

Trilho de Pitões das Júnias

O Trilho de Pitões das Júnias, considerado um dos percursos pedestres mais bonitos do Gerês, é um trilho circular bastante acessível e de pouco mais de quatro quilómetros de comprimento.

Parte do Cemitério de Pitões e segue em direção às ruínas românticas do mosteiro e igreja de Santa Maria das Júnias, que remetem ao século XII.

O percurso passa também pelo Miradouro da Cascata de Pitões das Júnias, que com as chuvas atingem a sua melhor versão.

Passadiços de Sistelo

Ainda no Gerês temos o pequeno passadiço de Sistelo. Atração imperdível para quem aprecia caminhadas e ciclismo BTT, têm apenas dois quilómetros, mas estão integrados na Ecovia do Vez, que por sua vez têm 32 quilómetros adequados para caminhar e ciclar.

A aldeia de Sistelo, que dá nome aos passadiços, é parte da Reserva Mundial da Biosfera e candidata a património mundial da UNESCO.

Com uma cascata e uma praia fluvial, os Passadiços de Sistelo são também conhecidos pela sua paisagem deslumbrante.

Passadiços do Mondego

Inaugurados há apenas um ano, os Passadiços do Mondego, na Serra da Estrela, oferecem um itinerário pedestre ao longo das margens do rio Mondego e da ribeira do Caldeirão. Com cerca de 12 quilómetros de extensão, o percurso passa por várias localidades pitorescas, incluindo Videmonte, Trinta, Vila Soeiro e a Barragem do Caldeirão.

Para além do percurso completo, os Passadiços do Mondego são acessíveis e inclusivos, disponibilizando percursos mais curtos e adaptados. Há um percurso familiar de 2 km entre Videmonte e o Açude dos Trinta, e uma secção acessível também de 2 km, entre Vila Soeiro, a Hidroelétrica do Pateiro e a Primeira Ponte Suspensa, pensada para pessoas com mobilidade condicionada​.

Passadiços do Paiva

Nos Passadiços do Paiva, localizados no concelho de Arouca, distrito de Aveiro, é possível contactar com a natureza no seu estado mais puro, com espécies em perigo de extinção e fenómenos geológicos únicos.

O trilho pedestre estende-se por cerca de 8,7 quilómetros ao longo das margens do Rio Paiva, num vale de grande beleza natural.

Os passadiços, construídos principalmente em madeira, proporcionam vistas espetaculares de paisagens únicas, incluindo descidas de águas bravas, cristais de quartzo e espécies raras na Europa​​.

Integrados no Geoparque de Arouca, os Passadiços do Paiva podem ser visitados entre o nascer e o pôr do sol, com horários variando de acordo com a época do ano — no outono, até março, o horário é das 9:00 às 17:00.

Um dos destaques recentes é a Ponte Suspensa 516 Arouca, que se tornou uma parte integrante da experiência dos Passadiços. Inspirada nas pontes incas que atravessam vales andinos, tem 516 metros de comprimento e uma elevação de 175 metros. É necessário comprar bilhete e aconselha-se a verificação prévia de disponibilidade e horários.

Na fronteira com a Galiza, em Viana do Castelo, o trilho acompanha o rio Minho, seguindo as margens ajardinadas desde a monumental fortaleza de Monção até ao Parque das Caldas.

Os passadiços só têm um quilómetro, mas ligam-se à Ecopista do Rio Minho, que liga o Parque das Caldas ao posto agrícola de Troviscoso, permitindo assim estender o passeio por mais 2,3 km (4,6 km ida e volta).

A sua estrutura de madeira e o cenário natural em que se inserem já os tornaram um sucesso nas redes sociais, destacando-se como um dos pontos imperdíveis para quem visita a região.

Treetop Walk Serralves

Serralves tornaram-se numa das maiores atrações do Porto, e o passadiço de madeira que se insere nos jardins da Fundação, inaugurado em setembro de 2019,  não fica atrás.

Desenhado pelos arquitetos Carlos Castanheira e Siza Vieira, o Treetop Walk é um passadiço elevado, com aproximadamente 250 metros de extensão. Com alturas de até 30 metros, é possível cheirar as árvores entre as suas copas centenárias.

Vila Nova de Gaia, à beira Douro

O artigo galego destaca ainda a beira Douro do lado de Gaia para um bom passeio de outono.

Conhecida pelas suas adegas de vinho, a vista para o Porto, do outro lado do rio, é incontornável. Se o visitante optar por seguir o curso do Douro poderá desfrutar de várias horas de passeio, envolvido em música e tradição. Arriscando perder mais umas horas, o caminho leva-nos às dunas do Cabedelo do Douro.

ZAP //



As cinco cidades mais baratas para visitar em Portugal

António Amen / Wikipedia

Amarante – Ponte sobre o Tâmega

O Norte domina quando se fala das cidades mais baratas do país, segundo recente análise do Porto Travel Guide. Conheça os cinco destinos mais rentáveis de Portugal.

Cada vez mais popular entre os amantes de viagens e visto como um destino acessível em comparação com outros países do sudoeste europeu, Portugal tem conquistado o coração de muitos estrangeiros — especialmente o dos norte-americanos.

Uma análise recente do Porto Travel Guide, e partilhada pelo The Sun examinou detalhadamente mais de 100 cidades portuguesas quanto a custos de viagem, acomodação e alimentação e identificou os destinos mais rentáveis em Portugal — e o Norte e Centro dominam a tabela.

Eis as cinco cidades mais baratas do país.

5. Amarante

Reconhecida pela sua ponte medieval — a Ponte de São Gonçalo, que liga as duas margens do rio Tâmega — e proximidade com o Vale do Douro, um local do Património Mundial da UNESCO, a cidade situada no distrito do Porto é o quinto destino mais barato.

Apesar de pequena, a cidade está repleta de vistas panorâmicas e acesso a vinhas conceituadas — nomeadamente de vinho verde — tornando-a um destino atraente para quem procura beleza cultural e natural.

Na gastronomia, Amarante é famosa pelos seus doces tradicionais, como os papos de anjo e o toucinho do céu.

Festas e tradições também são parte integrante da vida na cidade, com destaque para as festas de São Gonçalo, que atraem visitantes de várias partes do país.

  • Preço de hotel mais barato: 18 euros por noite
  • Refeição económica em restaurante: 4,88€
  • Pontuação de acessibilidade: 87,37

4. Ovar

Cidade humilde que se estende ao longo da costa central de Portugal, no distrito de Aveiro, é famosa pelas suas praias de areia imaculadas como a Praia do Furadouro e a Praia de Esmoriz, como destaca a análise.

A proximidade com a Ria de Aveiro também proporciona belas paisagens naturais e oportunidades para atividades ao ar livre.

O famoso Carnaval de Ovar, um dos mais vibrantes e coloridos de Portugal, também não pode ser esquecido, uma vez que atrai milhares de visitantes.

Com opções de acomodação a partir de 14 euros por noite, Ovar oferece uma experiência à beira-mar muito acessível.

  • Preço de hotel mais barato: 14 euros por noite
  • Refeição económica em restaurante: 5,22€
  • Pontuação de acessibilidade: 87,55

3. Vila Nova de Famalicão

Destino rico em história, Vila Nova de Famalicão oferece um centro histórico recheado de arquitetura medieval com vários vestígios arqueológicos e monumentos históricos.

Famalicão também é conhecida pelo seu dinamismo cultural. O município promove regularmente eventos culturais, festivais e feiras, que atraem visitantes de toda a região. Além disso, a cidade tem uma forte tradição no desporto, com várias associações e clubes ativos em diversas modalidades.

É uma cidade ideal para explorar a pé, ajudando os viajantes a economizar em custos de transporte enquanto absorvem o ambiente local.

Com uma população diversa e ativa, desempenha um papel importante na indústria, especialmente na área têxtil, sendo um dos principais centros industriais da região.

  • Preço de hotel mais barato: 9 euros por noite
  • Refeição económica em restaurante: 6,97€
  • Pontuação de acessibilidade: 87,60

2. Oliveira de Azeméis

Oliveira de Azeméis, uma cidade no centro de Portugal, é conhecida pelo seu Museu de Oliveira de Azeméis.

É um tesouro para os aficionados por história, com os seus artefactos e peças de arte que proporcionam um profundo entendimento da história da região.

Economicamente, Oliveira de Azeméis é conhecida pela sua forte indústria, particularmente nos setores metalúrgico, de moldes, e de calçado que desempenham um papel vital na economia local e nacional, contribuindo significativamente para o desenvolvimento da região.

Oliveira de Azeméis é também conhecida pelas suas áreas verdes e espaços naturais, como o Parque de La-Salette, um local de lazer e espiritualidade, que oferece vistas panorâmicas da cidade e arredores.

Festivais tradicionais e mercados locais também são destaque.

  • Preço de hotel mais barato: 13 euros por noite
  • Refeição económica em restaurante: 5,22€
  • Pontuação de acessibilidade: 87,85

1. Fafe

Com uma pontuação de acessibilidade de 87,91 em 100, a “Sala de Visitas” do Minho lidera a lista.

Localizada no norte de Portugal, no distrito de braga, Fafe oferece um refúgio sereno das cidades mais movimentadas como Lisboa e Porto e é vista como uma joia escondida para quem está interessado em explorar a beleza natural de Portugal.

As principais atrações incluem a Pedra do Altar e o Parque Nacional da Peneda-Gerês, ideal para caminhantes com orçamento limitado. A cidade possui também belas igrejas e solares, que refletem a riqueza da arquitetura local.

Oferece uma variedade de pratos tradicionais minhotos, conhecidos pelo seu sabor autêntico e ingredientes locais.

  • Preço de hotel mais barato: 13 euros por noite
  • Refeição económica em restaurante: 4,35€
  • Pontuação de acessibilidade: 87,91

O top 10 fecha com Ermesinde (6.º) Santa Maria da Feira (7.º), Santo Tirso (8.º), Viseu (9.º) e Braga (10.º).

ZAP //



As 10 catedrais mais populares em Portugal

São locais de culto que se destacam pela sua história, pela sua importância arquitectónica e cultural.

Estes dias não têm convidado muitas pessoas a passear mas a história, a arquitectura (e a beleza) estão lá: nas catedrais.

A Musement, plataforma para reserva de viagens, partilhou com o ZAP a lista das 10 catedrais mais populares em Portugal.

A lista foi feita tendo em conta o número de avaliações recebidas no Google.

O primeiro lugar está a norte: a Sé Catedral do Porto. Praticamente 27 mil avaliações para este monumento nacional, às portas da cidade, junto à Ponte Luiz I. Um edifício construído nos séculos XII e XIII, mas cujas remodelações misturaram os estilos românico, gótico e barroco.

No segundo lugar, a Sé de Lisboa. Quase 25 mil avaliações para outro monumento nacional, que é um dos lugares de maior relevância histórica, religiosa e artística do país. O edifício original era sobretudo do estilo românico, mas hoje é também uma fusão de estilos (remodelações e sismo de 1755).

A Sé de Braga fecha o pódio com mais de 8 mil avaiações. É a catedral mais antiga do país: a sua construção começou no final do século XI. A Capela dos Reis, de estilo gótico, recebeu os túmulos dos pais do primeiro rei, D. Afonso Henriques.

A Sé do Funchal ocupa o quarto lugar. O principal templo religioso do arquipélago da Madeira tem um sacrário de prata oferecido pelo Rei D. Manuel, e o grande retábulo do altar-mor. No entanto, o principal protagonista é o teto mudéjar das naves e do transepto.

No quinto posto fica a Sé Catedral de Faro, com uma mistura dos estilos maneirista e barroco. Tem uma das mais valiosas coleções artísticas dos séculos XVII e XVIII da região do Algarve.

A fechar o top-10 temos, por esta ordem: Sé Velha de Coimbra, Sé Catedral de Viseu, Sé Catedral de Évora, Sé Catedral da Guarda e Sé Catedral de Lamego.

ZAP //



As férias nas praias do sul da Europa podem ter os dias contados

Diego Delso / Wikimedia

Praia de Postiguet, Alicante (Espanha)

O apartamento de férias em Alicante, Espanha, tem sido um ponto fixo na família dos sogros de Lori Zaino desde que os avós do marido dela o compraram nos anos 70.

Como bebé, foi lá que o marido dela deu os primeiros passos; ele e Zaino têm passado as férias de verão lá quase todos os anos nos últimos 16 anos – agora com uma criança pequena. As suas famílias podem parecer diferentes a cada vez que vão, mas cada visita, ano após ano, tem oferecido tudo o que desejavam de umas férias de verão no Mediterrâneo: sol, areia e muito tempo na praia.

Até este ano. Uma onda de calor assolou o sul da Europa durante as suas férias de meados de julho, com temperaturas de 46°C e 47°C em cidades como Madrid, Sevilha e Roma. Em Alicante, as temperaturas chegaram aos 39°C, embora a humidade fizesse parecer mais quente, diz Zaino. Foi emitido um alerta vermelho de condições meteorológicas. Palmeiras tombaram pela perda de água.

A viver em Madrid há 16 anos, Zaino está habituada ao calor. “Vivemos de certas maneiras, onde fechamos as persianas ao meio-dia, ficamos dentro de casa e fazemos uma sesta. Mas este verão foi como nada que eu já tenha vivido,” disse Zaino. “Não se consegue dormir à noite. Ao meio-dia, é insuportável – não se pode estar ao ar livre. Então até às 16:00 ou 17:00, não se pode sair de casa.

“Não pareciam férias, de certa forma. Sentíamo-nos como se estivéssemos aprisionados.”

Enquanto eventos climáticos como a onda de calor de julho em Espanha têm múltiplas causas, pesquisas encontram regularmente que eles são muitas vezes mais prováveis e mais intensos devido à queima de combustíveis fósseis pelos seres humanos. Mas esses não foram as únicas consequências das emissões de carbono induzidas pelo homem no Mediterrâneo neste verão.

Em julho de 2023, incêndios na Grécia queimaram mais de 54.000 hectares, quase cinco vezes mais do que a média anual, levando às maiores evacuações devido a incêndios que o país já iniciou.

Ao longo de agosto, outros incêndios espalharam-se por partes de Tenerife e Girona, na Espanha; Sarzedas, em Portugal; e as ilhas italianas da Sardenha e Sicília, para citar alguns. Outros sinais preocupantes do aumento das temperaturas pareciam estar em toda a Europa: seca em Portugal, milhares de alforrecas nas praias da Riviera Francesa, até um aumento de infeções transmitidas por mosquitos como a dengue devido às temperaturas mais quentes e inundações resultando em menos mortalidade de insetos.

Enquanto o clima em mudança afetará várias regiões de maneiras diferentes, e embora nenhuma parte da Terra esteja imune, os cientistas concordam que o sul da Europa está a ver – e continuará a ver – mais ondas de calor, secas, incêndios florestais, inundações costeiras e tempestades de vento mais fortes, bem como períodos de chuvas mais intensas. Grande parte disso ocorre durante o verão, a estação turística mais popular do Mediterrâneo.

Estes eventos não são apenas inconvenientes ou desconfortáveis; podem ser mortais. Em Espanha, quase 1000 pessoas morreram em oito dias da onda de calor de julho de 2023. O custo humano total das ondas de calor do verão de 2023 na Europa ainda não foi calculado. Mas o verão de 2022 – que foi igualmente escaldante – levou à perda de mais de 60.000 vidas.

Contra tal cenário, há outra perda que pode parecer muito menos importante – mas é um lembrete pungente de como as alterações climáticas estão a reformular tanto as nossas realidades diárias quanto económicas: o efeito nas férias de verão.

ZAP // BBC



A “Oitava Maravilha do Mundo” é uma estrada

A Estrada do Karakoram, que liga a China e o Paquistão, passa por algumas das vistas mais impressionantes do planeta.

Cascatas glaciais escorrem para alimentar o rio aquamarino por baixo das quantidades maciças de neve agarradas aos picos de 7000 metros, atravessando o Vale de Hunza, no Paquistão, que foi apropriadamente chamado de “Shangri La” pelo romancista britânico James Hilton.

A Estrada do Karakoram (KKH) atravessa algumas das faces rochosas mais impressionantes do planeta. Frequentemente chamada de “A Oitava Maravilha do Mundo”, é uma estrada de sonhos, mas poucos ouviram falar dela, ou como ela veio a ser.

A KKH foi outrora uma etapa da Rota da Seda, com as suas fundações construídas pelos locais há séculos.

No entanto, não foi até 1978 – após quase 20 anos de construção por mais de 24 000 trabalhadores paquistaneses e chineses – que foi oficialmente inaugurada para veículos, trazendo comércio, turismo e facilidade de transportes para esta parte remota do mundo.

A autoestrada de 1300 quilómetros estende-se da pequena cidade de Hasan Abdal, perto da capital do Paquistão, Islamabad, até Kashgar, na região autónoma de Xinjiang na China, via Khunjerab, a travessia de fronteira pavimentada mais alta do mundo, a cerca de 4700 metros.

Mas o mais notável é o trecho de 194 quilómetros da autoestrada que corre pelo Vale de Hunza, uma região cercada pelas Montanhas Karakoram que dão o nome à estrada. Esta secção incrivelmente bela é onde se pode ver glaciares prístinos, lagos alpinos e picos nevados diretamente do conforto do seu passeio.

No entanto, tão atraente quanto a viagem é, são as pessoas incríveis e as tradições do Vale de Hunza que tornam esta parte da autoestrada tão especial.

Aninhado no território de Gilgit Baltistan entre Xinjiang e o Corredor de Wakhan no Afeganistão, Hunza foi maioritariamente isolado do mundo até o século XX devido à geografia formidável.

A região remota, que serviu principalmente de lar para os povos Burusho e Wakhi, tem as suas próprias línguas, música e cultura que são diferentes de tudo o que se encontra no Paquistão – ou em qualquer outro lugar do mundo.

Uma língua única

As origens do povo Burusho local são desconhecidas, assim como a sua língua, o Burushaski. Alguns investigadores argumentaram potenciais ligações com línguas balcânicas, mas os linguistas não chegaram a um acordo decisivo sobre de onde exatamente ela veio.

Enquanto a KKH abriu o vale, também impactou negativamente a região ambientalmente frágil e levou muitos a abandonarem os modos de vida tradicionais das comunidades.

Agora, o número de locais que observam festivais de longa data como o Ginani (a chegada da primavera) e aqueles que usam as roupas bordadas tradicionais da região diminuiu.

Ainda assim, alguns locais estão a trabalhar arduamente para preservar as tradições únicas do Vale de Hunza.

A primeira parada na viagem de estrada foi Altit, uma aldeia famosa pelo seu forte com 1100 anos e pelo seu compromisso com a preservação cultural. Lá estava o músico Mujib Ruzik num café enquanto os gigantes nevados do Rakaposhi (7788 metros) e do Diran (7266 metros) se estendiam à distância.

A poucos passos de distância estava o Centro de Música Leif Larsen, uma escola que procura manter a música tradicional do vale viva ensinando-a à próxima geração.

“Dependíamos da música, porque a música estava associada a cada aspeto da vida, como se estivéssemos a cultivar ou a cortar o trigo“, disse Ruzik. “Mas agora as pessoas estão a esquecer.”

Festas e frutos

No Ginani em Altit, os aldeões, vestidos com as suas roupas coloridas mais finas, dançam em círculos ao som dos tambores e flautas tradicionais, enquanto outros preparam a comida comunitária. Este festival marca o início da colheita e é celebrado em toda a região de Gilgit Baltistan.

No Vale de Hunza, especialmente em Karimabad, a cidade principal da região, também há os famosos pomares de Hunza. Árvores carregadas de cerejas, damascos, pêssegos e amêndoas embelezam a paisagem.

Os moradores costumam secar as frutas para o inverno ou transformá-las em deliciosos chutneys, compotas e licores. As nozes e frutos secos de Hunza são altamente valorizadas em todo o Paquistão e além.

“Os damascos, em particular, são muito importantes para nós”, disse Ghulam Ali, um agricultor de Hunza. “Cada parte da árvore do damasco é útil, desde as folhas até o óleo extraído das sementes, que é usado para cozinhar e em medicamentos tradicionais.”

As montanhas também oferecem uma abundância de caminhos de trekking e escalada, tornando-se um paraíso para aventureiros. Picos como o Trango Towers e o Nanga Parbat atraem escaladores de todo o mundo, enquanto o Glaciar Batura e o Lago Attabad são locais populares para caminhadas e passeios de barco.

Mas é a combinação das paisagens deslumbrantes, o calor da comunidade e a preservação de um modo de vida único que fazem da viagem pela Estrada do Karakoram uma experiência singular.

Enquanto o mundo moderno lentamente se infiltra no vale, a identidade distinta de Hunza permanece uma joia escondida na vastidão das Montanhas Karakoram.

ZAP // BBC



Portugal é o melhor destino de golfe do mundo

Dom Pedro Old Course Golf Club Vilamoura / Google Maps

Dom Pedro Old Course Golf Club Vilamoura, Portugal

Distinção votada por profissionais da indústria oriundos de mais de 100 países deve-se a uma experiência turística completa, boas acessibilidades, hospitalidade de excelência e infraestruturas de alta qualidade.

Portugal já não é apenas o “Melhor Destino de Golfe da Europa” — prémio que recebeu este ano pela segunda vez consecutiva. Desde esta quarta-feira, o “Melhor Destino de Golfe do Mundo”, em distinção da 10.ª Edição dos World Golf Awards que teve lugar em Abu Dhabi.

Os World Golf Awards são votados pelos profissionais da indústria do golfe, oriundos de mais de 100 países e integram os World Travel Awards. Portugal repete assim a proeza que alcançou em 2014 e 2018.

A distinção deve-se a diversos fatores: uma experiência turística completa, boas acessibilidades, hospitalidade de excelência e infraestruturas de alta qualidade. Com 89 campos de golfe espalhados pelo território nacional.

Portugal dispõe atualmente de 89 campos de golfe distribuídos pelas sete regiões de turismo, com particular foco nas regiões do Algarve, Lisboa e Porto e Norte.

A procura no primeiro semestre de 2023 atingiu valores recorde, superando os registados no mesmo período de 2019 e de 2022, de acordo com o Turismo de Portugal. O número médio de voltas realizadas por jogadores estrangeiros registou ganhos superiores a 13% face a 2019 e de 14% em comparação com 2022.

Associado a um público de maior poder de compra, o golfe contribui significativamente para o turismo nacional, alinhando-se com os objetivos da Estratégia Turismo 20-27 de Portugal.

Para além disso, o sector tem demonstrado um compromisso com a sustentabilidade, implementando medidas para a eficiência hídrica, gestão de resíduos e redução do uso de plástico.

ZAP //



Já pode gastar 120 mil euros para usar uma sanita no Espaço

Space Perspective

É um passageiro entusiasmado pela exploração espacial, a passear numa cabine pressurizada a cerca de 30 quilómetros acima da Terra.

A sua viagem está programada para durar seis horas e já provou a comida e as bebidas de classe mundial que complementam esta vista incrível a partir da Nave Espacial Neptune, fornecida pela Space Perspective, a primeira empresa do mundo a oferecer experiências espaciais neutras de carbono.

Mas agora já vai com três horas de viagem e precisa de ir à casa de banho. Não se preocupes, é aqui que entra o Space Spa, recentemente revelado como uma das muitas funcionalidades oferecidas pela Space Perspective como parte da sua experiência espacial.

Um aspecto importante é que os clientes pagantes, a quem a Space Perspective se refere como Exploradores, poderão apreciar a vista magnífica mesmo durante uma pausa no Space Spa, com a empresa a publicar imagens detalhadas do Space Spa na sua página oficial no X.

“Uma das perguntas mais frequentes que recebemos quando as pessoas descobrem que o nosso voo espacial dura seis horas é se haverá uma casa de banho“, disse Jane Poynter, fundadora e co-CEO da Space Perspective, num comunicado oficial. “A resposta é sempre, claro que sim. E não há necessidade de uma sanita a vácuo como os astronautas têm de enfrentar, ou de uma fralda.”

A Estação Espacial Internacional (ISS) utiliza atualmente três sanitas espaciais que usam um sistema de sucção acionado por ventoinha, semelhante ao Sistema de Coleta de Resíduos do Space Shuttle. Estes sistemas são usados devido à ausência de gravidade que os astronautas experimentam durante o voo espacial, o que é causado pelo facto de os astronautas e a ISS estarem em queda livre constante devido à sua velocidade de queda em direção à Terra.

No entanto, a Space Perspective declarou que esta queda livre não será experienciada nos seus voos para o Espaço, uma vez que a sua nave Neptune viajará para o Espaço a uns muito lentos 19 km/h, por isso não estará a cair suficientemente rápido para os seus passageiros experienciarem a ausência de gravidade.

Assim, em termos de utilização do Space Spa, a empresa antecipa que os seus Exploradores terão uma experiência no Space Spa ainda melhor do que usar uma casa de banho de avião na Terra.

“O Space Spa é o único lugar no interior da cápsula onde os Exploradores poderão ter um momento de solidão“, disse Isabella Trani, que co-lidera todos os aspetos de design na Space Perspective. “Por isso, era imperativo que se sentisse como um retiro. Os Exploradores encontrarão este ambiente aconchegante e confortável, sem arestas afiadas, o que contribui para o ambiente e cria um local muito acolhedor. Num nível prático, o design beneficia a limpeza, permitindo coisas como superfícies que são fáceis de limpar, e as suas superfícies suaves e vegetação promovem o controlo de som e odor.”

O Space Spa está cuidadosamente encaixado no Space Lounge dentro da Nave Espacial Neptune, que planeia fornecer aos seus Exploradores uma vista de 360 graus da Terra através das maiores janelas alguma vez enviadas para o Espaço. Juntamente com a comida e bebidas, todas as viagens incluirão kits de amenidades de cortesia, auscultadores, assentos confortáveis e Wi-Fi.

A Space Perspective começou oficialmente a vender bilhetes para a Nave Espacial Neptune em junho de 2021 a 125 000 dólares por lugar, juntamente com um depósito de 1.000 dólares. Em julho de 2023, já venderam mais de 1.600 lugares.

Para a jornada, oito Exploradores e a sua Nave Espacial Neptune serão lentamente elevados ao espaço a partir de terra ou mar pelo Balão Espacial do tamanho da Estátua da Liberdade, a uns suaves 19 km/h, o que levará aproximadamente duas horas enquanto observam a superfície da Terra a ficar cada vez menor.

Uma vez que a Nave Espacial Neptune atinja a altitude designada de 30 quilómetros acima da Terra, os Exploradores passarão as próximas duas horas a observar a Terra a rodar lentamente sob os seus pés, enquanto desfrutam de refrescos no Space Lounge e, claro, no Space Spa. As últimas duas horas da jornada verão a superfície da Terra a aumentar de tamanho enquanto a Nave Espacial Neptune faz lentamente o seu caminho para um suave amaragem.

Como é que a Space Perspective, juntamente com o seu Space Spa, mudará o turismo espacial nos próximos anos e décadas? Só o tempo o dirá, e é por isso que nós fazemos ciência!

Cidade engolida pelo mar é o destino perfeito para passeios de barco

ZAP // NightCafe Studio

A região de Kekova – ou Cidade Submersa – que permaneceu no fundo do mar depois de dois grandes terramotos, no século VI, no Mediterrâneo, é uma joia arqueológica localizada ao longo da Costa Turquesa da Turquia.

De acordo com o Arkeonews, a Cidade Submersa tornou-se um destino de visita obrigatória para os viajantes que procuram uma experiência única e envolvente, graças às suas ruínas submersas, águas cristalinas e uma história fascinante.

O porto de Kekova, um dos importantes centros comerciais da Lícia, também foi fundado depois da ocorrência de vários terramotos.

Apesar de ter havido grandes terramotos como o de 141, sabe-se que, depois das cidades terem sido recuperadas, a vida continuou. No entanto, depois dos grandes terramotos de 529 e 540, uma grande área da Lícia Central, incluindo a Península de Kekova, no distrito de Demre, foi inundada.

Atualmente, são organizadas excursões a esta região, onde não há transportes terrestres. Os barcos podem aproximar-se destas antigas ruínas subaquáticas até uma certa distância, uma vez que estão sob proteção.

No entanto, a água é tão límpida que é possível ver facilmente os vestígios a olho nu.

Para além das ruínas subaquáticas, também é possível ver algumas ruínas antigas da cidade na ilha, nomeadamente escadas submersas e à superfície, túmulos reais, casa de barcos e restos de muralhas, através dos quais é possível viajar na história.

Nevzat Çevik, professor da Universidade de Akdeniz e chefe das escavações de Myra – Andriake, no distrito de Demre, em Antalya, disse que as povoações de Kekova eram uma área densamente povoada antes de se afundarem e que a região ficou em silêncio durante quase 200 anos, devido aos grandes terramotos de 529 e 540 e ao tsunami que se seguiu, bem como epidemias.

De acordo com Çevik, não só Kekova, mas também toda a região em redor de Andriake, Finike e Kaş se afundou. “Temos algumas ideias sobre quando é que esta área se afundou, na melhor das hipóteses. O sarcófago ou as outras estruturas submersas no porto de Andriake mostram-nos que a área permaneceu completamente submersa”.

“Durante os grandes terramotos do século VI, as estruturas de placas deslizaram mais de dois metros em direção ao mar, fazendo com que as cidades de toda a região ficassem debaixo de água”, explica o professor.

Acrescenta, ainda, que “compreendemos que a vida nas zonas costeiras dessas cidades tenha terminado, sobretudo pelo facto de outras estruturas, como as residências relacionadas com o porto ou as povoações civis próximas do mar, terem ficado submersas na água”.

O professor diz, ainda, que conseguiram verificar que a vida continuou nas parte altas da região durante o período cristão, mas a parte costeira dessas cidades foi utilizada nas épocas clássica e helenística e as estruturas próximas da costa foram completamente inundadas, especialmente em Simena, Teimiussa, Aperlai e na ilha de Kekova.

“Os degraus e estruturas semi-submersos que os viajantes de barco veem atualmente são o resultado deste afundamento”, explicou Çevik.

Após o desastre, segundo o professor, Andriake — o maior porto do Mediterâneo — perdeu a sua função.

“É por isso que as escavações em Andriake não trouxeram quaisquer descobertas após o século VII. Existem muitos portos e abrigos em Kekova. O tráfego marítimo era intenso, sobretudo durante os períodos helenístico, romano e bizantino. Dado que Andriake era um dos maiores portos do antigo Mediterrâneo, o tráfego internacional de navios era muito grande”.

Quando o porto perdeu a sua função, este diminuiu muito. A principal razão para isso são os terramotos. Milhares de terramotos ocorrem devido a uma linha principal, especialmente na área de Fethiye – Burdur.

Os grandes sismos nessa linha também afetaram a Lícia. Por sua vez, os grandes sismos no Mediterrâneo também afetaram todas estas cidades.

Fatores como os tsunamis e as epidemias, depois dos terramotos, também afetaram profundamente a civilização, a cultura e a população das cidades e mudaram a vida.

Após esse período, podemos ver pelos dados arqueológicos que a vida quase acabou, a civilização não progrediu e as povoações foram abandonadas.

Estas formações foram transformadas em paisagens pitorescas. Çevik disse que, assim, Kekova cria uma visualização incrível, não só com o seu mar mais límpido e a sua natureza impressionante de tipo dálmata, mas também com as suas ruínas subaquáticas.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //



Uma vila conhecida pelas suas cores no Outono decidiu banir os influencers

Anthony Quintano / Flickr

Pomfret tornou-se um fenómeno nas redes sociais devido às suas paisagens coloridas no Outono

Para entrar na cidade de Pomfret, localizada no estado americano de Vermont, é ser imediatamente atingido pela sua beleza bucólica.

A partir do norte, a estrada de Howe Hill desce em uma série de curvas suaves, cada uma revelando campos agrícolas verdejantes salpicados de ovelhas, ou extensões de floresta onde as folhas de outono vermelhas e laranjas se agarram aos ramos. Numa casa, uma árvore carregada de maçãs curva-se sobre um muro de pedra meticulosamente mantido, cujo topo de ardósia está cheio de fruta em decomposição.

No início de outubro, mais de metade dos carros que passavam por esta cidade de 900 habitantes tinham matrículas de fora do estado. Um, da Flórida, parou abruptamente numa estrada com um limite de velocidade de 72 km/h, bloqueando uma das duas faixas. A razão? Tirar uma foto do silo de uma quinta com um cenário de folhas de outono.

Com um mero punhado de empresas – uma loja mercantil geral, um centro de arte com uma galeria e um teatro e algumas quintas de “apanha a tua própria maçã ou abóbora” – Pomfret é geralmente um lugar tranquilo e modesto. Mas no outono, quando “observadores de folhas” de todo o mundo descem sobre as colinas ondulantes e pequenas cidades encantadoras da região para testemunhar a sua folhagem caleidoscópica, tudo muda.

Até recentemente, o número de “observadores de folhas” que visitavam Pomfret era mais um gotejar do que um torrente. Mas desde que imagens da Sleepy Hollow Farm, uma propriedade privada de 47 hectares situada numa estrada rústica, começaram a tornar-se virais nas redes sociais há alguns anos, os locais dizem que as coisas saíram do controlo.

Uma rápida olhadela no Instagram revela milhares de imagens da estrada de terra sinuosa da quinta, ladeada por majestosas árvores de bordo iluminadas em tons de vermelho e laranja outonais, que conduzem a uma elegante casa de quinta do século XVIII na Cloudland Road. Não é de admirar, portanto, que esta improvável quinta tenha se tornado conhecida como um dos “lugares mais fotografados do estado“.

“É um lugar bonito. É uma pena que tenha sido arruinado para todos“, disse Deborah Goodwin, coordenadora de exposições no Artistree Community Arts Center de Pomfret. “Nos últimos anos, as coisas têm estado fora de controlo. Autocarros turísticos estavam simplesmente a despejar… pessoas lá.”

Goodwin diz que influenciadores das redes sociais regularmente escalavam um portão coberto de sinais de “Proibido o Acesso”, montavam cabines para trocar de roupa, ficavam com os seus “carros de cidade” presos na estrada de terra estreita e deixavam dejetos humanos à beira da estrada. “Era mau”, recorda. “Os residentes foram ao [governo local] e disseram: ‘Não podemos continuar com isto.'”

Durante a temporada de observação de folhas de 2022, as autoridades transformaram temporariamente a estrada para lá de Sleepy Hollow numa via de sentido único. Isso não foi suficiente para dissuadir os turistas de se comportarem mal. Este ano, os residentes locais tentaram uma abordagem diferente: financiamento coletivo.

Num apelo no GoFundMe, uma equipa de organizadores escreveu: “[Nós temos] vivido um aumento sem precedentes de ‘influenciadores’ de turismo impulsionados pelo Instagram e TikTok… [que] danificaram estradas, tiveram acidentes, precisaram de ser rebocados de valas, pisotearam jardins, defecaram em propriedades privadas… e agrediram verbalmente os residentes.” Até à data, o pedido angariou 103 donativos no valor de 16.068 dólares.

Como resultado, os funcionários da cidade votaram para fechar as estradas que levam à quinta durante o pico da temporada de folhagem de outono (23 de setembro a 15 de outubro) a não residentes, provocando a ira dos viajantes que tinham dirigido para a área na esperança de capturar uma fotografia de outono perfeitamente elaborada.

“É um hotel e um parque de diversões”, zombou um utilizador do Instagram com 20.000 seguidores. “Tragam todos os vossos amigos e caravanas.”

A maioria dos residentes de Pomfret enfatizou que não são anti-turistas; simplesmente querem que as pessoas tratem a sua cidade natal com respeito. Ainda mais preocupantes do que as questões de propriedade privada, vários mencionaram, são as preocupações de segurança para os residentes da Cloudland Road, bem como para os próprios turistas.

De acordo com o xerife do Condado de Windsor, Ryan Palmer, “Esta não é uma estrada projetada para ter vários veículos nela. [Em 2021 e 2022] havia filas estacionadas ao longo da estrada, e não se conseguia passar com um camião de bombeiros ou uma ambulância. Estava simplesmente a sobrecarregar a infraestrutura da área.”

Segundo Palmer, o encerramento de estradas em Pomfret não é apenas demorado para as forças de segurança manterem; também é caro. Palmer estima que os residentes da Cloudland Road tenham suportado uma fatura superior a 10 mil dólares para que as autoridades pudessem colocar sinais de encerramento de estrada e fazer patrulhas — tudo o que, inadvertidamente, aumentou o perfil da cidade à medida que a palavra se espalhava.

Palmer espera que o drama em Pomfret seja uma situação “única e isolada“. Os residentes têm considerado a ideia de criar um sistema de reservas ou de bilhetes para visitas ao Sleepy Hollow para ajudar a gerir o fluxo turístico de uma forma mais responsável, mas até onde ele sabe, essa opção não está a ser seriamente considerada.

“Gostamos de ter turistas aqui, é uma grande parte da economia do Vermont, e queremos que as pessoas desfrutem da beleza natural, visitem os vendedores e as lojas, e circulem”, disse ele. “O mais importante é ter respeito pelas casas e propriedades das pessoas… Por favor, venham visitar, sejam apenas respeitosos.”

ZAP // BBC



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